Nesta segunda-feira, dia 14, o presidente do Diretório Estadual ex-senador e “juiz de paz”, Derval de Paiva, conseguiu dar um passo importantíssimo em direção à união do partido em todo o Estado.
Por: Edson Rodrigues
Segundo uma fonte presente à reunião, a participação do PMDB da Capital no governo do Estado foi assegurada pelo governador Marcelo Miranda, que considerou a reunião uma espécie de “reintegração de posse” ao diretório da Capital, que estava meio que alijado do dia-a-dia palaciano, por uma série de insatisfações e mals-entendidos.
A cúpula do partido esteve com o governador Marcelo Miranda no Palácio Araguaia, além de vereadores da Capital e prefeitos municipais da legenda. A reunião foi comandada pelos articuladores políticos do governo, Derval de Paiva, Dr. Herbert “Buti” Brito e Paulo Sidney e foi um verdadeiro “lava roupas”, franca, respeitosa, sincera e aberta, quando foi dada a oportunidade de todos falarem.
Com muita sabedoria, humildade, carisma e, principalmente, calma, o anfitrião, governador Marcelo Miranda soube ouvir, observar e controlar a temperatura, mesmo quando as divergências despontaram.
Derval de Paiva foi o mediador, sempre contando com a artimanha que lhe é peculiar, aliada à simplicidade dos secretários, Dr. Buti e Paulo Sidney, que sempre intervinham para fazer pequenos ajustes nas discussões. A união partidária, o fortalecimento da legenda e a sucessão municipal palmense compuseram a pauta da reunião.
Segundo duas fontes que participaram da reunião o resultado foi altamente positivo, salutar, quando muitos entraram armados “até os dentes”, mas com a forma com que foram recebidos e tratados pelo governador Marcelo Miranda, não houve clima para ninguém pegar em armas. O “juiz de paz” e “filósofo” Derval de Paiva foi tão sábio na condução da reunião, que todos saíram satisfeitos com suas participações, quando falaram, discutiram e puderam reclamar, apresentando críticas, sugestões, demandas e reivindicações, tudo com o máximo respeito.
Estiveram presentes os vereadores Carlos Braga, Rogério Freitas, Joel Gomes, Hermes, e o presidente da legenda em Palmas, o Lázaro Borges.
RESGATE DA REPRESENTATIVIDADE E GAGUIM CRITICADO
A reunião da noite de segunda-feira foi muito mais que um simples acertar de ponteiros. Trata-se do resgate de uma representatividade que estava ameaçada de desaparecer. Afinal, o PMDB sempre esteve presente de forma significativa na vida do Tocantins. Desde a sua criação, na Assembleia Constituinte de 1988, presidida pelo maior peemedebista de todos os tempos, Ulysses Guimarães, até no decorrer da história política do Estado, à qual a legenda emprestou diversos nomes, desde os governadores Moisés Avelino, Marcelo Miranda, passando por senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores em todos os rincões do Tocantins.
Espera-se, agora, que tudo o que foi discutido e apresentado seja colocado em prática o mais breve possível, visto que as eleições municipais de 2016 já estão em pauta para todas das legendas, enquanto o PMDB precisava “arrumar a casa” para entrar definitivamente na briga, com chances de vitórias significativas que resgatarão, de vez, sua credibilidade e representatividade.
O único ponto destoante da reunião foi o nome de Carlos Gaguim, a quem foram tecidas duras críticas pela maneira com que vem se comportando politicamente e com quem parece que o PMDB não quer mais nada que os una.
“Gaguim, com sua arrogância e comportamento “bipolar”, deve ou baixar sua cabeça ou procurar outra legenda que o agüente”, afirmou uma fonte presente à reunião.
Agora é esperar pra ver no que dá.
Quem viver, verá!
A deputada federal Josi Nunes realizou, neste último domingo, junto com os seus companheiros do PMDB, amigos e líderes de outras agremiações, dentre eles, o combatente e competente vereador Canção, os deputados Carlos Carlesse e Eduardo do DERTINS, presidente do PPS e presidente da CPI da SENEATINS, uma reunião que contou com a emblemática presença do empresário Oswaldo Stival.
