Deputados querem atrasar em 15 dias decisão sobre retirada do mandato de Maluf; início do período eleitoral pode ser trunfo para salvar o parlamentar

 

Com Agência Brasil
Parlamentares que atuam como interlocutores de Paulo Maluf (PP-SP) na Câmara dos Deputados querem adiar por mais 15 dias a discussão sobre a cassação do mandato do ex-prefeito de São Paulo –  discussão essa que já foi adiada por duas vezes e agora está previamente agendada para ocorrer nessa terça-feira (14). As informações são da jornalista Andréia Sadi, da TV Globo .

Na semana passada, um pedido de vistas apresentado pelos deputados André Fufuca (PP-MA) e Fábio Ramalho (MDB-MG) levou a Mesa Diretora da Câmara a não discutir sobre a cassação do mandato de Paulo Maluf , que foi condenado a 7 anos e 9 meses de prisão e atualmente cumpre prisão domiciliar em São Paulo.

Os aliados do ex-prefeito paulistano argumentam que é necessário mais tempo para colher informações sobre a condenação imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e, só após isso, discutir a cassação de seu mandato parlamentar.

Caso as tentativas de prolongar essa discussão sejam bem-sucedidas e o tema seja jogado para o início do mês que vem, as chances de salvação de Maluf aumentam. Isso porque o início do período eleitoral deve reduzir as chances de a Câmara ter o número mínimo de parlamentares presentes em uma sessão para debater o assunto.

O presidente da Câmara , Rodrigo Maia (DEM-RJ), opõe-se à ideia de adiar mais uma vez essa discussão. Maia teme que a demora em decidir o futuro de Maluf seja interpretada como descumprimento de decisão judicial, já que a cassação de seu mandato estava prevista na sentença condenatória do ex-prefeito.

Além disso, o outrora pré-candidato à Presidência entende que a indefinição pode ser prejudicial aos deputados que forem se candidatar à reeleição (ou a outros cargos) nas eleições de outubro.

Maluf condenado A condenação do parlamentar no STF se deve a suposto crime cometido durante sua gestão como prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996.

A sentença foi imposta em processo no qual o deputado afastado foi acusado de receber propina em contratos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS para a construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. Os recursos foram movimentados em contas ligadas a Maluf e à sua família no exterior e o crime de lavagem de dinheiro se configurou nas transações financeiras realizadas posteriormente visando trazer os recursos de propina de volta ao Brasil.

Maluf ficou preso entre dezembro e março no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, mas ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar devido a "graves problemas de saúde" , conforme alegou sua defesa em recurso aceito pelo ministro do STF Dias Toffoli. Aos 86 anos de idade, o ex-prefeito de São Paulo lida com problemas cardíacos, ortopédicos, câncer de próstata e diabetes.

Em maio, o parlamentar afastado foi novamente condenado, por unanimidade , pela Primeira Turma STF por falsidade ideológica com fins eleitorais devido a fraudes na prestação de contas de sua campanha eleitoral de 2010. A pena imposta a Paulo Maluf nesse processo é de 2 anos e 9 meses de prisão em regime semiaberto, convertido para domiciliar.

Posted On Segunda, 13 Agosto 2018 15:25 Escrito por

Quase que despercebido, o tocantinense atento reparou a presença do deputado federal, Freire Júnior, durante audiências na Câmara dos Deputados, assim como o nome do parlamentar que constantemente é exibido no painel da Casa de Leis

 

Da Redação

 

Desde 1º de agosto, Freire Júnior (MDB) segundo suplente da deputada federal Dulce Miranda (MDB), assumiu a vaga. O primeiro suplente, o saudoso ex-deputado federal, Júnior Coimbra, faleceu início deste ano. O afastamento da titular da bancada foi em prol de sua candidatura a reeleição.

 

Freire Júnior é bastante conhecido no Tocantins, e possui imenso prestígio na Câmara dos Deputados, onde já foi presidente do Clube Social e da Casa de Leis, um cargo disputadíssimo ente os 534 deputados. O deputado esteve na função de 1989 a 2003 e, neste período construiu um círculo de amizades nos Três Poderes.

