Palocci era interlocutor de Lula sobre doações, diz Emílio Odebrecht
(Ricardo Brandt, Julia Affonso, Fausto Macedo e Luiz Vassallo)
O patriarca do Grupo Odebrecht, Emílio Alves Odebrecht, afirmou ao juiz federal Sérgio Moro, nesta segunda-feira, 5, que nas reuniões que mantinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "houve pedido" de "contribuições" para as campanhas eleitorais do PT.

Um dos 77 delatores da empresa, Emílio relatou encontros com o petista para pedir ajuda em negócios de seu interesse, como solicitação de interferência no Ministério da Fazenda.

"Houve, como todos os presidentes, daqui do Brasil como do exterior, sempre pediram ajuda. Outra coisa é a maioria entrar no detalhe. Existia uma relação cerimoniosa, apesar da relação de confiança, apesar de uma relação até de amizade, por longa data que nos conhecíamos, não existia efetivamente algo onde a gente conversasse sobre valores", afirmou Emílio Odebrecht.

O empresário foi ouvido como testemunha de acusação do Ministério Público Federal, no processo em que Lula é acusado de receber R$ 12 milhões em propinas da Odebrecht. O dinheiro seria oculto na compra de um terreno para sede do Instituto Lula, em São Paulo, e de um apartamento no edifício onde mora o petista, em São Bernardo do Campo.

"Tanto assim, que ele indicava quem seria a pessoa dele e eu indicava quem seria a minha pessoa, para ver como nós ajudávamos. E eu orientava o meu responsável, que em uma época foi Pedro Novis e em outra Marcelo (Odebrecht), que eles encontrassem uma forma de atender e procurasse compatibilizar alguns fatores."

O patriarca do grupo confirmou conteúdo de sua delação, em que afirmou que todo contato da Odebrecht com Lula era feito por ele. Disse que foram feitas várias reuniões com o ex-presidente, inclusive as que foram solicitada a ajuda do petista com a aprovação do Refis da Crise e o aumento da linha de crédito para exportação para Angola. Os dois negócios foram origem da conta corrente do PT da "planilha Italiano", que era administrada pelo ex-ministro Antonio Palocci.

"Várias reuniões. De modo geral, era sozinho. Na época que ele era presidente, era sozinho."

Emílio falou que buscava Lula com pedidos feitos pelos empresários do grupo. Confirmou ter levado ao ex-presidente a atuação dele na liberação de linha de crédito para Angola e na ajuda de uma medida provisória, no Refis da Crise.

"Levei porque era interesse do setor e estava amarrado lá no Ministério da Fazenda", disse Odebrecht. "Pedi a ele que procurasse me ajudar a verificar o por quê o assunto estava preso lá na Fazenda, só."

O empresário afirmou que na época, o ministro seria Guido Mantega - também apontado nas delações da Odebrecht como interlocutor das arrecadações do PT.

Orientação Emílio disse que dava duas orientações. "A primeira delas, é que as contribuições ao PT fosse atendidas", afirmou o delator, ao ser questionado pela procuradora da República Isabel Groba, da força-tarefa da Lava Jato, se o petista tinha pedido "ajuda financeira" nos encontros. O empresário solicitava "ajuda" em interesse da empresa no governo.

"Por exemplo, evitar-se de estar fazendo discrepância entre partidos, para evitar ciúmes e problemas. Segundo, que eles procurassem efetivamente negociar, que não precisava nem dizer, que por instinto empresarial iam buscar negociar ao máximo, minimizando esses valores. E que procurasse fazer realmente no tempo mais esticado possível, não fizesse nada de vez. Essas foram as orientações."

A ação penal é referente a supostas propinas pagas pela Odebrecht, no esquema que seria liderado pelo ex-presidente. Os valores teriam chegado a R$ 75 milhões em oito contratos com a Petrobras e incluíram terreno de R$ 12,5 milhões para o Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil. 'Italiano'

"O escalado por Lula, confirmou Emílio, era o ex-ministro Antonio Palocci. Era ele credenciado", confirmou o delator, afirmação feita em seu acordo com a Lava Jato. "Era credenciado por Lula para que fim?", perguntou a procuradora. "Para discutir com Marcelo ou Pedro Novis sobre o assunto de ajuda ao partido. A investigadora insistiu: "Para tratar de dinheiro?". "Sim, de recursos financeiros."

A "planilha Italiano" chegou a registrar R$ 128 milhões em créditos, em 2013, e faz distinção de crédito de R$ 35 milhões para "Amigo", que seria referência a Lula. No documento, há também R$ 12 milhões associados ao "Prédio IL", que seria da compra do terreno para o Instituto Lula - alvo do processo.

