Com recursos da bancada federal, o Governador Wanderlei Barbosa faz a entrega de equipamentos que atenderão unidades hospitalares estaduais.
Por Laiane Vilanova
O governador em exercício do Tocantins, Wanderlei Barbosa, entregou na manhã desta sexta-feira, 19, equipamentos médicos que irão melhorar a oferta do serviço de saúde dos municípios e nos hospitais da rede estadual. Foram entregues mais 32 aparelhos de ultrassom para 32 cidades e 50 monitores cardíacos para a rede hospitalar. Os equipamentos foram adquiridos com recursos de emendas parlamentares da bancada federal.
O governador Wanderlei Barbosa ressaltou que o objetivo da entrega, além do fortalecimento do serviço, será também desafogar as unidades regionais. "Esses aparelhos promoverão a descentralização dos serviços de saúde. Assim, nós conseguiremos levar aos municípios um atendimento de qualidade e com mais conforto, pois o cidadão não precisará sair de seu município para buscar atendimento fora”, destacou.
O prefeito de Mateiros, Pastor João, ressaltou que o aparelho de ultrassom vai ajudar também na economia do município. "Por dia, são pelo menos dois carros que nós temos que deslocar para Palmas ou Porto Nacional, levando os pacientes para fazerem esse exame. Então, a chegada deste aparelho ao município vai nos ajudar também a economizar", frisou.
Os aparelhos de ultrassom serão usados para realização de exames de imagem, mas principalmente no cuidado com mulheres grávidas, o chamado pré-natal. O acompanhamento da gestação, por meio de ultrassonografias, possibilita identificar fatores de risco, bem como diagnosticar precocemente alguma complicação. Ao todo, 90 aparelhos de ultrassom foram entregues a 86 municípios tocantinenses. Cada aparelho custou R$ 155 mil e foram adquiridos por meio de duas emendas da bancada federal.
O secretário de Estado da Saúde, Afonso Paiva, destacou que uma assistência de pré-natal adequada é fundamental para a obtenção de bons resultados na gestação. "Os municípios têm que fazer um pré-natal bem feito, porque se fizerem esse pré-natal em seu município, é possível evitar complicações durante a gestação e no parto", frisou.
Quem também comemorou o recebimento do aparelho de ultrassom foi o prefeito de Peixe, Augusto Cezar, o Cezinha. "O município está sem nenhum aparelho desse tipo e isso vai trazer também uma economicidade para o nosso município, além de poder ofertar um serviço de saúde de melhor qualidade para a nossa comunidade”, finalizou.
Todos os municípios que foram beneficiados com os equipamentos de ultrassom receberão também a montagem e a capacitação dos profissionais de saúde, por meio da equipe da Secretaria de Estado da Saúde.
Monitores cardíacos
Já os 50 monitores cardíacos serão distribuídos para as Unidades Hospitalares de gestão Estadual e terão como finalidade o aumento de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Estado. Os equipamentos são do tipo multiparâmetros da marca Philips com custo unitário de R$ 44.494,12. Os recursos de investimento são oriundos de emenda parlamentar federal na ordem de R$ 2.224.706,00.
“A saúde pública é feita da união dos municípios, dos deputados estaduais, federais, e do Governador. Esses aparelhos entregues, hoje, são frutos dessa união. Com a chegada desses equipamentos, nós conseguiremos fazer cirurgias ortopédicas em municípios como Guaraí, Augustinópolis e outros. Com a colaboração de todos esses agentes, nós conseguiremos fazer uma saúde pública de qualidade", destacou o secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva.
Bancada Federal
O coordenador da bancada federal em Brasília, deputado Tiago Dimas, participou do evento e destacou a atuação dos parlamentares no que diz respeito à garantia de recursos para a saúde. "A bancada tem, ao longo desses anos, destinado muitos recursos, que vão além da aquisição de equipamentos, como custeio da saúde básica e ajudar os gestores municipais a garantir esse serviço. Para o orçamento de 2022, já garantimos mais R$ 27 milhões que serão distribuídos entre custeio, equipamentos, cirurgias e Hospital do Amor”, informou.
