Por Edson Rodrigues
Por mais que o processo sucessório tenha sido antecipado no Tocantins, a grande verdade é que os candidatos a governador dos partidos de oposição ainda patinam na formação de suas chapas majoritárias, uns sem candidatos a vice, outros sem candidatos a senador – e os suplentes – , outros sem chapas majoritária e proporcional definidas e, outros, por incrível que pareça, ainda sem ter a confirmação de suas próprias candidaturas, com nominatas fracas, sem representatividade política, com candidatos “pegos no laço”, principalmente na hora de compor as cotas de candidatas mulheres e candidatos negros.
Outro fato confirmado pelo Observatório Político de O Paralelo 13, são candidaturas sem o mínimo de infraestrutura política e financeira necessários para desenvolver a pré-campanha, totalmente dependentes das convenções partidárias e da homologação das chapas pelo TSE, para, só então, terem acesso ao Fundo Partidário para poder abrir suas contas oficiais, com CNPJ, nos bancos.
Essas candidaturas, que enfrentam essa situação, mesmo depois de contempladas com os recursos, não terão a menor possibilidade de ajudar as candidaturas majoritárias, pois já nascem sem divulgação, sem conhecimento público e sem condições de brigar com as que já foram colocadas à apreciação dos eleitores há tempos.
TORNEIRAS FECHADAS
O nosso Observatório Político vem acompanhando as movimentações do tabuleiro sucessório de forma discreta, sem expor candidaturas ou nomes das oposições ao Palácio Araguaia, e tem notado uma certa desconfiança dos pré-candidatos ao governo, todos com muita experiência política e com infraestruturas de campanha garantidas, que vêm mantendo as “torneiras fechadas” em relação aos recursos, aguardando a realização das convenções partidárias para avaliar quais as candidaturas proporcionais realmente terão condições de somar positivamente em seus grupos, ajudando os candidatos majoritários a aglutinar votos.
Fica evidente que os candidatos “pegos no laço”, só terão serventia para o fechamento das condicionais – candidatos negros e do sexo feminino.
UNIÃO DAS OPOSIÇÕES: MISSÃO IMPOSSÍVEL
As tentativas de união entre as candidaturas de oposição ao Palácio Araguaia, por enquanto, não passam de conversa pra boi dormir, daqueles “contos da Carochinha”, que só criança com menos de três anos acredita.
Os interesses individuais, a arrogância, a prepotência, o orgulho e a fome de poder vêm impedindo qualquer tipo de afinidade entre as oposições, impedindo a formação de uma só chapa capaz de fazer frente à candidatura palaciana.
O senador Eduardo Gomes, coordenador da campanha do ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, bem articulado com o governo federal e suas lideranças no Congresso Nacional, que mantém um excelente relacionamento suprapartidário no Tocantins, inclusive com os prefeitos cujos municípios receberam recursos federais por meio de sua intervenção, que sabem que ele agiu como um verdadeiro “embaixador” dos 139 municípios e do governo do Estado do Tocantins junto ao governo federal, vem dando o tom de uma campanha limpa, sem agressões verbais e denuncismo, baseada na apresentação de projetos e propostas.
Por outro lado, o também senador Irajá Abreu, coordenador da campanha de Osires Damaso ao governo, vem agindo da mesma forma, sempre cauteloso e de poucas palavras, mas com um trabalho intenso nos bastidores, assim como Paulo Mourão, que coordena sua própria campanha ao governo, vencendo os obstáculos internos do seu partido.
Todos são políticos ficha-limpa, sábios e experientes, e é, justamente esse fato que deve ser levado em conta nesta campanha eleitoral que se aproxima, pois nos permite sonhar com uma sucessão estadual calcada no debate de boas ideias, com discussões positivas e propositivas, colocando em pauta apenas o que os cidadãos tocantinenses precisam ouvir, que são propostas para a solução de suas demandas prioritárias.
Faltam poucos dias para o prazo final das convenções partidárias. Como já dissemos, o “tabuleiro sucessório” ainda vai sofrer muitas modificações e, só depois das candidaturas registradas é que saberemos quem estará com quem e quem estará, realmente, no páreo em dois de outubro.
Até lá, que os trabalhos continuem em alto nível e que o joio seja separado do trigo.
Oremos!!
