Por: Edson Rodrigues
A construção da arca de Noé de Carlos Amastha cria corpo e luz de alerta acende no palácio Araguaia. São dois fatos distintos que têm a ver com a sucessão estadual no Tocantins, sendo uma de nível nacional com decisão partidária e outra estadual, mas igualmente impactante. Ambas com fortes influências junto ao eleitorado tocantinense.
Por um lado o governo de Mauro Carlesse continua engessado por normativas regulamentadas em leis específicas para ano eleitoral e resolução do TCE, enquadrando o executivo estadual e proibido-o de contrair empréstimos com instituições financeiras nacionais e internacionais, também tem determinação que suspende operações financeiro-orçamentárias que não estão em conformidade Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e com as vedações da Legislação Eleitoral. O governo de Carlesse está proibido de assinar qualquer Ato que resulte em aumento de gasto do executivo, tais como reajustes de vencimentos, criação de cargos ou alterações na estrutura de carreira de servidores.
Do outro lado a campanha de Amastha ganha corpo. Trocando em miúdos, uma intervenção branca no PT Tocantinense (já que é uma decisão estatutária e normativa do diretório nacional da legenda do partido dos trabalhadores) determina que o PT deverá ficar com Carlos Amastha, o que dará a ele o maior horário eleitoral de rádio e televisão.
Caso o pré-candidato Amastha feche com o PR, do senador Vicentinho - já tem reunião agendada para próxima segunda-feira -, contará com mais de 65 prefeitos, os quais seguiram o senador no segundo turno e que contribuíram de forma significativa para os mais de 120 mil votos, em ambos os turnos.
Notícias de bastidores indicam ainda um sinal de ‘flerte’ com o MBD, do grupo do ex-governador Marcelo Miranda e não está descartada a vinda do Solidariedade e do PSDB.
Vale lembrar aqui que o senador Vicentinho, que é líder do PR no senado é campeão em liberação de recursos para os municípios tocantinenses. Além disso foi recentemente recebido pelo presidente da república Michel Temer, encontro que rendeu a ele mais liberações de recursos para diversos municípios do Tocantins, fato que deve ser oficialmente comunicado aos prefeitos, na reunião programada para a próxima segunda-feira, 16 em um hotel da capital.
Namoro com o Solidariedade
O partido da Solidariedade que tem como um dos seus principais líderes o vice-presidente nacional da legenda e candidato a uma das duas vagas do senado, pelo Tocantins, o ex-deputado federal Eduardo Gomes, poderá ser um diferencial na corrida ao Palácio Araguaia. Eduardo Gomes conta hoje com uma retaguarda muito forte no interior do estado, dentre elas a do prefeito Ronaldo Dimas e da maioria dos vereadores de Araguaína, sendo o prefeito Ronaldo Dimas seu avalista e apoiador.
O solidariedade, com quatro deputados estaduais na Assembleia legislativa tem demonstrado força política e musculatura com capacidade de somar significativamente em uma campanha majoritária. O Solidariedade ainda possui um excelente fundo partidário e importante horário eleitoral gratuito de rádio e TV. Porém, mesmo com toda essa força política, observa-se que o partido não possui, hoje, o tratamento merecido pelo Paço estadual.
Por enquanto permanece o diálogo do Solidariedade com alguns aliados do Palácio Araguaia, mas até o presente momento o partido não se pronunciou, preferindo permanecer atento aos acontecimentos de bastidores.
Deputado Vilmar do Detran
Amastha pode ainda conseguir construir uma arca de Noé, sem risco de virar um Titanic e com grandes chances de fazer a travessia sucessória, rumo ao palácio Araguaia, com sucesso.
De olhos abertos aos próximos capítulos.