Na oportunidade, o governador Wanderlei Barbosa também ressaltou a parceria com a bancada federal em prol da saúde do Estado. “Eu sempre compreendi a importância do trabalho da bancada federal e não podemos, de maneira alguma, deixar que as diferenças ideológicas nos impeçam de discutir assuntos importantes para o nosso Estado. O nosso palanque pode ser diferente, mas o povo é o mesmo. Quem é atendido no sistema de saúde não tem partido", finalizou.
O valor deveria ser destinado para a construção da nova basílica, que ainda está em fase inicial de obras, em Trindade, mas, entre outras coisas, o padre comprou fazendas, casa na praia e até um avião
Outras 17 pessoas também são acusadas. O Ministério Público continua a afirmar que o padre é lider de um grupo que desviou recursos por meio da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), com sede em Trindade (GO)
Por RENATO ALVES
A Polícia Federal enviou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido de prisão do padre Robson de Oliveira. Ele é investigado por suspeita de desvio de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), localizada em Trindade e responsável pela construção do maior templo de Goiás. O religioso era reitor do Santuário Divino Pai Eterno, principal ponto de peregrinação de católicos no estado. A apuração foi suspensa por decisão judicial.
A defesa do padre confirmou o pedido de prisão, afirmou que ele não cometeu qualquer irregularidade, mas não informou seu paradeiro. Investigadores temem que ele tenha deixado Goiás e até o país.
O pedido foi feito nesta quarta-feira (17). O caso está sob responsabilidade do ministro-relator Benedito Gonçalves. Até o momento não há definição sobre o acolhimento do pedido. A motivação do pedido de prisão foi um áudio anexado ao processo que indicaria compra de sentença favorável ao religioso na Justiça de Goiás.
A investigação contra o padre Robson de Oliveira começou quando ele era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. O religioso teria criado associações para desviar mais de R$ 100 milhões em doações de fiéis. O valor deveria ser destinado para a construção da nova basílica, que ainda está em fase inicial de obras, em Trindade. Com o dinheiro, entre outras coisas, o padre comprou fazendas, casa na praia e até um avião, segundo o Ministério Público de Goiás.
Por meio de interceptação autorizada pela Justiça, os investigadores flagraram uma conversa entre o padre Robson de Oliveira e dois advogados sobre o suposto pagamento de propina no valor de R$ 1,5 milhão a desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás para receber uma decisão favorável em um processo envolvendo uma fazenda comprada pela Afipe.
O Ministério Público goiano denunciou o padre à Justiça por organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis.
A denúncia à Justiça é decorrente da Operação Vendilhões, que cumpriu mandados em agosto de 2020 para apurar os desvios.
Padre Robson, que sempre negou qualquer irregularidade, está afastado das atividades e proibido de se manifestar por decreto canônico. Ele tem procurado se manter no anonimato desde que o escândalo veio à tona. A última aparição pública dele ocorreu em fevereiro, durante assembleia on-line dos redentoristas.
A pandemia varreu os trabalhadores de baixa renda do mercado de trabalho, mas o auxílio emergencial evitou uma piora da desigualdade no País em 2020, ao elevar o rendimento médio dos brasileiros mais vulneráveis
Com Estadão Conteúdo
Ainda assim, a metade mais pobre da população brasileira sobrevivia com apenas R$ 453 mensais no ano de 2020. São cerca de 105,5 milhões subsistindo com apenas R$ 15,10 por dia por pessoa. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2020 - Rendimento de todas as fontes, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 19.
A escassez de renda permanecia mais grave no Norte e Nordeste do País, mesmo com o alcance do auxílio emergencial pago pelo governo. Os 50% mais pobres do Nordeste sobreviviam com R$ 10,03 diários por pessoa da família no ano passado. No Norte, R$ 10,83.
O auxílio emergencial permitiu, pelo menos temporariamente, que a renda média per capita recebida pela metade mais pobre da população brasileira crescesse 3,9% em relação a 2019, quando era de R$ 436. Na passagem de 2019 para 2020, houve aumento no rendimento domiciliar per capita médio principalmente nas faixas de renda mais baixas. Entre os que se situam entre os 5% até 10% mais pobres, a alta foi de 17,6%. A maior perda ocorreu entre o 1% mais rico: 9,4%.
"Todo mundo teve perda (na renda do trabalho), alguns mais, outros menos, mas você teve uma política social que segurou (os mais vulneráveis)", disse Alessandra Scalioni Brito, analista do IBGE.
