Aumento de custos, perda de receita publicitária e impacto da pandemia obrigam a emissora a dispensar veteranos do jornalismo e das novelas
Por Jeff Benício
A era de ouro da TV Globo passou. No auge, teve quase 2 mil artistas com contrato fixo. Alguns atores do primeiro time ficavam até 2 anos sem fazer novela e, mesmo assim, recebiam alto salário todo mês. Repórteres das antigas eram bem pagos para gravar matérias apenas 1 ou 2 dias na semana. Não havia economia nas produções: gastava-se o que fosse necessário para fazer reportagens e teledramaturgia, a fim de garantir o caro ‘padrão Globo de qualidade’.
Esse tempo glorioso acabou. A realidade de um País com economia periclitante se impôs. Apelidada Vênus Platinada, a emissora carioca agora está um pouco fosca em razão das contas no vermelho. No primeiro semestre deste ano, o prejuízo foi de R$ 114 milhões, apesar da receita registrada de R$ 6,451 bilhões. Entra muito dinheiro, porém, sai no mesmo volume. Em 2020, o Grupo Globo teve faturamento total de R$ 12,5 bilhões, 11% menor do que no ano anterior. O lucro despencou 77%, de R$ 752,5 milhões para R$ 167,8 milhões.
Nos últimos tempos, a TV Globo promoveu vários cortes. No ano passado, conseguiu economizar R$ 1,1 bilhão em despesas. Mesmo assim, precisou continuar a onda de demissões, reduzir verbas de produção e não renovar o contrato de apresentadores e atores. Abriu mão de medalhões do elenco, como Antônio Fagundes, Vera Fischer, Malu Mader, Gloria Menezes, Reynaldo Gianecchi, Stênio Garcia, Angélica e Lázaro Ramos – todos com rendimento mensal acima de R$ 100 mil.
Recentemente, também optou não continuar com vínculo longo com a diretora de núcleo Denise Saraceni (responsável por sucessos como ‘Cheias de Charme’ e ‘Da Cor do Pecado’) e alguns dos mais experientes repórteres do canal, entre eles Alberto Gaspar, Ari Peixoto e Roberto Paiva. O correspondente em Washington, Luís Fernando Silva Pinto, foi cortado, entre outros nomes fortes do jornalismo da emissora.
A sequência impressionante de demissões e contratos sem renovação vai continuar. O clima nos estúdios e nas redações da Globo é de apreensão. Há até uma brincadeira tensa usando o título de uma das novelas mais bem-sucedidas do canal. “Quem será a próxima vítima?”, perguntam entre si. A direção da TV segue um padrão: quem recebe salário mais alto encabeça a lista de possíveis dispensas. O objetivo é evidente: reduzir a folha de pagamento.
Em 2020, o faturamento publicitário da Globo caiu 17%. Esse índice acendeu a lugar amarela, já que as verbas de anunciantes representam 60% da receita total do grupo. A emissora sentiu o impacto da pandemia de covid-19 ao ver campanhas de clientes serem canceladas, adiadas ou reduzidas. A alta na cotação do dólar também prejudicou a empresa: sua dívida atrelada à moeda americana saltou de R$ 3,7 bilhões para R$ 5,4 bilhões entre 2019 e o final de 2020.
Hoje, a força-tarefa no alto escalão trabalha para que o canal feche o ano no azul. Mesmo com perda milionária nos primeiros seis meses de 2021, a expectativa é otimista. Ainda que enfrente percalços, a Globo continua a ser uma das marcas mais valiosas do País. No ranking ‘Brandz Brasil’ do ano passado, ocupava o 6º lugar, avaliada em 3,2 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 17,6 bilhões.
Foram 80 pratos inscritos para a fase de degustação e 34 receitas conquistaram a vaga na competição
Por Malena Mota
A Prefeitura Municipal de Palmas, por meio da Agência Municipal de Turismo (Agtur), divulgou na noite dessa quarta-feira, 06, no Diário Oficial do Município, os 34 pratos aprovados para o 15º Festival Gastronômico de Taquaruçu (FGT), que acontecerá entre os dias 28 a 31 de outubro, no distrito de Taquaruçu. O prazo de recurso vai até a próxima segunda-feira, 11. A lista final de participantes selecionados será publicada no Diário Oficial do Município, no dia 15 de outubro.
