O senador Irajá Abreu e o empresário Edson do Tabocão estiveram mais uma vez no Bico do Papagaio, agora em Tocantinópolis e Augustinópolis, para conversar com lideranças regionais e colher sugestões para ajudar a região com políticas públicas sociais e de geração de empregos.

 

Por Edson Rodrigues

 

Pensando no futuro embate eleitoral de outubro de 2022, sem as coligações proporcionais , e a vontade explícita dos eleitores de ver novas peças sobre o tabuleiro sucessório, o senador Irajá Abreu se junto ao empresário de sucesso, Edson Tabocão, detentor de um grande império empresarial, conquistado com seu próprio suor e de seus colaboradores, começando a vida como borracheiro e que, hoje, é proprietário de mais de 20 postos de combustíveis no Tocantins, em Goiás e em Minas Gerais e que expandiu sua atuação para o setor da agropecuária, com a criação de gado de corte.

 

Edson Tabocão nunca havia se envolvido com política, mas parece ter sido “picado pela mosca azul” e vem, cada vez mais, gostando e se entrosando com as lideranças políticas da Região Norte, onde seus negócios estão concentrados e onde já percorreu 25 municípios do Bico do Papagaio, coversando e ouvindo as demandas de prefeitos, vereadores e lideranças classistas, com foco no futuro do Tocantins e da Região, com a apresentação de propostas e novas oportunidades que possam mudar a realidade da população local.

 

Senador Irajá Abreu 

 

A aposta é na eleição de novos nomes que ajam como representantes da Região Norte do Tocantins junto à Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no governo do Estado, e a manutenção dos bons representantes que já estão nos cargos, substituindo os que não mostraram bom desempenho.

 

Mas, a principal proposta é eleger Edson Tabocão para o governo do Estado, já apresentado pelo senador Irajá Abreu como pré-candidato ao Executivo estadual, com a estratégia de estarem todos sentados à mesa de discussões, elaborando a formação de uma chapa de candidatos que representam as mudanças e as ideias do grupo, sem fazer composições com grupos políticos que não tenham os mesmo interesses.

 

O evento contou com a presença de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças de todo estado

 

Quem esteve presente no giro de Irajá Abreu e Edson Tabocão pela Região do Bico do Papagaio foi o ex-prefeito de Palmas, o colombiano Carlos Amastha.

 

Uma união de forças que deve ser acompanhada de perto.

 

Posted On Segunda, 27 Setembro 2021 06:00 Escrito por

A uma semana do próximo ato nacional que deve levar manifestantes às ruas das principais cidades brasileiras pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, marcado para o dia 2 de outubro, lideranças políticas à esquerda e à direita ainda debatem se é possível coordenar os esforços de antigos rivais na campanha

 

Por Bruno Ribeiro e Tulio Kruse

 

O Estadão questionou o comando de 14 legendas dos mais variados espectros políticos que declaram oposição ao atual governo, do PT ao Novo, sobre quais são os entraves que dificultam uma eventual união em torno da bandeira do “Fora Bolsonaro”. Os principais motivos informados pelos partidos vão de falta de consenso interno sobre a abertura de um processo contra o presidente a questões relativas a interesses que têm como norte a eleição presidencial de 2022.

 

Ato contra Bolsonaro do dia 12 de setembro na Paulista: com diferenças entre lideranças oposicionistas, impeachment não avança © TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Ato contra Bolsonaro do dia 12 de setembro na Paulista: com diferenças entre lideranças oposicionistas, impeachment não avança

Em comum, todos os partidos integram o fórum Direitos Já!, que se tornou um dos polos de oposição que tentam construir uma frente ampla para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) a abrir o processo de impeachment de Bolsonaro. Algumas dessas siglas, no entanto, não têm ainda posição sobre o assunto.

 

Parte das lideranças argumenta que o ambiente para a formação de uma ampla coalizão se construiu a partir das manifestações do último 7 de Setembro. Na ocasião, ao discursar em Brasília e em São Paulo, Bolsonaro ameaçou descumprir ordens judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – o que em tese configura crime de responsabilidade –, e seus apoiadores pediram uma intervenção militar no País e o fechamento da Corte.

 

Outros líderes partidários ponderam que seriam necessários gestos no sentido de uma clara suspensão da pré-campanha de 2022 para que todos os partidos e seus pré-candidatos pudessem se concentrar na abertura do processo de deposição do presidente.

