Presidente da Câmara disse que, caso isso não aconteça, o pleito certamente será disputado por Bolsonaro e candidato do ex-presidente Lula
Por Agência O Globo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a união do "centro" em torno de um único nome para disputar a eleição presidencial de 2022 e citou como possíveis candidatos do campo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o apresentador de TV Luciano Huck (sem partido) e o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PDT).
Em entrevista à Globo News na noite desta quarta-feira (5), Maia disse que, caso o centro não consiga chegar a um denominador comum, o pleito certamente será disputado pelo atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e um candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Eu acho melhor nome do centro é a unificação do centro. Esse é o melhor nome. Se ninguém tiver capacidade de unificar o centro, significa que o centro estará fora do segundo turno. Isso serve pro Doria , pro Luciano Huck , pro Ciro Gomes, serve para todos que estão nesse campo aqui de centro-esquerda até centro-direita, no meu ponto de vista. Se não unificar isso aqui, vai dar certamente Bolsonaro de um lado e o candidato do Lula do outro", afirmou.
Questionado sobre a citação a Ciro Gomes como candidato de centro e lembrado de que o DEM conversa com o PDT , partido do ex-governador, que apoiava Lula, Maia disse achar que a união é factível.
Segundo Maia, Centrão precisa se unir para evitar um confronto 'Bolsonaro x PT' na próxima eleição presidencial
"Minha primeira filiação partidária foi no PDT. Eu tinha uma foto do [Leonel] Brizola [ex-governador do Rio] no meu... Depois eu caminhei mais para a direita, mas tenho grandes amigos e ganhei grande admiração pelo PDT. Acho que é uma partido que tem uma ótima imagem, se manteve fiel à defesa das suas posições. É de centro-esquerda. Eu acho que o Ciro Gomes tem que estar aqui com a gente", declarou o presidente da Câmara .
Apontando que ganha a eleição quem tem mais voto, ele argumentou que "quem não agrega, está fora" e, portanto, não adianta o governador Doria vir forte em São Paulo, mas dividido com Bolsonaro, Luciano Huck ter uma entrada boa no Nordeste, mas dividir a votação na região com Ciro, por exemplo: "esse campo aqui tem que ter a coragem de começar a conversar".
Maia disse ainda que já fez ao presidente do PDT, Carlos Lupi, a proposta de começar a fazer eventos para discutir temas polêmicos e teses em que haja divergência entre os respectivos partidos. Para ele, o debate entre as forças do campo é que vai gerar a possibilidade de o centro ter chance de crescer nas próximas eleições .
Quantia que será recebida pelo ex-presidente não foi revelada pela cúpula do partido
Com O Globo
O ex-presidente Lula vai receber uma salário como dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) neste ano. Segundo matéria do jornal O Globo, as remunerações do cargo na legenda, para quem não possui mandato parlamentar, somaram cerca de R$ 20 mil em 2019.
A quantia que será recebida por Lula não foi revelada pela cúpula do partido. Presidente de honra do PT, Lula também recebe aposentadoria de pouco mais de R$ 6 mil, como anistiado politico, por conta da perseguição durante a ditadura militar.
Com os bens bloqueados, o ex-presidente viu sua renda ser prejudicada e agora conta com o cargo no partido, que destina salário mensal para afiliados sem mandato com cargo na executiva.
O ex-presidente foi claro quanto sua situação financeira em seu discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na Grande São Paulo, no último dia 9 de novembro, ” Se me virarem com a bunda pra baixo não vai cair uma moeda do meu bolso”, disse o petista.
Antes de assumir a presidência do Brasil, em 2002, Lula já havia recebido salário do partido, com carteira de trabalho assinada.
O prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, há anos é considerado um dos quatro melhores prefeitos do Tocantins. Administrando uma cidade com quase 85 mil moradores, o prefeito traz na satisfação demonstrada no rosto dos habitantes da Capital da Amizade, o maior exemplo dos seus mais de 80% de aprovação popular.
