Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues

 

 

 

Com todo o livre arbítrio que o seu cargo lhe confere para montar a sua equipe de governo, o governador interino Laurez Moreira despertou a atenção dos analistas políticos ao nomear, pelo menos, três pessoas ligadas à ex-senadora Kátia Abreu e ao senador Irajá Abreu para pastas com forte orçamento.

 

O que causou estranheza nos analistas foi o fato do próprio Laurez ter afirmado recentemente que “havia tempo” que não falava com a senadora Kátia Abreu e, 72 horas depois, pessoas da convivência da ex-senadora foram nomeadas pera o primeiro escalão da equipe do governo interino. Obviamente, não entramos no mérito da capacidade de cada um dele para exercer as funções que lhes foram entregues, mas, sim, da sintonia entre Laurez e Kátia Abreu.

 

Ex senadora Katia Abreu e o governador interino Laurez Moureira

 

O fato comprova que Laurez vem dividindo seu ambiente político com a família Abreu, um fato normal e costumeiro da democracia e, se levarmos em conta que Laurez assumiu a presidência do PSD, partido que, antes, era comandado pelo senador Irajá Abreu, as indicações para cargos soam ainda mais normais.

 

Mas, não foi difícil perceber alguns pontos curiosos sobre o contexto a decisão do ministro do STJ Mauro Campbell em afastar o governador Wanderlei Barbosa por 180 dias.

 

Primeiro há o fato de ter sido o mesmo Mauro Campbell que afastou o ex-governador Mauro Carlesse do cargo – e Carlesse está em plena pré-campanha ao governo, uma vez que não se provou nada contra ele, até agora – depois, a mudança de opinião da PGR durante a sessão virtual do STJ que referendou o afastamento de Wanderlei Barbosa do cargo de governador, o “conselho” de Campbell para que Laurez exonerasse todos os secretários da gestão de Wanderlei Barbosa e, por fim, a recente visita da ex-senadora Kátia Abreu ao Palácio Araguaia, que foi interpretada por analistas como um “recibo político” que reforça os rumores de sua influência na decisão judicial que afastou Wanderlei Barbosa do cargo. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma relação pessoal entre Kátia Abreu e o ministro do STJ responsável pela decisão, o que alimenta especulações sobre interferência política.

 

Essa foto, de leitura simples, registra um fato, que se dizia no meio político tocantinense ser uma teoria da conspiração. A ex-senadora Kátia Abreu, o ministro da Casa-Civil do presidente Lula, Alexandre Padilha e o ministro do STJ, Mauro Campbell Marques --- a pergunta que não quer calar: Sempre estiveram juntos nessa empreitada?

 

Além disso, membros derrotados por Wanderlei nas eleições estaduais agora ocupam cargos estratégicos na gestão interina, o que levanta questionamentos sobre a neutralidade do processo. Vale ressaltar que a maioria do nomeados por Laurez são indicações de políticos e partidos que compõem a sua base. Ou seja, falta o DNA de Laurez na sua própria equipe de secretários e comandantes de autarquias.

 

INDICAÇÕES E COINCIDÊNCIAS

 

 

A equipe de auxiliares de Laurez Moreira é composta majoritariamente por nomes ligados à ex-senadora Kátia Abreu e ao senador Irajá Abreu, presidente do PSD. Essa configuração reforça a percepção de que há uma continuidade política não necessariamente alinhada com o projeto eleito nas urnas.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 alerta para o risco de que mágoas e divergências entre os novos gestores comprometam obras em andamento e o funcionamento da máquina pública. Há preocupação com o pagamento em dia dos servidores, a manutenção das garantias dos prestadores de serviço e a preservação da autoestima do funcionalismo.

 

SUCESSÃO ESTADUAL: DORINHA SEGUE NA LIDERANÇA

 

No cenário da sucessão estadual de 2026 nada mudou com o novo status de Laurez e o afastamento do governador. A senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil) permanece como líder nas pesquisas de intenção de voto, mesmo sem o apoio direto de Wanderlei Barbosa. A tendência, segundo os bastidores, é de consolidação de sua pré-candidatura com o respaldo da maioria dos prefeitos tocantinenses.

 

DESAFIOS DA GESTÃO INTERINA

 

Sem orçamento para novas obras físicas ou programas de governo, Laurez Moreira — que já foi prefeito de Gurupi por dois mandatos, deputado federal e deputado estadual — precisa imprimir sua marca em uma gestão de 180 dias. Apesar de sua trajetória política ética e o reconhecimento como bom administrador, o governador interino deve mostrar com clareza “a que veio e com quem veio”.

