Por Matheus de Souza

 

Pesquisa feita pelo banco Modalmais e consultoria AP Exata aponta que os índices de aprovação do governo Bolsonaro sofreram uma nova queda nesta semana. Segundo levantamento, o índice de pessoas que avaliam o governo como bom ou ótimo é de 24% (uma queda de 4,1% em relação à semana anterior). As que avaliam como ruim ou péssimo somam 48,9% ( 0,5%. p.p. a mais) e as que consideram o governo como regular ficaram em 27,1% (3,4% p.p. a mais).

 

De acordo com o levantamento, apesar de ter diminuído a adesão aos movimentos pró-governo realizados no último dia 7 de setembro, os atos conseguiram testar a capacidade do presidente "para parar o País".

 

A pesquisa avalia que a carta pedindo harmonização entre Poderes assinada pelo presidente Jair Bolsonaro ontem, 9, também o deixa em uma posição confortável com relação à tensão que ele criou. "Se Alexandre de Moraes seguir uma agenda punitivista, será visto como alguém que não quer cooperar para o apaziguamento institucional", diz a pesquisa sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal, que virou o principal alvo da base do presidente.

 

"Nem mesmo a militância governista acredita que o presidente realmente estendeu uma bandeira branca porque pretende mudar o comportamento bélico. Bolsonaristas e oposição viram na jogada um ato estratégico, para garantir a governabilidade e reduzir as pressões. Algo certeiro e pontual, mas com data de validade", avalia o levantamento.

 

Posted On Sábado, 11 Setembro 2021 06:06 Escrito por

Votação do novo Código Eleitoral prosseguirá na semana que vem. Previsão de quarentena para juízes e militares foi retirada do texto

 

Por Cleia Viana

 

A Câmara dos Deputados vai prosseguir na próxima semana a votação do projeto de lei do novo Código Eleitoral (Projeto de Lei Complementar 112/21). Serão analisados os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto-base da relatora, deputada Margarete Coelho (PP-PI). O texto-base foi aprovado na sessão do Plenário desta quinta-feira (9) por 378 votos a 80.

 

Também nesta quinta-feira, um dos principais temas polêmicos foi retirado do projeto: a quarentena de cinco anos de desligamento do cargo que seria exigida de juízes, membros do Ministério Público, guardas municipais, militares e policiais para poderem concorrer às eleições a partir de 2026.

 

Com a aprovação de destaque do PSL, foram retirados da regra os juízes e o Ministério Público. Então os partidos decidiram acompanhar outros pedidos de exclusão, abrangendo as demais categorias.

 

Fidelidade partidária

Outro destaque aprovado, do PT, retirou a possibilidade de o mandatário mudar de partido sem penalidades no mês de março de cada ano eleitoral, a chamada janela de mudança de partido.

 

Continua apenas a janela dos 30 dias anteriores ao prazo de filiação partidária.

 

Indígenas

Os deputados aprovaram ainda emenda do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) para incluir os candidatos indígenas na contagem em dobro dos votos dados, a exemplo do que será garantido para mulheres e negros. Essa contagem influi na distribuição de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

 

A contagem em dobro será uma única vez por pleito. Igual regra será aplicada na contagem de eleitos, pois esses são os dois critérios principais na repartição de recursos dos fundos.

 

A contagem em dobro valerá até que ocorra paridade política como ação afirmativa. Fica mantida ainda a cota mínima de 30% de cada sexo nas candidaturas lançadas pelos partidos.

 

Inelegibilidade

Emenda do deputado Danilo Cabral (PSB-PE) aprovada pelo Plenário incluiu no texto dispositivo já existente na lei atual a fim de tornar inelegíveis os mandatários que renunciam após abertura de processo de perda de mandato. Essa inelegibilidade vale para as eleições realizadas desde a renúncia e até oito anos após o término da legislatura.

 

Outras situações de inelegibilidade serão extintas, como a que impedia a candidatura de dirigentes não exonerados de responsabilidades pela liquidação judicial ou extrajudicial de instituições financeiras.

 

Quanto aos que podem ser inelegíveis por terem sido excluídos do exercício da profissão por infração ético-profissional ou demitidos do serviço público por processo administrativo ou judicial, a restrição será aplicada apenas se o motivo comprometer a moralidade para o exercício de mandatos eletivos.

 

Para os que tiverem suas contas rejeitadas por ato doloso de improbidade administrativa em decisão irrecorrível, o texto prevê que a Justiça Eleitoral, para reconhecer a inelegibilidade, não poderá se basear em fatos que tenham sido objeto de procedimento preparatório ou inquérito civil arquivados ou de ação de improbidade extinta sem resolução de mérito, rejeitada com liminar, julgada improcedente ou julgada procedente somente em função de ato culposo.