Os 80 pratos inscritos foram avaliados pelos jurados técnicos, formados por profissionais das áreas de alimentos e bebidas de Palmas, indicado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/Tocantins).
As 42 vagas na competição foram divididas pelo edital em cinco categorias: Nove Comidinhas Salgadas, Nove Pratos Salgados, Nove Pratos Doces, três Food Truck e Quatro Rota Gastronômica. No entanto, considerando a nota média de 70 pontos, nem todas as categorias tiveram inscritos suficientes, preenchendo apenas 34 vagas.
O presidente da Agtur, Márcio Neres, ressalta a importância da próxima fase, que é o curso de Higiene Pessoal e Manipulação de Alimentos “O Festival virou uma vitrine para os empreendedores da gastronomia na nossa cidade, por isso, é importante a análise rigorosa dos jurados, agora na próxima etapa, que estes estejam trabalhando dentro das normas sanitárias, e que possam ter sucesso nos seus empreendimentos, e é importante lembrar que todos os classificados devem obrigatoriamente passar pelos cursos qualificação”, ressaltou o gestor.
Os cursos de Higiene Pessoal e Manipulação de Alimentos e Empreendedorismo acontecerão no próximo dia 19, conforme publicado no Diário Oficial do Município. Os concorrentes devem apresentar o certificado de conclusão dos cursos, sob pena de desclassificação.
Premiação
Quanto à premiação, a divisão ficou da seguinte forma para as quatro categorias: 1° lugar - R$ 6 mil, 2° lugar - R$ 2 mil e 3º lugar – R$ 1 mil.
Preços
Este ano os pratos serão comercializados pelos seguintes valores, conforme suas categorias: as Comidinhas Salgadas poderão ser comercializadas de R$ 10 a R$ 14,00, os Pratos Salgados de R$ 12 a R$ 18,00, os Pratos Doces de R$ 8,00 a R$ 12,00, para Food Truck de R$ 12,00 a R$ 17,0, e para Restaurantes e Empreendimentos Turísticos de Taquaruçu/Taquaruçu Grande de R$ 15 a R$ 65,00.
Pratos aprovados
Prato salgado – ampla concorrência
Débora Almeida Lima Oliveira - Chamba Lone - Aprovado
Maria de Fátima Batista Silva - Favinha do Norte - Aprovado
Bruna Luiza Ferreira de Oliveira Risoto Pé de Serra - Aprovado
Nayanne de Araújo Lima da Costa - Panelinha Tocantinense - Aprovado
Maria Celma Pereira de Sousa - Baião do Cerrado - Aprovado
Rosivan Batista dos Santos – Piraçú - Aprovado
Maria Maciquele B. da Cunha - Carne de Sol na Jerimum - Aprovado
Marly Pereira da Cruz Soares - Do Lago a Serra - Aprovado
Comidinha salgada - Ampla concorrência
Ilana Borges de França - Oxe My Dog - Aprovado
Maria Ribeiro Lima de Sousa - Pastel Trio da Serra - Aprovado
Romel Rodrigues de Miranda - Crepe Capim Dourado - Aprovado
Robson Correa Soares - Pastel do cerrado - Aprovado
Heverton Marinho Lacerda - Quiche Queijo da Terra - Aprovado
Antônia Neta Alves Cardoso – Chambatoca - Aprovado
Lucivanda Oliveira de Souza Correia - Jaca Atolada - Aprovado
Mateus Almeida Lima - Brasa da Toca - Aprovado
Prato doce - Ampla Concorrência
Valéria da Silva Ferreira - Torta Chocobarú - Aprovado
Giovana Alves de Alencar - Pudim Sabor do Cerrado - Aprovado
Liliane Maria Oliveira - Banoffe na Cumbuca - Aprovado
Tiago Rodrigues da Costa - Delirium do Cerrado - Aprovado
Marina Ruskaia Ferreira Bucar - Éclair do Paredão - Aprovado
Clebeson de Santana e Silva Alves - Torta Cupúbarú - Aprovado
Vérica Miranda da Silva - Cake Tocantinense - Aprovado
Lais Benício Martins - Supremo Tropical da Liss – Aprovado
Prato salgado - cota
Mikaelly Cirqueira de Brito - Panelinha do Cerrado – Aprovado
Comidinha Salgada – Cota
Maria do Socorro Nascimento Cavalcante - Coxinha Cajú Aprovado
Prato doce – Cota
Denise Ferreira Mendes - Bolo no Pote Tropical -Aprovado
Food Truck
Filipe Ribeiro Fernandes dos Santos – Miozin – Aprovado
Thaynara Alves Lucena - Vulcão Tocantinense - Aprovado
Suzana Lima Martins - Panqueca Porquinho de Ouro - Aprovado
Rota Gastronômica
Pousada das Flores (Kênia de Moura Borges) - Tatacajú - Aprovado
Vila Dos Sabores (Victor Augusto Costa) Tem Cupim na Mandioca – Aprovado
Mandala (Jaquelyne Costa dos Santos) - Frango ao Creme de Pequi com Crosta de Babaçu - Aprovado
Pote de Ouro Arts (D-aniella Aires Borges) - Paçoca no Pote – Aprovado
Desde o dia 22 deste mês, o nome do Espaço Cultural da Seção Judiciária do Tocantins passou a ser denominado como “Espaço Cultural José Gomes Sobrinho” – uma homenagem póstuma ao poeta, músico e escritor que faleceu em 5 de maio de 2004, aos 68 anos de idade e é considerado como um dos maiores nomes da cultura no Tocantins.
