A diferença entre o remédio e o veneno é dose

Posted On Quinta, 09 Abril 2020 08:48
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Ditado antigo dizia que a diferença entre veneno e remédio é a dose. Os médicos afirmam que o momento de tomá-lo também pode fazer diferença. Esse ditado popular, e esse outro acadêmico é muito oportuno para configurar o atual momento que passamos, com essa pandemia do Covid-19.

 

Por Antonio Coelho de Carvalho

 

Tom conciliador

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina e citou exemplo do médico Roberto Kalil Filho, curado após usar o medicamento. Já o médico Kalil diz que menção de Bolsonaro foi 'surpresa' e não comenta protocolo do ministério. Kallil ele é cardiologista, do Hospital Sírio-Libanês. Bolsonaro parabenizou Kalil por ter declarado que foi medicado com a hidroxicloroquina. O presidente defende que a droga --que ainda não tem comprovação de efeito contra a Covid-19-- seja dada a pacientes em estágios iniciais da doença. Kalil, porém, recebeu a droga enquanto estava internado em estado grave. O médico não quis detalhar o que achou do pronunciamento ou do uso de seu nome e de casos individuais para falar sobre a indicação de hidroxicloroquina.

"É portaria do Ministério da Saúde. Os médicos estão autorizados a prescrever. Claro que não se sabe o resultado final disso, mas essa doença mata", disse o cardiologista, que não quis comentar sobre o protocolo da pasta quanto ao medicamento. "Eu não sou infectologista. Tem que discutir com os infectologistas."

 

O Remédio

A aplicação da Hidroxicloroquina no tratamento de pessoas contaminadas pelo coronavírus, tem causado muitos debates. Recentemente o presidente americano, Donald Trump, fez uma declaração otimista sobre o uso do medicamento, criando uma corrida às farmácias do país. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, também se entusiasmou com esse medicamento e pediu que um laboratório do Exército ampliasse sua produção. O uso ou não do medicamento fez nascer mais uma guerra entre o governador de são Paulo João Doria e o Presidente Bolsonaro. As outra e sobre o confinamento Doria a favor do isolamento social e Bolsonaro quer o afrouxamento.

 

Tomou ou não tomou

O chefe do Centro de Contingência contra a covid-19 em São Paulo, medico David Uip, confirmou na 4ª feira (8.abr.2020) a autenticidade da receita médica para cloroquina que circula nas redes sociais com a sua assinatura. Ele, no entanto, recusou-se, a informar se fez uso do medicamento em seu tratamento para a covid-19. O fato não passou despercebido, e impulsionada por apoiadores de Jair Bolsonaro foi muito comentado. Como isso a disputa travada pela “ideia” de usar a cloroquina como parte do tratamento nos pacientes com coronavírus tem ocupado um bom tempo de Bolsonaro e Doria, ambos tentando com o remédio a cura, Bolsonaro para se reeleger e Doria sonha com o paraíso da presidência da república.

 

Sem papas na língua

“Canalha! Mil vezes canalha! O senhor não tem o mínimo senso de escrúpulo! Não tem vergonha na cara, governador João Doria?!” essa foram as palavras do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que xingou o governador de São Paulo João Doria (PSDB) por conta de um vídeo em que Doria associa o uso do medicamento a uma recomendação feita pelo medico David Uip que é o chefe do Centro de Contingência contra a covid-19 de São Paulo. A verdade que Doria tentar levar mérito por sugerir uso de cloroquina no tratamento da Covid-19. Veja o vídeo.

 

 

A flor da pele

Em entrevista à imprensa, justamente com o governador Doria, Uip dirigiu-se diretamente a Bolsonaro: “Presidente, eu respeitei o seu direito de não revelar seu diagnóstico, respeite o direito de não revelar meu tratamento”. Também disse que vai levar à Justiça o incidente do vazamento da receita: “A minha privacidade foi invadida. A privacidade da minha clínica foi invadida. Tomarei as providências legais adequadas para a invasão da minha privacidade e dos meus pacientes”. Oque se percebe é que estão todos nervosos sem saber a direção a ser tomada .

 

 

Derrota de Bolsonaro no STF

Mais uma derrota do governo Bolsonaro (sem partido), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira, que governos estaduais e municipais têm autonomia para determinar o isolamento social em meio a pandemia do coronavírus. De acordo com Moraes, o governo federal não pode “afastar unilateralmente” as decisões de executivos locais sobre as medidas de restrição de circulação que vêm sendo adotadas durante a pandemia do novo coronavírus. E esclarece que a decisão vale “independentemente” de posterior ato do presidente Jair Bolsonaro em sentido contrário.

 

Abuso

Gás de cozinha ignora desvalorização do barril de petróleo e já custa até R$ 115 em algumas capitais de Brasil. O gás liquefeito (GLP) para consumo residencial, popularmente conhecido como gás de cozinha, continua a se descolar da matéria-prima e chega a custar R$ 115 para a população, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustívies (ANP). O preço do GLP vendido em botijões de 13 kg, atualmente, está subindo mais do que aconteceu com o óleo diesel nos meses que antecederam a greve dos caminhoneiros. Além disso, a alta do botijão acontece justamente num momento de desvalorização do petróleo. Na prática, significa que a população, principalmente a de baixa renda, está sendo mais atingida hoje do que no período da crise do diesel. Em são paulço chegou a R$120 , aqui no Tocantins a media é  R$85.

 

Sem noção

SBT suspende apresentador que sugeriu campo de concentração para doentes. O apresentados Marcão do Povo disse, no programa Primeiro Impacto, que Bolsonaro deveria isolar vítimas da Covid-19 à força. Segundo o comentário de Marcão, a criação desses campos seria uma fora de relaxar o confinamento determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotado na maioria dos estados brasileiros. Em sua declaração, o apresentador ainda pediu que o presidente Jair Bolsonaro publicasse um decreto dando poder ao Exército de policiar as ruas e prender os governadores que não cumprirem as regras impostas. Isso é que dá colocar um ignaro funcional para apresentar dá nisso: uma merda atrás da outra.