 

Para alguns partidos de centro, no entanto, entrar de vez no bloco do impeachment ainda é uma incerteza. Siglas como o PSD e MDB ensaiaram uma mudança de posição nos dias seguintes aos atos do Dia da Independência, mas, com o recuo na forma de uma carta à Nação divulgada por Bolsonaro nas redes em tom de desculpas a Moraes, os dirigentes partidários agora sinalizam uma acomodação. Uma grande mobilização popular nas ruas das principais cidades brasileiras em oposição a Bolsonaro é citada por todos como uma condição essencial para a mobilização conjunta, sem a qual o cenário não deve mudar.

 

Para o coordenador do Direitos Já, Fernando Guimarães, é preciso deixar de lado as diferenças e se unir em torno de um objetivo comum. “Quem tiver compromisso com a democracia vai colocá-la acima de tudo”, disse Guimarães, que tem se esforçado para juntar no mesmo palco representantes de correntes divergentes e até rivais políticos. “Este é um momento em que precisamos estar preocupados em mobilizar a sociedade, e somar na rua todos aqueles que tenham a clareza da sua responsabilidade histórica, para deixar de lado as questões eleitorais e os projetos políticos.” PSDB, PDT, Cidadania e PV devem estar no ato do dia 2 pelo impeachment de Bolsonaro com os partidos de esquerda na Avenida Paulista.

 

O QUE PENSAM OS DIRIGENTES

 

Antonio Neto, integrante da executiva nacional do PDT

“Houve uma confusão por parte dos companheiros que decidiram não ir (ao ato no dia 12). Eu reputo isso um erro. A história do mundo mostra que nos momentos-chave, decisivos, você tem de tirar da discussão aquelas coisas que são menores. Falta desprendimento, em primeiro lugar, de não levar em consideração o inimigo principal. O que falta é terem essa visão do compromisso com o momento, que é muito grave. A prioridade é efetivamente garantir a democracia para que possamos ter eleições livres, soberanas e, acima de tudo, garantir a posse de quem seja eleito. Não podemos debater agora a eleição.”

 

José Aníbal, integrante da executiva nacional do PSDB

“É difícil imaginar mais 16 meses com Bolsonaro, com esse padrão de desgoverno que ele tem. É preciso que seja feito um acordo nacional. Sou a favor do ‘Fora Bolsonaro’, mas a questão não pode se resumir ao impeachment. Eu falo em impeachment como sinalização. O País está à deriva. O ‘fora Bolsonaro’ cria muita convergência, mas cada um interpreta de um jeito. Essa conjuntura é muito dinâmica. Essas gavetas de esquerda, direita, centro-esquerda e centro-direita estão travando o debate. É um jogo de palavras. Fui em todas as manifestações contra Bolsonaro. Seria preferível que as manifestações se unissem.”

 

Eduardo Ribeiro, presidente do Novo

Falta definir se realmente querem o impeachment ou se a pauta será só retórica eleitoral. Não vejo o PT, por exemplo, se esforçando pelo impeachment. A saída de Bolsonaro despolariza e enfraquece o Lula nos eleições. O Novo está num espectro político diferente do restante da oposição, não temos articulação conjunta. Mantemos nossa posição institucional, mas o cenário depois do dia 7 de setembro, com o recuo constrangedor do Bolsonaro, assentou as forças políticas em Brasília de forma que, se nada muito grave acontecer, o impeachment se tornou muito improvável. O Centrão e o PT não querem.

 

José Guimarães, integrante da executiva nacional do PT

“Em primeiro lugar, esse ato do dia 2 é um momento que percebo que pode selar essa unidade. É preciso ter muita generosidade das forças políticas para agregarem outros atores, para dar musculatura à luta pelo impeachment. Por último, é preciso povo na rua. É o que falta. A pressão sobre o Congresso Nacional é um elemento central nessa campanha. Sem isso, não tem impeachment. Nossa prioridade é unir as forças de oposição em defesa da democracia e pelo impeachment já. Essa é a centralidade.”

 

Juliano Medeiros, presidente do PSOL

“A oposição está unida em defesa do impeachment. Apresentamos um pedido unitário que reúne partidos, movimentos e parlamentares de diferentes espectros partidários meses atrás. Os protestos de rua caminham para uma unificação. Falar em ‘oposição fragmentada’ não faz mais sentido. Nossa prioridade é o fortalecimento da campanha pelo #ForaBolsonaro. O impeachment depende de um deslocamento de partidos e deputados que hoje dão sustentação ao governo Bolsonaro, que só pode ocorrer a partir da pressão popular nas ruas, num amplo movimento de rejeição ao governo Bolsonaro.”