Por Edson Rodrigues
A intenção é a articulação para a candidatura de um nome independente, genuíno, puro e que tenha bom trânsito como todos os segmentos da Capital da Amizade. Com as últimas movimentações no tabuleiro político da cidade, caso Stival seja esse nome, dificilmente o grupo liderado por Josi Nunes, perde a disputa pelo paço municipal gurupiense.
PREFEITO LAUREZ
O prefeito Luarez Moreira, que precisou do prestigio da família Nunes, leia-se, deputada Josi Nunes, presidente do PMDB Mulher, filha do ex-deputado e ex-prefeito, Jacinto Nunes, um defensor ferrenho da autonomia do povo do Norte Goiano, e da ex-primeira dama de Gurupi, ex-deputada estadual e federal e ex-secretária de Ação Social do Estado Dolores Nunes, parece, agora, depois de eleito, render-se à força de outra família influente de Gurupi, mas que sempre foi o contraponto da família Nunes: a família Abreu, da senadora e ministra Kátia Abreu.
Laurez, que no passado foi um opositor à senadora e ministra Kátia Abreu, quando foi eleito deputado federal no mesmo partido de Kátia, mas que, antes de tomar posse, saiu da agenda chamando Kátia de “o Siqueirão de saia”, recentemente firmou um entendimento político articulado pelo deputado federal Irajá Abreu. Por meio desse pacto, segundo os bastidores políticos, a família Abreu emplacou, a senhora Marta Maria Barbosa como secretária de Desenvolvimento Urbano de Gurupi e, em breve, colocará Goyaciara Cruz, viúva do saudoso João Cruz, o “João do Povo”, como secretária de Ação Social.
Marta Maria Barbosa foi uma dura opositora da deputada Josi Nunes na última campanha disputada pela deputada. Segundo um grão-mestre do PMDB gurupiense, o compromisso da legenda com o prefeito Laurez termina no próximo dia 31 de dezembro, impreterivelmente, após essas nomeações. E foi mais além e revelador: “estamos escanteados, corneados, mas conscientes”, e completou: “caso a deputada Josi Nunes queira ficar com o atual prefeito Laurez, o PMDB gurupiense dificilmente estará unido nos próximas eleições”, sentenciou.
Para os aliados da vice-prefeita Dolores Nunes, a movimentação de Laurez é um sinal vermelho na sala de comando da cúpula do PMDB em Gurupi, uma vez que o grupo já está de posse da informação de que um terceiro nome está sendo imposto pela família Abreu, desta vez para a secretaria municipal da Agricultura, o que confirmaria, segundo essa fonte, em um “sangramento a conta-gotas” de Josi Nunes ou do apoio do PMDB ao governo de Laurez Moreira.
A movimentação de Laurez rumo aos braços de Kátia Abreu parece estar desagradando a todos os seus aliados, e vem colocando em andamento uma grande mobilização política para evidenciar a liderança da deputada Josi Nunes. O deputado estadual Carlos Carlesse já anunciou que deve se filiar ao PR, do senador Vicentinho Alves “com uma grande festa em Gurupi”, conforme ele mesmo adiantou. Já o deputado estadual Eduardo do Dertins se prontificou a subir no palanque de Josi Nunes e “passar quanto tempo for preciso lá em cima para explicar às pessoas a importância e o valor de Josi Nunes para Gurupi”, de acordo com o próprio deputado.
NOSSO PONTO DE VISTA
Assim como os grandes caciques e analistas políticos, não vemos meios de o prefeito Laurez Moreira, consiguir manter sua gestão em céu de brigadeiro, acendendo uma vela para Deus e outra para o diabo. Muito menos para a deputada Josi Nunes fingir que tudo está bem, principalmente com as nomeações de Marta Maria Barbosa e Goyaciara Cruz, que, conforme nos informou uma fonte, são cruciais para que a família Abreu atue, digamos, com mais ânimo, para a liberação de recursos federais para a administração de Gurupi.
Laurez terá que tomar uma decisão urgente, ainda este ano, se pretende ficar com Kátia Abreu ou com Josi Nunes.
