Por Edson Rodrigues
O deputado federal pelo Tocantins, Eduardo Gomes (SD) recebeu do senador e candidato a presidência da República, Aécio Neves (PSDB), a missão de trabalhar na coordenação nacional da sua campanha, para a disputa do 2° turno que acontece no dia 26 de outubro em todo o País.
Gomes que, independente de cor partidária, é amigo pessoal do ex-governador de Minas Gerais, atuará como um interlocutor na região Centro Oeste, com as principais lideranças da base dos partidos que apoiam Aécio no segundo turno.
Filiado ao Solidariedade, Eduardo Gomes é visto como um político com ótimas relações interpessoais com a cúpula do PSDB, e na bancada da legenda na Câmara dos Deputados, onde foi o primeiro secretário.
Por telefone, ao O Paralelo 13, Eduardo Gomes explicou que atuará como um ele entre os aliados. Nestes dias buscará reforçar as parcerias já firmadas, com apoio e suporte técnico, bem como fazer novas alianças, buscar novos parceiros que defendem e compartilham das ideias de Neves.
Disse ainda que apesar de geograficamente o Tocantins fazer parte da Região Norte do País, este trabalho também será realizado por ele no Estado, uma vez que esteticamente, estamos na região Central.
“Sou como um soldado obediente, e já estou em ação seguindo as orientações da equipe do senador Aécio Neves, pois acredito na sua proposta de mudança”, frisou o deputado.
Questionado sobre a primeira pesquisa divulgada pelo Correio Braziliense após as eleições do primeiro turno, onde Neves aparece com 54% das intenções de voto, enquanto a presidente Dilma Rousseff está com 46%, Gomes disse que até o dia das eleições um longo trabalho será realizado, no entanto ele acredita que “Aécio vencerá a Presidente com um percentual de 62 a 64% dos votos válidos”.
No Tocantins
O grupo político que apoia Aécio Neves no Tocantins é muito grande. São deputados Estaduais e federais, prefeitos, vereadores, empresários, lideranças da sociedade civil em geral. “A nossa meta para este segundo turno é trabalhar levando ao conhecimento de toda população as propostas do senador que representa a mudança do nosso País”.
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Aécio aparece com 54% dos votos no segundo turno, contra 46% de Dilma
Segundo pesquisa de intenção de votos publicada no dia 08, e divulgada pelo Correio Braziliense, o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, tem 54% da preferência do eleitorado no segundo turno. Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, ficou com 46%.
O possível resultado se as eleições fossem hoje refere apenas aos votos válidos, sem contar os brancos, nulos ou indecisos.
Caso fosse analisar com o número de eleitores indecisos, que somam quase 10%, mesmo assim o tucano sairia vitorioso do pleito com 49% e Dilma Rousseff com 41%. O levantamento foi encomendado ao Instituto Paraná Pesquisas, pela revista Época.
O Instituto entrevistou 2.080 eleitores, entre os dias 6 e 8 de outubro, em 19 Estados e 152 municípios. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com uma margem de erro de 2,2% para mais ou para menos.
Segundo o levantamento, Aécio também lidera na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são fornecidos aos entrevistados. Ele aparece com 45% dos votos, contra 39% de Dilma.
Se a eleição fosse hoje, a votação de Aécio variaria, portanto, de 52% a 56%; e a de Dilma, de 44% a 48% dos votos válidos.
Rejeição
O instituto registrou uma rejeição de 41% para Dilma, contra 32% de Aécio Neves. Outros 16% dos consultados disseram não rejeitar nenhum dos candidatos, e 8% não souberam ou não quiseram responder.
Apenas cinco senadores conseguiram se reeleger – 22 são nomes novos ou retornam ao Senado, como Tasso Jereissati e José Serra
Das 27 vagas em jogo no Senado Federal apenas cinco ficaram nas mãos de senadores com mandato em vigor, conforme previsto pelas pesquisas eleitorais. Os reeleitos são Fernando Collor (AL), Álvaro Dias (PR), Acir Gurgacz (RO), Kátia Abreu (TO) e Maria do Carmo (SE). Tentavam a reeleição e foram derrotados os senadores Pedro Simon (RS), Eduardo Suplicy (SP), Mario Couto Filho (PA), Mozarildo Cavalcanti (RR) e Gim Argello (DF).
Aliados do senador José Sarney (PMDB), o ex-senador Gilvam Borges e o ex-ministro do Turismo Gastão Vieira, ambos do PMDB, também perderam as eleições – no Amapá e no Maranhão, respectivamente. Confira abaixo a lista dos senadores eleitos neste domingo:
Acre: Gladson Camelli (PP)
Alagoas: Fernando Collor (PTB)
Amazonas: Omar Aziz (PSD)
Amapá: Davi Acolumbre (DEM)
Bahia: Otto Alencar (PSD)
Ceará: Tasso Jereissati (PSDB)
Distrito Federal: Reguffe (PDT)
Espírito Santo: Rose de Freitas (PMDB)
Goiás: Ronaldo Caiado (DEM)
Maranhão: Roberto Rocha (PSB)
Mato Grosso: Wellington Fagundes (PR)
Minas Gerais: Antonio Anastasia (PSDB)
Mato Grosso do Sul: Simone Tebet (PMDB)
Pará: Paulo Rocha (PT)
Paraíba: José Maranhão (PMDB)
Paraná: Álvaro Dias (PSDB)
Pernambuco: Fernando Bezerra Coelho (PSB)
Piauí: Elmano Férrer (PTB)
Rio de Janeiro: Romário (PSB)
Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT)
Rio Grande do Sul: Lasier Martins (PDT)
Rondônia: Acir Gurgacz (PDT)
Roraima: Telmário Mota (PDT)
Santa Catarina: Dário Berger (PMDB)
São Paulo: José Serra (PSDB)
Sergipe: Maria do Carmo (PT)
Tocantins: Kátia Abreu (PMDB)
Revista Veja
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, surpreendeu e ficou em segundo lugar na corrida ao Palácio do Planalto com 33,5% dos votos válidos. Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, ficou em primeiro lugar, com 41,5% dos votos válidos, o pior desempenho do PT em 12 anos. Já Marina Silva (PSB), que desidratou na reta final, ficou em terceiro, com 21,3% dos votos.
