“Liderança é uma combinação de estratégia e caráter. Se você precisa ficar sem um, que seja sem a estratégia”

 

H. NORMAN SCHWARZKOP

 

Por Edson Rodrigues

 

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro tomou posse para o seu primeiro mandato na última sexta-feira.  Não, não estamos errados. Em sua administração passada, ela recebeu a prefeitura de Carlos Amastha.  Durante esse período, Cinthia mostrou com atitudes e ações que poderia, sim, ser, ela própria, eleita prefeita da Capital do Tocantins por suas qualidades pessoais de administradora.  Logo, este é o primeiro mandato que Cinthia pode chamar de “seu”, conquistado pelo grupo de forças políticas que ela conseguiu atrair para o seu lado e por uma gestão composta por muitas obras, sem nenhum escândalo de corrupção nem operações da Polícia Federal em seu encalço. Sem sombra de dúvidas, coisa rara em território tocantinense.

 

Em seu primeiro pronunciamento como prefeita legitimamente eleita e empossada, Cinthia deixou claro que, a partir de agora, fará um mandato de integração com os demais municípios, buscando, ao mesmo tempo, um relacionamento institucional com os demais poderes, parcerias com o governo estadual e apoio dos congressistas, deputados estaduais, dos empresários e com a comunidade.

 

Cinthia fez questão de deixar cristalina sua gratidão para com o senador Eduardo Gomes, a quem chamou de amigo, irmão e parceiro que, segundo ela, foi importantíssimo na captação de recursos do Orçamento Federal para auxiliar a Capital no combate à pandemia de Covid-19, além de criar um ambiente político favorável, envolvendo diversas lideranças e segmentos, no Tocantins e em Brasília, que viabilizou sua reeleição.

 

As palavras de Cinthia deixaram claro que ela caminhará sempre com o grupo político do senador Eduardo Gomes.

 

BASE INTERNA

Cinthia Ribeiro também contou com um apoio interno em seu governo que foi crucial para o seu sucesso na corrida eleitoral, representado pelas figuras do seu secretário de Finanças, Rogério Ramos e do seu secretário de Governo, Carlos Braga, que foram os coordenadores políticos da caminhada vitoriosa, agindo habilmente nas articulações e na formação das coligações.

 

A prefeita Cintia Riberio e o Secretário Carlos Braga

 

Ramos e Braga foram os fiéis escudeiros de Cinthia, ajudando na construção de linhas de diálogo com o Legislativo da Capital e na manutenção dos compromissos financeiros da administração municipal, com lealdade e obstinação, transformando-se em verdadeiras máquinas de solucionar problemas, tudo de forma transparente, ética e republicana, de forma a não causar nenhum prejuízo nem aos cofres públicos nem às pretensões políticas de Cinthia.

 

ELEIÇÃO DA CÂMARA

Já no Legislativo Municipal, formado, em sua maioria, por oposicionistas à prefeita reeleita, Cinthia Ribeiro, a opção foi pela eleição da professora Janad Valcari, vereadora eleita em primeiro mandato, para dar um ar de “independência” à Casa de Leis do município.

 

A eleição de Janad teve o apoio do vice-governador, Wanderlei Barbosa, cujo irmão, Marilon Barbosa, foi o vereador mais votado, mas que abriu mão de se candidatar à presidência pelas articulações em nome de Janad, numa tentativa de atrair novas forças políticas para o grupo oposicionista.

A prefeita com o secretário Rogerio Ramos 

 

Em seu discurso de posse, Janad Valcari deixou claro que não será uma “presidente de oposição, mas de um parlamento independente”, que deve apoiar as boas ações do município, defendendo sempre os interesses da população, como é o papel de um parlamento consciente”.

 

DNA PALACIANO

A eleição da professora Janad Valcari pode ser considerada como o primeiro sinal do DNA do Palácio Araguaia na Câmara Municipal de Palmas, uma vez que o candidato apoiado pelo grupo da prefeita Cinthia Ribeiro, Rogerinho, contava como “certos” nove votos, o que criaria uma situação de, praticamente, empate técnico.  Mas, as urnas revelaram apenas sete votos para o candidato do Paço Municipal e 12 para Janad, mostrando que, pelo menos dois “aliados” de Cinthia “roeram a corda”, ou seja, houve traição, uma das situações mais comuns na política, principalmente em início de governo, e parte integrante do jogo democrático.

