Com essa decisão, o jogo ganhou novos contornos e conversas que vararam esta madrugada na residência oficial da Câmara
Com Correio Braziliense
A cinco meses da eleição para presidente da Câmara, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, desistiu da disputa em prol do líder da bancada dele na Câmara, Hugo Motta (PB). Com essa decisão, o jogo ganhou novos contornos e conversas que vararam esta madrugada na residência oficial da Câmara. Ali, o presidente Arthur Lira tenta buscar uma candidatura única dos partidos de centro e convencer o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, e o líder do PSD, Antonio Brito, ambos da Bahia, a rumarem para um nome de consenso a fim de manter o bloco unido.
Só tem um problema: o tempo que falta para a eleição é um complicador para que todos fechem em torno de um nome agora. Afinal, todos consideram que têm chances.
A retirada da candidatura foi fruto de conversas internas do Republicanos, com a participação do ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho. Silvinho, como os parlamentares o chamam é considerado jeitoso, equilibrado e articulador nato, ajudou Pereira a ver que um nome do Nordeste e ligado a Lira, como é o caso de Hugo Motta, teria muito mais chances de obter um consenso.
E era melhor o partido ter um nome de consenso do que partir para uma campanha com o centro totalmente rachado. Agora, Motta caminhará para tentar se tornar o nome de consenso e poderá jogar em campo aberto para testar suas reais chances.
Ninguém vai sair, porém, para ficar ao relento. Já há quem diga que Pereira poderá ser indicado a um cargo no Tribunal de Contas da União, ao passo que alguns postulantes podem assumir um Ministério, uma vez que Lula pode reformar a equipe para tentar formatar maioria no Parlamento para os dois últimos anos de governo e, por tabela, uma campanha reeleitoral. Nesse sentido, o presidente não quer deixar ninguém ao relento.
Programa de Assistência Médica Ambulatorial funcionará com médicos e enfermeiros e assim evitar a lotação desnecessária da UPA, pronto-socorro e hospitais
Com Assessoria
“O Programa AMA funcionará integrado às UBS [unidades básicas de saúde] e atenderá casos de menor urgência para desafogar a UPA [Unidade de Pronto Atendimento] e o HRA [Hospital Regional]”, propõe o candidato a prefeito de Araguaína Jorge Frederico (Republicanos), da Coligação Araguaína Pode Mais.
A proposta busca descentralizar e agilizar o atendimento médico para a população com o Programa de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) nas UBS. O programa criado no Estado de São Paulo vem servindo de exemplo para muitos municípios brasileiros com o objetivo de melhorar e descentralizar o atendimento da saúde municipal.
Sem lotação desnecessária
O médico Hugo Mendes afirma que o AMA irá desafogar a UPA e hospitais
As AMAs terão atendimentos para casos de média e baixa complexidade, como pequenas suturas, medicação, raio-x, exames laboratoriais, entre outras demandas. O espaço irá funcionar com médicos e enfermeiros, e assim evitar a lotação desnecessária da UPA, pronto-socorro e hospitais.
O médico Hugo Mendes, defensor da ideia, destaca que atualmente a Prefeitura de Araguaína tem apenas um ambulatório de especialidades, que funciona nas dependências do Unitpac e uma longa fila de espera. As unidades de saúde funcionam somente com consultas agendadas e atualização do ciclo de vacinas.
“Com a criação das AMAs poderemos prestar um atendimento mais amplo, com a melhoria do atendimento para o paciente e principalmente desafogando o sistema”, explicou o médico.
Proposta de Jorge
A proposta do candidato Jorge é a instalação da AMA nas unidades de saúde já existentes na cidade. “Nosso objetivo é garantir que todos os cidadãos tenham acesso rápido e eficaz ao atendimento médico, sem precisar enfrentar longas filas, esperar horas na UPA ou HRA. Vamos investir na infraestrutura das unidades de saúde, construir anexos e contratar profissionais qualificados para atender esta demanda. Vamos trabalhar para que a saúde pública de Araguaína seja referência no Tocantins, pois nossa população precisa e merece”.
