Empresas Gazin e Masterboi vão realizar um investimento de aproximadamente R$ 155 milhões no Tocantins
Por Nayara Borges
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, assinou na tarde desta quarta-feira, 29, acompanhado do secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Carlos Humberto Silva, termos de acordo de regime especial com a empresa Gazin Indústria de Colchões LTDA e o Frigorífico Masterboi, que garantem movimentar a economia e criar 800 empregos diretos no Estado. A assinatura ocorreu no gabinete do chefe do Executivo, no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, em Palmas.
O governador ressaltou que o objetivo é tornar a região do Bico do Papagaio um importante centro de distribuição para as regiões Norte e Nordeste. “Estamos muito felizes em anunciar que essa parceria com as empresas Gazin e Masterboi gerará aproximadamente 800 empregos diretos na região do Bico do Papagaio e de Nova Olinda. Nosso objetivo é industrializar o Estado e transformar a região do Bico do Papagaio em um importante centro de distribuição para o Norte e o Nordeste”, destacou Wanderlei Barbosa.
Secretário da Sics, Carlos Humberto Silva, aborda os benefícios econômicos dos novos investimentos
“Realizamos a assinatura de dois termos de acordo de regime especial com duas grandes empresas que estão trazendo novos investimentos, cerca de R$ 155 milhões, para o nosso Estado, gerando mais de 800 empregos para a nossa população. Então, é assim que se faz a gestão econômica, sob determinação do governador Wanderlei Barbosa, descentralizando a base de atividade econômica e levando oportunidade de emprego e renda para todos os tocantinenses nos 139 municípios”, pontuou o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Carlos Humberto Silva.
Empresas
A Gazin Indústria de Colchões LTDA é reconhecida por ser uma das maiores fabricantes de colchões da América Latina e realizará um investimento de R$ 55 milhões na instalação de uma fábrica em Araguatins. Este empreendimento é fruto de uma prospecção de 15 meses, em uma concorrência acirrada com os estados do Maranhão e do Pará. A nova unidade vai gerar 157 empregos diretos na região este ano e mais 130 a partir da instalação de um centro de distribuição em 2025.
Fabio Celso Borba, presidente da Masterboi, destaca o investimento de mais de R$ 100 milhões para a expansão das operações no Tocantins
“Assinamos um termo que confirma a nossa parceria com o Governo do Estado. Agradecemos ao governador Wanderlei Barbosa por apoiar as novas empresas e priorizar a expansão da indústria no Tocantins. Iremos implantar, em Araguatins, uma das maiores e mais modernas fábricas de colchões da América Latina, que vai gerar mais de 150 empregos diretos”, enfatizou o presidente do Grupo Gazin, Gilmar de Oliveira.
Gilmar de Oliveira, presidente do Grupo Gazin, celebra a parceria com o governo do Tocantins para a instalação da nova fábrica em Araguatins
O frigorífico Masterboi, que já possui operações em Nova Olinda do Tocantins, vai expandir sua capacidade produtiva no Estado. Com um investimento de mais de R$ 100 milhões, a empresa dobrará sua produção, criando mais de 500 empregos diretos. "Nós estamos no Tocantins desde 2009. Com este acordo, estamos confirmando a nossa ampliação no Estado, por acreditar no Governo do Tocantins e no desenvolvimento local. Temos uma projeção de dobrar nossa capacidade produtiva e gerar mais empregos, evoluindo de 520 funcionários para mais de 1.200 colaboradores diretos nos próximos dois anos, com um investimento de aproximadamente R$ 100 milhões em novas tecnologias”, salientou o presidente da Masterboi, Fabio Celso Borba.
Da Assessoria
O deputado estadual Valdemar Júnior (Republicanos) enalteceu a gestão do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), destacando sua atuação desde que assumiu o comando do Estado. Os elogios foram feitos durante o discurso do parlamentar, na tarde desta terça-feira, dia 28, durante a sessão na Assembleia Legislativa.
Valdemar Júnior ressaltou a gestão e a avaliação positiva do governador no cenário político estadual, ressaltando alguns pontos do seu trabalho. Um deles, segundo o deputado, foi a iniciativa de modernizar a máquina administrativa por meio do programa Pró-Gestão Tocantins.