Para um membro da cúpula do PMDB gurupiense, “não há como engolir a família Abreu goela abaixo. Uma certeza nós temos: a deputada Josi Nunes já teve uma longa conversa com os deputados Carlos Carlesse e Eduardo do DERTINS, com o empresário Oswaldo Stival (FOTO), com o vereador Canção e com os principais líderes partidários. Pela sua personalidade, pelo seu comportamento, pelo seu carisma, seu amadurecimento político, na hora certa ela saberá o rumo a seguir. Um rumo onde todas essas lideranças possam caminhar juntos, com um mesmo discurso, sob um mesmo líder. E esse caminho, dificilmente, será junto ao prefeito Laurez Moreira.
Quem viver, verá!
O governo Marcelo Miranda, sem querer querendo, ao falar com o respeitado portal de notícias C.T., do meu amigo Cleber Toledo, deixou transparecer que as coisas são bem piores que muitos imaginavam.
JANTAR COM MICHEL TEMER
O governador Marcelo Miranda, e outros seis governadores do PMDB, os presidentes do Senado, Renan Calheiros, da Câmara Federal, Eduardo Cunha e mais cinco ministros, dentre eles, a senadora ministra Kátia Abreu, foram recebidos pelo presidente da Câmara, Michel Temer.
O vice-presidente da república e presidente do PMDB, Michel Temer, expôs o buraco financeiro em que se encontra o Brasil, e revelou dados econômicos impublicáveis para o povo.
A fala do governador Marcelo Miranda ao Portal C.T. demonstrou o que pode vir pela frente. Vemos na fala do governador do Tocantins um aviso prévio, um cartão amarelo, um sinal de que seu governo não tem outra solução que não seja seguir o que seu líder na Assembleia, Paulo Mourão, profetizou: demissões, cortes de gastos, extinção de secretarias, enxugamentos nos cargos comissionados e outras ações de prevenção para que o Estado não quebre.
Mas, especialistas em administração pública apontam outros agravantes na situação específica do Tocantins, como uma frota de carros oficiais gastando muito, muitos deles alugados, camionetes luxuosas, com um custo alto e sem nenhum resultado positivo. A fiscalização de tributos via secretaria da Fazenda e DETRAN, está deficitária, por falta de planejamento dos dirigentes das duas pastas. Os postos de fiscalização e arrecadação nas fronteiras do Tocantins com os demais estados ou foram fechado ou não têm infraestrutura suficiente nem mesmo para os fiscais e, segundo estes técnicos, isso gera a perda de milhões de reais, com entrada e saída de mercadoria sem deixar os impostos nos cofres estaduais.
De acordo com esses especialistas, a reforma na equipe de Marcelo Miranda tem que começar pela a secretária da Fazenda, onde o atual secretário, Paulo Afonso, é um auditor do tipo correto, honesto, humilde, mas, está no lugar errado, por ser prata da casa, fica difícil ter um comando rígido, por estar tratando com antigos companheiros de trabalho.
BRASIL
DILMA FAZ REUNIÃO SURPRESA COM MINISTROS NO PALÁCIO DA ALVORADA
A presidenta Dilma Rousseff convocou neste sábado (12) 12 ministros para mais uma reunião no Palácio da Alvorada em um fim de semana. Participam do encontro os titulares da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; da Casa Civil, Aloizio Mercadante – que formam a Junta Orçamentária –, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Os secretários do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive; e da Receita Federal, Jorge Rachid, também estão na residência oficial da presidenta. A reunião não estava prevista na agenda oficial de Dilma.
O governo discute o anúncio de medidas para mostrar compromisso com o corte de gastos desde o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard&Poor's (S&P), na última quarta-feira (9). Após o rebaixamento, os ministros Levy e Barbosa deram entrevistas reafirmando a estratégia do governo de reduzir despesas e estudar a criação de receitas e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, disse que anúncio de novas medidas seria feito na sexta-feira, o que não aconteceu. O primeiro anúncio, segundo Delcídio, será a redução de custeio dos ministérios, que serão reestruturados e terão contratos de prestação de serviço revistos para cortar gastos. A medida faz parte da reforma administrativa que vai cortar dez dos 39 ministérios do governo Dilma e deve ser anunciada até o fim de setembro.
