Presidente do Incor afirma que distribuição de imunizantes precisa ser mais intensa e mais rápida para evitar mortes
Da CNN, em São Paulo
A vacinação rápida e em massa é a única opção que o Brasil tem para reduzir os recordes diários de mortes por Covid-19. A avaliação é do cardiologista e presidente do Instituto do Coração (InCor), Roberto Kalil Filho, que apresentará o CNN Sinais Vitais na CNN Brasil.
"A única arma contra o vírus é a vacinação. Há uma queda de internação e gravidade dos casos entre as pessoas vacinadas. Mas por enquanto o número de vacinados no país é ínfimo, pífio, muito longe do que desejávamos. O que precisa é vacina. Isso não vai parar, isso não vai ter fim e essa tragédia vai continuar diuturnamente. Milhares de pessoas vão continuar morrendo por dia", prevê.
O cenário da pandemia da Covid-19 hoje é de agravamento, explica Kalil.
"Estamos atingindo o pico do pico do pico de uma tragédia nunca vista. Os hospitais estão colapsando, os profissionais da saúde entrando em fadiga, nunca vivemos uma situação dessa. Estamos no pior momento da pandemia nesse país".
As pessoas precisam fazer sua parte, ressalta o presidente do Incor. "A população tem que colaborar evitando aglomerações, todas as medidas protetivas, mas muita gente não está colaborando e isso está contribuindo para quase três mil mortos por dia".
O Tocantins voltou a contabilizar 20 mortes por Covid-19 em um único dia. Brasil registrou 2.730 novas mortes pela covid-19 na sexta-feira, 19
Com Agências
O Brasil registrou 2.730 novas mortes pela covid-19 nesta sexta-feira, 19. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, bateu recorde pelo 21º dia consecutivo e ficou em 2.178. Pela primeira vez, o País passou a marca de 15 mil mortes em uma semana:a soma de óbitos por coronavírus chegou a 15.249.
Com transmissão descontrolada do vírus, o País tem visto o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos têm endurecido restrições ao comércio na tentativa de frear o contágio.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, e afirma temer efeitos negativos na economia. Nesta quinta-feira, 18, ele acionou a Justiça contra medidas de toque de recolher em três Estados. Nesta semana, ele também anunciou a troca do comando do Ministério da Saúde pela terceira vez durante a crise sanitária: sai o general Eduardo Pazuello e chega o cardiologista Marcelo Queiroga.
O número de mortes vem batendo recorde no Brasil e o número de casos também vem aumentando. Nesta sexta-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 89.409. No total, o Brasil tem 290.525 mortos e 11.877.009 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 10.339.432 pessoas estão recuperadas.
O Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira mais uma vez um número alto de mortes por coronavírus, com 620. Outros seis Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Rio Grande do Sul (390), Paraná (268), Minas Gerais (237), Bahia (143), Rio de Janeiro (135) e Santa Catarina (134).
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 86.982 novos casos e mais 2.724 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 11.780.820 pessoas infectadas e 287.499 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
Tocantins
O boletim da Secretaria de saúde do Tocantins desta sexta-feira (19) confirmou 1.319 novos diagnósticos de coronavírus. Ao todo, 530 pessoas estão internadas em leitos públicos e particulares no estado. O Tocantins voltou a contabilizar 20 mortes por Covid-19 em um único dia nesta sexta-feira (19). Esse é o terceiro dia seguido que o estado alcança esse número de óbitos. Os pacientes morreram entre os dias 13 e 17 deste mês, mas só tiveram os resultados confirmados hoje pelo boletim epidemiológico estadual. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), também foram diagnosticados 1.319 casos novos de coronavírus. Com as atualizações, o estado passou a somar 130.824 casos positivos e 1.775 óbitos.
Hospitalização
O boletim epidemiológico nº 369 informa que 530 pessoas estão hospitalizadas no Tocantins. Deste total, 314 estão em leitos públicos, sendo 177 em leitos clínicos e outros 137 em UTIs Covid. Já nos leitos privados, são 114 em clínicos e 102 em UTIs Covid, totalizando 216.
No Portal Integra Saúde Tocantins pode ser conferida a taxa de ocupação de leitos de cada unidade hospitalar sob gestão estadual.
Segundo Ministério da Saúde, 100 milhões de doses da Pfizer chegarão no 2º e no 3º trimestres e 38 milhões de doses da Janssen entre julho e dezembro
Com Agências
O governo federal assinou nesta sexta-feira (19) contratos com as farmacêuticas Janssen, braço belga da Johnson & Johnson, e Pfizer para a compra de 138 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus Sars-CoV-2.