 

POLITICAMENTE FALANDO

A presença do DNA do Palácio Araguaia na eleição da Câmara Municipal de Palmas foi mais que um recado, foi um “cartão de visitas” para as eleições de 2022, demonstrando o poderio do vice-governador, Wanderlei Barbosa, candidato de Mauro Carlesse ao governo do Estado.

 

Wanderlei impôs uma derrota a Rogerinho, do MDB, dentro da base política de Cinthia Ribeiro, apoiada publicamente por Eduardo Gomes.

 

A única leitura que se pode fazer desse movimento do Palácio Araguaia é a demonstração de que o grupo político palaciano já está formado e atuante, visando 2022, com o respaldo majoritário no parlamento estadual e de vários prefeitos de diversos partidos.

Com o senador Eduardo Gomes

 

Mas, uma coisa que deve ser levada em conta e que é crucial nessa movimentação, é que Janad Vacari é filiada ao Podemos, partido presidido no Tocantins pelo ex-prefeito de Araguaína e amigo fiel do senador Eduardo Gomes, Ronaldo Dimas, candidatíssimo ao governo do Estado em 2022, e os mandatos de vereador, deputado estadual e deputado estadual pertencem aos partidos e, para ser candidata a algum cargo nas eleições de 2022, Janad precisará ter seu nome aprovado em convenção partidária e, até lá, “muita água passará por baixo da ponte”...

 

CINTHIA GOVERNARÁ COM OS COMPANHEIROS

Para os vereadores da sua base de apoio que a traíram na eleição da mesa-diretora da Câmara Municipal, o principal recado da prefeita Cinthia Ribeiro é que ela irá governar junto com seus companheiros, os sete que mantiveram suas palavras.  Trocando em miúdos, serão seus verdadeiros apoiadores que poderão dividir os louros da sua administração, que terão mais acesso aos recursos da lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento de 2021, já votados, aprovados e publicados, além de poder participar das inaugurações, de levar para seus eleitores as demandas resolvidas e seus projetos com o “ok” do Executivo para serem realizados.

 

Assim é a democracia!

 

Posted On Segunda, 04 Janeiro 2021 05:51 Escrito por

“Confiança gera confiança. Serviços trazem satisfação. Cooperação demonstra a qualidade da liderança”

 

JAMES CASH PENN

 

 

Por Edson Rodrigues

 

O prefeito reeleito de Ipueiras, Caio Augusto, o único a conseguir o feito desde a emancipação política do município, fez questão de afirmar, durante a cerimônia de posse que “o palanque está desmontado”, numa referência às diferenças políticas com aqueles que foram seus adversários durante a campanha, se mostrando disposto a realizar um governo de convivência harmônica e respeitosa com o Legislativo Municipal.

 

Parentes amigos e a população comparecerão a posse dos eleitos

 

Caio agradeceu à população por sua reeleição e à sua família, pelo apoio incondicional que recebeu de todos durante a campanha que o reconduziu ao Executivo municipal.

 

SOLENIDADE

A solenidade de posse ocorreu de forma conjunta com o vice-prefeito, Zé Filho e os nove vereadores eleitos e reeleitos e que vão conduzir a vida política da cidade nos próximos quatro anos, além de amigos, parentes e correligionários de todos, sempre cumprindo as orientações de distanciamento social e uso de máscaras, de acordo com as autoridades de Saúde, por conta da pandemia de Covid-19. O evento ocorreu na quadra de esportes coberta da escola estadual Felix Camôa.

 

Prefeito Caio com os pais Israel Siqueira e Eliete Siqueira e a irmã

 

Caio foi prestigiado com as presenças de seu pai, empresário rural Israel Siqueira, sua mãe, Dona Eliete e sua irmã, Licia Siqueira de Abreu Ribeiro e da sua esposa, a primeira-dama Jaqueline Mathias, além do seu coordenador de campanha, professor Revson Tolentino e da presidente do MDB municipal, Kátia, que teve um papel destacado na trajetória vitoriosa rumo à reeleição. Lívia Angélica Siqueira de Abreu Ribeiro, a outra irmã de Caio Augusto, não pôde comparecer à posse porque está em viagem fora do Tocantins.