 

Junior Bozzella, vice-presidente do PSL

“Fui nas manifestações da esquerda e estive também na manifestação (contra Bolsonaro) da direita. Acho que nós, que defendemos a democracia, temos o dever de fazer um gesto nesse sentido: baixar as bandeiras agora e buscar unidade. A construção dessa frente ampla não pode ser conduzida por partido A ou B, e sim por uma entidade isenta. No PSL não temos uma deliberação sobre apoiar ou não o impeachment. Eu sou signatário do impeachment e tenho liberdade para me posicionar. Esse tema do fechamento de questão nunca foi debatido dentro da nossa Executiva Nacional.”

 

Isnaldo Bulhões, integrante da executiva nacional do MDB

“Acho que a união da oposição na verdade já existe. Desconheço qualquer dissidência nesse sentido, eles defendem a pauta de admissibilidade do processo de impeachment. Quanto ao MDB: na minha opinião o impeachment é apagar fogo com gasolina. Um processo desses logicamente tem de ir ao encontro de várias vertentes. Acho pouco prudente colocar neste momento como prioridade a admissibilidade do processo de impeachment. O posicionamento do partido, tanto no Senado quanto na Câmara, é manter a independência que tem tido sempre. Discutimos o mérito pauta a pauta.”

 

Alessandro Molon, integrante da executiva nacional do PSB

“É importante que o ato pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro não tenha um dono. Considero que a participação dos demais partidos é muito importante e estão havendo tratativas para a adesão, e não tenho a menor dúvida de que ela virá. Espero que a gente consiga já para o dia 2 de outubro mas, se por acaso isso não se viabilizar, tenho plena convicção que até 15 de novembro a gente consegue isso. Não são partidos políticos que estão sendo convidados por serem convidados. Estão sendo convocados para serem também autores da convocação – portanto, coorganizadores.

 

Gilberto Kassab, presidente do PSD

O PSD acompanha e propõe soluções para as reais necessidades do País, como superação da crise econômica e da pandemia de covid. Participa do debate democrático e cobra que a Constituição Federal seja respeitada por todos os agentes públicos. O partido entende que, a partir da inobservância da Constituição, pode ser levada adiante a proposição de afastamento do presidente da República ou outras sanções.

 

Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade

O dia 7 de Setembro, com a ameaça à democracia e à nossa Constituição, foi o estopim para começar essa união. Acho que agora começa essa organização, a partir de hoje. O Solidariedade, junto com partidos de oposição, já fizeram um documento para o 'Fora Bolsonaro'. No fórum do Direitos Já!, há partidos que não são declaradamente de oposição ao governo, mas que estão unidos na defesa da democracia. Dentro em breve, acho que deve haver uma ação muito maior. Nossa prioridade é lutar pela defesa dos direitos dos trabalhadores, dos mais necessitados, não deixar que a democracia e a Constituição sejam afetadas. Estamos lutando para que as pessoas possam se alimentar e viver, porque hoje temos preços altíssimos e pessoas sem condições de se manter.

 

Soninha Francine, integrante da executiva nacional do Cidadania

Unir a oposição fica mais fácil quando você já tem um ponto de partida, um bloco para demonstrar isso. Para demonstrar que é possível. Se estivesse todo mundo sozinho tentando chamar para si, ficaria mais difícil, lógico. Mas é muito bom que a gente já pode demonstrar. É por aí. Não precisa começar do zero, já temos uma construção. Nosso partido tem 90% de alinhamento com o tema. Pelo País, às vezes, e até na Câmara, há integrantes que destoam. Mas eles que destoam: é um posicionamento que é deles. O partido é historicamente a favor de alianças, Partido Comunista, depois o PPS herdando isso. Temos posição.

 

Heloísa Helena, porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade

Falta pensar menos no calendário eleitoral e mais nos escombros de lágrimas, lutos e sofrimentos pelos quais passa o Brasil. Muitas pessoas acham que devem deixar o Bolsonaro sangrar para, de alguma forma, facilitar a disputa eleitoral. Na verdade, ele não está sangrando. Quem está sangrando pelo desemprego, pelo desespero, por luto e lágrimas, é a grando maioria do povo. É só isso: não ficar refém do oportunismo eleitoral. Estamos articulando com todas as forças sociais para que, conjuntamente, possamos viabilizar a abertura de processo por crime de responsabilidade. Ao mesmo tempo, nós estamos atualizando os 18 eixos estratégicos para um Brasil sustentável, porque a democracia sem justiça social não existe. Estamos atualizando nosso projeto para o País, fazendo todos os debates necessários para, até dezembro, ter um projeto para o Brasil na mão. A vida que possibilita mudanças estruturais profundas não está presente apenas nas cúpulas partidárias, é muito importante temos compreensão para não achar que os partidos são os ungidos com as únicas possibilidades de fazer transformação social.