Como consequência, o índice de Gini - indicador que mede a desigualdade de renda, numa escala de 0 a 1, em que, quanto mais perto de 1 o resultado, maior é a concentração de renda - do rendimento médio domiciliar per capita passou de 0,544 em 2019 para 0,524 em 2020.
"Houve redução da desigualdade porque todo mundo perdeu, não é porque alguns estão ganhando. É uma notícia que parece boa, mas não é tão boa", comentou Alessandra.
Na passagem de 2019 para 2020, o índice de Gini caiu em todas as regiões brasileiras, sobretudo no Norte e Nordeste, onde o auxílio emergencial atingiu maior proporção de domicílios. Ainda assim, o Nordeste manteve o maior Gini em 2020 (0,526), enquanto o menor ainda foi o do Sul (0,457).
Segundo a pesquisadora do IBGE, a perda do rendimento proveniente do mercado de trabalho afetou todas as faixas de renda, especialmente os mais ricos, enquanto que o auxílio emergencial funcionou como um "colchão" contra efeitos mais nocivos da perda do emprego entre a população mais vulnerável."Foi um colchão, mas não para suprir toda essa queda que teve no mercado de trabalho e em outras fontes de renda. No Norte e Nordeste, como o peso de programas sociais é maior, aumentou um pouquinho (a renda per capita). Nas outras regiões, não. No total do Brasil, também não", lembrou.
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 1.349 em 2020, uma queda de 4,3% em relação aos R$ 1.410 estimados em 2019. As Regiões Norte (R$ 896) e Nordeste (R$ 891) apresentaram os menores valores, embora tenham registrado aumento em relação ao ano anterior, de 2,3% e 0,9%, respectivamente.
A Região Sudeste se manteve com o maior rendimento domiciliar per capita médio, R$ 1.623, 6,0% inferior ao de 2019. Houve redução também no rendimento médio nas Sul (R$ 1.597, queda de 6,3%) e Centro-Oeste (R$ 1.504, recuo de 5,2%).
Governador salientou que o empreendimento demonstra que Araguaína está reagindo no cenário de pós-pandemia em virtude da vocação empresarial da cidade
Por Jarbas Coutinho
O governador em exercício do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, afirmou que vai desburocratizar o setor público para facilitar e atrair investidores e, assim, gerar empregos, renda e promover o crescimento econômico do Tocantins. A declaração foi dada na noite desta quinta-feira, 18, durante o lançamento do Lago Center Shopping, em Araguaína.
Na oportunidade, o Governador parabenizou os investidores do grupo empresarial e salientou que o empreendimento demonstra que Araguaína está reagindo no cenário de pós-pandemia em virtude da vocação empresarial da cidade. "Araguaína é o principal polo econômico da região [norte]. Esse empreendimento vai trazer muitos benefícios para a cidade, que vai se tornar um grande centro de compras e divisas, inclusive para o Estado”, frisou.
Na ocasião, o governador Wanderlei Barbosa se colocou à disposição do empresariado para discutir políticas públicas para o setor.
Durante o lançamento do Lago Shopping Center, o governador Wanderlei Barbosa afirmou que vai desburocratizar o setor público para atrair investidores e, assim, promover crescimento econômico do Tocantins
Além dos diretores das empresas que compõem o consórcio empresarial responsável pela construção do Shopping, o evento também contou com a participação de representantes das lojas âncoras e satélites já fechados com o empreendimento, entidades e associações ligadas ao comércio, indústria e agricultura de Araguaína, poderes públicos municipal e estadual e lojistas interessados em conhecer o empreendimento.
O consórcio empresarial responsável pela construção do Lago Center Shopping de Araguaína é formado pela ABL Prime, Grupo JDemito (DV3), Grupo Campelo, Grupo Concrenorte e Acácio Contábil. O lançamento foi uma oportunidade para o grupo demonstrar aos empresários e convidados o know-how das grandes empresas brasileiras e suas perspectivas econômicas para o futuro, a partir de um empreendimento desse porte na cidade.