 

Com pulso firme, Freire Júnior se destacou por ser um parlamentar atuante e participativo que nunca fugiu de um bom debate. Nestes 14 anos de trabalho em Brasília trouxe para o Tocantins inúmeras benfeitorias. Em 2010 disputou uma vaga na Assembleia Legislativa e ocupou uma das cadeiras. Em 2014, mais uma vez buscou a vaga ao cargo de deputado federal, como suplente, assumiu este mês em Brasília.

 

Fora da Disputa

O que tem intrigado o tocantinense que conhece Freire Júnior e sua extensa lista de serviços prestados ao Tocantins foi a divulgação de uma nota no qual o parlamentar emedebista destacou que não será candidato em função dos rumos que o partido tomou.

 

“Pela primeira vez desde a criação do estado, não disputarei eleição. Ocupando hoje o mandato de deputado federal pela sexta vez, depois de já ter exercido um mandato de deputado estadual e disputado a prefeitura de Palmas e o governo do estado, desta vez serei apenas um eleitor. Com exceção da eleição de 2006, todas elas disputei no PMDB ou em partidos coligados e aliados a ele. Desta vez optei por não disputar eleição para deputado federal por divergir das decisões que o MDB acabou tendo que tomar”.

 

Durante a nota o deputado destacou o seu trabalho, e de forma indireta lembrou da força política e de liderança que exerce no Tocantins. Ainda assim, ao contrário dos demais políticos que hoje apoiam Carlos Amastha, Freire Júnior não relevou as declarações feitas nos últimos anos pelo pessebista em suas redes sociais.

 

“Não vou me aliar àqueles que até poucos dias atrás nos enxovalhavam chamando de vagabundos e tentavam enlamear a história dos que, bem ou mal, construíram este estado depois de uma longa luta por sua emancipação. Não buscarei um mandato a qualquer custo, sob qualquer pretexto. Não venderei minha alma ao diabo”.

 

Mas o deputado foi taxativo ao garantir que jamais se esquivará da vida política. Que conhece os desafios e que apesar de não ser candidato trabalhará ativamente na vida pública.

 

“Mas esta decisão não significa que abandono a luta e nem tampouco a vida pública. Vou participar ativamente do processo eleitoral trabalhando para impedir que a grave crise moral e ética provocada pela composição das forças políticas e sociais destas eleições venham impedir o Tocantins de reencontrar-se com sua vocação desenvolvimentista e democrática”.

 

Sobre o MDB ele reforçou a importância que o partido tem desde a criação do Tocantins e por este motivo apesar das divergências políticas e de opiniões é preciso buscar um grupo forte, consolidado e principalmente unido.

 

“Seguro de que esta é a decisão mais acertada agradeço o apoio que tenho recebido de tantos amigos e companheiros e espero poder continuar a merecer e contar com a confiança de todos”, concluiu o deputado que garante que uma função política não se pode ter a qualquer custo, ou aliando-se a qualquer um.

Posted On Segunda, 13 Agosto 2018 09:23 Escrito por

VEJA FALA DAS ARTIMANHAS DE LULA PARA SER CANDIDATO. ISTOÉ FALA DAS FAKE NEWS DE BOLSONARO E ÉPOCA EXPLICA PORQUE OS VICES PODEM SER OS PRIMEIROS

 

Veja

As artimanhas de Lula

O ex-presidente Lula está preso há pouco mais de 100 dias. Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em segunda instância, também se encontra enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que foi sancionada por ele mesmo em 2010, depois de aprovada com os votos dos parlamentares petistas. Apesar dessa dupla restrição, de presidiário e ficha-suja, o PT anunciou o nome de Lula como candidato do partido à Presidência da República, com o ex- prefeito de São Paulo Fernando Haddad como vice. A decisão, que representa um desafio à lei, tem como objetivo impedir a dispersão do eleitorado de Lula e sua migração para outros concorrentes, o que dificultaria a transferência de votos do ex-presidente para Haddad. Pode- se tentar explicar isso como uma ousada e legítima estratégia eleitoral. Mas não é só isso.

