Por Edson Rodrigues
Os analistas políticos são unânimes em afirmar que as lideranças políticas nacionais terão pouca influência na formulação dos votos do eleitorado. A questão ideológico-partidária também é um ponto que não será levado em conta, uma vez que os próprios partidos se misturam entre si, em alianças que reúnem legendas de esquerda, direita e centro a bel prazer do caminho mais fácil até o poder.
Já as lideranças estaduais, pouco terão voz nos municípios se não respeitarem as peculiaridades locais, tentando empurrar acordos feitos de cima pra baixo, pela goela dos diretórios municipais e dos eleitores locais, sem ter nenhuma obra de vulto realizada por conta dessa “liderança”.
Logo, é unanimidade entre os principais analistas políticos, que os candidatos precisam ter luz própria para ser, realmente, competitivos. Apenas o apadrinhamento não vai fazer ninguém ter vantagem ou mais chances de ser eleito.
Isso é fato!
PALMAS, CAPITAL
Em Palmas, onde a sucessão municipal promete ser a mais “encruada” de todos os tempos, as peculiaridades locais e os fatores extra política aparecem de forma ainda mais robusta que nos demais municípios.
Em Palmas, é preciso, antes, descobrir quem realmente está com quem, pois são tantos padrinhos, tantos partidos, tantos grupos políticos e tantos candidatos, que fica difícil saber com antecedência quem está falando a verdade e sendo sincero e quem está apenas despistando os “companheiros” e os eleitores para, após as convenções, deixar cair a máscara e mostrar suas reais intenções.
Principais Candidatos a prefeitura de Palmas
As principais lideranças políticas da Capital têm, sim, poder de transferência de votos, mas nada que seja muito significativo a ponto de proporcionar vantagem. Há muito tempo o eleitor deixou de aceitar “cabresto eleitoral”. Todos são muito bem informados sobre a política partidária eleitoral – assim como ocorrer nos maiores colégios eleitorais, como Porto Nacional, Araguaína, Gurupi e Paraíso – tanto pelos veículos tradicionais de comunicação quanto pelas redes sociais.
São dezenas de blogs, sites e portais de notícias, gratuitos, que praticamente eliminaram a figura do “coronel” político, que mantinha seu curral eleitoral alheio aos fatos políticos externos.
Há, ainda, os líderes religiosos que têm se colocado à disposição de partidos com ideologia mais à direita, para reunir seus fiéis e ouvir as propostas dos candidatos dessas agremiações. Mesmo assim, o poder de convencimento vem sendo pequeno, ante aos resultados das últimas eleições, pois, antes de ser fiéis, o congregados são cidadãos, têm empregos e famílias, assim como um posicionamento político próprio.
Além do que, algumas lideranças religiosas nem procuram disfarçar suas pick-ups de luxo, carrões de mais de meio milhão de reais, fazendas, chácaras, mansões e uma pluralidade de bens de alto padrão que não condizem que a vida religiosa.
WANDERLEI BARBOSA
Uma das poucas lideranças políticas em Palmas com poder real de transferência de votos é o governador Wanderlei Barbosa, que nunca perdeu eleição na Capital – incluindo outros membros da sua família, como seu pai, Fenelon, seu irmão Marilon e seu filho Léo Barbosa – seja para vereador, em que foi eleito para vários mandatos e para a presidência da Câmara Municipal, para deputado estadual, vice-governador e governador reeleito.
Wanderlei Até agora não anunciou se apoiará um dos pré-candidatos já estabelecidos ou se lançará uma candidatura palaciana, pois sabe que, assim como os demais, será avalista de quem apoiar. Por isso, vai esperar o seu momento e a sua intuição para colocar o seu nome no processo sucessório da Capital.
Fenelon Barbosa e sua família
Mais uma demonstração de amadurecimento e sapiência política.
VARINHA MÁGICA
Na verdade, não há uma varinha mágica que transforme os votos das lideranças, dos padrinhos, em votos para seus escolhidos.
Os eleitores já estão decididos a não votar em quem esteja respondendo a qualquer processo por improbidade administrativa, corrupção comprovada por órgãos de fiscalização ou pelo Judiciário, que esteja com contas reprovadas ou rejeitadas ou com qualquer tipo de problema com a Justiça.
Os votos nas eleições municipais serão decididos dentro das peculiaridades de cada cidade, com pouquíssimas brechas para influências de padrinhos, partidos ou ideologias.
Após as convenções partidárias, o eleitor terá o tempo necessário para avaliar cada nome que será colocado para a sua escolha, seja para prefeito, seja para vereador, e a decisão virá da sua mente, do seu entendimento político e da sua avaliação do momento que o município passa.
