COVID-19: A MAIS PERVERSA CRIAÇÃO DA HUMANIDADE. DO NEGACIONISMO À PANDEMIA

Posted On Domingo, 21 Março 2021 07:25
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“Algumas pessoas são tão sensíveis que se sentem desprezadas se uma epidemia não as contaminar” 

KIN HUBBARD

 


EDITORIAL

 

Por Luciano Moreira e Edson Rodrigues

Se alguém ainda tem alguma dúvida, eu não. A Covid-19 é uma criação do homem. Não em sua gênese, em sua origem, mas no seu crescimento, no seu desenvolvimento, na sua crueldade e na sua propagação injusta.

Sim, pois foi o homem quem lhe deu asas, quem lhe deu meios de se locomover, de se infiltrar e, finalmente, de se instalar em nosso habitat.

Verdade que prenderam o prefeito chinês que demorou para gritar, afinal, ele e os que mandavam em Wuham deveriam ter “wuhado” aos quatro ventos o quão perigosa era aquela partícula de laboratório que se travestiu de gripe e tomou o mundo de assalto, deixando para mostrar sua face mais nefasta a partir do 15º dia, passando os 14 primeiros brincando com as defesas do organismo dos humanos frágeis, reunindo forças para, de mutação em mutação, tornar-se cada vez mais letal, vil e sombrio.

E o vírus foi ganhando o mundo e vencendo batalha após batalha, abatendo seres humanos dos mais sadios aos mais vulneráveis, num exemplo puro de diversidade perversa, pois não se importou com sexo, raça, credo cor, classe social, orientação sexual, afinal, os vírus são seres microscópicos constituídos de DNA ou RNA e protegidos por uma capa formada de proteínas. São considerados parasitas intracelulares e, por isso, suas funções só podem ser desempenhadas quando entram em uma célula viva para utilizar todos os seus recursos.

 

Entenderam porque a COVID-19 é uma criação humana?

Usem máscara! Evitem o contato corporal! Cuidem da higiene pessoal! Fiquem em casa!

NEGACIONISMO

Era simples acabar com esse ser abjeto lá, no começo de 2020, mas o homem, do comunista ao capitalista, preferiu pagar para ver. E o vírus quebrou a banca!
Os negacionistas, aqueles que não acreditam na letalidade do vírus, vieram com argumentos tão estúpidos quanto tacanhos. Quando as mortes começaram a se multiplicar e os exemplos de boas administrações apontavam o lockdown como melhor solução, veio o “argumento irrefutável”: “ora, se fecharmos o comércio a economia para, haverá muitos desempregados, não arrecadaremos impostos!”

Agora, o que não se pode mais fechar são os cemitérios – houve 3 enterros por minuto em São Paulo no dia 12 de março de 2020! – não se podem fechar as vagas para contratação de profissionais de Saúde, muito menos as fábricas de vacina.

Sim, há vacina! Chinesa, americana, russa, indiana... mas, onde está a capacidade de produção para atender à demanda? Onde está a mão de obra para acelerar a fabricação das doses salvadoras? Infelizmente estão nas reuniões festivas, nas raves clandestinas, nas festas em chácaras e mansões particulares, nos iates, nos batidões do funk.... sem máscara, sem humanidade, sem empatia e sem se preocupar com seus amigos e familiares a quem contaminarão depois.

DESCASO

Os pioneiros no combate à pandemia ou estão exaustos ou foram vencidos pelo vírus. Aliás, o primeiro médico a se manifestar sobre os riscos do “novo coronavírus” morreu infectado, após ser preso por divulgar informações sigilosas e, agora, as ôtoridades que furam fila para tomar vacina dizem que não há profissionais da Saúde para suprir a demanda... Ora, não foram essas ôtoridades que permitiram o Carnaval – a festa do povo – em 2020?

São as mesmas pessoas que, ante a nova onda de mortes que elevara o Brasil a “epicentro mundial” da Covid-19 neste mês de março, ainda titubeiam em mandar fechar tudo, pois vem aí a páscoa. “É preciso vender ovos de chocolate!”.

Esse descaso, essa ineficiência e essa inoperância dos gestores, do nacional aos estaduais e municipais, criaram uma situação exemplar. No dia 11 de setembro de 2001, o mundo parou para chorar os mais de 2.900 mortos no ataque terrorista às torres gêmeas, em Nova York. No Brasil não foi diferente. O País parou para acompanhar o sofrimento americano.
Pois, nos dias atuais, a média de mortos por dia, no Brasil, é como se fosse um “11 de setembro” por dia, aqui, no Brasil.... e ninguém liga, ninguém para para “chorar” esses mortos da forma adequada, que é se conscientizando a fazer o que é recomendado pelas autoridades mundiais de saúde.

DOR SEM FIM

E o que nos resta fazer senão chorar as perdas e enfrentar o luto que causa uma dor infinita? Afinal, nem velar nem enterrar nossos entes queridos podemos, pois essa praga se apossa da vida que tirou e fica mais forte para levar quantas outras puder. Uma vez que a pessoa infectada entra no hospital (quando há leitos disponíveis), se não sair vivo, a família nunca mais a verá, pois são proibidos os velórios e os enterros com a presença de parentes.

Pois bem. Feito o desabafo, me pergunto: será que todas essas pessoas que insistem em negar o coronavírus, em participar de festas, de frequentar aglomerações, em não usar máscaras e em ignorar o distanciamento social não tiveram nenhuma perda na família?

Não desejo que ninguém sofra, mas esse comportamento só aumenta minha ira, pois os que amamos estão-se indo, e os que não amam nem a si mesmo permanecem incólumes. É, no mínimo, injusto.

Mas, como cobrar justiça, justamente da raça humana, dos mesmos que condenaram Jesus e libertaram Barrabás...

E então, o coronavírus é ou não é uma “criação humana”?