Por Edson Rodrigues
Sua administração vem sendo feita com planejamento e equilíbrio financeiro. No próximo dia 31 de dezembro, Laurez completará oito anos de governo co absolutamente todas as contas aprovadas e uma vasta lista de obras entregues, incluindo creches, escolas, postos de saúde, praticamente todos os bairros asfaltados, quadras poliesportivas, ginásios e estádios, estradas vicinais conservadas, folha de pagamento em dia, obrigações sociais cumpridas, fornecedores e prestadores de serviço devidamente quitados. Sem dúvida nenhuma, uma administração a se reconhecida, admirada e copiada.
É exatamente nesses dados positivos acima da média que aparecem os primeiros problemas para que Laurez Moreira consiga fazer o seu sucessor em Gurupi. Pelo grande trabalho realizado, haverá uma multiplicidade de obras a serem concluídas, mas, mesmo com recursos em caixa, oriundos, principalmente, do apoio do senador Eduardo Gomes, que conseguiu, no ano passado, vários milhões de reais para o município, principalmente para a área da saúde, será que o sucessor escolhido por Laurez terá o mesmo apoio e, principalmente, a mesma tenacidade, vontade e capacidade que Laurez para realizá-las?
MAURO CARLESSE NO “TABULEIRO”
O governador Mauro Carlesse tem seu domicílio eleitoral na cidade de Gurupi, onde residiu por vários anos, até se mudar para Palmas para cumprir seu mandato de governador, mas sempre manteve Gurupi como “a menina dos seus olhos”.
Carlesse e Laurez Moreira são adversários políticos, mas sempre conseguiram manter uma convivência harmônica e respeitosa, mas, este ano, a coisa muda de figura, pois, os dois, cada um com seu poder e cada um com seu candidato e, não tenham dúvida, cada um vai se empenhar ao máximo para o sucesso de suas apostas políticas.
O governador Mauro Carlesse (DEM), recebeu na tarde dessa terça-feira, 4, em seu gabinete no Palácio Araguaia, o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira.
Carlesse teve o revés de ver o seu candidato á prefeitura de Gurupi e líder na Assembleia Legislativa, perder o segundo posto, com a volta repentina do deputado Eduardo Siqueira Campos à Casa de Leis, desalojando, justamente Gleydson Nato, que assumiu durante o afastamento de 180 dias para tratamento de Saúde de Eduardo Siqueira.
Gleydson foi nomeado líder do governo de Carlesse assim que assumiu a vaga aberta por Eduardo e, com sua saída, Carlesse deve nomear um novo líder o mais rápido possível, assim como, pelos anos de amizade e ligação política, anunciar em Gurupi que Gleydson é o candidato do Palácio Araguaia à prefeitura da cidade. Mesmo assim, Nato precisa melhorar seu desempenho junto ao eleitorado do município e precisará contar com um ótimo desempenho de Carlesse em todo o Estado, principalmente em Gurupi, e montar um grupo político que reúna as principais lideranças da cidade.
Enquanto isso, todos em Gurupi já sabem que o candidato de Laurez Moreira à sua sucessão é o secretário da Saúde, Gutierres Torquato, mas, ao mesmo tempo, todos sabem, por meio de pesquisas de consumo interno, que Torquato tem um considerável índice de rejeição junto à população gurupiense e que, dificilmente Laurez conseguirá transferir a ele os votos necessários para sua eleição, uma vez que nem aos seus próprios auxiliares e correligionários têm uma boa aceitação ao nome escolhido pelo prefeito para sua sucessão.
TERCEIRA VIA
Diante dos resultados apontados pelas pesquisas às quais O Paralelo 13 teve acesso, referentes à sucessão Municipal em Gurupi, tanto Gleydson quanto Gutierres estão no mesmo patamar e, a aparição de um nome alternativo, uma terceira via, surgiria, já, como altamente viável, concorrendo em pé de igualdade com os dois pré-candidatos já conhecidos, e com a vantagem de vir sem rejeição e com a possibilidade de formar um grupo político com dissidentes dos demais pleiteantes, com musculatura suficiente para fazer frente às candidaturas concorrentes.
Apesar de as pesquisas de transferência de votos ainda serem muito prematuras nos seis principais colégios eleitorais do Tocantins, a questão da transfer~encia de votos pode ser crucial nos 139 municípios do Estado.