“UNGIDOS”: ÔNUS E BÔNUS
Como em todas as eleições, a maioria dos candidatos terá um padrinho político, aquela liderança, com mandato ou não, que o “ungirá” com sua indicação ou com seu apoio. O que muda, nesta eleição, é que os padrinhos estarão sujeitos a todos os ônus e a todos os bônus do resultado das ações do seu “ungido”, caso ele seja eleito.
Mais que padrinhos, eles serão avalistas da atuação política. Qualquer escândalo que envolva o seu apadrinhado, essa liderança estará sujeita às mesmas sanções que os eleitores decidirem por bem tomar em relação aos mal feitos dos eleitos.
Não haverá mais a possibilidade de um padrinho dizer que “não sabia” ou que desconhecia os desvios de caráter do seu ungido.
E essa associação já aparecerá nas eleições de outubro próximo, quando os padrinhos que tiverem indicado ou apoiado maus políticos, colherão o mal que plantaram em relação aos seus novos ungidos. Quem indicou um mau político, não terá seu apadrinhamento bem avaliado pelos eleitores. Será a hora do acerto de contas, de vereador a governador, de soldado a coronel, líder político ou líder religioso, todos saberão o que o povo achou das suas indicações.
Lembrando aos padrinhos e avalistas que até as eleições de outubro, ainda serão revelados os resultados de operações da Polícia Federal, assim como novas operações serão realizadas – três ou quatro já estão preparadas – e muita gente que está “cantando de galo”, vai piar fininho. Será o início da “higiene política” a ser posta em prática pelos eleitores tocantinenses.
RESSALVA
O Observatório Político de O Paralelo 13 faz questão de fazer uma ressalva sobre as operações da Polícia Federal.
Essas operações ocorrem por determinação da Justiça Federal, das cortes supremas, e os agentes da Polícia Federal apenas cumprem ordens. Se há erros, falhas e injustiças nessas operações, a culpa não é da PF e, sim, de quem ordenou que fossem realizadas.
Muitas vezes, os magistrados das cortes supremas que determinam operações, são convencidos por políticos “amigos” ou por quem tenham afinidades. E há lideranças tocantinenses agindo como influenciadores da realização dessas operações.
Nossa afirmação se baseia em fatos. Foram várias e várias operações da Polícia Federal em território tocantinense que ficaram sem respostas, sem decisões. E a maioria dessas operações sem conclusão foi realizada em período eleitoral municipal ou estadual.
Governos como os de Marcelo Miranda, Sandoval Cardoso e Mauro Carlesse, sem contar governos municipais como de Palmas e de Araguaína, passaram por operações da Polícia Federal que ficaram sem uma decisão, sem apontar culpados ou inocentes ou sem respostas consistentes.
Logo, ainda há, na mente do eleitor, o espaço para que essas decisões possam influenciar seus votos, caso aconteçam antes do dia da votação.
O certo é que a forma de elaboração do voto pelo eleitor mudou radicalmente. E quem tentar passar o eleitor pra trás, indicando, apoiando ou ungindo “maçãs podres”, pode colher o “apodrecimento” que ele mesmo plantou...
Fatores climáticos levaram a decisão de mudar bandeira tarifária da conta de luz, o que não ocorria desde 2022
POR LINCOLN PRADAL
Após dois anos de bandeira tarifária verde, a conta de luz no Brasil ficará mais cara durante o mês de julho. A informação foi divulgada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (28).
De acordo com a agência, a bandeira tarifária do mês de julho será amarela, por conta da previsão de escassez de chuvas e um inverno com temperaturas mais altas neste ano. Estes fatores podem impactar nos custos da operação do sistema elétrico.
Um dos principais motivos é o acionamento das termelétricas, que têm energia mais cara que as hidrelétricas. A previsão é que as chuvas no período fiquem cerca de 50% abaixo da média até o final do ano.
Conta de luz não subia há 26 meses
A última vez que a conta de luz ficou mais cara por conta da bandeira tarifária foi em abril de 2022. De lá para cá, foram 26 meses com bandeira verde. Criado em 2015, o sistema de bandeiras indica ao consumidor as mudanças nas tarifas, ajudando-o a economizar.
Em julho, as contas de luz dos brasileiros vão ter acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos. Este valor foi aprovado pela Aneel em março, quando o valor da bandeira amarela foi reduzido em 37%. Antes, a tarifa era de R$ 2,989/KWh
Por conta do cenário de escassez de chuvas e temperaturas mais altas, a recomendação do Governo Federal é para o uso consciente da energia, evitando desperdícios.