 

Líder nas pesquisas, Lula pretende arrastar a decretação definitiva de sua inelegibilidade, com recursos e chicanas jurídicas, para até 17 de setembro. Se esse objetivo for alcançado, a Justiça Eleitoral não terá tempo hábil para tirar sua fotografia da urna eletrônica. Parece um capricho pessoal, mas é uma artimanha eleitoral. Com a foto de Lula na urna, mesmo não sendo  informados e também daquele eleitorado apaixonado pela figura do ex-presidente que não hesitaria em confirmar o voto ao ser confrontado com a imagem dele, mas sem saber que estaria elegendo um fantasma. É este o plano extraordinário de Lula e do PT: esticar a corda e, quem sabe, ludibriar o eleitor.

 

Istoé

As fake news de Bolsonaro

O aspirante do PSL ao Planalto é o inverso de (quase) tudo o que, ultimamente, tem aparentado ser. Não é liberal na economia, não é outsider e, sim, nutre indiscutível preconceito de gênero. Criticado por saber pouco sobre temas essenciais à condução do País, em algo ele é especialista: disseminar notícias falsas.

 

A candidatura de Bolsonaro vem se consolidado não pela apresentação de propostas para a saúde, educação, moradia ou para acabar com o desemprego. Mas pela propagação e disseminação de informações falsas, distorções de fatos históricos ou de ações sem qualquer comprovação técnica ou científica.

 

Nas últimas semanas, quando as opiniões do aspirante ao Planalto foram mais expostas a partir de entrevistas, debates e aparições públicas, essa maneira de agir, que já virou um procedimento, ficou escancarada. Seus apoiadores fazem coro e, no mesmo sentido, se associam na disseminação de informações falsas. Na lista de perfis que o Facebook tirou do ar no final de julho, após a constatação de que eram propagadores de fake news, estão pelo menos três que são claramente ligados a Bolsonaro: “Bolsonaro, o Mito”; “Bolsonaro Presidente” e “Vamos falar de Jair Bolsonaro?”.

 

O curral do coronel

Em Sobral, berço político de Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República, impera a lei dos Ferreira Gomes. Obedece quem tem juízo.

 

Durante a eleição municipal de 2016, o horário de funcionamento da prefeitura de Sobral, segundo maior município do Ceará com 205 mil habitantes, foi alterado a pretexto de economizar energia. Na realidade, a portaria instituída pelo então prefeito Clodoveu Arruda (PT) teve outro propósito: o de mobilizar funcionários públicos para trabalhar na campanha do irmão caçula do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, Ivo Ferreira Gomes, candidato a administrar a cidade. Um verdadeiro exército de professores, agentes de saúde e secretários municipais cumpriu a missão a contento. Trajados de amarelo, os servidores da prefeitura bateram de porta em porta em favor da candidatura do irmão de Ciro.

 

Durante o corpo-a-corpo eleitoral, houve até quem trocasse votos por água encanada. A agricultora Maria do Livramento Paiva, da fazenda Campo Grande, distrito de Taperuaba, confessou à ISTOÉ que, para receber água potável em sua residência, teve de “jurar fidelidade aos Gomes”, que consistia em cabalar o maior número de votos possíveis no seio da própria família. “Por essa água eu me despedacei arrumando voto de todo jeito”, armou.

 

O resultado não poderia ter sido diferente: Ivo foi eleito com 57,9 mil votos – 51,4% do total. No primeiro ano de mandato, durante encontro para definir o Plano Plurianual da cidade, Ivo Gomes discursou: “Quem tem o poder sou eu e quem não rezar na minha cartilha vai sair. Experimentem me desafiar”, ameaçou. Os episódios são ilustrativos da influência exercida pelos Ferreira Gomes em Sobral. Mais do que berço político de Ciro, o município se transformou numa espécie de curral eleitoral da família. Ali, impera a lei do mais forte, na acepção do termo.