Por enquanto, todo mundo ainda é pré-candidato e a campanha ainda não está oficialmente nas ruas. As candidaturas precisam ser confirmadas – e registradas – para que possamos ter uma leitura mais apurada do que apontam as pesquisas.
Por enquanto, tudo é especulação, mas todos os dados coletados, no fim, terão seu papel na definição das estratégias de campanha.
Como sempre dissemos, tudo depende do tempo. Só ele dirá quem saberá usá-lo em benefício próprio. Ou não.
Na última terça-feira, O Paralelo 13 veiculou uma matéria em que analisava o atual cenário político tocantinense, em especial dentro do Democratas após a divulgação de que houveram mais de 40 filiações no Partido por meio deputado federal Carlos Gaguim e do governador Mauro Carlesse. Na ocasião citamos ainda a ausência da presidente da Sigla, a deputada federal Dorinha Seabra, responsável por validar estas fichas de filiação
Por Edson Rodrigues
Da forma que o encontro com os prefeitos foi conduzido, sem a participação da presidente da Sigla demonstrou que inicia no DEM uma intervenção branca. Em suas redes sociais, o parlamentar publicou a foto do encontro e disse que este seria um grande marco para o partido no Estado.
Este foi só o primeiro episódio da confusão que veio seguida de outros acontecimentos demonstrando claramente uma queda de braço no Democratas. Professora Dorinha resolveu se manifestar. Emitiu uma nota, em que de forma elegante desmente a informação do colega de bancada e de partido.
“Desde o último ano, o DEMOCRATAS tem cerca de 40 prefeitos filiados, graças a credibilidade conferida, tradicionalmente, a sigla e ao trabalho da presidência estadual, que é de total respeito às lideranças políticas e aos cidadãos que acreditam na proposta de transformação social apresentada pelo DEM”, pontua.
Contestou a probabilidade de estas filiações ocorrerem em um dia, invalidando o posicionamento do deputado Carlos Gaguim. “É impossível que o total de prefeitos filiados - percentual estabelecido desde o último ano- tenha sido constituído em único dia, ou ainda durante uma única ocasião.”
E lembrou aos líderes políticos interessados em filiar-se ao partido, que eles precisam do seu amém, afinal ela é a presidente do Partido, responsável por validar as filiações. Por enquanto está com a caneta na mão. “É necessário que todo prefeito ou líder político interessado em ingressar no partido saiba que, como presidente estadual, Dorinha é a única com prerrogativa para realizar filiações”.
Ao final da nota, a parlamentar coloca panos quentes e diz que os membros do partido seguem unidos e em paz. “É importante também esclarecer que os rumores sobre desavenças e conflitos movidos a vaidades e interesses escusos nada mais são que intrigas plantadas e em nada fomentadas pela presidência”.
Após a veiculação da nota pela imprensa, o deputado federal Carlos Gaguim, vice-presidente da Comissão Provisória Estadual, resolveu mais uma vez se pronunciar e emitiu uma nota curta, porém uma réplica acalorada. Diz que o número de prefeitos filiados a sigla é resultado do seu trabalho em parceria com o governador do Estado. “a mesma trafega na contra mão da verdade, pois o número de prefeitos que se filiaram ao partido é devido ao trabalho deste deputado em consonância com o Governador Carlesse, sendo um fato inédito”.
Descredibiliza a deputada ao mencionar que ela seria responsável pela filiação de apenas um prefeito e garante que as filiações serão homologadas pela nacional, passando por cima da hierarquia. “A mesma em sua gestão à frente do partido só aproximou um prefeito, [...] todos os prefeitos recém-filiados ao DEM terão suas candidaturas homologadas pela Executiva nacional do Democratas”.
Mesmo que a presidente não assuma é notória a disputa de poder dentro da cúpula estadual do DEM, o que descredibiliza o grupo diante do eleitor e faz com que os interessados não ingressem na base dos três principais líderes, o governador Mauro Carlesse, a presidente deputada Professora Dorinha e o vice-presidente o deputado Carlos Gaguim. Foi veiculado ainda a possibilidade de o vice-governador Wanderlei Barbosa filiar-se ao DEM para disputar as eleições na Capital. Gostaria o vice-governador de ter o seu nome associado a uma legenda com tamanha instabilidade e falta de união?