"Presenciei, juntamente com outros deputados, a assinatura do financiamento do governo com o BIRD no valor de US$ 50 milhões. Esse dinheiro será utilizado na área de tecnologia, na execução do Programa de Sustentabilidade Fiscal, Eficiência e Eficácia do Gasto Público do Estado de Tocantins (Pró-Gestão Tocantins), tornando o Estado mais moderno e eficaz em suas atividades, e facilitando a vida do cidadão e contribuinte tocantinense", afirmou.
O Pró-Gestão Tocantins é um programa que prevê a modernização dos sistemas de gestão de recursos humanos, previdência, compras, investimento e orçamento, patrimônio, saúde, educação e assistência social.
Servidores Públicos
O deputado também elogiou o desempenho do governador em assegurar os direitos dos servidores públicos. "O governador Wanderlei tem se esforçado e trabalhado para beneficiar todas as áreas, na educação fazendo acontecer a progressão e os direitos atrasados de vários servidores da área, e estendendo também o benefício para outras categorias, como a saúde. Ele também colocou em dia a data-base dos servidores do quadro geral", afirmou.
Malha Viária
O parlamentar fez questão de reforçar o desempenho do governo no trabalho de recuperação das rodovias estaduais. "Nós sofríamos com a malha viária muito antiga, com estradas deterioradas, ruins e cheias de buracos. Hoje, o governador já entregou muitas estradas recuperadas, dentre elas, a reconstrução de parte da rodovia que liga Palmas a Lajeado, chegando a Miracema. Ele também entregou à população do sudeste o trecho da rodovia que liga Porto a Silvanópolis, que estava intransitável. E estará entregando, dentro de poucos dias, o trecho que liga Palmas a Porto Nacional", declarou.
Ponte de Porto Nacional
Valdemar Júnior também ressaltou a construção de uma das obras mais importantes e esperadas pelos tocantinenses: a ponte de Porto Nacional, ressaltando a participação ativa da Assembleia Legislativa na implementação da obra, que beneficiará todos os tocantinenses.
"No dia 14 de julho, o governador entregará à população do Tocantins a nova ponte de Porto Nacional, com uma grande festa de inauguração. Uma obra de quase R$ 150 milhões, que também conta com a participação de todos os deputados desta Casa de Leis, pois foi aqui que se aprovou o financiamento junto ao banco BRB, dando ao governo do Estado a condição de realizar essa obra tão importante para o Tocantins", assegurou.
A nova ponte tem 1.488 metros de extensão, sendo 1.088 metros de estrutura em concreto, 400 metros de aterro e 90 vigas que compõem a estrutura da construção. Atualmente, a ponte é a maior obra em andamento no estado.
Hospital de Porto Nacional
Sobre a construção do Hospital Regional de Porto Nacional, o deputado afirmou categoricamente que o governo destinará os recursos para as obras da nova unidade. "O governador também vai assegurar para Porto Nacional recursos na ordem de R$ 80 milhões, junto ao Banco do Brasil, através de financiamento, para iniciar a construção do novo Hospital Regional do município. Recursos que também serão utilizados para as obras dos hospitais de Araguaína e Gurupi", disse.
O parlamentar encerrou sua fala agradecendo: "Meu agradecimento ao governador do estado por estes momentos que nos fazem ter orgulho de estar no parlamento, trabalhando com um governo preocupado com o bem-estar da sociedade tocantinense", exaltou.
O ministro confirmou o direito à saída temporária de um preso de Minas Gerais que havia perdido o benefício após as mudanças feitas pelo Congresso
Por Jésus Mosquéra
O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça determinou a manutenção do direito à saída temporária de um preso de Ipatinga, em Minas Gerais. A decisão teve como fundamento a impossibilidade de aplicação da nova "Lei das Saidinhas" a detentos que já desfrutavam do benefício.
A Lei nº 14.836/2024 (Lei das Saidinhas) extinguiu a saída temporária para quem cumpre pena por crime hediondo ou com violência ou com grave ameaça. Foi o caso do preso de Minas Gerais que entrou com o habeas corpus no STF. Ele praticou um assalto com arma de fogo em fevereiro de 2020. Condenado de forma definitiva, passou a usufruir da saída temporária em novembro de 2023.
Após a Lei da Saidinhas entrar em vigor, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) revogou, em 25 de abril de 2024, tanto a saída temporária quanto a autorização para o trabalho externo que o preso tinha. A defesa, então, entrou com habeas corpus no TJMG e no Superior Tribunal de Justiça, ambos negados. Por fim, apresentou o habeas corpus ao STF, que foi analisado por Mendonça.
