Gestor informou que a partir de janeiro, a Polícia Militar começa a ganhar reforço com os novos concursados
Por Brener Nunes
O governador em exercício do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, almoçou neste domingo, 14, com empresários e políticos de Araguaína para celebrar os 63 anos de fundação da cidade. Na oportunidade, o gestor anunciou agenda positiva na região, conclusão da obra do Hospital Geral de Araguaína e recrutamento dos aprovados no concurso da Polícia Militar para repor o efetivo em todos os municípios.
Wanderlei Barbosa destacou que a conclusão do Hospital de Araguaína é uma de suas prioridades. “A gente observa as grandes empresas tocantinenses, muitas delas ou a maioria estão localizadas em Araguaína, devido a localização estratégica da cidade. Nós temos uma boa convivência com o Estado inteiro, com Araguaína não é diferente. Nós vamos concluir a obra do hospital. Faremos os pagamentos, buscaremos as condições financeiras e orçamentárias para concluir uma obra como essa. Quero fazer parcerias com o município de Araguaína, com diversos setores para que a gente possa construir caminhos para melhorar cada vez mais e viabilizar uma cidade com porte e condição que tem Araguaína no dia de hoje”, destacou o Governador.
O governador Wanderlei Barbosa afirmou, ainda, que levará infraestrutura aos empresários de outras cidades da região e do Estado. “Faremos uma agenda com a indústria e o comércio para a próxima semana. Levar a infraestrutura necessária para esse setor industrial deste município. E da mesma forma faremos em Colinas e em Guaraí, e em outras cidades do Estado. Levando infraestrutura aos empresários que geram empregos, pagam seus impostos e formam nossa economia”, frisou.
O Chefe do Executivo anunciou que levará infraestrutura aos empresários de outras cidades da região e do Estado
Sobre o concurso da Polícia Militar, o Governador informou que em janeiro fará o recrutamento dos aprovados no certame. “O contingente da Polícia Militar está diminuindo por não termos um concurso há muito tempo. Nós temos um vigente, e chamaremos a partir de 1º de janeiro para o recrutamento e faremos reposição em todas as cidades do Tocantins”, adiantou Wanderlei Barbosa.
Parlamentares e empresários
O deputado estadual Elenil da Penha reforçou o compromisso do governador Wanderlei Barbosa com Araguaína. “O meu sentimento da visita do governador Wanderlei à cidade de Araguaína, é de prestígio a todos nós, e mais do que isso, é o anúncio dele quanto à conclusão das obras do Hospital Geral de Araguaína. E também o encontro com os empresários e sociedade em geral para falarmos sobre o Distrito Agroindustrial e firmar, junto à sociedade araguainense, o seu compromisso de continuar fazendo as ações do Governo acontecer em Araguaína”, destacou.
A deputada estadual Valderez Castelo Branco agradeceu ao Governador pela visita na data em que a cidade celebra 63 anos. “Hoje é o aniversário da nossa querida Araguaína. Aqui é uma cidade onde eu criei uma frase: Viver aqui ficou bem melhor! E almejamos que seja assim para que essa frase continue fazendo sentido. E hoje recebemos aqui o Governador para hipotecar seu apoio e dizer a todos os munícipes, empresários, filhos e amigos, que vai cuidar, ajudar e apoiar Araguaína. Que Deus continue iluminando o governador Wanderlei e nós como araguainenses agradecemos esse apoio”, ressaltou a parlamentar.
Para o empresário de Araguaína, José Ricardo, a visita do Governador no aniversário da cidade é sinal de prestígio. “Estamos recebendo ele para comemorar o aniversário da cidade. Está ficando muito bonita e com certeza ele vai nos proporcionar cada vez mais melhorias na nossa cidade. É muita alegria para quem mora aqui desde a década de 60”, disse.
Já o vereador José Wilson destacou a parceria do Governador que faz questão de visitar cada município tocantinense. “Acredito que a vinda de Wanderlei a Araguaína, no dia do aniversário da cidade onde eu nasci, e que eu amo, é de grande prestígio. Ele sempre é bem-vindo! Temos um Governador que trabalha, que está aí visitando todos os municípios do Tocantins para ver realmente o que cada cidade precisa”, declarou.