'TSE e a sociedade não toleram negacionismo eleitoral', disse
Com Agências
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin, se reuniu, nesta terça-feira, 26, com membros Prerrogativas, grupo de advogados e juristas que apoia Lula. No evento, às 15 horas, Fachin disse aos presentes que o TSE e a sociedade não toleram “negacionismo eleitoral”.
A visita ocorreu a pedido do Prerrogativas, uma semana depois de o presidente Jair Bolsonaro levantar dúvidas sobre as urnas eletrônicas e pedir mais transparência no processo eleitoral em reunião com cerca de 40 embaixadores.
Durante o encontro, Fachin repetiu que o TSE trabalha para realizar eleições seguras e que os eleitos serão diplomados. “O ataque às urnas eletrônicas como pretexto para se brandir cólera não induzirá o país a erro”, disse Fachin.
O presidente do TSE declarou ainda que “a Justiça Eleitoral não se fascina pelo canto das sereias do autoritarismo, não se abala às ameaças e intimidações”. “Somos juízes, e nosso dever é abrir os nossos ouvidos à Constituição e às suas cláusulas pétreas democráticas”, observou Fachin, no encontro.
“Não toleraremos violência eleitoral, subtipo da violência política”, disse. “A Justiça Eleitoral não medirá esforços para agir, a fim de coibir a violência como arma política e enfrentar a desinformação como prática do caos.”
Reduções de ICMS puxaram para baixo energia e combustíveis. Preços dos alimentos seguem pressionados
Por: Guto Abranches
A prévia da inflação para julho, apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), desacelerou para a marca de 0,13%, ante 0,69% do mês anterior. O indicador, que tem a divulgação sob responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou, assim, a menor alta mensal em período de dois anos. Em junho de 2020, a marca havia sido de 0,02%.
Causa e consequência
As reduções nas alíquotas do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), via Lei Complementar 194/22 sancionada em junho, puxaram para baixo grupos de peso determinante na composição do indicador global. Com a gasolina em queda de 5,01% e o etanol baixando 8,16%, os grupos Transporte e Habitação marcaram deflações de -1,08% e de -0,78%, respectivamente.
A baixa de 4,61% da energia elétrica também teve impacto direto na inflação negativa da habitação. Igualmente como consequência do corte do tributo. Os vetores devem colaborar, na visão dos especialistas de mercado, para deflação no índice cheio de julho, a ser divulgado em 9 de agosto. E pode haver ainda um contágio "para o bem" na apuração no IPCA cheio de agosto. "O IPCA-15 de julho capturou parcialmente os efeitos dos cortes de ICMS sobre energia e combustíveis e os impactos deverão ser sentidos com mais intensidade no fechamento de julho. Nossa expectativa é que o IPCA de julho deverá registrar deflação de 0,72%", avalia Luciano Costa, economista chefe da Monte Bravo Assessoria de Investimentos.
Para os economistas, ainda falta a fatia de comunicações capturar o impacto dos cortes de ICMS. "As operadoras já haviam alertado que poderia haver um atraso na transferência devido a dificuldades operacionais. Vamos adiar a deflação esperada para o grupo", aponta Tatiana Nogueira, economista da XP Investimentos. Ou seja, vem... menos por aí!
Uns mais outros menos
Mas a redução no ritmo de crescimento do custo de vida não é sentida igualmente pelos diferentes recortes da população. As famílias mais pobres percebem mais diretamente os alimentos em alta. O grupo Alimentação e Bebidas teve elevação de 1,16% -- contra uma marca de 0,25% anterior. Com leite longa vida em expansão de 22,27% no mês; frutas em alta de 4,03%; feijão 4,25%, entre outros.
Outro grupo que não colaborou para uma desaceleração maior foi o de Serviços, que registrou alta de 0,84%, acima do esperado pelos analistas de mercado: a XP projetava 0,64%. E com chances de se manter sob pressão por mais tempo. "Deflação de energia elétrica pelo lado positivo, enquanto serviços sob pressão trazem sabor amargo", resume Tatiana Nogueira.