De início, Mendonça não acolheu o habeas corpus da defesa, por entender que as análises dos demais habeas corpus ainda não haviam sido concluídas nas instâncias originárias. Por outro lado, concedeu um habeas corpus de ofício (iniciativa própria), cabível “somente quando constatadas situações de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou mesmo teratologia na decisão impugnada”. Na avaliação de Mendonça, esse “é o caso dos autos”.
Norma processual X norma penal
Na justificativa, o ministro disse que a lei aprovada pelo Congresso não tem caráter processual, o que permitiria a retroatividade de modo a impactar presos que já têm o benefício da saída temporária. Mendonça avalia que a norma tem natureza penal, que, pela legislação brasileira, jamais pode retroagir em prejuízo ao réu, mas somente para beneficiá-lo.
"Entendo pela impossibilidade de retroação da Lei nº 14.836, de 2024, no que toca à limitação aos institutos da saída temporária e trabalho externo para alcançar aqueles que cumprem pena por crime hediondo ou com violência ou grave ameaça contra pessoa — no qual se enquadra o crime de roubo —, cometido anteriormente à sua edição", escreveu Mendonça na decisão.
"Ante o exposto, não conheço do habeas corpus, porém, concedo a ordem, de ofício, para determinar a manutenção dos benefícios de saídas temporárias e trabalho externo originalmente concedidos", assinalou o ministro.
Projeto de Lei vai à sanção presidencial; os maiores reajustes previstos são para os policiais penais
Por Guilherme Resck
O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (29), um Projeto de Lei (PL) que reestrutura a carreira de vários cargos do Executivo federal e promove reajustes salariais. As mudanças contemplam delegados da Polícia Federal (PF), policiais penais e policiais rodoviários federais, além de servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e das áreas de tecnologia da informação e política social.
O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 21 de maio e segue agora à sanção presidencial. Enviado pelo governo ao Congresso para dar continuidade a uma Medida Provisória (MP) que vai caducar nesta sexta-feira (31), o texto foi aprovado pelos senadores da forma como chegou da Câmara — um substitutivo do deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG).
O relator de plenário no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), rejeitou as 40 emendas apresentadas e manteve o conteúdo enviado pela Casa Baixa.
O texto aprovado prevê gratificações, progressão no reajuste salarial até 2026 e transformação da remuneração para a forma de subsídio. As mudanças são diferentes para cada carreira.
Os maiores reajustes salariais previstos são para os policiais penais; será de 77,15% no fim de carreira (R$ 20 mil em 2026). Eles passarão a ser remunerados na forma de subsídio, em que o salário é pago em parcela única. Para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o reajuste é de 27,48% no fim de carreira (R$ 23 mil em 2026), e aos delegados da PF, 27,48% (R$ 41,35 mil em 2026).
Com o pagamento por subsídio, alguns valores poderão ser pagos por fora do salário cheio. Entre eles, gratificação natalina, adicional de férias e retribuição pelo exercício de chefia. O projeto planeja essas carreiras de modo que os servidores tenham um aumento da remuneração predeterminado e, para alcançá-lo, precisem cumprir requisitos, por exemplo, tempo de serviço.
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No caso das carreiras da ANM, a proposição iguala os salários aos das demais agências reguladoras ao longo do período de 2024 a 2026. Para os especialista em recursos minerais (nível superior), por exemplo, o salário máximo em 2023 de cerca de R$ 18 mil muda para R$ 20,4 mil em 2024 e vai a R$ 22,9 mil em 2026, quando a remuneração começa a ser feita na forma de subsídio.
O texto autoriza os servidores de todas as agências reguladoras exercerem outra atividade profissional, caso ela não seja "potencialmente causadora de conflito de interesses".
Em relação à Fundação Nacional dos Povos Indígenas, reorganiza as carreiras dos servidores em um Plano Especial de Cargos da Funai (PECFunai). Os servidores do órgão que ocupam dos postos de especialista e outros de nível superior passam a receber no máximo, no fim da carreira, aproximadamente R$ 13 mil em 2024, R$ 15 mil em 2025 e R$ 17 mil em 2026. O cargo de indigenista especializado tem o nome alterado para especialista em indigenismo, e agente de indigenismo vira técnico em indigenismo.