Costuma-se chamar de “defunto sem choro”, aquelas pessoas que, quando morrem, têm seus velórios vazios, quase sem presentes para se despedir, numa revelação tardia de que aquele que “passou desta para melhor”, na verdade, não tinha muitos amigos, muitos compadres.
Por Por Edson Rodrigues
Apesar de ter sido mantido em uma espécie de “bolha”, longe das vozes das ruas, Mauro Carlesse, sem sombra de dúvidas, descobriu um veio político que neutralizava seus adversários, principalmente os que mantinham o foco em seus interesses pessoais acima dos interesses coletivos. Então deputado do baixo clero, Carlesse conseguiu a simpatia política de um “grão mestre” do grupo político dos Miranda e, na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, que tinha, de um lado, o sério, leal, correto e companheiro do governador Marcelo Miranda, deputado Osires Damaso.
Deputado Osires Damaso abandonado no altar pelo Palácio Araguaia
Sabiamente, o desconhecido deputado Mauro Carlesse conseguiu dividir o grupo político dos Miranda, conseguindo o apoio decisivo de parte dos componentes, impondo uma derrota ao “mestre dos mestres”, Dr. Brito Miranda, até então coordenador e “primeiro-ministro” do governo de Marcelo Miranda.
Mauro Carlesse em sua posse como governador
Ao chegar à presidência do Poder Legislativo, Mauro Carlesse mostrou saber retribuir o apoio e dividiu o poder com os deputados do baixo clero que o apoiaram massivamente, dando-lhes acesso aos cargos de direção, liberdade para contratar seus companheiros e, durante seu mandato, todos os membros do grupo que o elegeu, sem exceções, foram prestigiados, receberam tudo o que lhes foi prometido em termos de apoio e atenção, e até um pouco mais.
A BOLHA
Tanto que, quando Marcelo Miranda e Cláudia Lelis tiveram que deixar o governo por determinação da Justiça Federal, houve uma eleição indireta para eleger o governador interino, para o mandato tampão.
Com o apoio da maioria dos deputados estaduais, os mesmos que o apoiaram na eleição indireta e com os quais dividiu, igualitariamente, o poder – e mais alguns –, Carlesse não teve dificuldades em vencer os candidatos oposicionistas ao seu governo, para, logo em seguida, agora com o voto popular e uma eleição direta, reeleger-se governador do Tocantins, desta vez para um mandato de quatro anos, tornando-se um fenômeno. Um, até então, desconhecido deputado do baixo clero que, de uma tacada só, vence três eleições seguidas, em um mesmo ano, com o mesmo grupo político e com prestígio entre todos os seus companheiros.
Durante seu último mandato, independente das acusações que ora enfrenta por parte da Justiça Federal, Carlesse se tornou um grande político, assessorado por uma equipe de bons técnicos, como Sandro Henrique Armando, que reorganizou a economia e as finanças do Estado, e governou com o apoio da maioria dos deputados estaduais, inclusive de partidos de oposição, o que permitiu a aprovação das matérias que reequilibraram as finanças estaduais, recolocaram os pagamentos dos servidores, fornecedores e prestadores de serviço em dia, manteve uma boa condução durante o pico da pandemia de Covid-19 e articulou com a bancada federal uma maneira de deixar os caixas governamentais sempre com crédito, a ponto de executar obras de Estado, como os hospitais regionais de Gurupi e de Araguaína, a nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional e recuperação e pavimentação de rodovias em todo o Estado.
Com isso, Carlesse tornou-se um “governador Hllywood”, forte e poderoso, a quem seus adversários temiam e a quem seus companheiros jamais ousavam pensar em trair.
VELÓRIO VAZIO
Pois bem. Esta análise se faz necessária para alertarmos aos governantes que ao chegar ao poder se deixam envolver e seduzir por uma “bolha”, composta por um grupo de assessores que o cercam apenas com “boas notícias” na ponta da língua, com rapapés e tapetes vermelhos. Esses assessores são os chamados e conhecidos baba ovos, papagaios de pirata e amigos do poder, e não gostam que outras pessoas se aproximem ou se tornem íntimos do seu “assessorado”.
Posse de Wanderlei Barsosa como governador interino
Esse alerta vale tanto para quem pleiteia um cargo nas próximas eleições quanto para o governador em exercício, Wanderlei Barbosa.