 

 

 

POLITICAMENTE FALANDO

Caio Augusto o vice perfeito Zé Filho o coordenador da campanha vitoriosa professor Revson Tolentino e o empresário Israel Siqueira

 

Este mandato que se iniciou com a posse de Caio Augusto em sua segunda gestão consecutiva e a terceira vez que assume a prefeitura de Ipueiras, deve ser marcado por uma forma dinâmica de gestão, com o município livre de todas as barreiras legais que o impediam de contrair empréstimos e celebrar convênios com a União, após longo trabalho de recuperação financeira e pagamento de dívidas realizado pelo próprio Caio Augusto em sua última gestão.

 

Agora é a hora de concentrar esforços em marcar presença em Brasília, de posse de todas as certidões de “nada consta”, e visitar os congressistas, ministérios e todos os agentes públicos com possibilidades de fazer Ipueiras figurar nos recursos e convênios, que possam resultar no asfaltamento do Distrito de São Francisco, das ruas e avenidas da cidade e outras benfeitorias na área da infraestrutura, como patrulhas agrícolas para beneficiar os pequenos produtores rurais.

 

MÃO AMIGA

Durante sua visita ao município de Ipueiras no andamento da campanha de Caio Augusto pela reeleição, o senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional fez questão de ressaltar em seu discurso aos candidatos a vereador e às lideranças políticas presentes, sua amizade de décadas com Israel Siqueira e toda a família de caio Augusto, agradecendo o emprenho de todos em sua campanha e os votos recebidos na cidade, que o ajudaram a ser o senador mais bem votado do Tocantins.

 

Esposas dos eleitos juntamente com a primeira dama Jacqueline Mathias

 

Eduardo reforçou seus laços de gratidão com o município e reforçou que precisava apenas da reeleição de Caio Augusto para poder fazer muito por Ipueiras.

 

O compromisso assumido pelo povo foi cumprido e, agora, Eduardo Gomes já se disponibilizou para ser a “mão amiga” das incursões de Caio Augusto em Brasília, apontando os caminhos e abrindo as portas mais importantes para que sua nova administração seja um marco no desenvolvimento de Ipueiras.

 

 

Posted On Segunda, 04 Janeiro 2021 05:11 Escrito por

EDITORIAL

 

“No mundo, a tirania e a injustiça começaram por uma coisa infinitamente pequena” 

SAADI

 

 

Em pleno dia 31 de dezembro, data que marcou o fim de um ano de muita tristeza e muito sofrimento para a população, que teve as festas natalinas mais doloridas pela ausência de entes queridos levados pela Covid-19 e que o medo tomou conta dos festejos de fim de ano realizado nos lares de forma tímida. Data em que o palmense e o tocantinense reservaram para extravasar toda essa tristeza e colocar sua esperança em dias melhores, o governo do Estado decide colocar as polícias Civil e Militar nas ruas, em blitzen, para apreender veículos com IPVA atrasado ou em qualquer tipo de situação irregular, o que gera multas aos seus proprietários.

 

A ação é perfeitamente legal e necessária, a data é que foi muito mal escolhida.  Imagine um pai de família que passou o ano desempregado, um profissional formado que perdeu seu emprego e passou a trabalhar como motorista de aplicativo, uma família que perdeu um ou mais membros para a Covid-19, terminando o ano com o veículo apreendido...

 

Alguns relatos apontaram que até os policiais estavam envergonhados, tímidos, na ação, mas precisavam cumprir as ordens recebidas.

 

Na verdade, faltou sensibilidade, tato e senso de humanidade ao governo do Estado.

 

REFLEXÃO

 

Que o senhor governador Mauro Carlesse faça uma reflexão profunda sobre o ato que autorizou, que certamente foi ideia de algum dos seus auxiliares, e que esta constatação do quão inoportunas foram essas blitzen, sirvam para que perceba o quão imediata é a necessidade de uma reformulação no seu quadro de auxiliares, do terceiro ao primeiro escalão, e que ele busque por pessoas competentes, capazes e que, além disso, tragam consigo um pouco de sentimento de humanidade, e que isso norteie suas decisões e seus atos.

 

O governo está com dinheiro em caixa, com as contas equilibradas e não precisa, em hipótese alguma, do dinheiro gerado por essas multas do dia 31 de dezembro.

 

“Covardia grande, não se faz isso num momento de congraçamento da humanidade nascimento de Cristo!!!! Governo não é para isso”, comentou uma autoridade do alto escalão do Poder Judiciário.