Como funcionam as AMAs
As AMAs representam uma alternativa para atendimento emergencial rápido e eficaz. Quadros como resfriados, febres, alergias, pressão alta e pequenos ferimentos que necessitam de sutura são alguns exemplos de situações que podem ser atendidas no espaço. O local terá atendimento ao público das 7 às 19 horas (12 horas/dia).
O médico Hugo Mendes explica que no local poderão ser realizados pequenos procedimentos, inalação, ciclo de aplicação de antibiótico, um atendimento de trauma leve e pequenas suturas. Se houver necessidade de internação, o paciente é referenciado e segue para a UPA ou hospitais.
“É um pequeno hospital ao lado da unidade de saúde. Este modelo já funciona em muitos estados e está dando muito certo, e como profissional de saúde, acredito que Araguaína irá ganhar muito”, destacou o médico.
Atendimento rápido
A dona de casa Maria do Carmo Pereira, moradora do Setor Deus é Fiel, gostou da proposta. “Meu marido teve derrame e vive na cama, ele tem que fazer exames, ir sempre ao médico e aqui no setor não tem posto e quando eu consigo vaga tem que esperar muito. Queria que fosse mais rápido”.
Mais propostas de Jorge para a saúde:
- Construir o Parque da Saúde no Setor São Miguel, com Centro de Saúde do Idoso e Hospital da Mulher;
- Construção de uma nova UPA, no Parque da Saúde;
- Reorganizar as unidades básicas de saúde, com infraestrutura física e humana, equipamentos e insumos, capazes de estabelecer a garantia de um funcionamento eficaz;
- Incentivar e redobrar esforços para sempre bater as metas nas campanhas nacionais de vacinação;
- Implementar ações em saúde voltadas para a mulher, gestante, criança e adolescente, bem como ações voltadas à saúde do homem;
- Criação do PADI (Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso);
- Atendimento domiciliar aos portadores de doenças crônicas, entre outras.
Especialistas afirmam que as eleições deste ano terão o menor número de candidatos dos últimos 16 anos e o menor número de partidos em 12 anos. Com cerca de 460 mil candidaturas registradas, quase 100 mil a menos do que em 2020, houve uma redução de aproximadamente 20% no total de concorrentes. Essa queda, de acordo com estudos apresentados é atribuída às reformas políticas recentes, que estimularam os partidos a focarem em candidaturas mais competitivas
Com Assessoria
Entre as principais mudanças estão: a diminuição do limite máximo de candidaturas a vereador, a introdução das federações partidárias, e a cláusula de barreira. A legislação passou a permitir que cada partido lance até 100% do número de vagas disponíveis mais um, em vez dos 150% permitidos anteriormente. Esta mudança visa tornar as eleições mais competitivas, limitando o número de candidatos por partido.
Introduzidas em 2020, as federações obrigam dois ou mais partidos a atuarem como um só durante pelo menos quatro anos, o que limita o número de candidatos a serem lançados em conjunto e pode reduzir a presença de partidos menores.
Estabelecida em 2018, a cláusula de barreira exige que os partidos atinjam um número mínimo de votos ou deputados federais eleitos para ter acesso ao Fundo Partidário e à propaganda eleitoral. Essa regra incentiva a concentração de esforços em candidaturas com maior chance de sucesso.
As reformas políticas têm causado um efeito de enxugamento do número de partidos e candidatos em todo o país. Nos últimos cinco anos, 11 partidos desapareceram devido a fusões ou incorporações, um movimento maior do que nos 23 anos anteriores, quando apenas oito partidos se fundiram ou foram absorvidos.
A redução nas candidaturas é mais acentuada em municípios maiores. Por exemplo, cidades com mais de 500 mil habitantes registraram uma queda de 38% no número de candidatos, enquanto municípios com até 5 mil habitantes tiveram uma redução média de apenas 6%.