 

O texto revoga a Lei Complementar 64/90 sobre o assunto, mas não incorpora regras específicas de inelegibilidade para cargos majoritários vinculadas a quarentenas no exercício de cargos ou funções públicas e privadas (em alguns casos). Valerá a desvinculação do cargo até 2 de abril do ano das eleições.

 

No caso de condenações transitadas em julgado ou em segunda instância, o texto-base mantém a lista atual de crimes que implicam inelegibilidade, acrescentando aqueles contra a ordem tributária, contra a economia e as relações de consumo e contra o Estado democrático de direito.

 

No entanto, o período no qual a pessoa não poderá se candidatar passa a contar da condenação pelo crime e não mais a partir do fim do cumprimento da pena.

 

Contagem inversa valerá para o político condenado a perda de mandato, para o qual os oito anos de inelegibilidade contarão a partir da decisão e não mais a partir do término do mandato, como é hoje.

 

Sobras de vagas

A relatora incorporou no texto mudanças aprovadas nesta quinta-feira por meio do PL 783/21 para as regras sobre as sobras de vagas. Essas sobras são as vagas para cargos proporcionais (deputados e vereadores) que poderão ser preenchidas por partidos com um limite mínimo de votos obtidos.

 

Poderão concorrer à distribuição das sobras de vagas apenas os candidatos que tiverem obtido votos mínimos equivalentes a 20% do quociente eleitoral e os partidos que obtiverem um mínimo de 80% desse quociente.

 

O quociente eleitoral é um número encontrado pela divisão do total de votos válidos pelo número de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral (Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais), desprezada a fração.

 

Para a distribuição das vagas aos mais votados, usa-se primeiramente esse critério do quociente e, só depois disso, as sobras são repartidas.

 

Candidaturas coletivas

O texto-base aprovado autoriza a prática de candidaturas coletivas para os cargos de deputado e vereador (eleitos pelo sistema proporcional). Esse tipo de candidatura caracteriza-se pela tomada de decisão coletiva quanto ao posicionamento do eleito nas votações e encaminhamentos legislativos.

 

O partido deverá autorizar e regulamentar essa candidatura em seu estatuto, mas a candidatura coletiva será representada formalmente por apenas uma pessoa. O texto permite, no entanto, que o nome do coletivo seja registrado na Justiça Eleitoral juntamente com o nome do candidato, assim como nas propagandas se não criar dúvidas quanto à identidade do candidato registrado.

 

O partido definirá regras para o uso desse tipo de candidatura, especificando como ocorrerá seu financiamento e a participação da coletividade na tomada de decisão sobre os rumos e estratégias políticas da candidatura.

 

Na hipótese de vacância do mandato do representante da candidatura coletiva, em caráter provisório ou definitivo, tomará posse o suplente do respectivo partido político.

 

Rejeições

Antes da votação dos destaques do PSL sobre a quarentena, o Plenário rejeitou duas emendas nesse mesmo sentido. Uma delas, do deputado Capitão Wagner (Pros-CE), pretendia incluir policiais, militares, juízes e promotores entre os servidores que podem deixar os cargos em abril do ano eleitoral para poderem concorrer. Isso acabou acontecendo com o fim da quarentena específica de cinco anos.

 

Já emenda do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) pretendia retirar do texto a quarentena referindo-se a todos os dispositivos de uma vez só.

 

Por fim, destaque do Pros pretendia retirar do texto a exigência de os partidos obterem um mínimo de 80% do quociente eleitoral para acesso às vagas que sobraram no preenchimento de cargos proporcionais (deputados e vereadores).

 

Novo código

O projeto do novo Código Eleitoral consolida toda a legislação eleitoral e temas de resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em um único texto. A proposta trata de vários temas, como inelegibilidade, prestação de contas, pesquisas eleitorais, gastos de campanha, normatizações do TSE, acesso a recursos dos fundos partidário e de campanha, entre outros.

 

“Recebemos todas as emendas e nos dedicamos a cada uma delas e ao diálogo com todos os parlamentares, com os partidos, com a sociedade civil organizada, sempre num incansável debate”, disse a relatora.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

Posted On Sexta, 10 Setembro 2021 05:46 Escrito por

Últimas declarações do presidente, em meio aos atos de 7 de setembro, foram mal recebidas e geraram reação dura de líderes das duas siglas

 

Por Thayná Schuquel

 

Após o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, anunciar nesta terça-feira (7/9) a convocação de uma reunião extraordinária para tratar da posição do partido em relação ao possível processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador de São Paulo, João Doria, se posicionou, pela primeira vez, favorável à medida.