O acordo com a Pfizer prevê a entrega de 13,51 milhões de doses do imunizante no segundo trimestre de 2021 e de mais 86,48 milhões de doses no terceiro trimestre, totalizando 100 milhões.
Já o contrato com a Janssen garante mais 38 milhões de ampolas do imunizante de dose única, sendo 16,9 milhões no terceiro trimestre e 21,1 milhões no quarto tri deste ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, a data da entrega, porém, poderá ser modificada devido à "disponibilidade de doses e a real entrega dos quantitativos realizada pelos fornecedores".
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que será substituído pelo cardiologista Marcelo Queiroga, já havia anunciado nos últimos dias que o governo estava prestes a fechar os acordos, em meio a pressão pela escalada da emergência sanitária da Covid e discussões internas para a troca no comando da pasta.
Segundo ele, o governo brasileiro viabilizou a compra de vacinas de 10 fornecedores diferentes, o que garantirá ao país 562 milhões de doses em todo o ano de 2021.
Até agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou o uso de duas vacinas no país, a da Pfizer e a da AstraZeneca/Oxford. A da Janssen, por sua vez, ainda não obteve registro definitivo nem autorização para utilização emergencial. (ANSA)
A redução começa a valer a partir de amanhã
Por Léo Rodrigues
A Petrobras anunciou hoje (19) que o preço médio da gasolina em suas refinarias terá redução de R$ 0,14 por litro, o que representa uma queda de 4,95%. O reajuste começa a valer a partir de amanhã (20). O preço médio do combustível ficará em R$ 2,69 por litro. O diesel não sofre alteração, permanecendo em R$ 2,86 por litro.
O impacto do reajuste nas refinarias, porém, não repercute de forma imediata no custo da gasolina nos postos de combustível. De acordo com nota divulgada pela estatal, as variações para mais ou para menos estão associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio e têm influência limitada sobre o valor repassado aos consumidores finais.
"Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis", diz a nota.
Esta é a primeira redução anunciada em 2021. Desde janeiro, o preço médio da gasolina já havia sofrido seis aumentos. Com o novo anúncio, o combustível passa a acumular alta de R$ 46,2% desde o início do ano. Já o diesel subiu 41,6%.
A sequência de aumentos gerou críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro. No mês passado, ele anunciou mudança no comando da Petrobras, indicando general Joaquim Silva e Luna para a presidência. Ele deverá substituir Roberto Castello Branco, cujo mandato se encerra amanhã (20). O anúncio da troca gerou queda nas ações da empresa.
Na terça-feira (16), o Comitê de Pessoas da Petrobras considerou que Luna preenche os requisitos legais para a indicação e o considerou apto para exercer o cargo. O general precisa ainda ser eleito em assembleia geral dos acionistas convocada para o dia 12 de abril. Em seguida, seu nome deve ser aprovado pelo Conselho de Administração da estatal, composto por 11 membros. Sete deles são indicados pela União que é a acionista majoritária, três pelos demais acionistas e um pelos empregados.
Mais de um milhão de doses chegam no domingo
Por Marcelo Brandão
O Brasil vai receber neste domingo (21) o primeiro lote de vacinas contra a covid-19 provenientes do consórcio Covax Facility. Serão 1.022.400 doses que chegarão ao país às 18h. A chegada das vacinas foi confirmada pela representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Galiano.
Galiano enviou hoje (19) uma carta ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “É com satisfação que informamos que o primeiro embarque, referente a 1.022.400 doses da vacina contra COVID-19, adquiridas através do mecanismo COVAX, chegará ao Brasil no dia 21 de março de 2021”, disse na carta.
A representante da Opas/OMS no Brasil informou que 90% das doses têm vencimento em 31 de maio de 2021 e as demais 10% em 30 de abril de 2021. A Covax Facility é uma aliança internacional da Organização Mundial da Saúde que tem como principal objetivo acelerar o desenvolvimento e a fabricação de vacinas contra a covid-19. Trata-se de um consórcio internacional com o objetivo de garantir acesso igualitário à imunização.
A Covax Facility é uma plataforma colaborativa, subsidiada pelos países-membros, que também visa possibilitar a negociação de preços dos imunizantes. De acordo com o comunicado do consórcio, a projeção é que sejam enviadas 330 milhões de doses das vacinas da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca na primeira metade de 2021 para 145 países integrantes da aliança, que reúne mais de 150 nações.