Em comparação nacional, o estado brasileiro mais novo ocupa 10º lugar, com taxa média anual em 5,5%; desemprego no Tocantins alcança menor patamar da série histórica
Por Kaio Costa
O Estado do Tocantins ocupa o 2º lugar entre as Unidades Federativas das regiões Norte e Nordeste do Brasil com a menor taxa de desocupação média anual de 2024: 5,5%, antecedido apenas por Rondônia (3,3%). Esta percentagem garante ao Tocantins 10º lugar e taxa menor que a média nacional, estipulada em 6,6%. Esses dados apontam menor patamar da série história em taxa de desemprego no Tocantins, desde 2012. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), publicizado nesta sexta-feira, 14.
Numa outra perspectiva, o nível de ocupação média do Tocantins fechou 2024 em 60,4%, também acima da média nacional, que foi de 58,6% e a maior das regiões Norte e Nordeste. O nível de ocupação é a proporção de pessoas ocupadas dentro da população ativa.
O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Carlos Humberto Lima, atribui o sucesso dos resultados divulgados às políticas de incentivo à produção de renda e vagas no mercado de trabalho preconizadas pelo Governo do Estado.
“Através do Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços, o PICS, determinado e instituído pelo governador Wanderlei Barbosa, conseguimos estruturar e dar condições para que o Estado do Tocantins cresça economicamente, se desenvolva industrialmente e desponte como um dos melhores Estados do Brasil para se investir”, afirmou Carlos Humberto Lima.
O secretário do Planejamento e Orçamento, Sergislei de Moura, analisou que o momento econômico e a estabilidade fiscal do Tocantins tem impactos positivos na geração de emprego e crescimento das oportunidades. “O estado vem cumprindo o seu papel de promover o bem estar social e o crescimento econômico com responsabilidade fiscal, gerando segurança para os empresários. Além disso, o chamamento dos professores do concurso da educação e a seriedade do trabalho dentro do setor público tem permitido o crescimento das oportunidades de trabalho no Estado”, pontuou.
PNAD Trimestral
Líder da Seplan, Sergislei de Moura analisou que o momento econômico e a estabilidade fiscal do Tocantins tem impactos positivos na geração de emprego e crescimento das oportunidades. - Aldemar Ribeiro/Governo do Tocantins
O IBGE também divulgou a PNAD trimestral e, em termos comparativos, a taxa de desocupação do Tocantins caiu 0,7 pontos percentuais (p.p.) no 4º trimestre de 2024, fechando o ano com 5,1%, menor que o mesmo período em 2023 (5,8%). O número de pessoas na força de trabalho também cresceu: foi de 804 mil no 4º trimestre de 2023, para 840 mil no mesmo período no ano passado, o que representa um crescimento de 4,4%. O nível de ocupação fechou 2024 com crescimento de 1,3 p.p.: no 4º trimestre de 2023 estava em 59,4%, em 2024 chegou a 60,7%.
A Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan) divulgou hoje o estudo Tocantins em Números, onde sistematiza de forma objetiva os números referentes ao Estado na PNAD Trimestral. Confira aqui.
A PNAD, ou Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, é uma pesquisa do IBGE que produz informações sobre o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
Montante reforça o compromisso da distribuidora com o desenvolvimento da economia e melhora na qualidade do serviço no estado
Da Assessoria
O governador Wanderlei Barbosa recebeu nesta quinta-feira, 13, a diretoria da Energisa Tocantins, que apresentou o montante de investimentos a serem realizados no estado em 2025. Ao todo, serão aplicados R$ 605,8 milhões na ampliação e modernização da rede elétrica e construção de novas subestações, além de outras ações.
"Ficamos muito felizes com todo o trabalho da empresa no Tocantins, já que o estado tem cobertura da Energisa em todas as regiões e, há uma programação para estender àqueles lugares que ainda não foram contemplados”, ressaltou o governador Wanderlei Barbosa, agradecendo pelos investimentos que a empresa está realizando em todas as regiões do Tocantins.
