Augusto Aras visita região, no Vale do Javari, promete reforços e fala em aprofundar investigação; PF descartou mando

 

Por: Ricardo Brandt

 

Em visita a Tabatinga (AM), neste domingo (19.jun), o procurador-geral da República, Augusto Aras, falou em aprofundar as investigações sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips e identificar eventual conexão com o crime organizado. A área, na tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia, é dominada por narcotraficantes e vive sob pressão de madeireiros, garimpeiros e pescadores ilegais.

 

"O Ministério Público Federal e Estadual estão empenhados em aprofundar as investigações, inclusive para identificar eventuais conexões com organizações criminosas existentes na ocorrência desses crimes sucessivos", afirmou Aras, neste domingo, depois de reuniões e um sobrevôo sobre o local dos assassinatos de Bruno e Phillips.

 

Em nota divulgada na 6ª feira (17.jun), a Polícia Federal informou que as investigações até aqui apontam que os executores teriam "agido sozinhos, não havendo mandante", nem relação do crime com narcotraficantes ou outra organização criminosa. O anúncio gerou reações.

 

Três pessoas foram presas pelas polícias Federal e Civil. Estão presos os pescadores Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, e Oseney Oliveira, o Dos Santos, que são irmãos, e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.

 

Aras

 

As buscas e apurações continuam na região de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas, numa das entradas da Terra Indígena Vale do Javari. A embarcação que era usada por Bruno e Phillips ainda não foi retirada do fundo do rio e ainda se busca por mais cinco envolvidos no crime. Eles teria relação com o assassianto e a ocultação dos corpos.

 

Aras visitou Tabatinga (AM) e prometeu reforços para o Ministério Público. Disse que volta para Brasília "com disposição de mover as instâncias do Estado para a defesa da Amazônia e seus cidadãos, isolados ou não".

 

O PGR se reuniu com cinco lideranças dos povos indígenas do Vale do Javari, na divisa do Brasil com o Peru e Colômbia. Teve reuniões também com procuradores da República que atuam no Amazonas, o procurador-geral de Justiça do estado, Alberto Rodrigues, o promotor Elanderson Lima, o secretário de Segurança Pública, Carlos Mansur, represententas do Exército, Marinha, da Polícia Federal, Funai e outras instituições.

 

O objetivo da visita foi "discutir medidas conjuntas de reforço da presença e atuação estatal na região". O objetivo é o "combate à macrocriminalidade e ao enfrentamento de violações aos direitos indígenas, direitos humanos e outros crimes registrados na região".

 

Os indígenas afirmaram "que têm ocupado um importante papel no estado fazendo a vigilância do território principalmente contra a pesca ilegal". O procurador-geral "se comprometeu a realizar a interlocução com o Ministério da Defesa e discutir a possibilidade da edição de decreto que autorize Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para o Vale do Javari, ainda que temporário, de modo a reforçar a presença das Forças Armadas no local", informou a PGR, em nota.

 

 

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:40 Escrito por O Paralelo 13

Por Edson Rodrigues

 

A candidatura ao Senado da república da deputada federal Dorinha Seabra já está aglutinando apoios de forças políticas, lideranças, vereadores e prefeitos, com uma agenda positiva lotada de reuniões e encontros que começam ainda cedo, no café da manhã, e se estendem ao longo dos dias.  O objetivo é a formação de “dobradinhas” com deputados estaduais e federais candidatos à reeleição e os que estão tentando um primeiro mandato, sempre de forma coletiva, valorizando as lideranças políticas locais e regionais, envolvendo os prefeitos e vereadores dos municípios que sempre estiveram no rol dos beneficiados pelas emendas impositivas, recursos federais para a área da educação e outros benefícios alavancados pela parlamentar, com auxílio da bancada federal, durante o exercício dos seus mandatos.

 

FOCO E DEDICAÇÃO

 

Dorinha Seabra irá dividir os próximos 20 dias entre o Tocantins e a Capital Federal, de onde ainda pretende finalizar o encaminhamento de suas emendas impositivas, convênios e outros recursos em fase final de liberação para os municípios e para o Estado do Tocantins, além de concluir seus trabalhos nas relatorias das comissões das quais faz parte.