CORTES NA PRÓPRIA CARNE
A presidente Dilma Rousseff pretende cortar gastos na própria máquina antes de iniciar qualquer diálogo com o Congresso a respeito da criação de um novo imposto ou elevação dos já existentes a fim de aumentar a receita e eliminar o déficit de R$ 30,5 bilhões previstos para 2016. O anúncio dos cortes já deve começar no início da próxima semana. "O Ministério (do Planejamento) está trabalhando o final de semana inteiro para apresentar uma proposta. A orientação da presidente é, primeiro, discutir e apresentar uma proposta de redução de gastos", comentou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, em entrevista publicada neste sábado pelo Estadão.
Segundo ele, "tem medidas que vão precisar de legislação, outras, decretos. Outras são medidas administrativas". Serão anunciadas "primeiro as medidas administrativas e depois as que precisam mudanças na legislação", afirmou. Os cortes de ministérios devem vir depois da redução de gastos na máquina pública, disse ontem o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Sobre o plano para aumentar a arrecadação, o governo não desconsidera criar um tributo sobre movimentação financeira nos moldes da CPMF. Para a equipe econômica, essa seria a melhor saída para acabar com o déficit do ano que vem.
NOSSO PONTO DE VISTA
TOCANTINS
Marcelo Miranda deu um tiro no próprio pé, ao sugerir durante a abertura do 3º Fórum de Governadores do Brasil Central, que está aconteceu em Palmas, ao defender o aumento da Cide, imposto que recai sobre os combustíveis, antes de falar, como fará a própria presidente Dilma, em cortes na máquina administrativa para melhorar as finanças do Estado.
Ao aumentar a Cide (proposta original de Michel Temer, diga-se de passagem), seria criado um efeito cascata sobre todos os demais produtos, já que ao aumentar o custo de transporte, corre-se o risco de se ver esse aumento passando para o preço final de todos os demais produtos.
Ao nosso ver, Marcelo Miranda foi infeliz e inconseqüente ao fazer essa afirmação, já que, logo em seguida, foi contrariado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, que se disse contra o aumento de impostos e contra sobrecarregar os contribuintes como forma de sair da crise.
Se os cofres do Tocantins estão vazios, Marcelo Miranda tem que mostrar o bom administrador que é e dar o exemplo, fazendo sacrifícios para o benefício da população.
Com todo o respeito que temos a Marcelo Miranda como cidadão e como político, achamos que, antes de aumentar impostos e sacrificar o contribuinte que já está com seu nome no SPC por pura incapacidade financeira, o governador deveria cortar os salários altos de contratos especiais, eliminar as secretarias extraordinárias, que todos sabem para quê servem e cortar os altos gastos com veículos oficiais ou alugados.
Não agindo assim, mesmo com aumento de impostos, vai continuar faltando dinheiro para a Saúde Pública, para a Segurança Pública e para a Educação, uma vez que o Cide, imposto que Marcelo quer aumentar, tem seus recursos destinados à área do transporte. De que adiantariam estradas maravilhosas sem ter o que circular por elas?
Se o governador vê que o estado não vai ter condições de honrar o compromisso com o pagamento em dia do funcionalismo, incluindo aí o 13° salário, é recomendável que ele, Marcelo Miranda, faça um pronunciamento em rede estadual de rádio e televisão, e mostre as ações que está tomando para tentar equilibrar a receita para tentar evitar ao máximo os atrasos, um possível parcelamento dos salários do funcionalismo estadual e outras conseqüências impopulares. Marcelo tem que ser franco, mostrando que o problema é internacional, nacional e estadual.
Reafirmamos, mais uma vez, que é premente que o senhor governador que se comunique aberta e sinceramente com a população tocantinense, com o funcionalismo público, seja transparente como sempre foi. É hora de revelar aos tocantinenses, qual é a real situação econômica financeira que se encontra o Estado, e quais são as providências que o governo irá adotar.
“FICHAS SUJAS”
A imagem do governo do Tocantins, de Marcelo Miranda, não pode ser desgastada por abrigar mais de 13 “fichas-sujas” ocupando cargos no primeiro e segundo escalões, sendo que alguns deles, para tomar posse, tiveram que buscar uma liminar na Justiça. Só isso já seria uma vergonha ante o povo. O MPE, recomendou ao governador exonerar o subsecretário da Indústria e Comércio, mas, e os demais, que também são fichas sujas?