Para este ano, o plano de investimentos da distribuidora inclui: o início das obras da Subestação Palmas V; a rede básica Colinas/Araguaína; a inauguração da Subestação Serras Gerais, da rede básica de Gurupi e da Subestação Gurupi 3; e, novas ações do projeto Nossa Energia, com a doação de 490 geladeiras, 1200 ventiladores e mais de 60 mil lâmpadas de LED para a população de baixa renda.
Além disso, com o apoio do Governo do Tocantins, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), também será feita a execução do programa Luz para Todos, que vai beneficiar cerca de 5 mil famílias da zona rural de localidades com potencial para receber a extensão da rede elétrica ainda este ano.
“O Tocantins está em pleno desenvolvimento e, com isso, o sistema elétrico que atende o nosso estado também deve continuar em aperfeiçoamento constante. Por isso, vamos investir de forma majoritária na ampliação da rede elétrica, sem deixar de aplicar recursos também na manutenção e modernização de nossos equipamentos”, afirmou o diretor-presidente da Energisa Tocantins, Alessandro Brum, que estava acompanhado do diretor Técnico e Comercial da empresa, Alberto Cunha, e do diretor de relações institucionais, Alan kardek Moreira.
Energisa no Tocantins
No Tocantins, a Energisa atende cerca de 680 mil clientes nos 139 municípios do estado, e gera mais de três mil empregos de forma direta e indireta. Ao todo, em 11 anos de atuação no Tocantins, a Energisa já investiu cerca de R$ 4,3 bilhões no sistema elétrico do estado.
Em 2024, o Tocantins foi reconhecido de forma nacional, com a melhor distribuidora de energia das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee).
Encontro contou com a presença de quase 20 entidades que defendem o interesse de quase 40 mil servidores efetivos
Da Assessoria
Representantes de 20 sindicatos de categorias diversas estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira, 14, para discutir e definir o índice da revisão anual dos servidores - data base - relativo ao ano de 2025.
Juntos, os representantes definiram o percentual de 7,5% de reajuste, levando em consideração a inflação do ano de 2024 no percentual de 4,83% (IPCA) acrescido de ganho real de 2,67%, garantindo-se assim a manutenção do poder de compra e a valorização dos servidores públicos estaduais.
O pedido das entidades se justifica principalmente levando em consideração o recorde de arrecadação em 2024, demonstrando uma saúde fiscal robusta capaz de atender as demandas do funcionalismo público, sem comprometimento das finanças.
Conforme informações do próprio governo, a elevação foi além dos índices projetados, o que posicionou o Tocantins entre os de maior crescimento da Região Norte do país, refletindo economia em expansão. Aliado a isso, a reposição de 7,5% será também forma de reconhecimento e valorização dos servidores, pois tais resultados são feitos do trabalho árduo e comprometido daqueles que compõem a estrutura da gestão estadual.
O documento a ser protocolado ao governador do Estado ressalta ainda que os servidores estaduais não recebem um reajuste com ganho real há quase 10 anos, refletindo na perda de poder de compra e endividamento, tendo em vista que a inflação e os custos de vida continuam a aumentar.
Por isso, os sindicatos defendem ser necessário um ajuste salarial contemplando não apenas a reposição da perda inflacionária anual e a redução do impacto das perdas acumuladas nos últimos anos, mas vislumbrando o reconhecimento daqueles que desempenham papel fundamental no funcionalmente estatal e no atendimento à população.
Com o apoio e o trabalho dos servidores, o Estado conseguiu inclusive aumentar a sua nota de crédito no Tesouro Nacional, além de o governo registar índices positivos de aprovação.
O próximo passo do grupo é protocolar o pedido junto ao Governo Estadual.
Confira todos os sindicatos que participaram:
Sisepe, Fesserto, Sinfito, Sindjor, Sinsjusto, Seet, Sindifiscal, Sintras, Sicideto, Sindlegis, Assamp-TO, Sindagro, Sintet, Sindojusto, Asser, Sisdep, Sindiperito, Sindifato e Sindare.