 

Queremos crer que a ideia das blitzen não partiu do governador Mauro Carlesse.  Esse é o tipo de atitude que a população não perdoa e que a mágoa fica para sempre.  Após tantas conquistas positivas em sua gestão, uma decisão desumana como essa faz o povo esquecer tudo de bom que já elogiou ou recebeu.

 

Mexer no bolso de família combalidas sentimental e economicamente, definitivamente, não é a melhor coisa que um governo deve, sequer, pensar em fazer.

 

AS “VÍTIMAS”

 

Uma cidade que tem 13.500 beneficiários do Bolsa Família, que mantém uma média de quase 2 mil demissões por mês, não merecia terminar o ano com seus cidadãos achacados por punições que podem ter sido causadas exatamente pela parte da máquina administrativa que vem falhando – ou apenas demorando para acertar – durante a pandemia, que é a área econômica.

 

Justamente um governo que teve que tomar medidas drásticas como a demissão de servidores contratados para se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal deveria ser mais maleável – e mais humano – na hora de promover ações que podem piorar a situação financeira de quem perdeu seu emprego, ou tirar-lhes, às vezes, o único bem de valor que, na maioria das vezes levaram anos pagando assiduamente as prestações.

 

Apreender carros e motocicletas por impostos devidos ao governo que estão em atraso, é enfatizar a face mais nefasta do relacionamento entre o Poder Público e a população, pois o próprio nome já diz: “imposto”.

 

 

“AGRAVANTES”

 

E as blitzen ainda trazem outros “agravantes”, se é que se pode chamar assim, que são as empresas terceirizadas, concessionárias do governo do Estado, responsáveis por guinchar e “guardar” os veículos apreendidos.

 

Primeiro, que esse guincho é cobrado por fora, não está incluso na multa.  Segundo que os locais onde esses veículos são “guardados”, não passam de terrenos baldios aonde os mesmos são amontoados e ficam expostos ao sol e à chuva, tendo seus valores depreciados a cada dia que passam nessas condições e, o pior, os proprietários são obrigados a pagar diárias pelo tempo que os veículos ficam nesse depósito.

 

Pior, ainda, que as apreensões foram feitas na quinta-feira, hoje é feriado e o depósito não abre aos fins de semana para atendimento ao público, assim como os locais que recebem as multas para regularizar a situação dos veículos.

 

Ou seja, nada foi por acaso....

 

Posted On Sábado, 02 Janeiro 2021 05:56 Escrito por

Eventos que causem aglomeração continuam proibidos

 

Por Vania Machado

 

O Governo do Tocantins decidiu manter, até o dia 31 de janeiro de 2021, a suspensão das atividades educacionais presenciais (exceto a última etapa da Educação Básica e a Educação Superior), a jornada de 6 horas para os servidores públicos estaduais, assim como a proibição de eventos que causem aglomeração. As medidas que valem para todo o território tocantinense, constam no Decreto nº 6.203 que será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), edição desta quarta-feira, 30 de dezembro.

 

Para o governador do Tocantins, Mauro Carlesse, a prorrogação se faz necessária enquanto houver risco de propagação do vírus e a população não estiver imunizada. “O Ministério da Saúde assegurou que o Tocantins receberá as vacinas, estamos no aguardo e esperamos que seja rápido. Todos os governadores estão preocupados com a definição de uma data para começar a vacinar a população. Aqui no Tocantins, nós já estamos preparando os insumos necessários para aplicação da vacina e os nossos servidores junto com as prefeituras estão se preparando também para que, na hora que chegar, todos estejam em condições de atender a nossa população”, explicou.

 

Atividades educacionais

Conforme o Decreto, a suspensão das aulas se aplica tanto aos estabelecimentos de ensino públicos quanto privados. O Decreto faculta às instituições que têm alunos cursando a última etapa da Educação Básica ou o Ensino Superior que as aulas sejam ministradas tanto na modalidade presencial quanto remota. Sendo que para as aulas presenciais, os estabelecimentos de ensino devem cumprir todos os protocolos de segurança em saúde elaborados pelo Governo do Tocantins (Portaria Conjunta n° 2/2020, publicada no DOE de 27 de outubro).

 

Jornada de trabalho

Quanto à jornada de trabalho dos servidores públicos estaduais, o Decreto mantém a redução, de 8 para 6 horas, nas unidades da Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo Estadual. A jornada pode ser fixada, das 8 às 14 horas, ou no horário alternativo, das 14 às 20 horas.