O governador tem, agora, a oportunidade perfeita para fazer um limpa nos fichas suja, e eliminar do seu currículo o velho ditado popular que diz: “diga-me com quem andas, e te direi quem és”.
Quem viver, verá!
Por volta das 21h45 da noite desta sexta-feira (11), uma fonte fidedigna de Brasília nos informou que o ex-deputado José Geraldo acaba de pedir exoneração do seu cargo de Superintendente da CONAB no Tocantins, para se dedicar exclusivamente ao comando do PTB no Estado.
Assim que conseguimos a confirmação dessa informação, consultamos outras fontes para saber os motivos do pedido do ex-deputado. Segundo fomos informado, a atitude foi motivada pelo fato de que o deputado estadual Eduardo Siqueira campos estava se mobilizando para assumir o comando do partido no Estado, assim como o deputado Carlos Carlesse, que esteve em Brasília esta semana consultando a cúpula nacional do partido sobre a possibilidade.
Para se antecipar a essas movimentações, José Geraldo, aliado da senadora e ministra Kátia Abreu, tomou a iniciativa de pedir a exoneração do cargo federal que ocupava e assumir, de vez, as rédeas do partido.
Outra informação, é a de que Eduardo Siqueira Campos está mesmo fora dos planos do partido e procura outra legenda onde possa se encaixar para, junto com seus correligionários e seguidores poder estruturar sua candidatura à prefeitura de Palmas no ano que vem.
PARTIDO FEZ REUNIÃO PRÉVIA ANTES DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO
O PTB tocantinense reuniu-se na última quinta-feira em Palmas em ato presidido pelo ex-deputado estadual José Geraldo. Os participantes discutiram uma pauta extensa, com vários assuntos, dentre eles, a sucessão municipal de 2016.
José Geraldo é (era) o superintendente da CONAB no Tocantins, um cargo de confiança do governo de Dilma Rousseff, do PT. Sua indicação foi da senadora e ministra Kátia Abreu do PMDB, de quem José Geraldo é aliado, segundo participantes do evento. O evento exibiu um filme com o pronunciamento do presidente nacional do SIGRA, com duríssimas críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff, além de afirmar que o partido está proibido de coligar-se com o PT, no Tocantins, atendendo uma orientação da cúpula nacional da legenda.
EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS
O deputado Eduardo Siqueira Campos não compareceu ao evento, ao qual enviou apenas um assessor. Uma fonte ligada à direção estadual do partido nos informou que o deputado Eduardo Siqueira Campos é “carta fora do baralho”. Não foi e não será convidado para nenhuma reunião do partido no Tocantins, e que já esta “com passagem comprada, só de ida”.
Após tomarmos conhecimento dessa reunião, procuramos também o deputado Carlesse. O seu chefe de gabinete, Divino Alan, confirmou que esteve na reunião, confirmou a exibição do filme com o pronunciamento da presidente nacional do PTB, deputada Cristiane Brasil, filha do ex-deputado Roberto Jefferson, e as duras críticas e acusações de corrupção no governo da presidente Dilma Rousseff. Alan confirmou, também, que o deputado Carlos Carlesse vai oficializar sua filiação ao PR, do senador Vicentinho.
AS PALAVRAS DE JOSÉ GERALDO
Em conversa por telefone com o ex-deputado José Geraldo, nossa equipe de reportagem lhe fez as seguintes perguntas:
1- Se o partido, em sua reunião realizada nesta última quinta-feira, já estava discutindo candidaturas em Palmas e Paraíso do Tocantins, sua base eleitoral.
2- Também perguntamos a ele sobre a exibição de filme onde são apresentadas duras as críticas e denuncias contra o governo da presidente Dilma Rousseff do PT.
3- Se, realmente, foi acertada a proibição do PTB a se filiar nas eleições municipais com o PT tocantinense.
4- Como ele, ex-deputado José Geraldo esta ocupando um cargo de direção no estado de confiança do governo Dilma Rousseff do PT, e a nível nacional o partido é oposição a presidenta Dilma.