Com Assessoria
A homenagem foi oficializada pela Resolução Presi 40/2021, de 21 de setembro de 2021, assinada pelo Desembargador Federal I'talo Fioravanti Sabo Mendes, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, após solicitação feita pelo diretor do Foro da Seção Judiciária do Tocantins, Eduardo de Melo Gama.
José Gomes Sobrinho (centro) na abertura da 1a Semana das Artes da JFTO com o juiz federal Alexandre Machado e a então juíza federal Daniele Maranhão ASCOM JFTO
Conforme o texto da Resolução, a iniciativa foi motivada pelas “relevantes contribuições do poeta José Gomes Sobrinho à Justiça Federal do Tocantins, notadamente com a sua participação ativa e frequente nos eventos culturais realizados (Semana de Artes), em suas várias edições, no período de 1997 a 2003, com a sua destacada relevância para o Poder Judiciário Regional e meritórias atuações em favor do aprimoramento e o bom desempenho dos serviços afetos à Justiça Federal da 1ª Região”.
O Espaço Cultural José Gomes Sobrinho fica localizado no mezanino do Edifício Sede da Justiça Federal no Tocantins, em Palmas (TO).
José Gomes Sobrinho
O homenageado, popularmente conhecido como Zé Gomes, foi um poeta, intelectual, articulista, palestrante, teatrólogo, músico e escritor brasileiro e membro da Academia Tocantinense de Letras (ATL), ocupante da cadeira n. 28 e da Academia Palmense de Letras (APL), ocupando a cadeira n. 09.
Natural de Pernambuco, foi pioneiro no Tocantins, sendo precursor da arte no Estado e também foi presidente do Fórum Nacional de Conselheiros Estaduais de Cultura e do Conselho Estadual de Cultura.
Lei sobre o ensino das artes
Em julho de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei n. 12.287, de 13 de julho de 2010, que leva o seu nome, e estabelece o ensino da arte, especialmente, em suas expressões regionais, como componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica brasileira.
Os trabalhos estão expostos no hall da Assembleia a partir desta segunda-feira, 23, e traz personalidades da história tocantinense eternizadas pela arte do artista Adrians
Com Assessoria
A representação figurativa de elementos da cultura regional aproxima o espectador local do seu universo, potencializando assim uma percepção empática com o motivo retratado. O projeto “TO (in memoriam)”, foi contemplado pelo edital de fomento à cultura da Lei Aldir Blanc e elaborado a partir de uma pesquisa pessoal sobre as personalidades imateriais da região.
Segundo Adrians, a ideia foi registar por meio da sua arte pessoas que já não estão mais entre nós e que de alguma forma deixaram legado significativo o suficiente para serem consideradas parte da história.
Pintura representando José Gomes Sobrinho
“Foram levantados nomes de artistas, músicos, jornalistas, escritores, entre outros notáveis, que fazem parte de uma memória social que não pode ser esquecida”, destaca.
Os personagens retratados são responsáveis por registrar e mediar discursos na sociedade. São o próprio espelho da sociedade, peças fundamentais para a engrenagem que a move. Aqueles que se destacaram e deixaram um legado na região são retratados em um tributo póstumo em forma de exposição. Não importa como se foram, importa apenas quem foram.