A diminuição das candidaturas também é observada em estados de grande peso eleitoral, como São Paulo, Minas Gerais, Bahia, e Rio Grande do Sul. No entanto, a maior queda ocorreu no Rio de Janeiro, com 34% menos candidatos do que em 2020, seguida pelo Amapá, com uma redução de 36%.
Em termos partidários, os que formaram federações registraram as maiores quedas. O Cidadania, por exemplo, teve uma redução de 72% no número de candidatos, seguido pelo PCdoB com 71% e PV com 62%.
Perspectivas para o Futuro
Partidos como o PL, que lidera com o maior fundo eleitoral de 2024, estão capitalizando seu sucesso nas eleições de 2022 para aumentar suas candidaturas municipais. O Novo, que experimentou o maior crescimento proporcional em 2024, com um aumento de 1.114%, também ajustou sua estratégia e expandiu seu número de candidatos.
Com um sistema político mais organizado e uma competição mais acirrada, as eleições de 2024 prometem ser um marco na trajetória política do Brasil, refletindo a adaptação dos partidos às novas regras do jogo eleitoral. Em média, cada cidade brasileira vai ter 164 candidatos a vereador em 2024. Em 2020, foram 200 por cidade.
As federações partidárias
Esta é a primeira eleição das federações, que permitem a dois ou mais partidos atuarem como se fossem um só durante, no mínimo, 4 anos (diferente das coligações, que valiam só durante o período eleitoral). Como atuam como um só partido, cada federação deve respeitar o limite máximo de vereadores. Além disso, devem lançar um só candidato a prefeito em cada município. Dos 5 partidos que mais reduziram as candidaturas em 2024, quatro se uniram em federações (Cidadania, PCdoB, PV e PSDB).
A cláusula de barreira
A terceira mudança é a cláusula de barreira, que entrou em vigor em 2018 – já valia, portanto, em 2020 –, e que sobe progressivamente a cada eleição. A regra estabelece que os partidos precisam ter um número mínimo de votos ou de deputados federais eleitos para ter acesso ao Fundo Partidário e à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. Esse piso sobe a cada eleição – o número mínimo de votos vai passar dos atuais 2% dos votos válidos para 2,5% em 2026 e 3% em 2030. O de número deputados eleitos vai dos 11 de hoje para 13 em 2026 e 15 em 2030.
Embora os cálculos sejam sobre a eleição para a Câmara dos Deputados, a eleição municipal é fundamental para atingir a cláusula de barreira, segundo especialistas. Isso porque eleger prefeitos, vices e vereadores ajuda a ter palanque e base eleitoral para a disputa federal. Isso induz os partidos a concentrar esforços em candidaturas competitivas.
Era pra ser apenas mais uma caminhada de campanha, daquelas que os candidatos fazem em meio à campanha, para medir sua popularidade e a adesão de correligionários e colaboradores. Mas, o que se viu na manhã desse sábado, em Taquaralto, foi um verdadeiro advento político, daqueles para marcar época
Por Edson Rodrigues
A caminhada de Janad Valcari pela Avenida Tocantins já estava marcada há tempos, e já era esperada a presença de um grande número de pessoas. Mas a presença de Janad junto com o governador Wanderlei Barbosa, cuja presença foi confirmada e divulgada nas redes sociais, fez da principal via de Taquaralto um verdadeiro mar de gente, a maioria de camisas brancas, como foi solicitado pela organização do evento.
Quem estava lá não foi apenas para ouvir Janad. Foi para ver e confirmar Janad e Wanderlei Barbosa juntos em um ato político da campanha da deputada estadual rumo à prefeitura de Palmas. Foi para se certificar que Wanderlei Barbosa não se deixou abater pelas operações da Polícia Federal e continua se sentindo muito bem no meio do povo. O mesmo povo que o elegeu cinco vezes vereador, duas vezes deputado estadual, vice-governador e governador reeleito.