O episódio, ocorrido nesta terça, provoca um desgaste ao Partido e pode gerar insegurança jurídica e política, por medo de não conseguir o registro de candidatura aos pré-candidatos e aos prefeitos e vereadores que buscam uma reeleição. Na atual conjuntura, já que estamos em um ano eleitoral, o melhor a se fazer é buscar por um entendimento entre os três para evitar que as bases não tenham prejuízos ou se sintam ameaçadas. Vamos aguardar o desenrolar desta história que foi a mais comentada nos bastidores da política tocantinense.
Por Edson Rodrigues
O deputado federal Carlos Gaguim, acompanhado do governador Mauro Carlesse, anunciou a filiação de 44 prefeitos no Democratas (DEM), numa clara demonstração de força política. O anúncio é o primeiro resultado do encontro com o presidente nacional do Democratas, o prefeito de Salvador ACM Neto, que teve como presentes o governador Mauro Carlesse e o vice-governador Wanderlei Barbosa, ocorrido no mês passado , na Bahia.
Wanderlei Barbosa e a prefeita Cínthia Ribeiro
Nos bastidores, isso já está sendo considerada uma “intervenção branca”, pois, de fato e de direito, a presidente estadual do DEM é a deputada federal Dorinha Seabra que, além de não estar presente à reunião com o presidente nacional, na Bahia, faz oposição o governo de Mauro Carlesse, apóia a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, à reeleição e não gostou nada de saber que o vice-governador, Wanderlei Barbosa, na reunião com ACM Neto, foi convidado a se filiar ao partido e ser o candidato da legenda à prefeitura de Palmas.
A “ARMA” DE DORINHA
A filiação dos novos 44 prefeitos no DEM, contudo, precisa ser homologada e ter as fichas assinadas e enviadas ao Tribunal Regional Eleitoral pelo Diretório Estadual, mais exatamente, pela deputada federal Dorinha Seabra. Vários desses novos filiados são prefeitos em busca da reeleição e o reconhecimento de suas filiações ao DEM precisa ser feito até o fim do mês de abril, para que possam concorrer pelo novo partido.
Logo, se Dorinha Seabra não tiver muita pressa para assinar essas fichas, pode complicar a vida desse pessoal. Dentre essas fichas, estará a de Wanderlei Barbosa, justamente sem o consentimento de Dorinha, que aposta na candidatura contra Cinthia Ribeiro.
PRESSÃO
Mas, não será tão simples, assim, para Dorinha Seabra. Segundo uma fonte ligada ao Palácio Araguaia, tanto Carlesse quanto Wanderlei devem anunciar suas filiações no DEM em breve, em evento com a presença, em Palmas, do presidente nacional do partido, ACM Neto.
A presidente da Comissão Estadual Provisória do DEM, professora Dorinha, ainda não se manifestou, mas é certo, nos bastidores, que “a mandioca está sendo rala e espremida no tapiti para ser torrada no forno e ser feita a farofa”.
Como esse ritual de filiação ainda tem várias etapas, pelo visto, a professora Dorinha pode acabar ficando fora da lista dos convidados para o evento de filiação, mesmo sendo relatora do FUNDEB na Câmara Federal, membro da Mesa Diretora como representante da Bancada Feminina e filiada ao DEM há mais de 25 anos, sem nunca ter trocado de legenda, a deputada pode ser “triturada” pelos interesses maiores do DEM no Brasil e no Tocantins.
“A mandioca, por enquanto, está sendo lavada”!
GAGUIM VIRA “HOMEM-CHAVE”
Caso o governo do Estado confirme a liberação dos recursos dos empréstimos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, e tendo Carlos Gaguim alçado á posição de articulador político, o Palácio Araguaia estará com seu principal “tripé” de sustentação formado para o embate sucessório de outubro próximo: Gaguim atuará no Palácio, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa Toinho Andrade, no Legislativo e o senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso, atuando em Brasília.
Se levarmos em conta que Carlesse, sem essa estrutura toda, venceu as oposições juntas por trés vezes consecutivas, se a oposição continuar dividida como está, será transformada em pó, com o time montado pelo governador, nas eleições municipais deste ano.
Por enquanto, é isso!