“Nós nunca vamos defender o que Bolsonaro quer: voltar ao voto manual e ameaçar a democracia”, afirmou presidente do PDT
Com Correio do Povo
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, divulgou um vídeo nesta sexta-feira (18) onde defende o voto impresso no país. Apesar de compartilhar a mesma proposta que o presidente Jair Bolsonaro já citou em outras ocasiões, Lupi afirma que as iniciativas são distintas. “Nós nunca vamos defender o que Bolsonaro quer: voltar ao voto manual e ameaçar a democracia. O PDT jamais aceitará golpe”, diz o dirigente da legenda. “Nós do PDT temos uma posição histórica sobre a urna eletrônica. Nós sempre achamos, e isso tem mais de 20 anos, desde a sua introdução, que a urna eletrônica deveria ter a impressão do voto do lado, com uma impressora, com uma tela transparente, para se conferir o voto e depois ir pra urna. Não aconteceu até agora. Aceitamos que seja feito com 10% desse total de urnas eletrônicas”, diz Lupi.
“Nós nunca vamos defender o que esse homem do mal, esse coisa ruim que está no Palácio do Planalto quer. Ele quer voltas atrás, ele quer voltar ao voto manual, ele quer ameaçar a democracia, ele quer levar a suspeição sobre a sua derrota certa. Nós confiamos no TSE, nós acreditamos na lisura, na democracia e na imparcialidade do TSE. O que nós queríamos antes, e continuamos querendo, é que tenha uma impressão automática ao lado da urna para poder se conferir o voto. Agora, não é isso que o Bolsonaro quer. O que o Bolsonaro quer é avisar um golpe que ele quer preparar pela derrota certa. O PDT jamais aceitará golpe, principalmente desse coisa ruim que está em Brasília”, afirma o pedetista no vídeo.
STF aprovou, nesta quarta, 9, a formação das federações partidárias e ampliou o prazo de registro das agremiações junto ao TSE até 31 de maio
Por Humberto Dantas
Reformas políticas no Brasil são açodadas, e representam um "possível" distante do "ideal". O trio cláusula de desempenho, fim das coligações proporcionais e federação de partidos era defendido por parlamentares como um pacote para conter a proliferação e coexistência exagerada de legendas. Mas isso era um conjunto, e cada medida foi adotada em instantes diferentes, sob exceções que desmobilizaram o objetivo original. Isso fragilizou intenções e desconfigurou os sistemas eleitoral e partidário.
A federação é o capítulo mais atual da trilogia. Pela decisão de 2021, partidos aqui não se coligam em uniões eleitorais, tampouco se fundem para sempre. Federações permitem ação conjunta em aliança que pode até se separar num prazo de poucos anos. Sobre o instrumento, é óbvio, restam dúvidas.
Mas a decisão do STF trouxe mais insegurança para os filiados. Legendas como MDB, PSDB, PV, Cidadania, Podemos, PT, PSB, PCdoB, PV e União Brasil estudam federações distintas e, algumas, improváveis. O afunilamento ganha incerteza diante do prazo limite às federações, tirando dos políticos a segurança para adesão às legendas. Enquanto o prazo para a aglutinação é fim de maio, o de filiados (em especial aqueles que querem ser candidatos) para mudar de sigla ou escolher a primeira legenda é início de abril.
Federação é uma associação de "médio prazo" que transcende a eleição. Como o processo pode exigir do político que escolha uma legenda e permitir à organização que estabeleça a posteriori uma associação assim? Uma federação reúne numa mesma organização pessoas ainda mais diferentes que correligionários de um mesmo partido. E o STF sugere que partidos possam mudar como quiserem, levando compulsoriamente seus membros, num contexto em que vontades pessoais nos tornam cada dia mais avessos aos próprios partidos.
Três grandes executivos que firmaram acordo de colaboração premiada no auge da Lava Jato estão preocupados com o baculejo em Sergio Moro. Um deles era dono de empreiteira; outro era diretor-presidente.
Por Diego Escosteguy
Reservadamente, eles dizem que pode dar ruim a tentativa de gente influente em Brasília de reexaminar o teor das delações, sob o pretexto de buscar ilegalidades atribuídas ao então juiz de Curitiba e hoje pré-candidato à Presidência.