 

Deputado federal Tiago Dimas, senador Eduardo Gomes, Professora Dorinha e Marcelo Miranda

 

Só após a conclusão dos seus trabalhos parlamentares é que Dorinha irá se dedicar integralmente à sua candidatura ao Senado, reservando tempo, também para, paralelamente, organizar o, União Brasil, do qual é presidente no Tocantins, visando à realização da convenção que definirá, enfim, os candidatos proporcionais que comporão com ela, assim como qual candidato ao governo irão apoiar.

 

SENADOR EDUARDO GOMES

 

A deputada Dorinha Seabra não mede as palavras para reafirmar seu posicionamento sempre junto com o senador Eduardo Gomes, a quem considera um grande amigo e irmão e tem um ótimo relacionamento e uma grande amizade, cultivada há anos, e que considera quase que uma irmandade verdadeira, de confiança e apoio mútuos.

 

Mesmo assim, Dorinha não decidiu, ainda, quem apoiará para o governo, pois assim como pautou sua vida pública, só tomará essa decisão após ouvir todos os seus companheiros de partido, os prefeitos e vereadores que a apoiam, os candidatos a deputado estadual e federal, aguardando o momento oportuno para ter a certeza de que está tomando uma decisão que seja boa para todos os que estão com ela.

 

Professora Dorinha e o senador Eduardo Gomes em entrega de maquinas para prefeitos 

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 esteve com a deputada Dorinha Seabra neste fim de semana, e pode observar uma postura política de quem está realmente preocupada com o futuro do Tocantins, desejando realizar rodadas de discussão com a sociedade, com profissionais de todas as áreas, principalmente da Educação, área que ela sempre representou, e do agronegócio, carro-chefe da nossa economia, para poder planejar sua atuação como senadora da República, em conjunto com a nova bancada federal que irá se formar após as eleições, visando a manutenção da oxigenação financeira ao Estado para um desenvolvimento pleno, assim como o do País.

 

Coisas que o Tocantins está precisando, urgentemente...

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:33 Escrito por O Paralelo 13

Grupos indígenas completaram neste domingo (19) uma semana nas ruas do Equador, com passeatas, bloqueios de estradas e episódios de violência em protestos contra políticas do governo do presidente conservador, Guillermo Lasso, e o aumento do preço dos combustíveis.

 

Com Estadão

 

Neste fim de semana, um avião cargueiro cedido pelo governo da Colômbia, com capacidade para 2,5 toneladas, realizou os dois primeiros voos para transportar comida e remédios da capital até Cuenca, a 620 quilômetros ao sul, de modo a furar os bloqueios das rodovias que atendem a região.

 

"Não vamos parar. Demos início à ponte aérea para manter o abastecimento de medicamentos e alimentos nas principais cidades do país. Continuaremos fazendo quantos voos sejam necessários", disse o ministro da Produção, Júlio José Prado, pelo Twitter.

 

Nesta segunda-feira (20), a Assembleia Nacional vai analisar o decreto de emergência anunciado por Lasso para as províncias de Pichincha, onde fica a capital, Ibabura e Cotopaxi, as mais afetadas pelas manifestações. A medida, que habilita Lasso a mobilizar as Forças Armadas para manter a ordem interna, suspender direitos dos cidadãos e decretar toque de recolher, vale, a princípio, por 30 dias.

 

O decreto, que inclui toque de recolher noturno na capital, não teve efeitos práticos, e indígenas mantiveram protestos em pelo menos 14 das 24 províncias do país no fim de semana.

 

Mesmo assim, o prefeito de Quito, Santiago Guarderas, se dirigiu em carta à Assembleia Nacional para pedir que o Parlamento não revogue o decreto presidencial. "Responsabilizo os parlamentares que votarem a favor da revogação do estado de exceção pelas consequências que podem trazer para a paz e a segurança da cidade. A capital não pode ficar indefesa", escreveu.

 

O temor do governo e de analistas é que haja um novo "outubro de 2019", quando protestos contra o corte de subsídios dos combustíveis deixaram 11 mortos, 1.507 feridos e 1.330 presos.

