Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é alvo de um inquérito que investiga se ele integrou o esquema de pagamento de propina investigado pela Lava-Jato
Com Agências
Uma perícia realizada nos sistemas da construtora Odebrecht indica o repasse de R$ 1,4 milhão ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia e ao pai dele, César Maia (DEM-SP). As informações constam em um pedido da Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que o inquérito que corre contra Maia, e o pai, na Corte, seja prorrogado por mais 60 dias.
O relator do caso é o ministro Luiz Edson Fachin. Ele não tem prazo para definir sobre a solicitação de Dodge. De acordo com o documento, apelidos que seriam de Rodrigo e Cesar Maia aparecem na planilha de pagamentos da empreiteira.
Pelo menos três planilhas, repassadas ao Ministério Público por três delatores apontam ordem de pagamento de R$ 2,050 milhões a pai e filho. Mas de acordo com as informações apresentadas, R$ 1,4 milhão foram efetivamente pagos. A suspeita é de que o montante tenha sido repassado de forma fracionada.
Ambos os acusados negam as denúncias de envolvimento no esquema. A defesa de Rodrigo Maia informou que não vai comentar o assunto.