Não é surpresa para nenhum tocantinense o abandono que se encontra o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Mauro Carlesse. Ainda assim Carlesse, filiado ao PHS, lançou o seu nome para disputar a candidatura ao governo do Estado
Por Edson Rodrigues
No evento, que aconteceu no último final de semana, em um clima de velório de agiota, sem ninguém exatamente, o candidato não contou com a presença de nenhum dos seus “amigos e colegas” da Casa de Leis. Era visível o quanto o candidato estava sozinho e desfigurado.
Foi um anúncio humilhante, um constrangimento, um candidato ao governo em seu lançamento passar por uma situação de dor, pena, sem ninguém, nenhum deputado que tivesse a hombridade de pelo menos ser solidário com Mauro Carlesse. O que pelo visto, o candidato está muito mal assessorado. E por pior que seja um assessor, deveria que ter evitado tamanho constrangimento e desgaste ao presidente do Poder Legislativo, que passou por uma situação degradante, catastrófica.
Onde estavam os supostos aliados e companheiros, era um dos questionamentos. Os supostos parceiros do presidente da Assembleia não expuseram o seu apoio ao companheiro do grupo, mas dos bastidores da política até o caminho ao palco, muitos são os ruídos de comunicação, e alguns atores se perdem no caminho, encenam outros papéis, ou simplesmente, saem da cena sem explicação alguma.
Logo, durante a oficialização da pré-candidatura todos se perguntavam onde estariam os demais aliados para a composição de uma chapa majoritária? Os nobres colegas usaram o presidente da Assembleia e o traíram? Qual será o futuro do então político? Muitas destas e outras perguntas caberá que tempo nos dê respostas, sejam elas pertinentes ou não.
As bravatas de Carlesse
Em escala menor, a cena se repete. O deputado Mauro Carlesse se comportou da mesma forma política e estratégica ouso dizer, que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que formou um grupo de legisladores para afrontar o Poder Executivo. No caso do Tocantins, o governador Marcelo Miranda foi ameaçado com um processo de impeachment, além de outras ações que dificultou em suma, a vida de uma população.
O processo para a autorização de financiamento de mais de R$ 900 milhões oriundos de um acordo entre o governo e o presidente Michel Temer via Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil foi engavetado pela assembleia, o que ocasionou em um retrocesso e mais tempo de estagnação econômica para o Tocantins.
O comportamento do representante da Casa de Leis, por meio de um distanciamento com o Executivo tem gerado inúmeros prejuízos e atrasos a inícios de obras importantes para o nosso desenvolvimento. Tudo isso se deu por causa de uma barreira construída por Mauro Carlesse e subsidiada por seus apoiadores, nobres colegas.
Todas as ações, ao que tudo indica premeditadas, com um único objetivo, atingir um governo, e quem quer que necessite dele para subexistência, neste caso, um lamento a nós tocantinenses que dependemos destes nobres deputados para representar os nossos interesses, mas eles se esqueceram o motivo no qual ocupam as cadeiras da Assembleia.
A exemplo desta situação é a obra da construção da ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, que já poderia estar com no mínimo 40% do seu total adiantado, o que estaria gerando emprego e renda a centenas de tocantinenses que tem buscado alternativas de sobrevivência diante da crise econômica nacional, aquecendo a economia e melhorando a qualidade de vida.
As provocações que respingam na população não param por aí, Carlesse tem realizado diversas declarações no qual usa termos provocativos ao chefe do Executivo. Assim como ele, vários dos seus apoiadores tem utilizado os mesmos critérios para se referir a autoridade máxima do Estado.
Lembrem-se: Não se administra apontando os erros alheios, ou atrapalhando o desenvolvimento de uma nação, mas a gestão, deve estar além de interesses pessoais, em que ressaltam-se as qualidades e as propostas que venham a somar. “Quando você tenta denegrir a imagem do outro, sua atitude mais fala sobre você do que a quem se refere”.
Um arsenal de provocações desnecessárias
Hoje Carlesse deve já está provando do banquete preparado por seus “amigos do parlamento”. Um prato idêntico ao que foi servido ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, o prisioneiro, Eduardo Cunha. No cardápio traição, abandono e de sobremesa um futuro político incerto tendo em vista que seu partido é expressivamente pequeno, não tendo prefeitos, vereadores, nem horário político para ser negociado em uma coligação. Isto nada mais é do que um trem, sem passageiros. Uma viagem rumo a sucessão eleitoral exige um agrupamento, e uma boa base é um ingrediente que não está no bagageiro, tampouco no porta luvas! Atualmente os marcelistas e demais opositores em tom de chacota, desejam a Carlesse uma excelente viagem neste percurso.
De acordo com os analistas políticos no qual conversamos a respeito da corrida eleitoral sobre um prognóstico do futuro do deputado Mauro Carlesse, houve unanimidade nos pontos de vista.
O Partido Humanista da Solidariedade (PHS) não possui no Tocantins uma base política de líderes políticos e empresariais, não tem diretórios, tampouco comissões provisórias em pelo menos 10% dos 139 municípios tocantinense, o que inviabiliza a formação de uma chapa majoritária sem o apoio de partidos maiores, que certamente buscarão ocupar estas vagas disponíveis para as funções de governo e senado na disputa eleitoral do Tocantins.
Independente dos pontos de vista, ainda é cedo para qualquer previsão de um resultado que só acontecerá em outubro e até lá muita coisa pode acontecer, mas é possível afirmar que o futuro político do deputado está a caminho da UTI.