 

A Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) lidera os protestos pela redução dos preços dos combustíveis após o aumento de 90% do valor do galão do diesel, que chegou a US$ 1,90 (R$ 9,79), e de 46% da gasolina comum (agora a US$ 2,55, ou R$ 13,14) entre maio de 2020 e outubro de 2021. Desde o ano passado, a entidade propõe que os preços sejam reduzidos a US$ 1,50 e US$ 2,10, respectivamente.

 

Além dos preços da gasolina, os manifestantes protestam pela renegociação de dívidas dos trabalhadores rurais com bancos e contra o desemprego e a concessão de licenças de mineração em terras indígenas.

 

No sábado (18), o presidente da Conaie, Leonidas Iza, afirmou que o grupo permaneceria nas ruas. "Confirmamos a luta em nível nacional, em caráter indeterminado", disse. A Conaie participou de protestos que depuseram três chefes de Estado entre 1997 e 2005 e liderou as manifestações de 2019.

 

Os protestos também têm impactado a exportação de flores, atividade econômica importante do país. Segundo a Expoflores, que reúne empresas do setor, cada dia de paralisação tem provocado perdas na faixa dos US$ 2,5 milhões (R$ 12,8 milhões).

 

Pressionado, Lasso, que está no poder há um ano, também anunciou na sexta-feira o aumento de US$ 50 (R$ 257) para US$ 55 (R$ 283) no auxílio econômico a famílias de baixa renda. Além disso, o Executivo ordenou o perdão de empréstimos vencidos de até US$ 3.000 (R$ 15,5 mil) concedidos pelo banco estadual de desenvolvimento produtivo e deve subsidiar em até 50% o preço da ureia agrícola, fertilizante usado no campo, para pequenos e médios produtores.

 

Pelas redes sociais, Iza afirmou que a Conaie comemora "os pontos em que há avanços. Embora sejam irrisórios, vão ajudar em alguma coisa", disse. Segundo a entidade, ele teve seu carro baleado no sábado. "Ele [Iza] está bem. Alertamos com isto para o estado de emergência e a atitude beligerante do governo", afirmou o grupo no Twitter. As autoridades não comentaram o assunto.

 

Em 2021, a pobreza no Equador chegou a 27,7% da população, e a extrema pobreza, a 10,5%. As zonas rurais são as mais vulneráveis.

 

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:24 Escrito por O Paralelo 13

Voltou a circular entre o alto escalão da companhia o interesse de partidos políticos pela diretoria de Abastecimento, responsável pelos preços

 

De O Globo

 

O Conselho de Administração da Petrobras tenta agora blindar a estatal para evitar mudanças na diretoria. "A batalha não são os preços mas a composição da diretoria", de acordo com uma fonte.

 

Diferentes integrantes do governo tentam pressionar novamente para que José Mauro Coelho renuncie ao cargo, mas o executivo vem relutando em desistir. Bolsonaro e o Ministério de Minas e Energia não têm poderes para demitir Coelho, o que poderia ser feito apenas pelo Conselho de Administração.

 

Já circula entre o alto escalão da companhia o interesse de partidos políticos pela diretoria de Abastecimento da companhia, que é a responsável pelos preços dos combustíveis.

 

As comparações com o passado são inevitáveis, lembrou uma das fontes, quando os partidos políticos disputavam diretorias na estatal.

 

Vêm causando forte incômodo dentro da companhia as declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que prometeu uma reunião de líderes parlamentares para discutir a política de preços da Petrobras.

 

Ignorado pela Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que a estatal pode "mergulhar o Brasil num caos" com o reajuste no preço dos combustíveis.

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:22 Escrito por O Paralelo 13

Com 98,22% das urnas apuradas, o economista e ex-guerrilheiro das Farc teve 11.115.965; analistas explicam que, apesar de ter força no Congresso, terá dificuldades de governar porque precisa da maioria para aprovar seu programa de governo

Por Fernanda Simas

 

Gustavo Petro é o novo presidente da Colômbia, colocando a esquerda pela primeira vez no governo do país. O candidato do Pacto Histórico teve 50,49% dos votos, superando o populista de direita Rodolfo Hernández, que recebeu 47,25% dos votos.