Lula é réu nesse processo acusado por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht. São acusados nesta ação o empresário Marcelo Odebrecht, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro; o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci, e Branislav Kontic, seu ex-assessor, ambos denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e, ainda, Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques e Roberto Teixeira, por suposta lavagem de dinheiro.

O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, divulgou a seguinte nota: "Ficou claro dos depoimentos prestados hoje (05/06) pelo ex-Presidente do Conselho de Administração da CNO Emílio Odebrecht e dos executivos Alexandrino Alencar e João Alberto Louveira ao Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba que o Instituto Lula jamais solicitou ou recebeu a posse ou a propriedade do imóvel situado na Rua Haberbeck Brandão, 178, em São Paulo (SP). A audiência diz respeito à Ação Penal n. 5063130-17.2016.4.04.7000.

Louveira, o único que participou do processo de compra do imóvel, depôs sob o compromisso de dizer a verdade e afirmou que a Odebrecht Realizações viu uma oportunidade de negócio sendo uma hipótese a venda ou locação ao Instituto Lula. Confirmou que, após visita ao local por parte da diretoria do Instituto, o interesse não se materializou.

Louveira deu toda a explicação sobre a lógica comercial e privada que norteou a operação das empresas envolvidas, sem qualquer relação com os oito contratos indicados na denúncia ou com qualquer recurso ilícito ou proveniente da Petrobras.

Emílio Odebrecht esclareceu que sempre teve uma 'relação cerimoniosa' com Lula e que jamais tratou de valores com o ex-Presidente. Disse que as conversas eram institucionais e de interesse do setor. Ele confirmou que sua atuação em relação ao Instituto Lula seguiu o mesmo padrão praticado em relação a outros ex-Presidentes, como Fernando Henrique Cardoso, para divulgação dos êxitos dos respectivos governos.

Alencar esclareceu que tentou auxiliar na identificação de um imóvel para o Instituto Lula, mas sem êxito, pois a entidade não teve interesse por qualquer de suas supostas sugestões.

Os depoimentos prestados mostram, mais uma vez, o caráter irreal da acusação, pois o MPF tenta atribuir a Lula ou a pessoa a ele relacionada um imóvel que jamais solicitou ou recebeu.

A audiência foi marcada pelo incentivo à exploração de opiniões e juízos de valor por parte das testemunhas, tornando inevitável à defesa lembrar ao Juízo a vedação legal para essa conduta, prevista no artigo 212 do Código de Processo Penal.

Na falta de qualquer prova sobre a acusação veiculada na denúncia, o MPF buscou introduzir questionamentos estranhos à ação penal e baseados em documentos ligados à delações que a defesa somente teve ciência no final da manhã e não teria como analisar até o início dos depoimentos coletados na parte da tarde. Buscou-se um espetáculo midiático com evidentes prejuízos à defesa, que não viu apreciado o seu pedido de suspensão da audiência formulado ao TRF4 ainda no final da manhã." Fonte: Estadão Conteúdo

Posted On Terça, 06 Junho 2017 09:35 Escrito por

Os 248 candidatos nomeados no Concurso da Polícia Civil começaram a tomar posse nesta segunda-feira, 05, na sede da Secretaria da Administração.

Por Hellen Nunes Com o prévio agendamento das perícias médicas, aproximadamente 50 recém-nomeados, após comparecerem à Junta Médica Oficial do Estado, apresentaram-se à sede da Secad para efetivar suas posses.
Os candidatos nomeados no Diário Oficial n° 4.865 têm 30 dias, prorrogáveis por igual período, para tomar posse. Ao todo foram 53 nomeados para os cargos de Delegado de Polícia Civil, 44 Agentes, 63 Escrivães de Polícia, 14 Papiloscopistas, 26 Agentes de Necrotomia, 13 Médicos Legistas e 35 Peritos.
A recém-empossada no cargo de Delegado de Polícia Civil, Daise Rodrigues, será lotada em Araguaçu e está empolgada para começar a trabalhar. “Tenho as melhores expectativas possíveis para esta nova fase da minha vida. Será minha primeira vez no serviço público, mas me sinto preparada, o curso de formação nos preparou muito bem” afirma.
José Lucas Melo, também empossado do cargo de Delegado de Polícia Civil, está pronto para somar ao trabalho de segurança pública. “Foi um longo período até chegar aqui. Tenho ótimas expectativas por poder desempenhar um serviço de qualidade para a sociedade. Além disso, penso que nós, novos servidores em segurança pública, possamos somar à experiência dos que já estão aqui” afirma.
Segundo o gerente de cadastro e movimentação de pessoal, Giordano Bruno, os candidatos que ainda não tomaram posse devem ficar atentos aos Procedimentos Admissionais. “Esperamos que todos observem atentamente os documentos necessários, principalmente as certidões exigidas, pois são muitas” informa. O concurso
O concurso foi lançado em 2014 e retomado pelo atual governo, em 2015. A homologação se deu por meio dos decretos nº 5.595, nº 5.596, nº 5.597 do dia 8 de março de 2017, publicados na edição nº 4.821 do Diário Oficial do Estado, na mesma data. O resultado final deste concurso, regido pelos editais 001/01-2014, 002/01-2014 e 003/01-2014, foi divulgado no Diário Oficial do Estado nos dias 26 de janeiro de 2016 e 21 de fevereiro de 2016.

