Boletim de ocorrência cita que autor dos disparos era policial penal federal e chegou no local gritando "Aqui é Bolsonaro!". Secretário de Segurança Pública fala em 'intolerância política'.

 

Com G1

 

O guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu na madrugada deste domingo (10) após ser baleado na própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

 

O servidor chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele deixa a esposa e quatro filhos.

 

A Polícia Civil informou que o homem que atirou contra Marcelo Arruda é o policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho. Ao ser atingido por Guaranho, Marcelo Arruda, que estava armado, revidou e atingiu o policial.

 

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informou na tarde deste domingo (10) que o policial penal federal bolsonarista José da Rocha Guaranho, que matou o petista Marcelo Arruda na noite de sábado (9) em Foz do Iguaçu (PR), permanece internado.

 

Até a última atualização desta reportagem, não havia uma informação precisa sobre o estado de saúde de Guaranho. A Polícia Civil chegou a informar que ele morreu, mas, mais tarde, afirmou que não era possível confirmar a morte. O Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, para onde Guaranho foi levado, também não confirma a informação.

 
Guaranho se identifica em redes sociais como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). O boletim de ocorrência do caso cita que ele chegou ao local gritando "aqui é Bolsonaro!". Leia detalhes mais abaixo. De acordo com a Polícia Civil, tratou-se uma discussão em uma festa de aniversário e mais detalhes serão divulgados em entrevista coletiva na tarde deste domingo (10). O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios.

 

À RPC, o secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke, lamentou a morte e afirmou que a Polícia Civil investigará as motivações do crime.

 

"Pelo que a gente percebeu, foi uma intolerância política", disse o secretário.

A Prefeitura de Foz do Iguaçu disse, em nota, que Marcelo Arruda era da primeira turma da Guarda Municipal e estava na corporação há 28 anos. O guarda também era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi).

 

"Agradecemos ao Marcelo Arruda por toda a sua dedicação e comprometimento com o Município, o qual nestes 28 anos de funcionalismo público defendeu bravamente, tanto atuando na segurança como na defesa dos servidores municipais. Desejamos à família, aos amigos e colegas de Marcelo força neste momento de dor", afirmou o prefeito Chico Brasileiro.

 

Festa de aniversário temática

A festa de aniversário comemorava os 50 anos de Marcelo Arruda e tinha como tema o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula. A comemoração era realizada na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, na Vila A.

 

O boletim de ocorrência informa que Guaranho chegou no local de carro e que no veículo estavam também uma mulher e um bebê. Segundo o documento, ele desceu do carro, armado, gritando: "Aqui é Bolsonaro!". De acordo com o boletim, o policial penal não era conhecido de ninguém na festa nem foi convidado.

 

O documento cita que o policial deixou o local após aparecer pela primeira vez, mas voltou cerca de vinte minutos depois, sozinho e armado. Guaranho atirou duas vezes contra o guarda municipal, que revidou e baleou o policial penal.

 

Em nota, o PT do Paraná lamentou a morte do tesoureiro e disse que presta assistência à família da vítima e que acompanhará todas as investigações. "Um ataque contra a vida, um ataque contra a liberdade de expressão, um ataque contra a democracia", disse o PT-PR.

 

O Partido dos Trabalhadores também se manifestou e, em nota, reconheceu neste domingo a atuação de Arruda. Em 2020, o guarda municipal foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu pela sigla.

 

"Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário", disse o partido.

 

Posted On Segunda, 11 Julho 2022 06:54 Escrito por

Evento gospel organizado por igrejas evangélicas comemorou 30 anos de existência em 2022. Programação contou com apresentações musicais, orações e discursos políticos, na Zona Norte da capital paulista. Jair Bolsonaro (PL) discursou na abertura.

 

Com G1 

 

A edição de 2022 da tradicional 'Marcha para Jesus' reuniu milhares de fiéis cristãos nas ruas de São Paulo desde o início da manhã deste sábado (9). O ato começou às 10h e as apresentações foram encerradas por volta das 22h30.

 

O evento marcou os 30 anos da caminhada organizada por igrejas evangélicas, que voltou a ser presencial após dois anos de encontros virtuais por causa da pandemia.

 

A marcha começou por volta das 10h, com abertura e orações na altura da estação da Luz, no Centro da capital paulista. Os fiéis percorreram cerca de 3,5 km em caminhada até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na Zona Norte de São Paulo, onde o evento foi encerrado após shows gospel, orações e discursos políticos.

 

Participação de Bolsonaro

Neste ano, o evento contou com 10 trios elétricos. A abertura teve a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição no pleito de outubro.

No alto de um dos trios elétricos, Bolsonaro fez referência indireta à situação econômica atual do Brasil dizendo que os problemas materiais enfrentados pelo país, como inflação e carestia, “são passageiros”.

 

“Problemas todos nós temos por aqui; os materiais são passageiros, como vocês estão notando nos últimos dias. Os espirituais devemos nos preocupar sim. Só um homem ou uma mulher com liberdade pode viver em felicidade”, disse o presidente da República.

