Enquanto falavam o governo é alvo de panelaço durante fala de ministros. Ao lado de Miguel Rosseto, José Eduardo Cardozo diz que conjunto de medidas ficará pronto em breve

Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, foram escalados pelo governo para falar após as manifestações que ocorreram em todo o país. Ambos ressaltaram que os manifestantes têm em comum o desejo de combater a corrupção e anunciaram que o governo enviará ao Congresso Nacional, nos próximos dias, um conjunto de medidas nesse sentido. Os ministros frisaram que o governo está aberto ao diálogo.

“É por isso que o governo, que tem uma clara postura de combate à corrupção, irá anunciar algo que já era uma promessa eleitoral da presidente Dilma Rousseff, que é um conjunto de medidas de combate à corrupção e à impunidade”, explicou Cardozo.

Segundo ele, essas medidas ainda não tinham sido enviadas ao Congresso porque necessitavam de ampla análise técnica e jurídica, inclusive porque algumas delas não podem ser de iniciativa do Poder Executivo. No entanto, Cardozo disse que a formulação delas já está em ponto avançado e, por isso, será possível divulgá-las em breve.

Durante a entrevista dos ministros, transmitida por emissoras de TV, moradores de algumas cidades, como Brasília, São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, voltaram a se manifestar com panelaço e buzinaço. No último domingo (8), enquanto a presidente Dilma Rousseff falava em rede nacional de rádio e televisão, em seu pronunciamento pelo Dia Internacional da Mulher, várias cidades do país registraram protestos desse tipo.

Governo é alvo de panelaço durante fala de ministros

São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba e Belo Horizonte retomam protesto

O governo federal foi alvo de um novo panelaço neste domingo (15) durante a fala dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

No Grande Recife, alguns bairros também registraram o bater de panelas e apagar e acender de luzes em edifícios. Os registros aconteceram, por exemplo, em Boa Viagem, na Zona Sul, e Graças, Aflitos, Parnamirim e Espinheiros, todos estes na Zona Norte da capital, além de Piedade, Jabotão dos Guararapes.

Atitudes semelhantes foram registradas durante pronunciamento da presidente Dilma Rousseff no Dia das Mulheres, no último dia 8.

Posted On Segunda, 16 Março 2015 06:55 Escrito por

Ex-diretor da Petrobras é acusado de usar o cargo na empresa para favorecer contratação de empreiteiras mediante o pagamento de propina. Ele também responderá por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

 O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso na operação Lava Jato, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) acusado de usar o cargo na empresa para favorecer contratações de empreiteiras mediante o pagamento de propina, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Cerveró está preso desde janeiro na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR), e é réu em outras ações derivadas da Lava Jato.

O MPF também denunciou à Justiça Federal no Paraná, na noite de ontem (23), o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontando como operador financeiro do esquema de fraudes na Petrobras e Oscar Algorta, ex-presidente do Conselho de Administração da Jolmey S/A no Uruguai e responsável pela lavagem de recursos que beneficiou Cerveró.

Responsável pelos processos decorrentes das investigações da Lava Jato, caberá o juiz Sérgio Moro decidir se aceita ou não as denúncias.

Para o MPF, Algorta é o “mentor intelectual” da operação de lavagem de capitais que beneficiou Cerveró. Isso porque, de acordo com o registro de imóveis, um apartamento de cobertura no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, foi adquirido pela Jolmey do Brasil pelo valor de R$ 1,5 milhão e reformado por R$ 700 mil.

Atualmente, segundo a denúncia, o imóvel está avaliado em R$ 7,5 milhões e pertencia, desde o início, a Cerveró. O Ministério Pública destaca que  há um forte conjunto probatório indicando que a Jolmey do Brasil era controlada pelo ex-diretor da Petrobras.

“O objetivo de Cerveró e Algorta era simular uma locação do imóvel como forma de ocultar a real propriedade do bem e evitar que Cerveró pudesse ser alvo de investigação por enriquecimento sem causa – e claro, de corrupção”, afirma o MPF na denúncia. O Ministério Público pede a perda do apartamento, bem como os valores das contas correntes da empresa, possivelmente proveniente dos aluguéis recebidos pela utilização do bem. Outro pedido do MPF é o pagamento de reparação dos danos causados pela infração, no valor de R$ 7,5 milhões.

Conforme a denúncia, diligências demonstraram que Fernando Soares era, na época, o operador financeiro ligado à Diretoria Internacional da Petrobras, atuando em favor de Cerveró para intermediar o pagamento de propina e lavar recursos ilícitos adquiridos.