 

Aprofundando um ciclo eleitoral que tem eleito esquerdistas na América Latina, Petro promete profundas mudanças sociais na Colômbia, por décadas governada pela direita. Esta foi a terceira vez que o candidato, que tem 62 anos, concorreu à cadeira presidencial.

 

Analistas políticos explicam que, apesar de Petro ter conseguido força no Congresso, terá dificuldades de governar porque precisa da maioria para aprovar seu programa de governo. O bloco de centro-esquerda, que engloba o Pacto Histórico, o Partido Comunes (ex-Farc), os grupos indígenas e a Coalizão Centro Esperança, tem 35% das cadeiras. Metade do Congresso está nas mãos da centro-direita tradicional do país.

 

Nascido em uma família de classe média, de pai conservador e mãe liberal, e educado por padres lassalistas, ele levantou as bandeiras da mudança e da ruptura com as forças que tradicionalmente governam a Colômbia. Seu passado como ex-guerrilheiro ainda deixa muitos colombianos apreensivos.

 

Petro militou no M-19, uma guerrilha nacionalista de origem urbana que assinou a paz em 1990. Ele conta que se rebelou contra o golpe militar no Chile em 1973 e uma suposta "fraude eleitoral" na Colômbia no mesmo ano contra um partido popular.

 

Admirador do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, na clandestinidade adotou o nome Aureliano, em homenagem ao personagem de Cem Anos de Solidão. Foi detido e torturado pelos militares e ficou preso por um ano e meio. Sempre foi um combatente "medíocre", de acordo com seus ex-companheiros de armas.

 

Após assinar a paz, Petro chegou ao Congresso e depois à Prefeitura de Bogotá (2012-2015). Como parlamentar, destacou-se por denunciar os vínculos entre políticos e os paramilitares de extrema direita, mas como prefeito ganhou fama de autoritário e mau administrador por seu plano caótico de estatizar a coleta de lixo, então nas mãos da iniciativa privada.

 

Em busca dos eleitores de centro e dos indecisos, Petro prometeu austeridade e respeito à propriedade. No Twitter, o candidato elencou garantias sobre temas que foram levantados como temores durante a corrida eleitoral.

 

Durante todo a campanha do segundo turno, Petro levantou dúvidas sob o processo eleitoral, insinuando que haveria fraude caso não fosse eleito.

 

Ele propôs ambiciosas reformas previdenciárias, tributárias, sanitárias e agrícolas e mudanças na forma como a Colômbia combate os cartéis de drogas e outros grupos armados.

 

Depois de votar, ele convocou os apoiadores a votar em grande número para "derrotar qualquer tentativa de fraude" e alegou, sem apresentar provas, que eleitores em algumas assembleias de voto estavam recebendo cédulas previamente marcadas como votos em branco na tentativa de "cancelar votos que iriam para a mudança."

 

O escrivão nacional, Alexandre Vega, defendeu a tarefa da autoridade eleitoral que chefia: "Apesar da desinformação, o processo eleitoral continua firme e forte", disse em discurso público com Duque.

 

Uma eleição do voto contra

Silvia Otero Bahamón, professora de ciência política da Universidade de Rosário, disse que, embora ambos os candidatos fossem populistas que "têm uma ideologia baseada na divisão entre a elite corrupta e o povo", cada um possui uma forma de encarar a luta contra o establishment.

 

"Petro se relaciona com os pobres, as minorias étnicas e culturais das regiões mais periféricas do país", disse Otero, enquanto os partidários de Hernández "são as pessoas que foram decepcionadas pela politicagem e pela corrupção. É uma comunidade mais solta, que o candidato alcança diretamente pelas redes sociais."

 

Pesquisas mostram que a maioria dos colombianos diz acreditar que o país está indo na direção errada e desaprova o atual presidente, Iván Duque, que não poderia concorrer à reeleição.

 

Muitos eleitores basearam sua decisão no que não querem, em vez do que querem. "As pessoas disseram: 'Não me importo com quem está contra o Petro, vou votar em quem representa o outro candidato, independentemente de quem seja essa pessoa'", disse Silvana Amaya, analista sênior da empresa Control.

 

* Com informações da AP, AFP e Reuters

 

 

 

Posted On Segunda, 20 Junho 2022 05:16 Escrito por O Paralelo 13