Esses colaboradores, assim como outros dois (um ex-doleiro e um ex-marqueteiro), não temem a análise da regularidade dos acordos. Reafirmam que não houve constrangimento indireto, perante Moro, ou direto, perante Teori e, em seguida, Fachin - os juízes que homologaram os acordos deles. Apenas um firmou colaboração em Curitiba; os demais, como a maioria dos que fecharam delações relevantes, negociaram os termos na PGR, com a posterior chancela do Supremo. Implicavam autoridades com foro.
Há duas razões para a apreensão entre os colaboradores. A primeira é mais simples: todos querem prosseguir com vida. Seguem ajudando com depoimentos. Tentam reerguer-se após os acordos. Temem que a luz de um escrutínio político e eleitoral acerca de um negócio eminentemente jurídico (as delações) queime relações e projetos recém-criados.
A segunda razão gela os ossos de alguns deles - sobretudo dos executivos das grandes empresas, como Odebrecht e Andrade Gutierrez. Com o passar do tempo e do furor por mais investigações, especialmente após casos serem quicados país afora até a prescrição, os anexos mais pesados foram esquecidos. Não houve avanço: investigações foram inviabilizadas no Judiciário ou até mesmo antes disso, na própria PGR.
Com a morte da Lava Jato e a asfixia dos esforços mais amplos de combate aos crimes de colarinho branco, os delatores aprenderam o valor do silêncio que haviam quebrado. Os cinco ouvidos sob reserva dizem - e não é de hoje - que prevalece um acordo tácito para que não causem maiores encrencas. "Nunca fui chamado a depor (sobre alguns dos anexos mais pesados)", diz um deles. "Você (refere-se a ele) logo entende por quê. Não precisa dizer nada. Está tudo subentendido."
São executivos, ex-empresários e figuras célebres do mundo político. Colaboraram porque avaliaram que era o melhor movimento de defesa, em face do volume e da força das provas contra eles. O resto é narrativa a serviço de campanha eleitoral.
Hoje, eles preferem ficar em silêncio. Têm aversão ao risco de se expor novamente e contar, após anos, coisas que ninguém (ou quase ninguém) quer ouvir. Um deles, talvez o mais ladino, resume, com a escatologia que lhe é habitual: "Eu não mexeria em bosta seca".
Editorial do jornal O Estado de São Paulo - Notas & Informações
A história do PT produziu muitos fatos que jogam contra o partido e seus candidatos. Em toda eleição, há muita coisa a esconder e a tergiversar. Mas seria empequenecer a trajetória petista pensar que, na categoria de temas a serem evitados, estariam “apenas” os escândalos de corrupção do mensalão e do petrolão. Há também aparelhamento do Estado, apoio entusiasmado a ditaduras e governos que violam direitos humanos, tolerância a corporativismos e privilégios, confusão entre o público e o privado, sabotagem de políticas públicas responsáveis (apenas porque outros as propuseram), negligência com malfeitos internos do partido, campanhas de difamação contra adversários políticos, abundante difusão de desinformação e várias outras práticas que contrariam o discurso original da legenda, em defesa da ética e da renovação da política.
Trata-se de um longo passivo, que não surgiu agora e não está apenas relacionado à Lava Jato. Mas há um item, em toda essa longa lista, que se sobressai. É um assunto que Luiz Inácio Lula da Silva tem especial dificuldade de lidar. O líder petista pode até falar do apartamento triplex no Guarujá ou do sítio de Atibaia – temas naturalmente desconfortáveis, que escancararam ao País o modo como o ex-sindicalista, que sempre bradou contra os patrões, lida de fato com os empreiteiros camaradas –, mas não faz ideia de como abordar este assunto: Dilma Rousseff e seu trevoso governo.
É um tema difícil, tanto pela evidência do desastre que foi o período de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto como pela responsabilidade direta de Lula no caso. O líder petista decidiu que Dilma Rousseff seria a candidata do PT à Presidência da República em 2010. Afinal, esta é a divisão de tarefas na legenda que se diz democrática: Lula decide, os outros obedecem. Segundo palavras do próprio Lula, a relação entre os dois é de criador e criatura.
O líder petista pode não ter nenhum interesse em lembrar, mas ainda estão frescos na memória do País os resultados produzidos pela criatura lulista: recessão econômica, crise social, inflação, desemprego, desorganização da economia, manipulação de preços e irresponsabilidade fiscal, que incluiu, entre outras manobras, as famosas “pedaladas”. Tudo isso não se deu ao acaso. Foi obra do voluntarismo de Dilma Rousseff, mas foi muito mais do que simples equívoco individual. Sem nenhum exagero, o governo de Dilma foi a gestão dos sonhos dos petistas, com a aplicação – sem freios, sem limites e sem diálogo – de todas as teorias, ultrapassadas e equivocadas, que o PT sempre defendeu e, pasmem, ainda defende.