O presidente estadual do PL, senador Eduardo Gomes e a deputada estadual e pré-candidata a prefeita Janad Valcari somaram força ao projeto político do jovem empresário.
Da Assessoria
O jovem empresário e estudante de administração Marcos Júnior, de 20 anos, lançou oficialmente sua pré-candidatura a vereador de Palmas pelo Partido Liberal (PL) nesta quinta-feira, 27. O evento, que atraiu uma série de figuras políticas importantes do Estado do Tocantins, marcou o início de uma caminhada que promete renovação e compromisso com os anseios da juventude palmense.
Em seu discurso, Marcos Júnior, filho de Claudiana Messias Oliveira e de Marcos Antônio Rodrigues, conhecido como Tatu, destacou sua trajetória como empresário e sua visão para o futuro de Palmas. "Sou um jovem empresário, buscando formação superior, que já gera empregos e oportunidades. Eu quero que os jovens de Palmas, aqueles dos bairros populares e esquecidos, tenham essas mesmas oportunidades. De estudar, de abrir um negócio com crédito oferecido pela prefeitura. Oportunidade de ter lazer, cultura. Eu vou trabalhar por isso. Eu vou lutar por isso. Hoje é só o primeiro passo desta caminhada vitoriosa."
O senador Eduardo Gomes, presidente estadual do PL Tocantins, não pôde comparecer presencialmente devido a compromissos no exterior, onde participa de um evento sobre inteligência artificial. Mesmo à distância, Gomes enviou um vídeo de apoio: "Hoje é o dia de fazer um compromisso com a cidade de Palmas com a pré-candidatura de Marcos Júnior. Tenho certeza que será vitoriosa junto com a pré-candidatura da nossa querida Janad Valcari, que está pertinho de conquistar um novo tempo para Palmas. Tenho certeza que Marcos Júnior representa a renovação política. Eu que fui vereador e presidente da Câmara sei a emoção que é dividir esse lugar, que é o primeiro passo de uma caminhada segura e exitosa."
Já a pré-candidata a prefeitura de Palmas pelo PL, Janad Valcari, afirmou que era um dia cheio de energia. "É muita responsabilidade colocar o nome à disposição das pessoas, não é uma função para qualquer um; é uma função para pessoas que gostam de servir. Eu conheço o Marcos desde pequeno e quero agradecer por todas as vezes que ele me acompanhou no projeto do qual faço parte há mais de 18 anos, Instituto Plantando e Colhendo o bem. Eu sempre disse que ele tinha vocação para a política. Que Deus abençoe este projeto", validou Janad.
Além da pré-candidata a prefeita de Palmas, Janad Valcari, esteve no palanque o ex-governador do estado Marcelo Miranda (MDB). Durante o evento foram exibidos depoimentos de apoio do governador em exercício Amélio Cayres, dos senadores da república Eduardo Gomes e Dorinha Seabra (União Brasil), do deputado federal Carlos Gaguim (União Brasil), do deputado estadual Moisemar Marinho (PSB) e do prefeito de Paraíso, Celsinho Moraes.
Por Gabriel Hirabahasi e Sofia Aguiar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que seus apoiadores respeitem adversários políticos, como o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), que foi alvo de vaias durante evento promovido pelo governo federal. Em evento em Belo Horizonte nesta sexta-feira, 28, Lula disse ter sido eleito para "mostrar civilidade".
"Queria pedir a compreensão de vocês. Quando vou a um Estado, faço questão de convidar as autoridades a participarem dos eventos. Vocês me elegeram para mostrar civilidade. O vice-governador não está aqui só porque quer, está porque nós os convidamos. Como somos gentis, temos que respeitar quem vem na nossa casa", disse.
A "puxada de orelha" de Lula aconteceu porque apoiadores presentes no local do evento vaiaram o vice-governador quando o gestor estadual foi anunciado para discursar na cerimônia. Durante a fala de Simões, o chefe do Executivo federal permaneceu em pé ao lado do vice-governador, em sinal de respeito.
No discurso, Simões afirmou que o governo de Minas Gerais e o governo federal ainda têm "muito a construir em conjunto", citando o acordo de dívida do Estado. "A cada momento, em todos os instantes, o senhor Lula contará em Minas Gerais com um ambiente aberto ao diálogo e para a construção", disse o vice-governador.