Envolto nessa “bolha”, o poderoso governante não cria laços com as lideranças políticas mais populares, com os vereadores, com os prefeitos, com as lideranças classistas, sindicais e com o povo em geral, e passa a ser visto como uma espécie de “entidade” inatingível, um semideus.
Deputada Vanda Monteiro PSL
E é, justamente essa bolha, que impede o governante de identificar os negócios espúrios feitos nos gabinetes adjacentes ao seu, a formação de verdadeiras quadrilhas no seio do seu governo, as células contaminadas pela falta de ética, de caráter e de comprometimento de certos servidores, que acabam por contaminar toda a máquina administrativa, enquanto, de dentro da bolha, o governador, que a tudo desconhece, cego pelos salamaleques dos “amigos da onça”, vira uma espécie de robô humano, e é pego de surpresa quando a Justiça age.
Assim como nos relacionamentos matrimoniais, o amor é construído pela convivência, pelo carinho, pelo cuidado, pelo afeto e, quem está “preso” dentro de uma bolha, inatingível, não tem nem como demonstrar nem receber amor de ninguém.
É por isso que, hoje, Mauro Carlesse está afastado do governo há mais de 15 dias e não se viu nenhum ser humano que seja se manifestar achando que isso foi negativo para o Tocantins – e é negativo em diversos aspectos! – desde a Capital até o menor município.
Mauro Carlesse e a prefeita eleita de Gurupi Josi Nunes
Nem Cinthia Ribeiro, nem Josi Nunes, eleita em Gurupi graças ao apoio de Carlesse, assim como a deputada Vanda Monteiro (PSL), ninguém veio a público em solidariedade ao governador afastado. Nenhum deputado estadual nem federal, nem a ex-presidente do PSL, que estendeu tapete vermelho e lhe deu o comando da legenda no Tocantins. Podemos afirmar que Mauro Carlesse está sendo tratado pelos seus companheiros, que governaram o Estado com ele e lhe juravam lealdade, justamente, como um “defunto sem choro”, jogado ás traças, antes mesmo que se prove, juridicamente, a sua “morte”.
Se, por ventura a Justiça decidir pela volta de Mauro Carlesse ao poder, seja por liminar, seja ao fim dos 180 dias – e essa é uma hipótese muito plausível –, muita gente vai chorar a oportunidade perdida de ter demonstrado um resquício que fosse de solidariedade, e serão essas pessoas que irão se transformar em “defuntos sem choro”, mas em um velório coletivo.
APRENDER COM O EXEMPLO
Mesmo Carlesse tendo conseguido organizar as finanças do Tocantins, tocado obras importantes, distribuído cestas básicas e kits de higiene às centenas de milhares, parece que tudo isso teve efeito zero junto à população, inclusive em Porto Nacional, onde está sendo resgatado um sonho antigo do povo, que é a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins e a pavimentação das rodovias que ligam a cidade a Brejinho de Nazaré e Monte do Carmo, e a rejeição à Carlesse chega à casa dos 90%.
Caso consiga retornar ao governo, o que é uma possibilidade mais real que muitos imaginam, Mauro Carlesse precisa aprender com o exemplo, evitar a formação de uma nova “bolha” em que esteve preso por quase cinco anos, longe do povo, dos líderes políticos, empresariais e classistas, entidades representativas, que são os verdadeiros pilares de qualquer governo.
Bons ou ruins, os dois principais líderes políticos deste Brasil sofrido, Jair Messias Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, jamais foram defuntos sem choro, pois, ao invés de bolhas, enquanto governo, os dois se mantiveram junto ao povo e às lideranças partidárias indo, sempre que puderam, ás ruas, fazer um corpo a corpo com o povão.
E é esse povão, uns de verde e amarelo, outros de vermelho, que vai sempre às ruas quando seus líderes são atacados.
Fica o exemplo!
Um dos setores que ajudaram nesse impulso foi o da construção civil. A quantidade de licença para construir expedida nos sete primeiros meses deste ano já quase supera os números de 2020
Com Assessoria do IBGE - Estadão Conteúdo
No ano de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento em 22 das 27 unidades da federação. Os maiores avanços foram registrados no Tocantins (5,2%), Mato Grosso (4,1%), Roraima (3,8%), Santa Catarina (3,8%) e Sergipe (3,6%). Os dados são das Contas Regionais divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na média nacional, o PIB avançou 1,2%. Houve recuo na economia do Espírito Santo (-3,8%), Pará (-2,3%), Piauí (-0,6%) e Mato Grosso do Sul (-0,5%). Em Minas Gerais, o PIB ficou estável.
