Da Assessoria
O evento em Divinópolis nesta sexta-feira (19), que deveria ser apenas a assinatura de ordens de serviço para obras no município, se transformou em palco de articulação política que fortaleceu ainda mais a pré-candidatura da senadora Professora Dorinha para o Governo do Estado. O senador Eduardo Gomes (PL) aproveitou o encontro para defender publicamente o nome da senadora 2026.
“Se tem uma pessoa que conhece essa história de cor e salteado e está preparada para resolver o problema é a senadora Professora Dorinha”, declarou Gomes, arrancando aplausos e sendo seguido por uma salva de palmas de prefeitos, deputados, vereadores e moradores presentes. Nos bastidores, aliados já afirmam que a majoritária está praticamente pronta: Dorinha para o Palácio, Gomes e Carlos Gaguim (UB) para o Senado..
Popularidade e trajetória reconhecida

A declaração de Gomes reforçou a imagem de Dorinha como liderança capaz de unir a base municipalista. O senador destacou a necessidade de preparar “um governo popular, um governo municipalista desde a sua origem” e lembrou da trajetória da colega: de secretária da Educação a deputada federal e, depois, a senadora mais votada da história do Tocantins.
Ovacionada no final da solenidade, Dorinha agradeceu o apoio e ainda ressaltou a importância da união da bancada federal para garantir recursos aos municípios. “A emenda não é do deputado ou do senador, é do povo. Às vezes, não vira obra visível, mas vira cirurgia, atendimento, salva vidas. E isso é tão importante quanto inaugurar uma praça ou um auditório”, afirmou.
Obras em Divinópolis ultrapassam R$ 17 milhões
No município, Dorinha assinou ordens de serviço que somam mais de R$ 17 milhões em investimentos. Entre eles estão a construção de uma Escola de Tempo Integral, no Setor Canaã, com 13 salas de aula e aporte de R$ 11,3 milhões; uma Creche Tipo II, no Setor Sol Nascente, com recursos de R$ 3,3 milhões; e a pavimentação de 13 ruas no Setor Fernandinho, orçada em R$ 2,8 milhões.
“Aqui em Divinópolis destinamos quase R$ 33 milhões para equipamentos e diversas ações. Muitas pessoas estão felizes e agradecendo pela nova escola e pela creche, já contando com esse espaço. E nós vamos continuar todo esse trabalho”, destacou a senadora.
Lideranças reforçam apoio
O prefeito Flavão agradeceu os investimentos e afirmou que a escola de tempo integral vai atender gerações. Entre os presentes no evento estavam os deputados estaduais Janad Valcari, Nilton Franco e Jair Farias, além do deputado federal Carlos Gaguim e mais de 20 prefeitos, como Josi Nunes (Gurupi) e Ronivon Maciel (Porto Nacional).
A entrada oficial da família Barreto no arco de alianças do governador interino Laurez Moreira (PSD) é mais do que um gesto político, é um recado claro de que o tabuleiro da sucessão estadual em 2026 começa a ganhar contornos no Bico do Papagaio, região estratégica do Norte do Tocantins
Por Edson Rodrigues
O Diário Oficial desta quarta-feira (17) trouxe a nomeação de Homero Barreto Júnior, ex-prefeito de Itaguatins, presidente estadual do Cidadania e filho do ex-deputado federal Homero Barreto, para o cargo de secretário-executivo da Governadoria. A medida foi lida por lideranças locais como um movimento decisivo para consolidar a presença de Laurez no extremo norte do Estado.
Com trajetória consolidada no municipalismo e na articulação regional, Homero Júnior carrega mais do que um histórico administrativo, de prefeito a dirigente partidário, mas também a herança política do pai. Homero Barreto pai, ex-prefeito de Itaguatins, ex-secretário de Estado, ex-deputado federal e ex-superintendente da Codevasf no Tocantins, volta a ser peça-chave na engrenagem, agora fortalecendo a trincheira de Laurez.
Esse duplo gesto, pai e filho integrados ao time do Palácio Araguaia confere musculatura a um projeto que busca equilibrar forças frente à senadora Professora Dorinha (União), principal adversária, que já reúne apoios expressivos entre prefeitos, deputados e lideranças regionais.