Mais tarde, em outro discurso no palco do evento, o presidente da República também afirmou que o país começa a superar os problemas econômicos atuais.

 

“A questão econômica começa a ser superada. Vocês sabem que é uma coisa não apenas no Brasil, é do mundo todo. Nós [somos] os que menos sofremos nesse momento nesta questão econômica. E somos os primeiros a sair dessa situação. Porque nós demos uma nova dinâmica à política", declarou.

No evento, Bolsonaro voltou a destacar no evento as bandeiras de campanha dele, dizendo-se “defensor da família brasileira".

 

“Nós temos uma posição: somos contra o aborto, somos contra a ideologia de gênero, a liberação das drogas, somos defensores da família brasileira. Nós somos a maioria no país. A maioria do bem. E nessa guerra do bem contra o mal, o bem vencerá mais uma vez”, afirmou.

 

Além de Bolsonaro, a pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, senadora Simone Tebet, também participou do evento, ao lado do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, do mesmo partido.

 

No final da tarde, o governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), compareceu ao evento e realizou um breve discurso no intervalo entre as atrações musicais. "É muito bom estar compartilhando a Marcha Para Jesus neste momento, ao lado de cada um de vocês. Estou feliz por estar aqui não só como governador de São Paulo, mas como um pai de família e alguém que segue os ensinamentos de Jesus", afirmou.

 

 

 

Posted On Domingo, 10 Julho 2022 04:26 Escrito por

Ex-presidente do STF rebateu ministro da Defesa sobre atuação dos militares no processo eleitoral

Por Luana Patriolino

 

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, ex-presidente da Corte, criticou a atuação dos militares no processo eleitoral. Por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (7/7), o magistrado disse que as Forças Armadas “devem ficar quietinhas em seu canto” e que têm uma atitude de “vassalagem” em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Barbosa fez os apontamentos ao responder uma postagem do ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira. O general disse em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, nesta semana, que não tem questionado o funcionamento das urnas eletrônicas, mas afirmou que “nenhum sistema informatizado é totalmente inviolável”.

 

O ex-presidente do STF comentou a declaração: “Ora, general, as Forças Armadas devem permanecer quietinhas em seu canto, pois não há espaço para elas na direção do processo eleitoral brasileiro. Ponto”, escreveu via Twitter.

 

Para Joaquim Barbosa, as Forças Armadas pressionam a Justiça Eleitoral. “Insistir nessa agenda de pressão desabrida e cínica sobre a Justiça Eleitoral, em clara atitude de vassalagem em relação a Bolsonaro, que é candidato à reeleição, é sinalizar ao mundo que o Brasil caminha paulatinamente para um golpe de Estado. Pense nisso, general”, pontuou.

 

 

Posted On Domingo, 10 Julho 2022 04:22 Escrito por

O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe está em condição "muito grave" depois de ser atingido por tiros durante um evento de campanha, um ataque "absolutamente imperdoável" nas palavras do atual chefe de Governo, Fumio Kishida.

 

Com Agências 

 

O ataque contra o político mais famoso do país, de 67 anos, aconteceu durante um comício para as eleições do Senado de domingo, apesar das rígidas leis no país contra a posse de armas.

 

"O ex-primeiro-ministro Shinzo Abe foi atingido por tiros em Nara (oeste) e fui informado que se encontra em estado muito grave", disse o primeiro-ministro Fumio Kishida à imprensa.

 

"Eu rezo para que o ex-primeiro-ministro Abe sobreviva", acrescentou.

 

"É um ato de barbárie durante a campanha eleitoral, que é a base da democracia, e é absolutamente imperdoável. Condeno este ato nos termos mais fortes", completou Kishida.

 

O ataque aconteceu um pouco antes do meio-dia em Nara e "um homem, que se acredita ser o atirador, foi detido", disse o porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, à imprensa.

 

Um homem de 40 anos foi detido por tentativa de assassinato e teve uma arma confiscada, informou o canal NHK, que citou fontes policiais.

 

Abe fazia um discurso de campanha durante um comício antes das eleições para o Senado do próximo domingo e, apesar da segurança no local, as pessoas conseguiam se aproximar com facilidade do político.

 

Imagens exibidas pela NHK mostram Abe de pé em um palco quando é possível ouvir um grande barulho e observar fumaça. Pouco depois, um homem foi imobilizado por agentes de segurança.

 

"Ele estava fazendo um discurso e um homem chegou por trás", disse um jovem que acompanhava o comício.

 

"O primeiro tiro soou como uma arma de brinquedo. Ele não caiu, mas então aconteceu um estrondo alto. O segundo tiro foi mais visível, dava para ver a explosão e a fumaça", acrescentou.

 

Uma fonte do hospital Universidade Médica de Nara disse à AFP apenas que a transferência para o local foi concluída e se negou a comentar sobre a condição de Abe.

 

- "Terror e violência" -

 

Abe caiu e sangrava pelo pescoço, afirmou uma fonte do Partido Liberal Democrático (PLD) à agência Jiji.