 

Luciana Santos, presidente do PCdoB

Falta a percepção de que é preciso deixar essa disputa de 2022 para o momento certo. Na prática, muitas forças acabam colocando essa agenda da eleição na frente. Por mais que não seja algo deliberado, na base social e política há muita incompreensão de como conviver com os contrários, com quem já foi Bolsonaro e agora é a favor do impeachment. A confusão é natural de momentos de crise, mas com paciência vamos conseguir ir fazendo o convencimento político dessa necessidade. Do ponto de vista tático, nossa prioridade é desmascarar, isolar e derrotar Bolsonaro. Programaticamente, é a bandeira da democracia. Na agenda econômica, nós temos muitas diferenças e também na agenda social.

 

José Luiz Penna, presidente do PV

A reunião (do domingo, dia 12) não foi um fracasso. Bolsonaro pôs tudo (na organização dos atos no dia 7). Temos de ter visão de que essas coisas são cumulativas. Se não foi possível juntar no dia 12 todos os partidos, acho que no dia 2 nós vamos conseguir juntar todos os partidos e movimentos. Tudo isso (a divergência entre partidos) fica pequeno diante da possibilidade de nem termos eleição. Talvez o que se jogue fora é a última oportunidade do Brasil. Estamos falando sem parar. Agora, os processos eleitorais do Brasil são muito excludentes. Mas estamos enfrentando.

 

Durante as últimas eleições de que participou, em 2018, quando foi eleito senador pelo estado do Piauí, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), omitiu na declaração de bens à Justiça Eleitoral ao menos três empresas das quais é sócio.

 

Trata-se das empresas JJE Agenciamento de Seguros e de Serviços LTDA., Speed Marketing e Comunicações e Speed Produtora. Juntas, as companhias têm capital social no valor de R$ 135 mil.

 

Para chegar à informação, o Metrópoles cruzou dados da declaração de bens do então candidato a senador, disponível em plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e da Junta Comercial do Piauí, estado onde ficam as empresas. A reportagem teve acesso ao inteiro teor das certidões dos estabelecimentos.

 

Posted On Domingo, 26 Setembro 2021 08:27 Escrito por

Companhias estão ativas há anos, mas mesmo assim não foram declaradas. Iracema Portella também ocultou ser sócia de duas companhias

 

Por Tácio Lorran

 

Durante as últimas eleições de que participou, em 2018, quando foi eleito senador pelo estado do Piauí, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), omitiu na declaração de bens à Justiça Eleitoral ao menos três empresas das quais é sócio.

 

Trata-se das empresas JJE Agenciamento de Seguros e de Serviços LTDA., Speed Marketing e Comunicações e Speed Produtora. Juntas, as companhias têm capital social no valor de R$ 135 mil.

 

Para chegar à informação, o Metrópoles cruzou dados da declaração de bens do então candidato a senador, disponível em plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e da Junta Comercial do Piauí, estado onde ficam as empresas. A reportagem teve acesso ao inteiro teor das certidões dos estabelecimentos.

 

Advogados especialistas em direito eleitoral veem irregularidades na situação. Eles afirmam que o ministro pode ser enquadrado pelos crimes de ocultação de bens e/ou falsidade ideológica.

 

Ciro Nogueira também deixou de declarar à Justiça Eleitoral 12 filiais da CN Motos, que vende motocicletas e motonetas da Honda, mas advogados divergem se essa questão é ilegal, uma vez que a matriz foi apresentada na declaração.

 

O jornal Folha de S. Paulo revelou, na segunda-feira (20/9), que Ciro Nogueira usou uma das filiais da CN Motos não declaradas ao TSE para alugar uma mansão do advogado Willer Tomaz de Souza, em Brasília. O advogado afirmou não ver nada de ilícito na negociação e disse, ao Metrópoles, ser algo comum.

Posted On Domingo, 26 Setembro 2021 08:24 Escrito por

O instituto ouviu 3.667 pessoas, de 13 a 15 de setembro

Com Jornal Nacional

 

O Datafolha divulgou nesta sexta-feira (24) uma pesquisa com a avaliação do Supremo Tribunal Federal.

 

Em dezembro de 2019, 19% consideravam o desempenho dos ministros ótimo ou bom; em maio de 2020, 30%; em agosto do ano passado, 27%; em julho deste ano, 24%; e agora, 25%.