 

O mesmo não se aplica às unidades do É Pra Já, uma vez que os servidores já cumprem a jornada laboral em turnos, de segunda a sexta-feira, das 7 às 13 horas, e das 13 às 19 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas.

 

O trabalho de forma remota segue assegurado aos idosos, com idade igual ou superior a 60 anos; gestantes e lactantes, considerando-se para estas o lactente de até um ano de vida; aqueles que mantenham sob sua guarda criança com idade inferior a seis meses de vida; e aos portadores de doenças respiratórias crônicas, cardiopatias, diabetes, hipertensão ou outras afecções que deprimam o sistema imunológico.

 

Eventos

O Decreto prorroga ainda, por tempo indeterminado, a vedação de realização de eventos e de reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado, incluídas excursões, em que ocorra a aglomeração de pessoas, excetuando-se os casos expressamente autorizados por ato do Chefe do Poder Executivo Municipal, respeitados os respectivos planos de contingência e as regras para enfrentamento do novo Coronavírus.

 

Posted On Quinta, 31 Dezembro 2020 07:11 Escrito por

“Uma eleição é uma aposta no futuro, não uma pesquisa de popularidade em relação ao passado”

 

JAMES RESTON

 

Por Edson Rodrigues

 

No ano de 2022 o Brasil se prepara para eleger o presidente da República enquanto os estados elegerão seus governadores e respectivos vices.  No Tocantins, serão oito vagas para deputado federal, 24 para deputado estadual e uma vaga para senador e seus dois suplentes.

 

Faltam exatos um ano e nove meses para as eleições majoritárias que, assim como as municipais deste ano de 2020, não terão as coligações proporcionais. Será o maior exercício de cidadania e a maior manifestação democrática da história do País, com o maior número de candidatos e eleitores.

 

Quem comandará essa “festa” será exatamente o eleitor, que terá o poder de eleger seus escolhidos ao digitar nas teclas das urnas eletrônicas os nomes daqueles que achar mais capazes de conduzir os destinos da nação. Ali, na cabine de votação, não haverá eleitor preto, branco, pardo, pobre, rico, doutor ou semianalfabeto.  O voto de todos tem a mesma validade, o mesmo peso, a mesma importância.

Para quem acha que a eleição majoritária está longe, é melhor prestar atenção ao seu redor, pois as articulações, negociações, movimentações, acordos e, até, as negociatas, já estão a todo vapor.  As eleições municipais do último dia 15 de novembros deram o pontapé inicial nessa disputa pelos cargos políticos mais altos do Executivo e do Legislativo nacionais.

 

Embora os eleitores tenham dado um recado claro à classe política, promovendo uma grande renovação nos municípios, nenhum cidadão apto a votar e a ser votado deve ser ignorado ou menosprezado, até aqueles que saíram das eleições municipais menores que entraram, pois a política não é uma ciência exata e um ano e noves meses são mais que suficientes para que as “raposas” feridas se recuperem ou para que as “águias” eleitas caiam em desgraça.

 

Ninguém está derrotado e ninguém está eleito!

 

GOVERNADOR MAURO CARLESSE

Apesar de ser um dos políticos que saíram menores que entraram das eleições municipais de 15 de novembro último, o governador Mauro Carlesse, caso decida, realmente, disputar a única vaga para o senado em 2022, precisa, já no início de 2021 definir o partido pelo qual disputará o pleito, para registrar sua candidatura e formar seu grupo político, que encampe com ele o slogan “governo municipalista” e parta em busca dos recursos de mais de um bilhão de reais dos empréstimos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil para, junto com a privatização de trechos das rodovias tocantinenses, conseguir trazer o maior número de prefeitos e deputados federais e estaduais possível para a sua base aliada.

Carlesse, por enquanto, ainda não tem nada disso, mas, como afirmamos antes, um ano e nove meses é tempo mais que suficiente para não apenas construir um bom grupo político, mas para fazer isso com a máquina do Estado nas mãos e vários prefeitos necessitando de ajuda.

 

OPOSIÇÃO

A oposição ao governo de Mauro Carlesse já sentiu o peso dos dedos dos eleitores nas eleições municipais de 15 de novembro, com resultados pífios e bastante eloquentes em relação ao que o povo não quer.