 

Por enquanto, só disse com quem veio.

 

Estamos de olho....

 

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 06:07 Escrito por

Evento contou com mais de 3 mil participantes e faz parte da programação da 26ª edição da Expocolinas que acontece até dia 14 de setembro

 

 

Por Guilherme Lima

 

 

O governador em exercício, Laurez Moreira, participou neste domingo, 7, da tradicional Cavalgada de Colinas, um dos momentos mais aguardados da 26ª Exposição Agropecuária de Colinas (Expocolinas). O evento é promovido pelo Sindicato Rural de Colinas e Região (SRC), com apoio do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur).

 

Em discurso, Laurez Moreira ressaltou a importância da cavalgada para a valorização da cultura tocantinense. “Estou muito feliz em participar desse momento importante para o agro no Tocantins. A cavalgada representa a integração do homem do campo com o homem da cidade. Essa festa não é apenas de Colinas, mas de toda a região, reforçando a importância que o agro tem para o desenvolvimento do Tocantins”, destacou.

 

Presença do governador em exercício Laurez Moreira mostrou o apoio do Governo do Tocantins no fortalecimento da cultura e tradição do estado 

 

O prefeito de Colinas, Carlos Casarin, enfatizou a relevância cultural e histórica do evento para o município e celebrou as parcerias que garantiram sua realização. “Nós ficamos felizes pela parceria com o Governo do Tocantins, com o Sindicato e com os demais colaboradores. É uma honra receber o governador em exercício em nossa cidade”, declarou.

 

Para o presidente do Sindicato Rural de Colinas e Região, Márcio Félix, a presença do governador em exercício reforça o compromisso com o setor produtivo. “Estamos felizes com a presença do governador em exercício Laurez Moreira. O apoio do Governo do Tocantins comprova o compromisso com a nossa cultura e com o homem e a mulher do campo”, afirmou.

 

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, César Halum, destacou que eventos como a cavalgada fortalecem a integração entre o campo e a cidade. “Vejo a cavalgada como um evento que valoriza nossa cultura, integra o campo e a cidade e mostra o respeito ao produtor rural e às relações de trabalho no Tocantins”, reforça.

 

Sobre a Cavalgada

 

 

A tradicional Cavalgada de Colinas reuniu mais de 30 comitivas e aproximadamente 3 mil participantes, em um trajeto de cerca de 4,5 quilômetros. O percurso teve início no antigo aeroporto da cidade e seguiu até a Rua Joel Camilo, onde está localizada a sede do Sindicato Rural, reunindo cavaleiros, amazonas e o público em uma das atrações mais esperadas da programação da Expocolinas.

 

A 26ª edição da Expocolinas teve início na sexta-feira, 5, e segue até o próximo domingo, 14, com programação diversificada que inclui leilões, shows ao vivo, palestras, cursos voltados a produtores rurais e oportunidades de negócios voltadas ao fortalecimento do agronegócio regional.

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 06:01 Escrito por

Ausência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também foi percebida na área destinada a autoridades

 

 

Por Jésus Mosquéra

 

 

O desfile em celebração da Independência do Brasil, neste domingo (7), foi marcado pela ausência de personagens importantes do cenário político nacional. Os ministros do Supremo Tribunal Federal não estiveram presentes, assim como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

 

Outra ausência percebida no camarote destinado a autoridades foi a do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Ainda antes do início do desfile, o governador confirmou à reportagem do SBT News que não estaria presente. Porém não revelou o motivo.

 

Do ponto de vista institucional, a presença de ministros do STF, ou, ao menos, do presidente da corte, Luis Roberto Barroso, seria natural. Já sob a ótica da política, traria um peso diferenciado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo em um momento em que tanto o governo quanto o STF vem defendendo publicamente a soberania do Brasil. Os magistrados, entretanto, preferiram o recolhimento na manhã deste domingo.

 

Já a presença de Alcolumbre marcaria o prestígio por parte do Legislativo, uma vez que, como presidente do Senado, ele também é presidente do Congresso Nacional. Em relação a alinhamento de agendas, o senador discorda da versão apresentada pela oposição para o Projeto de Lei da Anistia. Em postura mais favorável ao governo, ele é mais simpático a um texto que exclua qualquer benefício ao ex-presidente Jair Bolsonaro, restringindo o PL a revisões de penas dos invasores do 8 de Janeiro. Alcolumbre não justificou a ausência.

