A PF deflagrou, hoje (12/08), a 2ª fase da Op Olossá, com o objetivo de combater ORCRIM especializada no tráfico internacional de drogas, especialmente para Europa e Ásia
Por Tiago Netto
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12), a segunda fase da Operação Olossá, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação sobre organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas.
A operação mira especialmente na forma de tráfico com “mulas” em viagens aéreas, principalmente para Europa e Ásia, com entorpecentes escondidos em suas bagagens.
A investigação teve início em maio de 2019, a partir do aprofundamento de informações recebidas pelo serviço de Disque Denúncia da Secretária de Segurança Pública da Bahia.
Naquela ocasião, identificou-se que o proprietário de uma barraca de praia em Lauro de Freitas usava o estabelecimento para aliciar as “mulas”, sendo ele o principal integrante da organização criminosa nessa função.
Durante a investigação, dez pessoas foram presas em flagrante, quando tentavam embarcar para o exterior com cocaína escondida em suas bagagens em aeroportos da Bahia, de São Paulo, de Pernambuco, do Ceará e do Paraná.
Nesta terça (12), estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão, nos Estados da Bahia (Salvador, Lauro de Freitas e Conceição do Coité), Sergipe, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina. Entre os mandados de prisão, três estão sendo cumpridos no exterior, com o auxílio da INTERPOL; dois na Espanha e um na Tailândia.
Vacina desenvolvida em parceria com a empresa alemã BioNTech ainda não está na terceira fase de testes clínicos
Por Rodrigo Loureiro
Novos testes realizados com a vacina BNT162b1, desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, mostraram que o composto sorológico induziu uma resposta imunológica considerada “robusta” e sem efeitos colaterais para adultos entre 18 e 55 anos no combate ao coronavírus.
Os resultados dos testes clínicos foram publicados nesta quarta-feira (12) na revista Nature. Eles referem-se às fases 1 e 2 de testes clínicos e, por isso, não podem ser utilizados para medirem a eficácia da vacina contra covid-19. Isso acontece somente na terceira fase de testes, que ainda não foi iniciada.
Mesmo assim, as avaliações mais recentes feitas com 45 pessoas, sendo 23 homens e 22 mulheres, mostraram que os níveis de anticorpos neutralizantes entre os participantes do estudo foram entre 1,9 a 4,6 vezes maiores do que os de pessoas que ainda se recuperam do coronavírus.
Para a realização dos testes, os participantes foram divididos em quatro grupos. Um recebeu uma dose de 10 miligramas da vacina e outro recebeu 30 miligramas. Essas doses foram repetidas após 21 dias. O terceiro grupo recebeu uma dose única de 100 miligramas e o quarto grupo foi injetado com um placebo para servir como grupo de controle.
Os resultados obtidos mostram que houve uma resposta imune maior no grupo que recebeu duas doses de 30 miligramas da vacina ante os participantes que receberam duas doses de 10 miligramas. Entretanto, não houve diferença considerável em relação ao grupo que recebeu uma dose única de 100 miligramas – e que experimentou uma carga maior de efeitos colaterais.
Com os resultados da pesquisa, os cientistas agora se preparam para a próxima fase do desenvolvimento da vacina, que consiste em mais testes das fases 1 e 2. Agora, porém, com pessoas em idades mais avançadas, entre 65 e 85 anos. Os testes já foram realizados, mas ainda aguardam resultados definitivos. Depois serão feitas avaliações com pacientes que têm doenças crônicas.
Sem citar nomes, ministro da Economia disse que há auxiliares que aconselham o presidente Jair Bolsonaro a abandonar a regra do teto de gastos no próximo ano a fim de assegurar a reeleição
Por Caio Spechoto
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se no fim da tarde desta 3ª feira (11.ago.2020) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e com o líder do PP e do Centrão, Arthur Lira (AL). Na saída, eles disseram que o teto de gastos não pode ser alterado.
“Foi uma operação segura teto”, disse Guedes à frente do ministério ao lado dos 2 deputados. “Não haverá nenhum apoio do Ministério da Economia a furar o teto. Se tiver ministro fura-teto, eu vou brigar com o fura-teto”, declarou ele.
Um possível drible ao teto de gastos passou a ser assunto em Brasília por causa do impacto da pandemia sobre a economia. O orçamento público deve ser ainda mais comprimido em 2021.
Paulo Guedes afirmou que 2020 teve despesas extras por causa da pandemia, mas que o mercado compreende caso haja compromisso com o controle dos gastos na sequência. “Esse ano é extraordinário [por causa da pandemia]“.
“Os conselheiros do presidente que estão aconselhando a furar o teto estão levando para uma zona sombria”, afirmou Paulo Guedes. “Para uma zona de impeachment, para uma zona de irresponsabilidade fiscal“, completou. Ele disse, porém, que Jair Bolsonaro apoia o mecanismo de controle de despesas.
São ventiladas duas principais teses para furar o teto. Manter no próximo ano o estado de calamidade, que tira os efeitos da meta fiscal, ou prorrogar o Orçamento de Guerra. “Se a pandemia se extingue nesse ano, por que pediríamos a prorrogação para o ano que vem?”, declarou Guedes.