Governador interino, Laurez é candidato ao Palácio Araguaia e tenta transformar sua breve passagem pelo Executivo em plataforma de competitividade. Ao incorporar a experiência e a influência da família Barreto, abre espaço para um diálogo mais direto com os prefeitos e vereadores do Bico, região historicamente decisiva nas urnas.
O jogo da sucessão estadual ainda nem começou oficialmente, mas a movimentação mostra que cada lado já escala o seu time. De um lado, Dorinha fortalece alianças em várias regiões. Do outro, Laurez acena com gestos simbólicos e pragmáticos, como o de hoje de colocar pai e filho do clã Barreto no coração do seu governo.
No Bico do Papagaio, o recado é de que Laurez quer entrar com os dois pés.
Resolução prevê punição por “infidelidade partidária” e ameaça expulsão de quem descumprir prazo
Por Jessica Cardoso
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A Executiva Nacional do União Brasil aprovou, nesta quinta-feira (18), uma resolução que obriga todos os filiados da sigla a pedirem exoneração imediata dos cargos que ocupam no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O prazo estabelecido é de 24 horas a partir da publicação da medida.
Entre os postos em jogo está o Ministério do Turismo, chefiado por Celso Sabino (União-PA), além de cargos em órgãos da administração pública direta e indireta.
Caso os filiados não cumpram a determinação, estarão sujeitos a processo disciplinar e poderão ser punidos por “infidelidade partidária”, incluindo a possibilidade de expulsão, conforme prevê o estatuto do partido.
A medida reforça a orientação já definida no início de setembro pela Federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP), que determinou a saída de cargos federais, mas sem fixar prazo para a execução.
Nos bastidores, Lula vinha demonstrando insatisfação com a postura do União Brasil e do PP, cobrando maior alinhamento em votações no Congresso e em manifestações públicas, inclusive durante a última reunião ministerial.
Com a saída das siglas do governo, o Palácio do Planalto terá de reorganizar a Esplanada e buscar novos aliados para recompor sua base de apoio.
G1 - Valdo Cruz
O governo Lula liberou emendas parlamentares nos últimos dias, reuniu os ministros da 'Frente Ampla' e do Centrão, pediu que deputados governistas pelo menos se ausentassem do plenário da Câmara, mas mesmo assim foi derrotado na votação da urgência do projeto da anistia.
A oposição ganhou, mas foi uma vitória pela metade, porque não deve conseguir aprovar uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e os golpistas do 8 de janeiro de 2023. Nas palavras de um líder governista, quem ganhou mesmo foi o Centrão.
"O governo foi derrotado, a oposição teve uma vitória pela metade, mas quem ganhou mesmo foi o Centrão. Vai garantir uma redução de penas para o ex-presidente Bolsonaro, mas ele ficará inelegível e o caminho ficará livre para o governador Tarcísio de Freitas, o preferido do Centrão", disse reservadamente um assessor presidencial que participou das negociações.
A derrota do governo foi contratada quando o presidente Lula decidiu não autorizar que o PT apoiasse oficialmente a aprovação da PEC da Blindagem.
Era a condição do Centrão para derrotar a urgência da anistia, o que representaria oficialmente o enterro da medida.
Como o PT votou contra, apesar de doze dissidentes, o Centrão decidiu aprovar a urgência do projeto da anistia.
Em um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi escolhido o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator, um nome que irá construir um texto não pela anistia, mas de redução de penas.
Otto Alencar criticou a proposta, mas assegurou que a tramitação seguirá as regras internas do Senado
Por Paulo Sabbadin
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), encaminhou nesta quarta-feira (17) a PEC da Blindagem à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que a proposta “deve ser enterrada” no Senado.
"Como senador da República, tem o meu repúdio essa emenda constitucional e o meu protesto. Acredito que foi uma falta de cerimônia e uma falta de respeito ao eleitor, ao povo brasileiro. Colocaram esse juízo de valor que acho incorreto", declarou Otto.
Apesar das críticas, o senador garantiu que a tramitação seguirá o rito estabelecido pelo Regimento Interno do Senado.
"Ela terá que ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça. Lá, teremos que talvez fazer audiência pública e também designar um relator. E será enviada depois, dentro do Regimento, para o Plenário do Senado", explicou.