 

Na primeira pesquisa, 38% responderam que a atuação era regular; depois, 40%; 38%; 36%; agora, 35%.

 

 

Antes, 39% avaliaram o desempenho do STF como ruim ou péssimo; depois, 26%; 29%; 33%; e agora 35%.

 

Quatro por cento não sabiam na primeira pesquisa; depois, 5%; 6%; 7%; e agora, 5%.

 

O instituto ouviu 3.667 pessoas, de 13 a 15 de setembro.

 

Posted On Sábado, 25 Setembro 2021 06:43 Escrito por

O presidente afirma que não vai 'melar' as eleições de 2022, garante respeito do governo ao teto de gastos e explica sua opinião sobre vacinas

 

Com Estadão

 

Após colocar em xeque sua participação nas eleições de 2022, enquanto enfrentava as pressões para arrefecer suas críticas ao poder Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que participará do pleito. "Se não for crime eleitoral, eu respondo: pretendo disputar", disse em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira (24).

 

Em meio às ameaças sobre a realização das eleições no ano que vem, enfatizadas nos últimos meses pelo chefe do Executivo, Bolsonaro disse na entrevista que não pretende "melar" o pleito. "A chance de um golpe é zero", afirmou, apesar de ter dito várias vezes que "só Deus" o tiraria da Presidência.

 

O presidente afirmou que espera a melhora da economia e rechaçou a possibilidade de demissão do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao comentar os boatos sobre uma eventual troca no comando da pasta, ele foi enfático: "Vou colocar quem lá?" Para Bolsonaro, se ele fosse substituir o ministro, seria por alguém "da linha contrária à dele", ou seria trocar seis por meia dúzia, destacou. "Ele iria começar a gastar, e a inflação já está na casa dos 9%, o dólar em R$ 5,30. Na economia você tem que ter responsabilidade, o que se pode gastar, respeitando o teto de gastos. Se não fosse a pandemia, estaríamos voando na economia" afirmou.

 

De acordo com o presidente, ele foi advertido por Guedes sobre como o período eleitoral estimula quem está no poder a gastar mais com medidas populistas na tentativa de garantir a reeleição. Com relação a isso, Bolsonaro afirmou que esse é um movimento "natural do ser humano" e declarou que as medidas do governo não ultrapassaram o teto de gastos. "Não fizemos nada de errado no tocante a isso aí".

 

Outro ponto abordado por ele na entrevista foi sobre as manifestações do dia 7 de setembro, o recuo e a tentativa de apaziguamento da relação com o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Bolsonaro afirmou que seus apoiadores esperavam que ele fosse "chutar o pau da barraca". "Queriam que eu fizesse algo fora das quatro linhas. E nós temos instrumentos dentro das quatro linhas para conduzir o Brasil", disse.

 

O presidente negou ter convocado a manifestação e disse que apenas 15 dias antes do movimento ele começou a declarar que estaria na Esplanada e em São Paulo para participar dos atos. "Mas, em São Paulo, quando eu falei em negociar, eu senti um bafo na cara. Extrapolei em algumas coisas que falei, mas tudo bem."

 

Prestes a completar mil dias na cadeira do Executivo, Bolsonaro persiste em negar casos de corrupção. Forte crítico dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investiga a atuação do governo federal no combate à covid-19, o presidente disse que "tem gente que não pensa no seu País" e, ao invés de "mostrar seu valor, quer caluniar o próximo".

 

Pandemia

 

O presidente voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o combate à covid-19. "Continuo defendendo a cloroquina. Eu mesmo tomei quando fui infectado e fiquei bom" afirmou. Em sua defesa, "o militar na Amazônia usa sem recomendação médica. Ele vai para qualquer missão e coloca a caixinha no bolso. O civil também. Você nunca ouviu falar que na região Amazônica morre gente combatendo a malária por causa da hidroxicloroquina. Criou-se um tabu em cima disso".

 

Mesmo com as denúncias sobre a atuação do governo no enfrentamento da pandemia, Bolsonaro mantém a postura de que não cometeu erros e destacou que faria tudo de novo.

 

A entrevista ocorreu na quinta-feira (23) de maneira presencial, no Palácio da Alvorada, e durou cerca de duas horas. Apesar do contato com a equipe de reportagem, Bolsonaro cumpre isolamento sanitário de 14 dias por comparecer à abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) junto com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que testou positivo para a covid. No entanto, segundo o veículo, foram tomados "todos os cuidados necessários para realizar a entrevista - uso de máscara, álcool em gel e distanciamento".

 

Posted On Sexta, 24 Setembro 2021 16:18 Escrito por
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