Estoque e expectativa
Na observação por períodos mais longos, a inflação não figura de forma tão positiva. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79%. Em 12 meses é pior: 11,39%. Não por acaso, os economistas fazem as contas e apontam inflação acima do centro da meta de 3,5% no fechamento de 2022. Se confirmado o prognóstico, será o segundo ano consecutivo de descumprimento do objetivo, por mais que a flutuação até 5% seja aceitável dentro do regime de metas. Mas a projeção para a maioria dos economistas do mercado aponta índice na casa dos 7% (incluindo o boletim Focus, do Banco Central). E para o ano que vem também não tem vida fácil. As instituições financeiras ouvidas no Focus recalcularam esta semana o custo de vida em 5,30%, com viés de alta.
Em outras palavras, atenção redobrada para a política de alta de juros -- e para sua duração.
Fundo considera que o Produto Interno Bruto do país terá avanço de 1,7% no ano, ante o 0,8% previsto em abril; expectativa para 2023, porém, sofre queda
Por Jovem Pan
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um estudo nesta terça-feira, 26, onde eleva sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o ano de 2022. De acordo com o órgão, a economia brasileira crescerá 1,7% neste ano – em abril, o órgão havia estimado que o PIB nacional seria de 0,8%. A revisão no desempenho econômico vai na contramão da previsão dos demais países, já que o FMI reduziu o crescimento global em 0,6%. A estimativa, porém, diminui para o próximo ano. Inicialmente, o fundo avaliou que o Brasil teria um crescimento de 1,4% em 2023, mas agora enxerga uma elevação de 1,1%.
As previsões do órgão internacional, porém, são mais conservadoras do que os cálculos realizados pelo Ministério da Economia. Isso porque o governo federal estima que o PIB brasileiro terá um crescimento de 2,0% neste ano, seguido de outra alta para 2023 de 2,5%. “Embora as revisões sejam principalmente negativas para economias avançadas, exposições diferentes aos principais acontecimentos significam que as de mercados emergentes e economias emergentes são variadas”, argumentou o FMI. Uma das explicações do fundo é a de que riscos globais – como a guerra na Ucrânia e a crise imobiliária na China – aumentem a possibilidade de um descontrole inflacionário e dificultem o cenário para as economias emergentes.
Com isso, as contas de FGTS contempladas renderam 5,83% ao ano
Por Marcelo Brandão
A Caixa anunciou hoje (26) a conclusão do processamento da distribuição de R$ 13,2 bilhões do resultado de 2021 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com o crédito dos valores, as contas de FGTS contempladas alcançaram rentabilidade de 5,83% ao ano, índice que corresponde a quase o dobro da correção da poupança em 2021, que foi de 2,99%.
A distribuição do lucro do FGTS é uma medida legal que tem como objetivo o incremento da rentabilidade das contas de FGTS do trabalhador, por meio da distribuição de parte do resultado positivo auferido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, além da remuneração mensal realizada por meio da aplicação da Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano.
O resultado do fundo é decorrente do retorno de suas aplicações e investimentos em habitação, saneamento, infraestrutura e saúde, fruto da governança do Conselho Curador do FGTS e atuação da Caixa como Agente Operador. Na distribuição do lucros anunciada hoje, receberam o crédito 106,7 milhões de trabalhadores que tinham conta de FGTS com saldo em 31/12/2021.
Quanto maior o saldo da conta vinculada ao FGTS, mais o trabalhador tem a receber. Para saber a parcela do lucro que será depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo de cada conta em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por 0,02748761. Esse fator significa que, na prática, a cada R$ 1 mil de saldo, o cotista receberá R$ 27,49.
Mesmo perdendo da inflação, o FGTS rendeu mais que a caderneta de poupança. No ano passado, a poupança rendeu apenas 2,94%, influenciada pela taxa Selic (juros básicos da economia), que ficou em 2% ao ano na maior parte de 2021 e só foi aumentada a partir de agosto do ano passado.
Como consultar o saldo
Para verificar o saldo do Fundo de Garantia, o trabalhador deve consultar o extrato do fundo, no aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal. Até recentemente, o banco oferecia a opção de consulta pelo site da instituição, mas todo o atendimento eletrônico relativo ao FGTS foi migrado exclusivamente para o aplicativo, disponível para smartphones e tablets dos sistemas Android e iOS.
Quem não puder fazer a consulta pela internet deve ir a qualquer agência da Caixa pedir o extrato no balcão de atendimento. O banco também envia o extrato do FGTS em papel a cada dois meses, no endereço cadastrado. Quem mudou de residência deve procurar uma agência da Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101 e informar o novo endereço.