Rodrigo Maia em declaração à imprensa em frente ao Ministério da Economia; à esquerda, Paulo Guedes, e à direita, Arthur Lira© Sérgio Lima/Poder360 Rodrigo Maia em declaração à imprensa em frente ao Ministério da Economia; à esquerda, Paulo Guedes, e à direita, Arthur Lira
“De forma nenhuma a Presidência [da Câmara] vai pautar a prorrogação do Estado de calamidade”, disse Rodrigo Maia. “Não podemos olhar o endividamento público como solução”, declarou o deputado.
Ele disse que o teto de gastos tem apoio suficiente na Câmara e que pressiona para que os gastos públicos sejam melhorados.
Rodrigo Maia disse que conversará com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que sejam pautadas as propostas do governo para economia, como pacto federativo e a PEC emergencial.
“Essas PECs que o governo mandou no ano passado é que são a solução”, afirmou Maia. “Você explode o teto de gastos de 1 lado e a economia afunda do outro”, declarou.
“Tudo o que foi feito pelo governo nesse período de pandemia foi necessário”, declarou Arthur Lira. Ele se aproximou do Palácio do Planalto nos últimos meses. Bolsonaro tenta construir uma base de apoio na Câmara, e Lira é peça-chave nesse esforço.
Além da afirmação de que o dispositivo deve ser preservado, houve acenos mútuos. “O Congresso trabalhou durante a crise”, disse o ministro. Maia elogiou a proposta de reforma tributária do governo. A relação entre o presidente da Câmara e o ministro teve sobressaltos desde o começo do governo.
Só neste ano, mais de 4 mil focos foram registrados no Estado
Por Brener Nunes
Em ofício encaminhado ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, nessa segunda-feira, 10, o governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, solicitou a disponibilidade das Forças Armadas para o combate, prevenção e fiscalização as queimadas, focos e incêndios florestais dentro do território tocantinense.
No documento, o governador Mauro Carlesse afirma que o Estado padece com vulnerabilidades da vegetação devido às combinações climáticas do período do ano, considerando as altas temperaturas neste período de estiagem principalmente entre os meses de julho e setembro. “A falta chuvas e com este forte calor acaba favorecendo o surgimento de incêndios florestais comprometendo a biodiversidade da região em razão da destruição de quilômetros de flora e a morte de milhares de espécies da fauna amazônica”.
O ofício cita dados coletados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), em parceria com o Centro Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo (CeMAF), e em conformidade com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos quais apontam que foram registrados 9.019 focos de incêndio no período de julho a setembro de 2019.
O governador Mauro Carlesse destaca que esses números mostram a forte preocupação do Governo do Tocantins com o monitoramento e combate ao fogo em 2020, tendo em conta que, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), devido às condições climáticas atuais, o Tocantins já ocupa posição de destaque Índice de Inflamabilidade de Nesterov (grau de perigo), utilizado para indicar a possibilidade de incêndios.
“Precisamos de árduas respostas do Poder Executivo Estadual, o qual segue administrando a sobrecarga de seus órgãos e entidades, destacando a Secretaria de Estado da Saúde, devido a este período pandêmico. Isso significa que incêndios florestais, em um momento como este, poderão agravar problemas respiratórios, com risco a saúde da população, a cobrar melhores resultados por parte de uma estrutura que já opera no limite de sua capacidade”, afirmou o Governador.
O ofício finaliza com o Governador reiterando a solicitação para que o presidente da República autorize o emprego de Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem em ações subsidiárias na faixa de fronteira do Tocantins, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos Estados da Amazônia Legal, especialmente no combate a focos de incêndio.
Dados de 2020
Conforme os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Tocantins possui 4.049 focos de incêndio em 2020.
Campanha Nacional de Vacinação contra sarampo foi prorrogada pelo Ministério da Saúde até 31 de agosto
Por Erlene Miranda
A Campanha Nacional de Vacinação Contra Sarampo foi prorrogada pelo Ministério da Saúde (MS), até 31 de agosto. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta que a população entre 20 e 49 anos, alvo da imunização, precisa procurar as unidades básicas de saúde para se vacinar.
A gerência de imunização da SES informa que todos os municípios receberam doses para a imunização, sendo que a quantidade é repassada de acordo com a solicitação prévia das secretarias municipais de saúde. Até o momento, 59.879 doses foram aplicadas no Estado.
A gerente de imunização da SES, Diandra Rocha, explica que “a campanha foi prorrogada devido a baixa procura por parte do público-alvo pela vacina. A gente sabe que estamos passando por um momento crítico, mas não podemos deixar de nos preocupar com as outras doenças que estão aí”.
“Aqui no Tocantins, até o momento nós tivemos um caso confirmado de sarampo, então a gente pensa que com essa nova vacinação é o momento de proteger a nossa população, e estar evitando que novos casos apareçam aqui no Estado, e a única maneira de proteger contra o sarampo é realmente através da vacinação” alertou Diandra Rocha.