Unidade se tornará uma das principais especializadas no atendimento feminino e neonatal do Norte do país
Por Ana Franco
O Governo do Tocantins, representado pelo secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto, assinou nessa segunda-feira, 10, o contrato de Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Opy Healthcare, vencedora da licitação para construção, gestão, operação e manutenção do Hospital da Mulher e Maternidade Estadual. A cerimônia ocorreu na sala de reuniões do Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, em Palmas. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) , desta quarta-feira, 12.
A construção de uma nova unidade hospitalar para tratar as demandas de saúde das mulheres é uma prioridade no plano de gestão do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa. A iniciativa marca a primeira PPP em saúde do Tocantins e é uma resposta direta às demandas por assistência especializada para o público feminino e neonatal.
“Com este novo hospital, iremos garantir o acesso a um atendimento mais completo, que valoriza a saúde da mulher de forma integral. Esta parceria com a Opy Healthcare reforça o nosso compromisso com um sistema de saúde mais eficiente e humanizado”, destacou o governador Wanderlei Barbosa.
A nova unidade hospitalar, que substituirá o atual Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), será construída em Palmas, em um terreno de 25 mil m² — seis vezes maior do que a estrutura atual. Com cerca de R$ 299 milhões a serem investidos pela empresa na implantação, o hospital contará com 210 leitos e 20 vagas na nova Casa Gestante, Bebê e Puérpera, ampliando a capacidade em mais de 60%.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto, destacou que além da ampliação na capacidade de assistência à população, o novo hospital proporcionará aos servidores um melhor ambiente de trabalho - Crédito: Esequias Araújo/Governo do Tocantins
Entre as novidades também estão a instalação de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) obstétrica-ginecológica, inédita no estado; além da ampliação dos leitos de UTI Neonatal e um heliponto, que facilitará o transporte de emergência. A unidade oferecerá serviços integrais nas áreas de ginecologia, obstetrícia e atenção neonatal, garantindo uma infraestrutura de ponta.
Além do aumento da capacidade de leitos, o projeto prevê a ampliação e a otimização de programas que já são referência no Hospital e Maternidade Dona Regina, a exemplo do Banco de Leite Humano e do Serviço de Atenção Especializada às Pessoas em Situação de Violência Sexual (Savis).
"Esta obra é muito aguardada pois, além da ampliação na capacidade de assistência à população, o novo hospital proporcionará aos nossos servidores um melhor ambiente de trabalho, garantindo a todos mais conforto e segurança, com uma infraestrutura moderna”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto.
Parceria e gestão estratégica na saúde
Com cerca de R$ 299 milhões a serem investidos na implantação, o hospital contará com 210 leitos e 20 vagas na nova Casa Gestante, Bebê e Puérpera - Crédito: Antonio Gonçalves/Governo do Tocantins
A licitação para construção, gestão e operação do Hospital da Mulher e Maternidade Estadual do Tocantins foi realizada na Bolsa de Valores B3, em São Paulo/SP, em agosto de 2024. Coordenado pela Secretaria de Estado de Parcerias e Investimentos (SPI/TO), em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO) e com o apoio da Companhia Imobiliária de Participações, Investimentos e Parcerias (Tocantins Parcerias), o projeto é pioneiro na área da saúde e marca o terceiro empreendimento do Programa de Parcerias e Investimentos (Tocantins PPI) a alcançar a fase contratual, consolidando o modelo de PPP como uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento do estado.
"Este é um projeto que vai além da infraestrutura, trata-se de uma transformação no cuidado com a saúde das mulheres do nosso estado, trazendo mais dignidade e acesso à saúde de qualidade”, enfatizou o titular da SPI/TO, Thomas Jefferson.
O contrato assinado entre o Governo do Tocantins e a Opy Healthcare estabelece que a empresa será responsável pela construção, pela aquisição e pela instalação de equipamentos, bem como pela gestão administrativa e pela manutenção da unidade por 30 anos. A gestão clínica, com todas as equipes de profissionais da saúde, permanecerá sob a responsabilidade do Estado.