Parte da propina recebida por Cerveró, de acordo com o MPF, foi remetida ao exterior para empresas offshores no Uruguai e na Suíça. “Posteriormente, constatou-se que uma parcela dos recursos retornou ao Brasil por meio da simulação de investimentos diretos na empresa brasileira Jolmey do Brasil Administradora de Bens Ltda, a qual, na realidade, tratava-se de uma filial da offshore uruguaia Jolmey S/A”, diz o MPF.

Agência Brasil

Posted On Terça, 24 Fevereiro 2015 16:57 Escrito por

A Petrobras confirmou a morte de três trabalhadores na explosão do navio-plataforma Cidade de São Mateus, no litoral do Espírito Santo. Segundo a empresa, o acidente ocorreu às 12h50 e havia 74 pessoas embarcadas.

Dez pessoas feridas foram levadas para hospitais em Vitória. Seis trabalhadores estão desaparecidos. Trinta e três pessoas desembarcaram e 31 permanecem a bordo.

A companhia informou que a unidade é operada pela empresa BW Offshore, afretada pela Petrobras, e que opera desde junho de 2009 no pós-sal dos campos de Camarupim e Camarupim Norte.

Em nota, a petroleira disse que o fogo foi controlado rapidamente. As operações foram interrompidas. A plataforma produzia 2,25 milhões de metros cúbicos (m³) de gás por dia e 350m³ diários de óleo.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou, também por meio de nota, que a explosão ocorreu na casa de bombas, mas não houve derramamento de óleo. O fogo foi controlado e a plataforma está estabilizada. A agência formou duas equipes para investigar as causas do acidente. Uma seguiu para o navio-plataforma e outra para a sede da Petrobras.

A concessão de Camarupim é operada pela Petrobras e a de Camarupim Norte é uma parceria entre a Petrobras e a empresa Ouro Preto Energia. A operação da plataforma foi autorizada pela Marinha em 2015. A ANP atualizou a documentação marítima em setembro de 2014.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, despachava com a presidenta Dilma Rousseff quando foi informado do acidente. Ele lamentou a explosão e disse que o governo ainda espera um relatório detalhado do ocorrido. “Quero, em nome do governo, prestar minhas condolências aos familiares das vítimas e pedir a Deus que aqueles que foram feridos tenham restabelecimento”.

Segundo Braga, todas as providências estão sendo tomadas, tanto pela empresa locadora do equipamento quanto pela Petrobras, para socorrer as famílias.

Com informações de Agencia Brasil

 

Posted On Quinta, 12 Fevereiro 2015 06:59 Escrito por

Antes do anuncio de sua saída as ações da estatal estavam em baixa, com o núncio houve uma pequena melhora. Dilma procura substituto. Em reunião, as duas chegaram a um cronograma para saída de toda a diretoria da estatal.

A presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, se reuniram nesta terça-feira (3/1) no Palácio do Planalto e acertaram o cronograma de saída da executiva do comando da estatal. A situação de Foster à frente da empresa foi se deteriorando ao longo dos últimos meses com o desenrolar da Operação Lava-Jato e tornou-se insustentável após a divulgação do balanço da empresa na semana passada. Dilma e Graça acertaram detalhes sobre a saída de toda a diretoria da Petrobras - até o começo de março, toda a cúpula deve ser renovada.

Dilma e a cúpula do governo discordaram da divulgação do documento contábil e, principalmente, os desdobramentos posteriores do anúncio. A primeira versão do documento não trazia as perdas da estatal com as denúncias de corrupção. Posteriormente, foi divulgada uma perda de R$ 88,3 bilhões, o que irritou a presidente.

Dilma avaliou o número exagerado, já que as perdas podem significar depreciação natual de ativos, não necessariamente desgastes provocados pelos desvios de recursos da Petrobras. Desde então, a confiança da presidente em Foster declinou, no mesmo ritmo das ações da Petrobras e Dilma escalou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para sondar nomes no mercado para substituir a cúpula da Petrobras.

Agencia Estado e Redação

Posted On Quarta, 04 Fevereiro 2015 04:24 Escrito por

Cunha prega ‘voto útil contra PT’, Chinaglia conta com apoio de Kassab, Delgado mira nos votos do PSDB e Chico Alencar fala em ‘resgate da representação parlamentar’.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ) disputam no próximo domingo (1º) o voto dos demais 509 colegas, em eleição secreta na Casa.

Apontado como favorito, Cunha precisa convencer, especialmente os governistas, que não será um presidente  com viés oposicionista. Apesar de liderar a bancada do PMDB, principal aliado na coalizão de Dilma Rousseff, o Planalto tem forte resistência ao seu nome por, entre outros motivos, ele ter liderado a rebelião legislativa contra o governo em 2014.