A virada de Aécio na reta final da eleição tem forte influência no maior colégio eleitoral do País. No Estado de São Paulo, com quase 32 milhões de eleitores (22,4% do total do País), Aécio Neves conquistou mais de dez milhões de votos, cerca de 44,25%.
Considerado fora do jogo depois da morte de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e então candidato do PSB, o tucano ressurgiu das cinzas e garantiu na última hora a lógica da política brasileira desde 1994, com a polarização PT-PSDB.
Já a presidente Dilma teve desempenho próximo ao de Marina Silva em São Paulo. A petista recebeu cerca de 5,9 milhões de votos, ante 5,7 milhões da pessebista.
Em 2010, quando Dilma disputou a Presidência com o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), eleito ontem senador, a petista teve 46,9% dos votos no Estado.
Já em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral e Estado natal dos candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff, a petista levou a melhor - teve cerca de 4,8 milhões de votos, contra 4,4 milhões do tucano.
CRESCIMENTO
No consolidado do País, trata-se do pior desempenho em eleições desde 2002, quando o ex-presidente Lula disputou a Presidência. Naquele ano, Lula teve 45,4% dos votos contra Serra. Quatro anos depois, Lula obteve 48,6% em disputa com Geraldo Alckmin (PSDB).
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, os resultados das eleições vão ao encontro das últimas pesquisas feitas pelo instituto.
"O Aécio é mais forte para enfrentar Dilma no segundo turno. Fizemos um estudo e vimos que a curva de crescimento dele é maior que a de Marina, pois tem menos eleitores que não votariam de jeito nenhum nele. Mas vamos esperar o resultado das urnas", disse Paulino.
O Estado de Minas e Redação
Veja a relação dos eleitos, seus respectivos partidos, quantidade de votos que cada um obteve para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal.
01 - EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS - PTB - 28.841
02 - AMÉLIO CAYRE - SD - 22.562
03 - VILMAR - SD - 21.587
04 - LUANA RIBEIRO - PR - 20.906
05 - OSIRES DAMASO - DEM - 20.823
06 - EDUARDO DO DERTINS - PPS - 17.705
07 - TOINHO ANDRADE - PSD - 17.675
08 - OLYNTHO NETO - PSDB - 17.199
09 - JORGE FREDERICO - SD - 16.682
010 - VALDEREZ PP - 15.756 - 195.295
011 - JOSÉ BONIFÁCIO - PR - 14.866
012 - PAULO MOURÃO - PT - 14.489
013 - AMÁLIA SANTANA - PT - 14.177
014 - VALDEMAR JUNIOR - PSD - 13.607
015 - WANDERLEI BARBOSA - SD - 13.285
016 - RICARDO AYRES - PSB - 13.193
01 - 7 ELI BORGES - PROS - 13.117
018 - NILTON FRANCO - PMDB - 12.817
020 - MAURO CARLESSE - PTB - 12.187
021 - ELENIL DA PENHA - PMDB - 12.043
022 - ROCHA MIRANDA - PMDB - 11.401
023 - CLEITON CARDOSO PSL - 9.020
024 - JUNIOR EVANGELISTA PRTB - 8.269
Deputados Federais
001 DULCE MIRANDA PMDB - 75.934
002 IRAJÁ ABREU PSD 62.859
003 JOSI NUNES PMDB - PMDB 53.452
004 VICENTINHO JUNIOR PSB 51.069
0005 CESAR HALUM PRB - PRB 46.119
006 1515 CARLOS GAGUIM PMDB - 44.739
0007 LÁZARO BOTELHO PP 42.935
0008 PROFESSORA DORINHA DEM 41.802
Eleito pela coligação "A Experiência Faz a Mudança" Miranda foi eleito. Com 51, 30% dos votos válidos, o candidato ultrapassou o governador e candidato a reeleição, Sandoval Cardoso (SD) que recebeu 44,72% dos votos.
O governador Sandoval Cardoso emitiu Nota oficial. Leia:
NOTA OFICIAL - GOVERNADOR SANDOVAL CARDOSO
Nota
Neste 5 de outubro quando o Tocantins completa 26 anos de criação, o governador Sandoval Cardoso (SD) parabeniza a todos os eleitos, em especial aos companheiros da coligação "A mudança que a gente vê", ressaltando que é preciso respeitar o resultado das urnas visando o contínuo fortalecimento do processo democrático.
O governador Sandoval Cardoso também reconhece o empenho e esforço de toda sua equipe de campanha e parabeniza a todos pelo trabalho desenvolvido sempre pautado na verdade, na honestidade e no respeito ao povo do Tocantins.
Sandoval Cardoso reitera seu compromisso de manter o Palácio Araguaia de portas abertas para o povo do Tocantins e também para um processo de transição transparente e que respeite os princípios republicanos.
O eleito
Marcelo Miranda foi eleito a primeira vez em 2002,foi reeleito em 2006, sendo cassado em 2009 por abuso de poder econômico . Em 2010 concorreu a uma vaga no Senado e foi o segundo mais votado, ficando atrás do falecido senador João Ribeiro. A justiça o considerou inelegível devido à sua cassação e quem assumiu a vaga no Senador foi o terceiro colocado Vicentinho Alves.