Obras
As obras têm previsão de início para o primeiro semestre de 2025. Após a emissão da Ordem de Serviço, o projeto prevê a entrega do hospital em funcionamento no prazo de 24 meses. O Estado só iniciará o pagamento da contraprestação mensal à empresa quando o hospital estiver totalmente equipado e em plena atividade.
Uma vez concluído, o Hospital da Mulher e Maternidade Estadual se tornará uma das principais unidades especializadas no atendimento feminino e neonatal do Norte do país, reforçando o compromisso do Governo do Tocantins com um atendimento humanizado, moderno e eficiente.
Na série de entrevistas especiais pelos 37 anos de O Paralelo 13, resgatamos os bastidores da criação do Tocantins. Para isso, conversamos com José Carlos Leitão, um dos protagonistas dessa luta histórica, que compartilhou momentos decisivos, desafios enfrentados e personagens essenciais dessa conquista.
Por: Edson Rodrigues
O Paralelo 13: José Carlos, você sempre esteve envolvido na luta pela criação do Tocantins. Quem foram os personagens-chave desse processo?
José Carlos Leitão: Edson Rodrigues, tivemos muitos atores nessa história, mas eu destacaria quatro que foram decisivos. O primeiro foi o próprio povo de Porto Nacional, a capital cultural do nosso estado, que sempre levantou a bandeira do Tocantins. Tínhamos grandes nomes nessa luta, como José Feliciano Machado Braga, Dr. Oswaldo Alves, César Freire e muitos outros.
O segundo foi a criação da Senog, em 1958, na cidade de Pedro Afonso. Foi um passo fundamental para articular politicamente a necessidade do estado. O terceiro ponto foi a Conorte, que deu continuidade ao movimento. E, por fim, Siqueira Campos, que conseguiu transformar essa luta em realidade política.
A mudança para a Região Norte: um fator decisivo
Paralelo 13: Há um fato pouco conhecido sobre a mudança do Tocantins da região Centro-Oeste para a região Norte. Como isso aconteceu?
José Carlos Leitão: Isso foi fundamental! Durante a constituinte, o Tocantins estava previsto para integrar a região Centro-Oeste. Mas um amigo nosso, que trabalhava no Ministério do Interior, me alertou sobre uma grande oportunidade: se mudássemos para a região Norte, o estado receberia 40% a mais do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
Jose Carlos Leitão, Darci Coelho, José dos Santos Freire, Ulisses Guimarães, Brito Miranda, Siqueira Campos, na Câmara durante entrega de emendas da Criação do Estado do Tocantins
Levei essa sugestão ao Siqueira Campos, que imediatamente a acatou. Fizemos a alteração no texto constitucional, garantindo mais recursos para a infraestrutura e o desenvolvimento do estado. Isso permitiu, por exemplo, que Palmas recebesse mais verba do que Goiânia na época.
O Memorial do Estado do Tocantins: um sonho em construção
O Paralelo 13: Você tem um projeto ambicioso para preservar essa história: o Memorial do Estado do Tocantins. Como está esse projeto?
José Carlos Leitão: O Tocantins foi o único estado criado por um movimento popular, e essa história precisa ser preservada. O Memorial será um monumento icônico, reunindo documentos, fotos, depoimentos e registros históricos.
Já encaminhamos um pedido ao prefeito Eduardo Siqueira Campos para a doação de uma área na Avenida Teotônio Segurado, ao lado do Espaço Cultural. O projeto será financiado com recursos privados e contará com um traço arquitetônico do escritório Oscar Niemeyer. Queremos que seja o maior símbolo cultural e turístico da capital.
Desafios e prioridades para o futuro do Tocantins
Paralelo 13: Hoje temos um governador tocantinense, Wanderlei Barbosa. Na sua visão, quais devem ser as prioridades dele para os próximos dois anos?
José Carlos Leitão: O governador tem feito muitas obras, mas há desafios urgentes. A saúde precisa de atenção, com a conclusão dos hospitais regionais de Araguaína, Gurupi e Porto Nacional. Também é essencial duplicar as rodovias Palmas-Porto e Palmas-Paraíso, além da ampliação da ponte sobre o Rio Tocantins.