 

Época

Os vices: por que o segundo costuma virar o primeiro no Brasil

 

O Brasil tem trauma de vice-presidentes. Eles assumem o cargo sempre em momentos agudos, como morte do titular ou impeachment. Até a década de 1960, os eleitores votavam separadamente no presidente e no vice, o que permitia a eleição de adversários. A Constituição de 1988 definiu o vice como um auxiliar subordinado à Presidência. Sua legitimidade é derivada da legitimidade conferida ao presidente pelas eleições. No entanto, muitas vezes os eleitores não prestam atenção em quem colocam na linha de sucessão direta do presidente. ÉPOCA propôs 11 questões aos candidatos a vice-presidente com mais chances na corrida eleitoral até aqui. Fique de olho neles, porque o Brasil demonstrou que o segundo pode se tornar o primeiro de uma hora para outra.

Posted On Domingo, 12 Agosto 2018 18:53 Escrito por

Da Redação

 

Encerrado o prazo para realização das convenções na última semana, os partidos políticos terão até as 19h, do dia 15 de agosto, para registrar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a chapa completa, bem como as siglas que integram a coligação. Somente após o prazo final para registro das candidaturas, os partidos poderão colocar a campanha oficialmente na rua.

 

Segundo a Lei Eleitoral, a partir do dia 16 de agosto, os candidatos, os partidos políticos e as coligações poderão fazer comícios e usar equipamento de som fixo. Também podem fazer campanha em carros de som e usar alto-falantes ou amplificadores de som em suas sedes e comitês.

 

Estão autorizadas, até o dia 6 de outubro, véspera do primeiro turno, a distribuição de material gráfico, a realização de caminhadas, carreatas ou passeatas e o uso de carro de som pelas ruas, divulgando jingles ou mensagens dos candidatos.

 

Até 5 de outubro, são permitidos anúncios pagos, na imprensa escrita, e a reprodução, na internet, limitados a dez por veículo, em datas diversas, para cada candidato, com tamanho máximo de um oitavo de página de jornal padrão e um quarto de página de revista ou tabloide.

 

Algumas medidas, porém, ficam proibidas até as eleições. Confira o que não é permitido aos candidatos:

 

– Não é permitido fixar propaganda em bens públicos, como postes, placas de trânsito e viadutos;

 

– É proibido espalhar ou autorizar que se espalhe santinhos pela rua;

 

– Não se pode fazer showmício com apresentação de artistas, mesmo sem remuneração, nem fazer propaganda ou pedir votos por meio de telemarketing;

 

– Fica proibido pagar por propaganda na internet, exceto o impulsionamento de publicações em redes sociais;

 

– Em época de discussão sobre fake news, é proibido usar dispositivos ou programas como robôs, conhecidos por distorcer a repercussão de conteúdo;

 

– Não se pode agredir e atacar a honra de candidatos na internet e nas redes sociais, nem como degradar ou ridicularizar candidatos, usar montagens, trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais no rádio e na TV.

 

TSE NÃO VAI TOLERAR FAKE NEWS

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luiz Fux, afirmou que o tribunal eleitoral já alertou população e políticos sobre o uso das fake news (notícias falsas) durante a campanha.

 

"Não é possível a leitura apenas do título, é importante ler a matéria toda. Se for uma notícia muito dramática, emocionante, tem que ver com o pé atrás. E pensar várias vezes antes de fazer o compartilhamento", disse o Ministro.

 

Segundo Fux, o TSE vai exercer "poder de polícia" no caso de notícias sabidamente inverídicas que causam dano irreparável a uma candidatura.

 

Ele afirmou que plataformas como o Facebook e o Google já assinaram um compromisso de que, tão logo notificadas pelo TSE, removerão qualquer conteúdo sabidamente falso de suas páginas. O ministro também disse que os partidos políticos assinaram um tratado de não proliferação de fake news.