A atividade econômica cresceu 1,7% em São Paulo. A participação do Estado no PIB do País cresceu de 31,6% em 2018 para 31,8% em 2019.
Na passagem de 2018 para 2019, as regiões Norte (0,2 ponto porcentual.) e Sul (0,1 p.p.) elevaram suas participações na economia brasileira, enquanto Nordeste (-0,1 p.p.) e Sudeste (-0,1 p.p.) tiveram redução. O Centro-Oeste manteve sua participação.
A participação do Sudeste no PIB nacional continua majoritária, mas recuou de 53,1% para 53,0%.
A região Norte foi a que menos cresceu em 2019, 0,5%, mas dois dos seus cinco Estados registraram as maiores taxas de crescimento do PIB. O Centro-Oeste teve uma expansão de 2,1%: dos quatro Estados da região, apenas o Mato Grosso do Sul (-0,5%) teve variação abaixo da média nacional.
O PIB per capita do Distrito Federal se manteve como o mais elevado, aos R$ 90.742,75, cerca de 2,6 vezes maior que o do País, que foi de R$ 35.161,70.
No ranking de maiores PIBs per capita, figuraram apenas Estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Fonte: Estadão Conteúdo
Pacientes que aguardam devem atualizar cadastro para agilizar chamadas
Por Laiany Alves e Vania Machado
Desde que assumiu a gestão, o governador em exercício do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, tem acompanhado de perto a retomada das cirurgias eletivas, cujos procedimentos estavam suspensos desde março de 2019 por causa da pandemia da covid-19. Com a retomada, no início do mês de outubro, os procedimentos seguem a todo vapor nas unidades hospitalares do Estado do Tocantins, tendo sido realizadas quase 300 cirurgias no primeiro mês de retorno. Mas para dar celeridade ao processo e zerar a fila, o governador Wanderlei Barbosa pediu para que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) faça a convocação dos pacientes que aguardam cirurgias eletivas para atualizarem os dados de contato nas Unidades de Referência de seus respectivos municípios.
A atualização é necessária devido à dificuldade que as equipes da Central Estadual de Regulação estão encontrando para localizar os pacientes e assim, realizar os procedimentos de agendamento das cirurgias eletivas nas unidades hospitalares do Estado.
O governador em exercício, Wanderlei Barbosa, destaca que no último dia 3 de novembro, autorizou o repasse de mais R$ 3 milhões para a realização das cirurgias eletivas, e reforça o pedido para que os pacientes não deixem de fazer essa atualização, o que facilitará o andamento na fila.
“Estávamos desde março de 2019 sem poder realizar essas cirurgias e agora com um cenário mais seguro conseguimos fazer essa retomada. E com mais esse recurso recentemente autorizado, mais cirurgias poderão ser feitas fora do horário normal de trabalho da equipe médica. Estamos falando de mais de três mil cirurgias até janeiro de 2022 sendo realizadas nos hospitais estaduais. Ou seja, no que depender do Governo esses procedimentos vão ocorrer, por isso é importante que quem aguarda procure a unidade de saúde e faça essa atualização para quando o pessoal da Secretaria ligar não corra o risco de não encontrar o paciente”, ressalta o Governador.
Contexto
As cirurgias eletivas foram suspensas no Estado em março de 2019, em virtude da pandemia da covid-19 - por orientação do Ministério da Saúde - no intuito de reduzir as altas taxas de contaminação. Após o avanço da vacinação contra a covid-19, houve redução dos casos confirmados, casos graves, internações e óbitos.
Diante dessas circunstâncias, a Gestão Estadual reavaliou e liberou a realização dos procedimentos eletivos a partir de outubro deste ano. A equipe multiprofissional de médicos, enfermeiros e demais técnicos já realizaram 298 procedimentos no primeiro mês de retorno.
O secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva, ressalta que o Estado tem equipe preparada para atender toda a demanda das cirurgias eletivas. “O Governador em exercício, Wanderlei Barbosa, autorizou o repasse de mais esse recurso o que possibilitará a realização de mais cirurgias. Portanto, é preciso que os pacientes se apresentem, pois estamos tendo dificuldades em localizá-los. O pedido então é para que todos que ainda necessitam dos procedimentos cirúrgicos compareçam às unidades de saúde e atualizem seus cadastros, de forma tal que possam ser regulados e atendidos o mais breve possível”, reforça.
A assessora técnica, que responde pela Superintendência de Atenção à Saúde (SPAS), Alyne Nunes Mota, explica que “há casos de pacientes com inserção no sistema há mais de três anos. Paralisamos as cirurgias há quase dois anos e, muitas vezes, estes pacientes mudaram de endereço, de telefone e não os localizamos. Também há casos em que os pacientes já realizaram os procedimentos ou não tem interesse, mas precisamos conversar com eles, seguir e higienizar a fila”, explica.
Cirurgias
O Estado está priorizando a realização de procedimentos com maior demanda, sendo 458 tipos de procedimentos cirúrgicos entre cirurgias gerais, ginecologia, urologia, pediátrica, cabeça e pescoço, cardiologia, otorrinolaringologia, aparelho digestivo, mastologia, bariátrica, neurologia, vascular e ortopedia.
O Brasil se encontra na encruzilhada de uma inflação que já se mostra sem controle, corroendo os salários, massacrando os que ganham até três salários mínimos, com aumento semanal nos combustíveis, sistemáticos de energia, água e transporte coletivos nas cidades de médio a grande porte, com efeitos mais graves nas metrópoles.
Por Edson Rodrigues
As taxas de juros atingiram níveis maiores que os exorbitantes, cestas básicas que já custam mais que três quartos de um salário mínimo em algumas capitais, o Real se desvalorizando diariamente em relação ao dólar, mantendo os preços da carne, do frango e do peixe acessíveis apenas aos mais abastados, transformados em produtos de luxo, restando à base da pirâmide social brasileira apenas as sobras, os ossos, as carcaças – que também passaram a ser cobradas como “produtos”, num oportunismo vil de alguns comerciantes.
Enquanto isso, políticos aprovam um “auxílio combustível” de mais de três mil reais para os magistrados de Santa Catarina que ainda pleiteiam um acréscimo no auxílio alimentação no mês de dezembro, que já ficou conhecido como “auxílio peru”.
Toda essa situação só aumenta o descrédito de parte dos membros dos três poderes, que acabam chafurdando juntos na lama da corrupção e, infelizmente para a população tocantinense, em específico, parece que no Tocantins essa parte dos membros “sujos” dos Poderes, estão fazendo “doutorado”, com raríssimas exceções.
Infelizmente, no Tocantins, são raríssimas as exceções dos que passam pela vida pública e conseguem chegar ao outro lado “limpos”, sem respingos da lama da corrupção, sem suspeitas de malfeitos, seja nas Câmaras Municipais, sejam nas prefeituras, na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal, no Senado ou no governo do Estado.
São casos que começam com suposições, se tornam assuntos do cotidiano, ganham corpo com investigações e acabam se comprovando em condenações. Uma verdadeira patifaria.
POLICIA FEDERAL, A INSTITUIÇÃO DE MAIOR CREDIBILIDADE NO BRASIL
Os homens e mulheres da Polícia Federal tem – e cumprem com louvor – a função e a missão de investigar, levantar provas e apresentar ao Judiciário – Ministério Público Federal - para a análise e comprovação de fatos ilícitos praticados, também, por agentes públicos. A partir daí vêm as denúncias embasadas no inquérito feito pela PF.
Este trâmite leva tempo, anos, às vezes e, nesse tempo, vem causando estragos às pessoas investigadas, ao ambiente político e à sociedade. Mas, infelizmente, mesmo com provas, com inquéritos perfeitos e com tudo o que a Justiça precisa para condenar e punir os culpados, todos nós, inclusive a Polícia Federal, acabamos sendo feito de “palhaços”, desconsiderados e desrespeitados.