RECONHECIMENTO
Em seu discurso, além de ressaltar as vitórias eleitorais que teve em Palmas, Wanderlei Barbosa agradeceu pelo reconhecimento do povo à sua gestão, lhe conferindo altos índices de popularidade e o colocando entre os melhores governadores do Brasil em pesquisas nacionais, e frisou: “é com esse povo que eu estou, que me conhece, conhece o meu trabalho, a minha história e a minha índole”.
Wanderlei foi muito aplaudido e teve seu nome gritado pelos presentes, como forma de reconhecimento pelo seu esforço em manter o Tocantins equilibrado e dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal.
APOIO À JANAD
O governador também fez questão de assegurar seu apoio incondicional à candidatura de Janad Valcari, se colocando à disposição para mais eventos de campanha e para estar junto na busca de votos “sempre que a agenda permitir”. Wanderlei pediu para que o povo multiplique o apoio à Janad e fez um apelo à equipe da candidata para que ela esteja mais nas ruas “junto com o povo”.
NO VOTO
Em seu discurso, Janad Valcari agradeceu às presenças da senadora Dorinha Seabra, do vice-prefeito André Gomes, do ex-governador Marcelo Miranda e de todos os que a apoiam. Aproveitando a presença de milhares de pessoas, do alto do trio-elétrico que guiou a multidão, ela foi bem clara: “pra ganhar essa eleição, tem que ser no voto. Não é com fake News nem com vagabundagem”.
Janad disse estar muito orgulhosa e emocionada com a presença de tantos apoiadores e disse ter certeza que sua campanha será capaz de conquistar os indecisos: “conto com cada um de vocês para multiplicar nossos votos. Não se ganha uma campanha sozinha. E é a presença de vocês que me acalenta o coração e elimina as dúvidas. Vamos fazer bonito, e levar essa eleição no primeiro turno”, finalizou.
Com Assessoria
O Juiz Gil Correia, da 29ª Zona Eleitoral, determinou à TV Norte Tocantins, afiliada do SBT, compensar a veiculação do programa eleitoral de Eduardo Siqueira Campos, da coligação Juntos Podemos Agir, que deveria ter sido exibido no horário das 13h. A campanha de Eduardo Siqueira Campos comprovou junto à Justiça Eleitoral que cumpriu o prazo de entrega do programa para a TV Anhanguera, definida como cabeça de rede. E também comprovou que a cabeça de rede veiculou normalmente o programa, não havendo justificativa para a não veiculação pelo SBT.
“Analisando o conteúdo veiculado na TV NORTE TOCANTINS / AF. SBT - TO e TV ANHANGUERA - PALMAS/ AF. GLOBO - TO, conforme links descritos na inicial¹, verifico que a mídia do representante não foi transmitida no horário determinado na TV NORTE TOCANTINS”, reconheceu o Juiz Eleitoral.
O Magistrado determinou que a emissora compense, ainda nesta sexta-feira, 30, logo após a veiculação dos programas das 20h, inserindo em sua programação normal, o conteúdo que deveria ter ido ao ar no período da tarde.
“ANTE O EXPOSTO, DEFIRO a tutela de urgência para determinar a emissora TV NORTE TOCANTINS que obedeça, imediatamente, às disposições legais vigentes e proceda a exibição da propaganda eleitoral gratuita da Coligação JUNTOS PODEMOS AGIR no período noturno, às 20 horas e proceda à exibição do programa eleitoral da Coligação JUNTOS PODEMOS AGIR, que deveria ser exibido hoje, 30/08/2024, período vespertino, na programação normal da emissora, imediatamente posterior ao re servado para a propaganda eleitoral, arcando a emissora com os custos de tal exibição, nos termos do art. 80, § 3º, da Resolução TSE n° 23.610/2019, sob pena de multa (astreintes) arbitrada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais)”, sentenciou.