 

“Minha posição é pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro – depois do que ouvi hoje ele claramente afronta a Constituição”, afirmou Doria. Mais cedo, durante atos em Brasília, o presidente ameaçou o Judiciário: “Pode sofrer aquilo que não queremos”. Além disso, falou em convocar uma reunião com o Conselho da República, órgão que analisa situações como intervenções federais, estado de defesa e estado de sítio.

 

O governador de SP falou que “até hoje nunca havia feito nenhuma manifestação pró-impeachment” e se manteve “na neutralidade” por entender que os fatos deveriam ser avaliados e julgados pelo Congresso Nacional, mas que mudou de opinião após o discurso. As declarações foram feitas no Centro de Operações da Policia Militar (Copom).

 

Além de Doria, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou no Twitter que “foi um erro colocar Bolsonaro no poder” e que “está cada vez mais claro que é um erro mantê-lo lá”.

 

Reunião do PSDB

 

A mensagem de Araújo convocando a reunião foi publicada pouco tempo após Bolsonaro adotar tom de ameaça ao Judiciário durante discurso feito a apoiadores reunidos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

 

O PSDB, por enquanto, não tem uma posição definida em relação aos mais de 100 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados e nunca avaliados. No entanto, tem se posicionado a favor da democracia.

 

PSD

 

A manifestação de Araújo sobre eventual apoio do PSDB ao impeachment de Bolsonaro se soma à declaração dada nessa segunda-feira (6/7), pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, no mesmo sentido.

 

Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globonews, Kassab afirmou que, caso a escalada antidemocrática demonstrada por Bolsonaro nos últimos meses continue, o partido poderá apoiar o impedimento de seu mandato.

 

O Metrópoles entrou em contato com Kassab para saber se já há uma posição definida pelo partido, mas não houve retorno. O espaço permanece aberto.

 

Posted On Quarta, 08 Setembro 2021 15:16 Escrito por

Sigla comunicou decisão à ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, filiada ao partido

Por Daniela LimaIuri Pittada

 

O PL, partido de Valdemar da Costa Neto, que integra a base do governo Jair Bolsonaro, enviou um recado nesta quarta (8) ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

 

A direção da sigla se reuniu e decidiu avisar que, caso Bolsonaro promova qualquer ato de radicalização, vai entregar os cargos e deixar a base do governo.

 

A sigla comunicou a decisão à ministra Flávia Arruda (Secretaria de Governo), que é filiada ao partido.

 

A decisão ocorre um dia após o presidente ter utilizado os atos que convocou no 7 de Setembro para ameaçar o Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, o ministro Alexandre de Moraes.

 

Bolsonaro também voltou a ameaçar as eleições, dizendo que não participaria de uma farsa e que exige contagem pública de votos.

 

 

Posted On Quarta, 08 Setembro 2021 15:15 Escrito por

O médico veterinário e ex-vereador, Eduardo Fortes, confirmou que seu nome estará nas urnas nas eleições de 2022. De acordo com Fortes, está preparado para ser candidato a deputado estadual, representando a região sul na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (AL-TO).

 

Com Assessoria

 

Liderado o recordista de ações sociais na cidade de Gurupi e municípios vizinhos, Eduardo Fortes diz está pronto para concorrer uma vaga das 24 cadeiras na AL.

 

“Estou preparado para ser candidato a deputado estadual, representando a Região Sul e do nosso Estado do Tocantins. Após realizamos excelentes trabalhos no período de vereança em Gurupi, e, dando seguimento para outros municípios, sentir em representar melhor a população, para fortalecer, crescer mais nossos projetos sociais e buscar parcerias para implantar com mais recursos das ações atuais e futuras” comentou.

 

Conforme Eduardo Fortes, os quatro anos de mandato no Legislativo Municipal que o ajudaram a conhecer a realidade da política e a entender quais os anseios da população. O ex-vereador, deixa claro o seu desejo de concorrer a deputado estadual e garante que vem consolidando esse projeto.

 

 

“Sou grato por receber apoio da população da cidade de Gurupi, principalmente nos bairros onde trabalhamos até hoje com as hortas comunitárias, e que se expandiu para outros município da região sul. Então eu confio nos meus amigos, sei que existem outros bons nomes na região com condições de assumir essa candidatura, e estamos juntos com o único objetivo de ter representatividade, que atualmente a região sul não tem”, completou Eduardo Fortes. 

 

O panorama para as eleições de 2022 começa a se desenhar e assim o eleitor pode acompanhar mais de perto seus candidatos para decidir em quem votar no próximo ano.

 

Posted On Quarta, 08 Setembro 2021 05:01 Escrito por
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