Posted On Terça, 06 Junho 2017 09:34 Escrito por

Por Rogério de Oliveira

A Polícia Civil, por intermédio da 5ª Delegacia de Palmas prendeu, na noite do último sábado, 3, Danilo Silva Roza, Luiz Felipe da Rocha Silva e Alberto Júnior Rodrigues Araújo. Eles são suspeitos de assaltar um estabelecimento comercial, localizado, as margens da TO050, na madrugada de sábado e foram capturados, quando se encontravam no Setor Santa Bárbara e também no Jardim Aureny III, região Sul da Capital.

Conforme o delegado, a ação que resultou na prisão dos três indivíduos teve início, por volta das 15hs de sábado, quando os policiais civis estavam em diligências, visando dar cumprimento a dois mandados de prisão preventiva em desfavor de Danilo e Luiz Felipe, os quais são acusados pela prática de vários crimes, e, Palmas.

No momento da prisão de Luiz Felipe, os agentes apreenderam em poder do mesmo, um veículo GOL, de cor prata, bem como a quantia de R$ 859,00, em dinheiro. Em seguida, os policiais foram até a residência de Danilo, no Jardim Aureny III, onde apreenderam um veículo Siena, de cor prata, que havia sido utilizado no assalto ao comércio, horas antes.

Ao serem questionados pela autoridade policial sobre o assalto ambos os indivíduos confessaram participação no crime e levaram os policiais civis até o local um matagal, próximo a uma ponte, localizada no Setor Bertaville, onde os agentes encontraram e apreenderam uma espingarda calibre de pressão, adaptada para o calibre 22, um simulacro de pistola, além de duas bala clavas, usadas para praticar o roubo.

Em seguida, os investigadores foram até um lava-jato, no setor Santa Bárbara, onde localizaram um veículo Gol, prata e no interior do carro encontraram dois televisores e, no escritório do comércio, três aparelhos celulares, sendo que tudo estava sob a responsabilidade de Alberto Júnior Rodrigues.

Diante dos fatos, os três foram encaminhados à Central de Flagrantes de Palmas, onde eles foram autuados em flagrante por associação criminosa, roubo e receptação. Na oportunidade, o delegado também deu cumprimento aos mandados de prisão em desfavor de Danilo e Luiz Felipe. Após os procedimentos cabíveis, os três indivíduos foram recolhidos À carceragem da Casa de Prisão Provisória de Palmas, (CPPP), onde permanecerão À disposição do Poder Judiciário.

Posted On Segunda, 05 Junho 2017 09:31 Escrito por

Pedido é relacionado à Operação Chequinho, que investiga compra de votos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense

Com Agência Brasil

O Ministério Público (MP) do Estado do Rio requereu a prisão do ex-governador Anthony Garotinho. O pedido foi feito ao juizado da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, onde corre processo contra Garotinho por distribuição de cheques-cidadão na última eleição para prefeito.

Garotinho havia sido preso em 17 de novembro do ano passado e chegou a ser levado para o Complexo Prisional de Gericinó, em Bangu. Porém, depois, conseguiu ser transferido para prisão domiciliar e posteriormente foi colocado em liberdade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de um habeas corpus.

O MP alegou, no pedido de prisão feito ontem (1º), assinado pelo promotor Leandro Manhães Barreto, que Garotinho estaria pressionando e constrangendo testemunhas do processo, através de redes sociais, por meio de um blog que ele mantém na internet. Além disso, o MP sustentou que ele estaria insuflando sua militância, tendo inclusive organizado um protesto em frente ao MP de Campos.