 

Por outro lado, o desfile contou com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta, que tem dialogado com representantes da oposição e dado sinais de que vai pautar, a contragosto da base governista, o PL da Anistia. Motta não só compareceu ao evento como também levou a esposa e os filhos. O deputado integrou a primeira fila do camarote ao lado de Lula e da primeira-dama, Janja da Silva.

 

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 05:59 Escrito por

Imagem da noticia Desfile de 7 de Setembro dá recados a Trump e destaca símbolos nacionais

 

 

Por Murilo Fagundes

 

 

O tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro foi realizado neste domingo (07) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da primeira-dama Janja da Silva, do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), além de ministros e autoridades do governo federal.

 

Segundo a Secretaria de Comunicação Social, cerca de 45 mil pessoas acompanharam a cerimônia. A edição deste ano teve como lema “Brasil Soberano”, adotado pelo governo em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

 

Durante a cerimônia, parte do público presente gritou “sem anistia”, em referência ao projeto em discussão no Congresso para beneficiar condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

O esquema de segurança incluiu pontos de revista, restrição de objetos, drones e equipes posicionadas em áreas estratégicas. Não houve registro de ocorrências graves, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

 

A programação apresentou inovações, como um bandeirão de 140 metros quadrados, a participação do Curupira, mascote da COP30, e equipes do Ibama especializadas em prevenção e combate a incêndios florestais. Entre as atrações tradicionais, estiveram a pirâmide humana da Polícia do Exército e o show da Esquadrilha da Fumaça.

 

Na tribuna de honra, estavam ministros como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte). Os dois são pressionados por seus respectivos partidos para deixarem o governo Lula.

 

Além das presenças, chamou atenção a ausência dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, viajou à França, e Alexandre de Moraes, que havia participado em anos anteriores, não compareceu.

 

Atos paralelos

A cerca de três quilômetros da Esplanada, a oposição realizou uma manifestação paralela. Os organizadores falaram em 30 mil participantes. O ato reuniu parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), deputados e ex-ministros.

 

Durante o evento, foi transmitida uma mensagem de áudio de Michelle Bolsonaro. Na gravação, a ex-primeira-dama afirmou que o marido está “humilhado e preso” e fez críticas ao Supremo Tribunal Federal. O ato teve ainda gritos contra o presidente Lula, pedidos de impeachment de ministros da Corte e apelos ao ex-presidente americano Donald Trump.

 

Em outro ponto de Brasília, movimentos sociais promoveram o tradicional Grito dos Excluídos. A mobilização trouxe reivindicações como a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6x1 e maior taxação sobre os super-ricos. Entre os presentes, esteve o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Os organizadores não apresentaram estimativa de público.

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 05:56 Escrito por

Governador de SP ainda lamentou a ausência do ex-presidente no ato em São Paulo e disse que "ninguém aguenta mais a tirania do Moraes"

 

 

Por Wagner Lauria Jr.

 

 

O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) voltou a questionar , neste domingo (7), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), em ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, principal palco das manifestações convocadas pela direita.

 

“Estamos diante de um crime que não existiu. Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, declarou Tarcísio.

Em sua fala, Tarcísio também defendeu a aprovação de uma anistia ampla no Congresso e cobrou do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que coloque o tema em votação.

 

Segundo ele, "trazer anistia para pauta é trazer justiça" e "ninguém aguenta mais a tirania do Moraes", em referência ao ministro do STF.

 

O governador lamentou a ausência de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, no ato em São Paulo, exaltou a mobilização de apoiadores e disse que a população precisa se posicionar de forma mais firme na defesa da “liberdade, do estado de direito e da democracia representativa”.

 

Por que ato foi organizado?

 

Com o lema “Reaja, Brasil”, o ato têm como bandeiras centrais a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

 

As manifestações da oposição ocorrem em meio ao julgamento do ex-presidente e mais sete réus pelo STF. As sessões, que julgam tentativa de golpe de Estado, serão retomadas na próxima terça-feira (9).

 

A mobilização contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo), entre outros. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que vai participar da manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro.

 

A convocação teve como um dos principais articuladores o pastor Silas Malafaia, que afirma que o ato é em defesa da “liberdade” e contra a “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

O senador Flávio Bolsonaro classificou a mobilização como um “grito de liberdade”, enquanto o ex-desembargador Sebastião Coelho reforçou que o objetivo é rejeitar a chamada “anistia light” em discussão no Congresso, que excluiria Bolsonaro e líderes dos atos.

 

Esse é a segunda manifestação da direita sem a presença de Bolsonaro, que segue em prisão domiciliar. O último ato reuniu 37,6 mil apoiadores, conforme o Monitor do Debate Público do Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP).

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 05:49 Escrito por
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