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O projeto institui a Gratificação de Apoio à Execução da Política Indigenista (Gapin), que será paga de acordo com o local de lotação do profissional atuante junto às comunidades indígenas.
Já os analistas em tecnologia da informação serão remunerados na forma de subsídio a partir deste ano. Eles contarão com uma carreira homônima e, no último estágio dela, o salário será de R$ 18,1 mil a partir de 2024 e de R$ 21,6 mil a partir de 2026.
No que diz respeito à carreira de desenvolvimento de políticas sociais, a proposição centraliza o cargo de analista técnico de políticas sociais no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. A pasta vai definir em quais órgãos da administração os profissionais exercerão suas funções.
Estão previstas ainda a criação de gratificações para servidores de carreira da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) e para as pessoas que atuarem na Escola Superior da Advocacia-Geral da União (AGU).
Nova estratégia vai oferecer serviços de saúde a pacientes, familiares e cuidadores de forma mais humanizada. Expectativa é habilitar 1,3 mil equipes com investimento de R$ 887 milhões por ano
Da Assessoria
No cenário brasileiro, cerca de 625 mil pessoas enfrentam doenças graves, crônicas ou em fase terminal, necessitando de cuidados especiais para garantir uma melhor qualidade de vida. Para atender a essa demanda, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Cuidados Paliativos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), uma iniciativa que visa oferecer atenção integral e humanizada a pacientes, familiares e cuidadores. Com foco no alívio da dor, controle de sintomas e suporte emocional, os cuidados paliativos representam um importante avanço no campo da saúde, proporcionando uma experiência mais digna e confortável para aqueles que enfrentam situações delicadas. No Tocantins, por exemplo, serão implantadas 10 equipes dedicadas exclusivamente a esse fim, com profissionais qualificados para atender às necessidades específicas dos pacientes da região.
Do total de equipes, a estimativa é que a estratégia seja composta por 485 equipes matriciais (fazendo a gestão dos casos) e 836 equipes assistenciais (prestando a assistência propriamente dita), ambas formadas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. No Tocantins, serão quatro matriciais e seis assistenciais. Também serão criadas equipes com pediatria. Os gestores locais terão autonomia para incorporar outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, dentistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos e nutricionistas. Com isso, após habilitação de todas as equipes, o investimento previsto é de R$ 887 milhões por ano.
A política, inédita no país, vai permitir uma assistência mais humanizada. Antes, com atendimento limitado, escassez de profissionais com formação paliativa e barreiras culturais, os serviços estavam concentrados nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, com consequente ausência nas regiões Norte e Nordeste. Agora, três eixos vão guiar os cuidados paliativos no serviço público de saúde:
criação de equipes multiprofissionais para disseminar práticas às demais equipes da rede;
promoção de informação qualificada e educação em cuidados paliativos;
garantia do acesso a medicamentos e insumos necessários a quem está em cuidados paliativos.
Será composta uma equipe matricial para cada fração de território com 500 mil habitantes de uma mesma macrorregião de saúde e uma equipe assistencial para cada 400 leitos do SUS habilitados. Caberá aos estados solicitarem equipes matriciais e aos municípios equipes assistenciais, que poderão estar sediadas em hospitais, ambulatórios, junto a serviços de atenção domiciliar ou de atenção primária.
As equipes vão atuar em diferentes locais da rede de saúde, incluindo o atendimento domiciliar. Seu papel será auxiliar e ensinar outras equipes que tenham sob seus cuidados pessoas com necessidades de cuidados paliativos a prestarem esse tipo de cuidado de forma eficaz e humanizada. A Política Nacional de Cuidados Paliativos é fruto da mobilização popular e de especialistas e chega para aprimorar serviços já ofertados no SUS em hospitais gerais e especializados, centros de atenção oncológica e outros.
Mais Acesso a Especialistas
A Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) se articula as ações do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), com objetivo de ampliar e qualificar o cuidado e o acesso à Atenção Especializada em Saúde – AES de pacientes e famílias que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida, prevenindo e aliviando o sofrimento por meio da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e de outros problemas de saúde. O ponto de partida é a necessidade de tornar o acesso do paciente aos exames especializados e às consultas o mais rápido possível e com menos burocracia, a partir do encaminhamento realizado pela Equipe de Saúde da Família - ESF.