O RETROVISOR COMO “PROVA”
O ex-presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado por ter permitido a formação de uma verdadeira quadrilha criminosa no âmago do seu governo que perpetrou atos –comprovados pela PF –que não vamos mais perder tempo em citá-los. Lula foi condenado em primeira, segunda e terceira instâncias, tendo suas penas confirmadas – e até aumentadas, em alguns casos – pelo Pleno do Supremo Tribunal de Justiça, tendo sua prisão decretada.
No Tocantins, o ex-governador Marcelo Miranda teve seu mandato cassado – também como senador – e amargou 139 dias de prisão.
Em Goiás, o ex-governador Marconi Perillo também sofreu as mesmas punições, depois de ter seu nome estraçalhado pela mídia durante as investigações.
Mas, contudo, todavia, entretanto, porém, essa mesma Justiça que condenou os citados acima, está, de forma sistemática, simplesmente anulando suas decisões, tomadas após meses de análise dos processos e das provas.
No caso de Marcelo Miranda, quem condenou disse não ter elementos probatórios de crimes cometidos pelo ex-governador que, inclusive, nos últimos 74 dias, vem conseguindo vitória em cima de vitória em pedidos de anulações e arquivamentos de processos contra si.
Recentemente, Marconi Perillo teve seus direitos políticos restaurados pela mesma corte que o condenou.
Já o caso de Lula é emblemático: atacado pelo presidente da república Jair Bolsonaro, com declarações fortes que reverberaram em atos populares contra a Suprema Corte, o STF se agarrou na única possibilidade de evitar a reeleição de Bolsonaro, e resolveu anular as próprias condenações contra Lula, tornando o petista elegível, numa tentativa de colocar no páreo eleitoral alguém que possa enfrentar Bolsonaro.
Ou seja, tanto Marcelo Miranda quanto Perillo quanto Lula estão totalmente elegíveis para as eleições de outubro de 2022.
NOSSAS FUNDA MENTAÇÕES
Quem somos nós para julgar culpados ou inocentes Luiz Inácio Lula da Silva, Marcelo Miranda ou Marconi Perillo? E Mauri Carlesse?
O quê passa pela cabeça do povo brasileiro, do povo goiano, do povo tocantinense em relação a acreditar ou não na nossa Suprema Corte?
O que a Justiça Brasileira está fazendo ao anular condenações – de forma proposital ou não – é se revelar passível de erros e enganos. Como querer ter credibilidade junto ao povo, agindo dessa forma. Se fossem médicos e tivesse decidido por cirurgias em seus pacientes e os tivessem matado, teriam que lhes devolver a vida, agora?
Essa mesma Justiça já tomou depoimentos, revistou casas, escritório e gabinetes do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, expondo-o à desconfiança e à incredulidade popular para, depois, apenas “esquecer o assunto”.
Depois de tanto mexer com o cotidiano tocantinense, o que podemos notar é que o povo está dividido. Por um lado está começando a gostar da forma política implantada pelo governador em exercício, Wanderlei Barbosa, que prestigia as lideranças políticas, o poder Legislativo, as instituições e os demais poderes, de forma afável e harmoniosa.
Por outro lado, há os que torcem ferozmente pela volta de Mauro Carlesse ao poder, preferindo mais sua maneira austera e “calada” de fazer política.
Mas, há outro lado que já não prefere mais nenhum dos lados apresentados, está com nojo da classe política do Tocantins, com antipatia pela maioria dos detentores de mandatos, pois o único ponto de vista que têm para observar é o do desemprego, da fome, da extrema pobreza e da necessidade constante.
Enquanto isso, a parte mais podre dos políticos tocantinenses continua se reunindo, articulando, negociando e barganhando, como se nada do que foi exposto acima estivesse acontecendo, principalmente a parte concernente às necessidades do povo, só de olho em cargos e em poder, a partir de 2022, ou na manutenção dos que já possuem.
Diante do exposto, a única coisa que o Observatório Político de O Paralelo 13 pode ressaltar é que só o eleitor tem a autoridade de mudar essa representatividade que aí está, a partir das eleições de 2022. A urna será o tribunal que julgará os ruins, os péssimos, os corruptos, os bajuladores e os que merecem uma chance de permanecer ou de entrar para a vida pública.
Cada povo tem os políticos que merece. Não é justo culpar apenas a Justiça pelos candidatos que se apresentam, pois todos são conhecidos.
No fim, não é a Justiça quem julga, de verdade. É o eleitor!