Por último, os promotores citaram ameças de morte a uma testemunha de acusação, Elizabeth Gonçalves, que teria relatado fato ocorrido no dia 31 de maio, registrado na Polícia Federal. Por conta disso, pediu o MP “a decretação da prisão preventiva do réu, eis que necessária e imprescindível para a garantia da ordem pública e para assegurar a instrução processual penal”.

Defesa de Garotinho A defesa de Garotinho manifestou-se em nota do advogado Fernando Fernandes alegando que o promotor está desafiando o TSE ao pedir a prisão de Garotinho e ressaltou que ingressou com exceção do juiz substituto, Glaucenir de Oliveira, o mesmo que mandou prender garotinho em novembro passado.

“Caso qualquer autoridade local se sinta ofendida com as denúncias do ex-governador as mesmas têm o direito de representar contra Garotinho e até mesmo processá-lo. Contudo, a Justiça Eleitoral não é competente para proteger a honra de delegado da Polícia Federal”, disse Fernandes.

A defesa frisou ainda que a testemunha do processo, a radialista Elizabeth Gonçalves, que se diz ameaçada em depoimento à Polícia Federal, já foi ouvida pela Justiça no processo de Garotinho. “Portanto é descabida a declaração de suposta ameaça”, alegou.

“Nos causa estranheza o Ministério Público esperar a mudança do juiz, em razão das férias do magistrado Ralph Manhães. É importante, destacar que o juiz Glaucenir de Oliveira está evidentemente impedido, pois responde por denunciação caluniosa uma vez que disse ter sido subornado pelo ex-governador”, alegou Fernandes na nota.

Posted On Sábado, 03 Junho 2017 08:59 Escrito por

Por Rogério de Oliveira
Dando continuidade às ações de combate e repressão ao tráfico de drogas, em Palmas e no interior do Estado, na tarde desta quinta-feira, 1, policiais civis da Delegacia Especializada na Repressão a Narcóticos (DENARC), coordenados pelo delegado Guilherme Rocha Martins, deflagraram mais uma operação de combate ao tráfico a qual resultou na apreensão de 50kg de maconha e na prisão de Francisco Eridiberto Gomes Pereira, 40 anos, Angela Guilhermina Vieira Fonseca, 25 anos, Jefferson Pereira Gentil, 22 anos e Taislany Joaquim de Souza, 18 anos de idade.
Conforme o delegado Guilherme, através de investigações, os policiais civis da Denarc levantaram informações de que Francisco Eridiberto, considerado o chefe da quadrilha, o qual já havia sido preso pela Denarc e atualmente estava em liberdade, teria voltado a traficar drogas na Capital. Com base nessas informações, os investigadores intensificaram o monitoramento do indivíduo e descobriram que o mesmo havia alugado uma casa, no Setor Taquari para servir como depósito de drogas da quadrilha.
Os agentes também descobriram que Francisco havia cooptado Taislany para servir como (mula), ou seja, transportar a droga do Estado de Goiás para o Tocantins. Diante dos fatos, os policiais intensificaram o monitoramento da residência e, após algum tempo, flagraram mais pessoas conhecidas da Denarc entrando e saindo do imóvel, carregando pacotes, sendo que uma dessas pessoas era Ângela Guilhermina.
Os agentes abordaram e prenderam, primeiramente, Francisco, quando o mesmo tentava esconder 7kg de maconha, em um setor de invasões, localizado nos fundos do CASE. Em seguida, Ângela foi abordada,quando chegava a sua residência, também no setor Taquari. Ao adentrar na casa, os policiais encontraram Jefferson Gentil, manuseando certa quantidade de drogas. Após buscas no local, os agentes localizaram e apreenderam cerca de, 1,5kg de maconha, sendo que ambos foram presos em flagrante.
Logo depois, as equipes da Denarc deslocaram-se até a Quadra 210 Sul, onde localizaram e apreenderam, na casa de Taislany, 1kg de maconha, sendo que a mulher também foi presa em flagrante. Ao ser ouvida pelo delgado, Taislany informou que havia uma grande quantidade de drogas na casa de Francisco, no Taquari e que o homem havia alugada a residência para a suspeita morar e, desta maneira, vigiar a droga.
No imóvel de Eridiberto, os investigadores apreenderam várias malas carregadas com mais de 40 kg de maconha que juntamente com as outras quantias apreendidas, totalizaram 50kg do entorpecente. Diante das evidências, Francisco, Ângela, Jefferson e Tailany foram conduzidos à sede da Denarc, onde foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Posted On Sexta, 02 Junho 2017 08:32 Escrito por