Lula anunciou, nesta sexta, uma série de investimentos do governo federal em Minas Gerais. Participaram da cerimônia o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de vários ministros, entre eles Alexandre Silveira (Minas e Energia), Margareth Menezes (Cultura), Camilo Santana (Educação), Jader Filho (Cidades) e Renan Filho (Transportes).
De acordo com a deliberação dos conselheiros, governo vai investir na infraestrutura necessária para realização do evento
Por Adenauer Cunha
O Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE) aprovou nesta quinta-feira, 27, o aporte de recursos para a realização da 25ª edição da Feira de Negócios de Palmas (Fenepalmas) e da Feira da Construção Civil do Tocantins. Os investimentos, nos valores de R$ 1,2 milhão e R$ 500 mil, respectivamente, serão realizados no fornecimento da infraestrutura necessária para a realização dos eventos. Os recursos são provenientes do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE).
As feiras acontecerão de forma simultânea entre os dias 6 e 10 de setembro na Praça dos Girassóis. Realizada anualmente pela Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), a Fenepalmas já se consolidou como um dos principais eventos do segmento no estado. Neste ano, a feira contará com a participação de 80 expositores regionais. Há a expectativa de que cerca de 11 mil pessoas visitem a Fenepalmas, gerando um incremento de 20% no volume de negócios durante o período. Já a Feira da Construção Civil do Tocantins, que será realizada juntamente com a Fenepalmas, terá como objetivo promover a inovação e práticas sustentáveis no setor da construção civil.
Para o Secretário de Estado das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Urbano e conselheiro do CDE, Thiago Benfica, o incentivo a esses eventos resultam em atração de investimentos e movimentação da economia local. “Nossa expectativa é de que possamos alocar esses recursos para que retornem em incentivos e divisas para o próprio Estado. A Feira da Construção Civil é um evento que vamos apoiar diretamente, pois o governador Wanderlei Barbosa pretende lançar um importante programa de habitação de interesse social dentro da feira”, informou.
Incentivos fiscais
Na ocasião, o presidente do Conselho, secretário Carlos Humberto Lima, apresentou a prestação de contas das ações e projetos referentes aos processos aprovados pelo CDE no primeiro semestre deste ano - Arthur Silva/Governo do Tocantins
Ainda durante a 130ª Reunião Ordinária do CDE, os conselheiros também apreciaram processos de concessão de incentivos fiscais. Foram relatados cinco processos de empresas que pleiteiam benefícios fiscais via Proindústria (Lei nº1.385/2003). Foram quatro processos na modalidade expansão e um de implantação. Apenas um pedido teve parecer desfavorável, por apresentar inadequações.
Dentre os aprovados, três empreendimentos estão localizados na capital e um no município de Rio dos Bois. O capital privado investido pelas empresas no estado chega a $ 7,9 milhões, gerando 88 empregos diretos e indiretos.
O Secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, e presidente do CDE, Carlos Humberto Lima, destacou o trabalho realizado pelo Conselho. “Todos os processos e pedidos de aporte financeiro são criteriosamente analisados pelos conselheiros objetivando o desenvolvimento econômico do Estado do Tocantins e a consequente justiça social que ele proporciona. Graças ao modelo de gestão do governador Wanderlei Barbosa, o Conselho de Desenvolvimento Econômico possui autonomia para atuar visando a melhoria da qualidade de vida da população”.
Na ocasião, a presidência apresentou a prestação de contas das ações e projetos referentes aos processos aprovados pelo CDE no primeiro semestre deste ano. “Esta é a última reunião deste semestre e trazemos esta prestação de contas para garantir a transparência das ações aprovadas por este colegiado ao longo desse período”, afirmou o presidente.
Ao final, os conselheiros conferiram um vídeo que mostra a necessidade de manutenção no prédio da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sics). O projeto de aporte de recursos será apresentado na próxima reunião do CDE.
Conselho
O Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico é composto por 11 membros representantes da iniciativa pública e privada. O órgão é responsável pela administração dos programas de benefícios fiscais e outros projetos de desenvolvimento econômico no estado e por gerir o Fundo de Desenvolvimento Econômico.
Entre as entidades e órgãos que fazem parte do Conselho estão a Secretaria de Estado da Fazenda e Planejamento (Sefaz), Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Secretaria de Estado do Trabalho e do Desenvolvimento Social (Setas), Federação das Indústrias do Estado do Estado do Tocantins (Fieto), Federação do Comércio do Estado do Tocantins (Fecomércio), Federação das Associações de Comércio e Indústria do Estado do Tocantins (Faciet), Federação da Agricultura do Estado do Tocantins (Faet) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).