 

"As fake news violam o voto consciente. Nada pior do que o eleitor votar desinformado ou informado por algo que não corresponde à realidade", afirmou.

Posted On Domingo, 12 Agosto 2018 18:48 Escrito por

TV Band reuniu Alvaro Dias (Pode), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

Com Yahoo Notícias

 

O primeiro debate entre presidenciáveis aconteceu nesta quinta-feira, 9, em São Paulo e deu o tom do que parece ser uma das campanhas mais singulares dos últimos anos. A começar pelo elefante na sala que é a ausência do primeiro colocado nas pesquisas. Preso na sede da Polícia Federal em Curitiba-PR, o ex-presidente Lula —candidato pelo PT— teve pedido de ida ao debate negados pela Justiça. No primeiro, a juíza Bianca Georgia Cruz Arenhart decidiu não conceder o pedido, por considerar que o PT não tem legitimidade para propor a ação, que deveria ter sido apresentada pela defesa de Lula.

 

Impossibilitado pela Justiça de ter seu candidato no debate, o PT tentou emplacar a ideia de enviar o ex-prefeito de São Paulo e candidato a vice-presidente, Fernando Haddad como um representante de Lula. A ideia foi vetada pela Rede Bandeirantes que promove o debate. Em protesto, o ex-presidente publicou uma carta aberta em que questiona a decisão.

Como medida paliativa, o PT ainda decidiu promover um debate alternativo com transmissão via internet no mesmo horário do evento da Band. Outro barrado no debate que fez bastante barulho foi João Amoedo. O candidato a presidente pelo Partido Novo não foi convidado porque sua legenda não tem ao menos cinco representantes no Congresso o que, conforme a lei eleitoral, o exclui automaticamente do debate. Além de Amoedo, José Maria Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU) e João Goulart Filho (PPL) também foram barrados com base na mesma regra.

Apesar de não ser o único barrado, Amoedo foi de longe quem mais fez barulho. O candidato organizou uma abaixo-assinado que ultrapassou as 90 mil assinaturas e tentou emplacar uma hashtag que pedia sua presença no evento no Twitter. Militantes do Novo ainda fizeram uma manifestação na porta do Grupo Bandeirantes. Marina Silva teve sua presença garantida no evento graças ao seu bom desempenho nas pesquisas eleitorais.

Emprego e troca de farpas

Na primeira parte, todos os candidatos responderam a mesma pergunta sobre desemprego. Álvaro Dias (Podemos) falou sobre sua candidatura e não respondeu a pergunta. Cabo Daciolo (Patriota) também não se ateve a pergunta. Alckmin (PSDB) se ateve ao tema e apresentou propostas. Marina Silva focou que um dos caminhos para solução do problema seria a recuperação da credibilidade do governo. Jair Bolsonaro (PSL) agradeceu a Deus e defendeu a redução de direitos trabalhistas como um possível caminho para criação de empregos. Guilherme Boulos (PSOL), por sua vez, registrou protesto sobre o veto a presença do ex-presidente Lula no debate e defendeu a retomada de investimento público e redução dos privilégios fiscais dos mais ricos para reduzir o desemprego.

 

O candidato do MDB, Henrique Meireles respondeu a pergunta falando sobre a sua própria carreira e afirmando que não se “cria emprego no grito”, mas com a retomada de investimentos. Ciro Gomes decidiu defender investimentos para criação de empregos e lembrou do apoio de Geraldo Alckmin e do PSDB a reforma trabalhista que, segundo ele, “aumentou o desemprego e reduziu direitos trabalhistas”. Ciro terminou sua resposta prometendo “ajudar brasileiros devedores a limparem seus nomes no SPC”.