 

Muitos entraram no cortejo fúnebre do sepultamento político coletivo que O Paralelo 13 previu em suas análises, comprometendo seriamente suas pretensões para as eleições estaduais de 2022.

 

Muitos foram flagrados focados apenas no Fundo Partidário, atitude que implodiu não apenas os seus futuros, mas o de seus partidos e afiliados, enfrentando, ainda, o risco de perder o comando das legendas pela simples questão de terem fracassado nas eleições, mesmo com os milhões que jorraram de Brasília.

A única saída para essa oposição, que facilitou as coisas para os candidatos situacionistas pulverizando os votos, é fazer exatamente o contrário em 2022, unindo-se de forma coesa e real, a ponto de estabelecer um grupo forte e de bons nomes.  Caso incorram no mesmo erro, 90% deles não conseguirão o quociente eleitoral para a eleição ou reeleição para a Câmara Federal ou para a Assembleia Legislativa.

 

A saída será, literalmente, juntar os cacos das eleições municipais e reconstruir suas bases eleitorais nas províncias, na base da humildade e da simplicidade, tentar reunir forças em torno dos bons nomes à disposição da oposição, que, apesar da derrota tem muita gente competente e preparada para exercer bons mandatos, com bandeiras bem definidas e propostas reais e palpáveis.

 

Os eleitores já mostraram que não querem saber de denuncismo e, sim, de saídas para as situações desagradáveis criadas ou agravadas pela pandemia, como o desemprego, uma saúde Pública mais capacitada e aparelhada, pronta para o combate.

 

O nome da oposição pode ser o de Irajá ou Kátia Abreu, Laurez Moreira, ou talvez um nome vindo da classe empresarial.  O que importa é que a oposição também tem um ano e nove meses para encontrar esse nome que possa reunir todos em uma só caminhada.

 

EDUARDO GOMES

Líder do governo Jair Bolsonaro, segundo secretário da mesa-Diretora do Senado e relator setorial do orçamento do ministério do Desenvolvimento, o senador Eduardo Gomes tem seu nome em plena ascensão na política nacional por conta da sua extrema capacidade de articular e aglutinar pessoas e ideias.

 

Mas, antes disso, foi o senador tocantinenses que participou de dezenas de campanhas de políticos tocantinenses que foram candidatos a prefeito ou a vereador nos 139 municípios do Estado, gravando vídeos e mensagens de áudio ou participando pessoalmente de eventos de campanha, sem olhar para cor partidária, apenas para o coração, para a gratidão, pois eles o ajudaram em sua campanha para senador, e acabou saindo com um saldo de 87 aliados eleitos prefeitos e algumas dezenas de vereadores.

Senador Eduardo Gomes e a Prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro 

 

A eleição da Mesa-Diretora do Senado para 2021 será uma data importantíssima para o futuro de Eduardo Gomes, pois o Senado será obrigado a mudar sua presidência e, mesmo sem pronunciar uma palavra nesse sentido, a grande mídia vem colocando o senador tocantinense como um dos favoritos para assumir a presidência da principal Casa de Leis do Brasil.

 

Eduardo Gomes já demonstrou que seu foco total, no momento, está em empenhar recursos no Orçamento da União para garantir aos 139 prefeitos tocantinenses condições de fazer uma gestão mais tranquila.

 

A revista veja desta semana trouxe uma matéria sobre uma reunião do presidente do Senado, Davi Alcolumbre e o presidente da República, Jair Bolsonaro, que afirma que o nome de Eduardo Gomes é bem visto pelos dois, sem restrições e sem vetos.

 

Mas, conhecedor dos meandros da boa política, Eduardo Gomes deve esperar até a eleição da Mesa-Diretora do Senado para dar sinais sobre as eleições estaduais de 2022 e como irá orientar seus 87 prefeitos aliados eleitos, dentre eles os de Araguaína, Gurupi e Palmas e de outros colégios eleitorais importantes, além dos vereadores.

 

Não podemos esquecer que muitos dos prefeitos e vereadores eleitos irão mudar de partido, o que pode modificar totalmente o equilíbrio de forças e trazer algumas surpresas para 2021.

 

Vamos dar tempo ao tempo e aguardar a acomodação das forças políticas.

 

Posted On Quarta, 30 Dezembro 2020 07:31 Escrito por
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