Na ocasião, ministros chegaram a ser convocados em série no Congresso. Entre as razões da insatisfação, a velha reclamação de falta de diálogo com o Planalto e o não atendimento dos pleitos por cargos e verbas. Cunha nega que sua eventual gestão abalará a governabilidade, embora não esconda o ressentimento pela atuação de ministros palacianos a favor de Chinaglia.

Na avaliação de alguns, pesa ainda contra Cunha a bandeira da renovação e da ética, que costuma ser pregada pelos novos deputados. Dos 513 que tomam posse no dia 1º, 198 estreiam no Legislativo.

Citado no esquema de corrupção da Petrobras, Cunha será alvo de um pedido do Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser investigado. Ele nega ligação com o caso. Do lado petista, Chinaglia tenta se descolar do rótulo de palaciano tendo em vista o desgaste que o governo vive na Casa - os mesmos que motivaram a rebelião de 2014.

Deputados costumam repetir que o sentimento anti-PT que esteve presente na eleição se reproduz na corrida pelo comando da Câmara.

Há ainda reclamações de que Dilma atuou para enfraquecer o papel do Congresso e não cumpriu acordos para liberar verbas de emendas de deputados ao Orçamento.

Presidente da Casa em 2007 e 2008, Chinaglia ficou conhecido pelo estilo duro de se relacionar com colegas.

Considerado azarão, mas com densidade maior que a de Alencar, Júlio Delgado tenta minimizar o rótulo de ‘caçador’ de deputado. O apelido faz referência ao fato de ele ter relatado os processos de cassação dos petistas José Dirceu, envolvido no mensalão, e André Vargas (sem partido), por ligação com presos do esquema de corrupção na Petrobras.

Alinhado com a oposição, ele justifica que não tem prazer na tarefa, mas responsabilidade com a Casa. E diz apostar nos novos deputados: “Meu trabalho principal é de convencimento dos novos, que trazem das ruas esse sentimento de mudança”, disse.

 

Empate técnico

Conforme contabilidade extraoficial, que é modificada a cada dia, Cunha contaria com a garantia de votos de cerca de 160 deputados, vinculados ao PMDB, PTB, DEM, PSC, SD e PRB. Por sua vez, Arlindo Chinaglia teria 140 votos prometidos, de parlamentares do PT, PROS, PCdoB, PSD e PDT. E Júlio Delgado teria 100 votos, do PSB, PSDB, PPS e PV. O candidato do PSol, deputado Chico Alencar (PSol-RJ), que apresentou sua candidatura na última semana, conta apenas com os votos do seu partido – cinco.

“A campanha para a presidência da Câmara é diferente de uma eleição. Pesa muito a aproximação pessoal dos deputados com os candidatos durante o período de legislatura”, comentou Chinaglia, no início de janeiro.

“Não vai haver segundo turno. Apesar dos empecilhos causados por aqueles que tentam denegrir a minha candidatura, vou ganhar já neste domingo”, afirmou em tom de segurança Eduardo Cunha, numa referência à gravação que ele disse ter recebido de um representante da Polícia Federal que tramava sua incriminação na operação Lava Jato. Áudio que no dia seguinte peritos disseram aparentar ter sido forjado.

Cunha tem procurado deputados pedindo para que considerem um “voto útil” à sua candidatura contra o PT. Cunha, que nos últimos anos protagonizou vários trancamentos da pauta do Congresso, impôs dificuldades na votação de matérias encaminhadas pelo Palácio do Planalto e várias vezes pregou uma postura independente do governo, agora tenta amenizar o tom de suas declarações.

O peemedebista ressaltou, nos dois últimos almoços dos que participou com parlamentares, que mesmo buscando uma independência não deixará de manter o seu apoio ao Executivo, até porque faz parte do PMDB. “Arlindo Chinaglia foi um presidente da Câmara medíocre, quando governou a Casa (no período entre 2007 e 2008)”, disse.

“Não vejo essa movimentação de ministros para apoiar minha candidatura como ele (Cunha) tanto tem criticado. Eu dizia desde o começo que se fosse me basear em tudo o que estava sendo publicado sobre esta eleição, minha candidatura estaria perdida, mas não achava que seria bem assim”, enfatizou, por sua vez, Arlindo Chinaglia.

“A nossa diferença em relação aos outros é não estar vinculado ao governo. Independência é votar matéria sem vinculação com indicação de ministro e sem perder ministro porque votou de uma forma ou de outra", salientou, com outro programa de trabalho, o candidato Júlio Delgado. “Nossa plataforma é de resgate da representação parlamentar e em defesa de uma pauta progressista”, acrescentou Chico Alencar.

O resultado poderá definir uma nova base aliada para o governo, assim como as fragilidades a serem observadas em várias legendas – tanto da situação como da oposição.

Com informações da FOLHAPRESS

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Posted On Quarta, 28 Janeiro 2015 06:12 Escrito por
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