 

Um dos momentos mais marcantes do primeiro bloco foi a troca de farpas entre Guilherme Boulos e Bolsonaro. O candidato do PSOL chamou Bolsonaro de machista, racista, homofóbico e de fazer da política um “negócio”. Boulos ainda pergunta sobre a Wal —Walderice dos Santos da Conceição é supostamente uma funcionária fantasma do gabinete de Bolsonaro que vive no interior fluminense e é conhecida como Wal do Açaí. Irritado, Bolsonaro preferiu desqualificar o candidato do PSOL na réplica e na tréplica. “Eu não vim aqui bater boca com um cidadão desqualificado”, esbravejou Bolsonaro ao abrir mão do tempo que tinha para responder.

 

Geraldo Alckmin – O presidenciável tucano desviou de polêmicas. Focou sua atuação em problemas caros ao eleitorado como desemprego e violência. Mostrou habilidade ao responder Marina Silva o questionamento sobre desvios éticos e o apoio do centrão. Ele capitalizou com o eleitorado anti-petista ao lembrar da trajetória da ex-senadora no partido.

 

Guilherme Boulos – Um dos mais incisivos durante o debate, o candidato do PSOL fez questão de se colocar como antagonista ao projeto de Jair Bolsonaro. Ele chegou até a desestabilizar o adversário por breve momento. Também tentou colar nos rivais o rótulo de representantes da “velha política”. Não tergiversou sobre temas polêmicos como o aborto.

 

Ciro Gomes – O candidato do PDT foi um dos menos acionados pelos adversários. Tentou responder de forma programática a maioria das perguntas sem deixar de cutucar alguns adversários diretos como Geraldo Alckmin. Fez questão de lembrar que os tucanos apoiaram a controversa reforma trabalhista de Michel Temer.

 

Henrique Meirelles – O candidato do MDB tentou se apresentar ao eleitorado que ainda não o conhecia e se descolar da imagem de banqueiro na política. Acabou sofrendo certo desgaste no embate com Álvaro Dias (Podemos) logo em economia —tema em que é especialista. Não soube lidar com o rótulo de representante do governo de Michel Temer.

 

Álvaro Dias – Candidato do Podemos tentou surfar na popularidade do juiz Sérgio Moro ao fazer um convite aberto ao Ministério da Justiça. Exaltou a Lava Jato, atacou a “velha a política” ao defender a necessidade de reformas. Se envolveu em um entrevero com Henrique Meirelles (MDB) sobre economia e saiu-se bem. Fez questão de exaltar seu companheiro de chapa Paulo Rabello de Castro (PSC).

 

Jair Bolsonaro – Candidato do PSL foi o único a pedir e ter direito de resposta após ser chamado de racista, machista e homofóbico por Guilherme Boulos (PSOL). Mostrou certo desequilíbrio ao responder sobre Walderice dos Santos da Conceição que é supostamente uma funcionária fantasma de seu gabinete. Derrapou mais uma vez em economia. Foi questionado por Ciro Gomes sobre o que faria para ajudar os 60 milhões de brasileiros cadastrados nos serviços de proteção ao crédito e preferiu ironizar ao invés de responder a pergunta. Foi pouco atacado por outros candidatos e mostrou habilidade ao guardar para o final a defesa de suas posições polêmicas como ideologia de gênero, aborto, feminismo e petismo.

Marina Silva – A candidata da Rede tentou colar em Geraldo Alckmin (PSDB) o rótulo de candidato do “centrão” e do fisiologismo, mas foi habilmente rebatida pelo tucano. Levantou discussões como a importância do saneamento básico no combate a doenças. Fez uma dobradinha com Ciro Gomes para capitalizar votos pelo seu papel e do dele na transposição do rio São Francisco e mostrou um posicionamento repaginado sobre o aborto ao defender um plebiscito para tratar do tema.

 

Cabo Daciolo – Ilustre desconhecido da maioria do eleitorado brasileiro, o candidato do Patriota acabou chamando atenção por seus excessos retóricos, uso indiscriminado de informações imprecisas e passagens da Bíblia. Atacou todos os seus adversários e, bem ou mal, agora é conhecido por mais gente.

Posted On Sexta, 10 Agosto 2018 07:52 Escrito por
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