O Shopping
O Lago Shopping Center contará com uma área construída de mais de 24 mil metros quadrados e prevê a implantação de 147 lojas, sendo 3 âncoras, 7 megalojas, 14 estabelecimentos na praça de alimentação, 2 restaurantes, 5 salas de cinema, 700 vagas de estacionamento, dentre outros.
O empreendimento está orçado em R$ 140 milhões, que será rateado entre os integrantes do grupo empresarial responsável pelo shopping e as próprias lojas.
Pré-candidato ao Planalto pela Terceira Via consegue o que o ex e o atual presidentes tentam sem sucesso
Por Jeff Benício
Na madrugada de quarta-feira (17), a entrevista do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro a Pedro Bial rendeu 4.6 pontos de média ao Conversa com Bial. O índice representa 945 mil telespectadores na região metropolitana de São Paulo, principal área de aferição da Kantar Ibope.
Trata-se de resultado relevante ao considerar que o programa começou por volta de 2 horas da manhã, horário em que o número de aparelhos de TV ligados é baixo. A presença do maior ícone da Operação Lava Jato rendeu incontáveis manchetes na imprensa.
Um aspecto foi pouco explorado. A Globo deu espaço valioso para Moro promover suas ideias, opiniões e o embrião da candidatura enquanto continua a negar os pedidos de Lula e Jair Bolsonaro por oportunidade semelhante em sua programação.
Desde a época da prisão na Polícia Federal de Curitiba, o ex-presidente reclama por ser ignorado pela mais influente e assistida emissora de TV do País. Em junho de 2019, ele comentou a respeito ao ser entrevistado pelo canal TVT.
“Você não acha estranho que a Globo nunca tenha pedido uma entrevista (comigo)?”, questionou. “Afinal de contas, eu sou uma pessoa que ainda tem uma certa audiência no Brasil, mais do que todos os programas deles. Eu gostaria de conversar, eu gostaria de ver sentar na minha frente o William Bonner.”
Em abril deste ano, Pedro Bial polemizou ao falar do petista no Manhattan Connection, então exibido na TV Cultura. “Tem algum convidado que não vai ao seu programa? Todo mundo quer ir”, observou o jornalista Lucas Mendes. “O Lula”, respondeu Bial. “Ele até já disse que gostaria de fazer o programa comigo, mas aí tinha que ser ao vivo. Pode até ser ao vivo, mas aí teria que ter um polígrafo acompanhando as falas dele.”
Polígrafo é o aparelho conhecido como ‘detector de mentiras’, usado pela polícia de alguns Países em interrogatórios e por certos programas de TV para verificar a autenticidade do que diz determinado convidado. Diante da repercussão ruidosa de sua ironia, Pedro Bial explicou a desconfiança em relação ao ex-presidente em artigo na Folha de S. Paulo.
“Lula sabe muito bem que já mentiu a meu respeito. A verdade está registrada, há provas e testemunhas”, escreveu. Bial se ressente da versão contada pelo esquerdista de uma conversa reservada que tiveram após uma gravação no Palácio do Planalto em 2005.
Apesar dos apelos, a Globo continua a não procurar Lula. Não mostra interesse em ouvir a maior liderança da esquerda e um dos candidatos melhor colocados nas pesquisas de intenção de votos para a eleição presidencial de 2022. Jornalisticamente, é uma omissão injustificável.
O mesmo ocorre com Bolsonaro. Ele ocupa o mais importante posto do Poder Executivo e já articula a campanha de reeleição, porém, segue desdenhado pelo principal canal da família Marinho. Em várias ocasiões, o presidente se dispôs a ser entrevistado na Globo – a mais recente ‘oferta’ aconteceu em live de 23 de setembro. Jamais teve resposta.
Pode-se argumentar que o canal evita Bolsonaro porque sabe que será atacado por ele. Justamente por isso deveria entrevistá-lo: a fim de contestar suas acusações, os xingamentos, os deboches. Desprezar um personagem importante não o aniquila, pelo contrário, pode fortalecê-lo aos olhos de parcela numerosa do público.
O jornalismo da Globo afirma agir com isenção e imparcialidade. Precisa mostrar isso na prática, senão acabará associado a esse ou aquele candidato à Presidência, como já aconteceu. Ainda que sejam desafetos declarados da emissora, Lula e Bolsonaro merecem o mesmo espaço dado a possíveis adversários na próxima eleição.