Jornalista Salomão Rodrigues
A exposição traz 20 personalidades retratadas em técnicas de pintura digital, no formato 29,7 x 42cm.
Exposição:
Exposição de Pintura Digital
Autor - Adrians (Adriano Alves da Silva)
Quando: 23/08 a 10/09
Onde: Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins
Projeto aprovado pela lei Aldir Blanc
Site da Exposição: https://www.adrians.com.br/arte/exposi%C3%A7%C3%B5es/tocantins
Sobre o Autor
Adriano Alves da Silva, ou Adrians, como é conhecido, é um paulistano nascido em 1973 que mora em Palmas/TO desde 1994. Autodidata, atua no campo artístico desde 1986.
Mestre em Comunicação e Sociedade;
Bacharel em Comunicação Social;
MBA em Comunicação Empresarial e Marketing;
Certificado em Harvard - Leaders of Learning;
Pesquisador da imagem, técnicas artísticas e subjetividades;
Atua no mercado como professor, designer gráfico, videomaker, Ilustrador e grafiteiro.
Procura relações com a ciência para embasar o conceito dos seus trabalhos. Autores como: Almont (1993), Alfred Gell (2018), Didi-Huberman (1998), Barthes (1984), Deleuze e Guatarri (2004), são tomados como fio condutor em linhas de pensamento que constroem as narrativas.
Adrians é um artista multimeios, capaz de gerir e realizar projetos artísticos em que se misturam: ilustração, pintura tradicional, técnicas complexas em softwares de pintura digital, edição de vídeo, grafite, áudio, animação 2D, 3D, modelagem, video mapping, realidade aumentada e realidade virtual.
Por Núbia Dourado
Com músicas inéditas, o 7º Festival de Música do Jalapão -Tocantins 2021 aconteceu no sábado, 31, no encerramento da programação da 10ª Edição da Semana Cultural do Jalapão, em Rio Sono, a 180 km de Palmas. O evento, transmitido ao vivo do Bosque da cidade, reuniu músicos regionais, representando estilos musicais variados, como sertanejo, cordel, música indígena, forró e MPB.
O festival teve premiação de R$ 5 mil, sendo R$ 2,5 mil para o primeiro lugar, R$ 1,5 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro. Além disso, o evento contou com a inovação de incluir o voto popular na soma das notas dos jurados.
O cantor e compositor Dorivã Borges, de Palmas, obteve o primeiro lugar, vencendo o festival com a canção Do Jalapão ao Jequitinhonha, composição sua em parceria com Paulinho Pedra Azul. A música exalta a cultura tradicional dos habitantes do Jalapão e chama o público para contemplar as belezas naturais da região.
O artista conta que não imaginava que ganharia o festival, mas acreditou na letra de sua música. "Fui pego de surpresa. Estou muito feliz em representar um pouco da cultura do Tocantins com minha música. É uma canção bonita, sempre acreditei em sua sonoridade e na qualidade da letra dela", explicou.
Na segunda posição, o Trio Bacana venceu cantando o forró Que Tanto Querer, uma composição de Fábio Sobrinho vocalista do grupo. A terceira posição foi obtida por Querenhapuque e seu filho Guilherme Querem, com a música Pescador, em que fala da arte de viajar em rios e mares. No voto popular venceu o artista Mello Júnior, natural de Rio Sono, com a música Deixa o coração cantar, de sua autoria.
A Semana Cultural do Jalapão é promovida há dez anos pelo Instituto Terra Dourada e tem como proposta o resgate, a promoção e o fortalecimento das manifestações culturais e artísticas populares do Tocantins.
O evento foi promovido com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do edital de Cultura Tradicional e Popular, com apoio do Governo do Tocantins e do Governo Federal, através do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Fundo Nacional de Cultura.
Para a cantora e produtora cultural Núbia Dourado, idealizadora do festival, o evento atingiu e superou os objetivos propostos. “Conseguimos alcançar e ultrapassar nossas metas, que foram promover e incentivar a produção de músicas inéditas e revelar novos compositores no cenário musical tocantinense”, comemorou.
Com grandes talentos, o festival de música do Jalapão teve um alto nível musical e marcou o encerramento da programação da 10ª edição da Semana Cultural do Jalapão.