Na educação, a Unitins deve ser expandida, com mais cursos profissionalizantes. E a cultura precisa ser fortalecida, resgatando programas sociais como os Pioneiros Mirins, que Siqueira Campos criou e que fizeram uma diferença enorme para os jovens.
A juventude e o desenvolvimento social
Evento realizado pela CONORTE em hotel em Brasília onde reunimos os deputados Freire e Siqueira Campos, primeiro presidente da CONORTE José Maia Leite, José Carlos Leitão e ex prefeito Novo Acordo Deusimar Coelho
O Paralelo 13: Você expressou preocupação com a formação profissional da juventude tocantinense. O que pode ser feito?
José Carlos Leitão: Precisamos investir mais em educação técnica e profissionalizante. Muitos jovens estão saindo do ensino médio sem perspectiva de emprego. É fundamental criar mais escolas técnicas e cursos voltados para as demandas do mercado de trabalho.
Além disso, o governo pode incentivar ações culturais e esportivas para engajar essa nova geração. Acredito que o governador Wanderlei Barbosa possa dar mais atenção a isso nos próximos anos.
O Paralelo 13: Além de ter sido um dos protagonistas desse processo, você também registrou essa história em um livro. Como surgiu a ideia de escrever Tocantins, Eu Também Criei?
José Carlos Leitão: esse livro foi quase uma necessidade. Houve um período em que parecia que apenas uma pessoa tinha criado o Tocantins, e isso não condizia com a realidade. Foi um movimento de muitos, com diversas frentes de atuação, e eu quis registrar essa história de maneira mais completa e justa.
Infelizmente, por causa desse contexto, o livro enfrentou resistência. Marquei dois locais para lançá-lo, e os eventos foram cancelados. Precisei recorrer à OAB para garantir o lançamento. Por isso, costumo dizer que Tocantins, Eu Também Criei é um “livro proibido”.
CONORTE é recebida pelo governador Henrique Santillo que coloca o governo de Goiás a disposição da causa Tocantinense
Paralelo 13: O livro reconhece o papel de Siqueira Campos, mas também destaca outros personagens essenciais.
José Carlos Leitão: Exatamente. O Siqueira foi uma peça-chave, mas não agiu sozinho. Eu sempre digo que quatro pilares sustentaram a criação do Tocantins: Porto Nacional, a Senog, a Conorte e o próprio Siqueira Campos. Sem ele, talvez o estado não tivesse sido criado, mas sem os demais, também não teria sido possível.
Outro ponto importante abordado no livro é o marketing político que mobilizou a população e viabilizou a campanha pró-Tocantins. A minha empresa, o Grupo Brasileiro de Propaganda, foi responsável por toda a comunicação, sem apoio governamental. Criamos uma narrativa de soma, e não de divisão, ao contrário do que aconteceu no plebiscito fracassado do Pará, que tentou dividir o estado em Carajás e Tapajós.
Élida Magalhães, ex primeira dama de Campos Belos, publicitário José Carlos Leitão , presidente da CONORTE, Santos Ninha ex prefeito de Campos Belos e diretor da CONORTE , jornalista Edson Rodrigues , diretor presidente jornal O Paralelo 13 durante evento no Lago Sul no restaurante Manzuá, em Brasília
Essa estratégia foi reconhecida nacionalmente. A Conorte recebeu prêmios de publicidade, como o Prêmio Colunistas, considerado o Oscar da propaganda brasileira. Esse foi um dos maiores trabalhos de marketing institucional já feitos no país.
José Carlos Leitão é um dos grandes personagens da história do Tocantins, e sua luta ainda não terminou. Com o projeto do Memorial e sua visão sobre o futuro do estado, ele segue contribuindo para o fortalecimento da identidade tocantinense.
A história do Tocantins foi escrita por muitas mãos, e José Carlos Leitão segue lutando para preservá-la e fortalecer o futuro do Estado. O Paralelo 13 continua acompanhando de perto essas trajetórias que fazem do Tocantins um Estado de conquistas e potencial ilimitado.