5- Porque não estão comparecendo às reuniões, os dois deputados eleitos pelo PTB, Eduardo Siqueira Campos e Carlos Carlesse.
RESPOSTAS
Muito educado o ex-deputado José Geraldo nos respondeu de forma concisa: “estamos passando por uma turbulência política muito desastrosa, cheias de curvas, conflitos, desavenças e desagregadora. A classe política está em baixa com a opinião pública. Eu, José Geraldo, estou tendo o cuidado de não entrar em discussões, em picuinhas. Vejo, no momento em que vivemos, um caminho para um entendimento pela governabilidade, pela estabilidade política.
Sempre procurei dar e receber o respeito e isso tudo que está acontecendo é um processo democrático. Vamos discutir candidaturas municipais e coligações só em 2016, lá por maio e junho. Sou aliado da senadora e ministra Kátia Abreu, estamos juntos por um Tocantins melhor, por um Brasil em desenvolvimento. O problema econômico em que se encontra o Brasil e os estados brasileiros, é uma conseqüência de um problema globalizado, pois vários e vários países estão afetados.
Sobre a posição nacional do PTB referente ao governo da presidente Dilma Rousseff, e não compete a nós discutimos. Vamos, sim, no momento oportuno, em 2016, por vésperas das convenções municipais, definir a oposição do PTB no Estado, respeitando, como sempre respeitei, todos os meus companheiros, parceiros, aliados.
Vamos nos unir para enfrentar as dificuldades. Estou me sentindo muito prestigiado pela nossa senadora e ministra Kátia Abreu, e conclamo os homens e mulheres a somarmos forças para superamos essas turbulências que o país vive e que atinge o nosso Estado e os nossos municípios.
O vice-presidente Michel Temer disse na terça-feira (8) que o governo tem que evitar “remédios amargos” para a saída da crise econômica. “Temos que evitar remédios amargos. Temos que verificar, se for possível, simplesmente cortar despesas, a tendência é esta. Quando se fala em remédios amargos, tem de ser o menor dos remédios amargos”, disse ele.
Na segunda-feira (7/9), a presidenta Dilma Rousseff afirmou, em mensagem gravada para as redes sociais, que alguns remédios para a situação atual podem ser “amargos”, mas são indispensáveis. “As medidas que estamos tomando são necessárias para por a casa em ordem e reduzir a inflação, por exemplo", declarou a presidenta.
Temer afirmou que defende o corte de despesas sem maiores aumentos de tributos.
“Tenho agora reunião com os governadores do PMDB, com os presidentes da Câmara e do Senado, onde vamos discutir esse tema, que se inicia exatamente pela ideia do corte de despesas. As pessoas não querem, em geral, qualquer aumento de tributos. Aumento de tributos é só em última hipótese, descartável desde já. Não queremos isso. Eu vou ouvir os governadores que têm condições de fazer várias sugestões, e depois, trarei essas sugestões à presidenta”, afirmou o vice-presidente.
Temer informou, no entanto, que também tratará na reunião de hoje, no Palácio do Jaburu, sobre uma possível mudança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto que incide sobre combustíveis, como forma de aumentar a arrecadação da União e dos estados. “Mas isso vamos ver com os governadores”, concluiu ele.
Estão presentes na reunião os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; do Rio Grande do Sul, José Sartori; do Espírito Santo, Paulo Hartung; de Alagoas, Renan Filho; de Rondônia, Confúcio Moura; e do Tocantins, Marcelo Miranda. O governador de Sergipe, Jackson Barreto, não está presente em razão de licença médica. Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado Renan Calheiros, também participam do encontro que vai discutir medidas para melhorar as contas dos executivos estaduais.
Participam ainda da reunião os ministros da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, da Pesca, Helder Barbalho, e dos Portos, Edinho Araújo.
Os líderes do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, e no Senado, Eunício Oliveira, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também estão no jantar.
Antes de ir para o jantar no Palácio do Jaburu, Temer reuniu-se com a presidenta Dilma para tratar da pauta de votações desta semana, após ter se reunido mais cedo com líderes da Câmara, na tarde de hoje.