O resultado ficou evidente para o País. Tão presente nas eleições de 2018, o sentimento antipetista não foi mera consequência de decisões da Justiça Federal de Curitiba. O problema foi muito mais profundo. Com Dilma Rousseff, a população experimentou o que é um governo com o PT pondo em prática suas teses e ideias. Pouquíssima gente quer isso de volta e, por saber bem a dimensão dessa rejeição, Lula deseja de todas as formas esconder Dilma Rousseff e seu governo.
A quem queira diminuir ou relativizar a ojeriza do eleitorado com a gestão de Dilma no Palácio do Planalto, basta lembrar o resultado das eleições de 2018 para o Senado em Minas Gerais. Mesmo com toda a militância do PT dizendo que Dilma Rousseff tinha sofrido um golpe – assim os petistas qualificam atos constitucionais do Congresso, quando não lhes agradam – e com a legenda investindo muitos recursos financeiros na campanha, a ex-presidente obteve dos mineiros um humilhante quarto lugar. Portanto, Dilma é um óbvio fardo eleitoral, mesmo para um veterano prestidigitador como Lula.
Questionado nessa semana sobre o papel de Dilma em um eventual novo governo do PT, Lula não teve dó de sua criatura, atribuindo-lhe a mais cabal irrelevância. “O tempo passou. Tem muita gente nova no pedaço”, disse, em entrevista à Rádio CBN Vale. Se o tempo passou para Dilma, passou também para Lula. O País precisa de gente com outra estatura moral, que não tenha de esconder seu passado nem suas criaturas.
Estamos no primeiro mês de um ano eleitoral e desde já não se fala em outra coisa a não ser a sucessão estadual. Os pré-candidatos aos cargos eletivos são incontáveis, inúmeros e a maioria destes ainda nem chegaram à campanha e já estão tratorando candidaturas, humilhando e demonstrando que dinheiro não será um problema. Aquele velho ditado que têm bala na agulha tanto para chegar ao primeiro mandato, quanto a reeleição.
Por Edson Rodrigues
Mas todo mundo sabe que dinheiro não é o principal elemento para vencer uma disputa eleitoral, e sim o eleitor. Não podemos esquecer do funcionalismo público uma classe que contribui significativamente no resultado de um processo eleitoral, além disso vale lembrar que a população tocantinense está em busca de conhecer os projetos dos candidatos, principalmente aqueles que tragam resultados efetivos e, na lista de prioridades a geração de emprego ocupa o topo. Mais de 56% das famílias estão abaixo da linha da pobreza, em total situação de vulnerabilidade, com membros desempregados e passando fome.
Nos últimos dois anos, foram muitos que ficaram em suas casas dia após dia sofrendo com a falta de trabalho ou aqueles esporádicos, os bicos. Estes principalmente se muniram de informações seja por rádio, tv, blogs ou portais de notícias, mas se informaram por meio dos veículos que levam conhecimento e apresenta os fatos de forma gratuita à população tocantinense.
Os próximos 90 dias serão importantes para o eleitor tocantinense que já começa a formar sua opinião sobre os tais pré-candidatos. Os desfechos dos processos, oriundos das dezenas de operações da Polícia Federal, Ministério Público Federal, delações em segredo de justiça também irão interferir nesta perspectiva do tocantinense sobre os candidatos.
O observatório político de O Paralelo 13, em Brasília, teve acesso há informação de que em breve delações em poder das autoridades federais em estaduais, destas muitos processos envolvem detentores de mandato e pré-candidatos.
Devido a ética e profissionalismo deste veículo de comunicação, a divulgação de nomes, assim como a emissão de opinião sobre tais processos só serão realizados após decisão judicial e posicionamento dos órgãos competentes, pois cabe a eles condenar ou absolver os envolvidos. Estamos totalmente comprometidos com a verdade e buscaremos o mais breve possível ouvir tanto os envolvidos quanto os representantes dos órgãos que neste momento passam por um recesso. Só após este procedimento tornaremos públicas as análises de cada caso.
Vale lembrar que o eleitor é o mais apto a julgar aqueles políticos que se desviaram de condutas éticas e por isso fazemos questão de mantê-lo sempre bem informado.
Aguardem!