 

Vários meios de comunicação informaram que o ex-chefe de Governo foi atacado pelas costas, provavelmente com uma escopeta.

 

O governo anunciou a criação de uma força-tarefa após o ataque, que provocou uma série de reações internacionais.

 

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, expressou tristeza e preocupação com a tentativa de assassinato de Abe, um aliado de Washington.

 

"Este é um momento muito, muito triste", declarou Blinken à imprensa durante a reunião do G20 em Bali.

 

Os principais líderes das instituições da União Europeia (UE) e da Otan afirmaram que estavam em "choque" com o ataque.

 

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, classificou o ato como "abjeto".

 

O governo da China também afirmou que está em choque. "Acompanhamos a evolução da situação e esperamos que (Abe) esteja fora de perigo e se recupere o mais rápido possível", disse Zhao Lijian, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

 

Gen Nakatani, assessor do primeiro-ministro Fumio Kishida, afirmou que "o terror e a violência nunca podem ser tolerados", segundo a agência Jiji.

 

Abe, o primeiro-ministro mais longevo do Japão, governou o país em 2006 durante um ano. Ele retornou ao poder entre 2012 e 2020.

 

Ele é um conservador de linha dura que promoveu a revisão da Constituição pacifista do Japão para reconhecer os militares do país. Abe permanece politicamente relevante mesmo depois de deixar o poder.

 

 

Posted On Sexta, 08 Julho 2022 06:51 Escrito por

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 5ª feira (7.jul.2022) que derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais deste ano é uma “questão de honra do povo brasileiro”. Durante ato eleitoral na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, o pré-candidato a mais um mandato presidencial endossou Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Rio e evitou mencionar os dois nomes que disputam a indicação para o Senado na chapa.

 

Por Mariana Haubert

 

“Ele está desesperado. São milhares de fake news enviadas para as pessoas todos os dias. É uma máquina poderosa de contar mentira. Derrotar esse cara [Bolsonaro] é uma questão de honra do povo brasileiro, dos que querem democracia e verdade”, disse durante seu discurso.

 

O petista disse que irá revogar, logo no início de um eventual governo, todos os sigilos que Bolsonaro impôs a informações de aliados acusados de cometer irregularidades, como o ex-ministro Eduardo Pazuello.

 

“É ele e meia dúzia que o cercam e, quando tem denúncia de corrupção, ele diz que não tem e faz decreto de sigilo de 100 anos. Eu quero que vocês saibam que, se tem coisa que eu vou fazer, é quebrar esses sigilos de 100 anos no 1º decreto que eu fizer”, declarou.

 

Lula disse ainda duvidar que o Rio de Janeiro tenha recebido mais recursos de outros governos federais do que das suas gestões. “Eu posso não ser melhor do que ninguém, mas melhor que essa coisa [Bolsonaro] que está aí, eu tenho certeza que eu sou”, disse.

 

O ex-presidente acusou ainda Bolsonaro de não ter interlocução com empresários, sindicatos, professores e outras categorias. Ele também voltou a prometer que recriará o Ministério da Cultura e instalará comitês culturais em todo o país.

 

O local escolhido pelo PT para o ato, a Cinelândia, foi palco de protestos históricos contra a ditadura militar, a favor das Diretas Já, pela saída do ex-presidente Fernando Collor, dentre outras. Ainda hoje, é local de manifestações.

 

Logo no início de seu discurso, Lula afirmou que “há muito tempo” queria realizar um ato no Rio de Janeiro para “acabar com a dúvida” sobre se ele apoiaria Freixo ao governo do Estado. “Quando se trata de política, de disputa, a gente precisa escolher com quem a gente vai estar. Aqui no Rio, eu tenho candidato a governador, chamado Marcelo Freixo. Quem vai votar no Lula, tem que saber que é importante votar no Freixo”, disse.

 

O petista voltou a repetir, como tem feito desde o início da pré-campanha, que é importante também eleger deputados e senadores alinhados a ele para que tenha uma base grande o suficiente que lhe garanta governabilidade em um eventual governo.

 

Lula, porém, não mencionou os 2 pré-candidatos que disputam a indicação ao Senado na chapa com Freixo: o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) André Ceciliano, pelo PT, e o deputado federal Alessandro Molon, pelo PSB.

 

O PT reclama que um acordo foi fechado com o PSB para compor a chapa de Freixo e que a insistência de Molon seria uma quebra do que foi acordado. Nos bastidores, Freixo já aceitou a aliança com Ceciliano e aguarda apenas uma definição do partido e do seu colega.

 

Molon chegou a se reunir com o pré-candidato a vice na chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), nesta 4ª feira (6.jul.2022). Saiu com a promessa de que seu correligionário iria ajudar no diálogo com o PT.

 

O partido não abre mão de ter Ceciliano na composição com o PSB. O deputado federal, no entanto, também diz que não desistirá de concorrer à cadeira de senador. Caso não se chegue a um acordo, é possível que ambos disputem as eleições.

 

Ao Poder360, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que Molon será candidato com ou sem o apoio do PT. “O ideal é ter um candidato só, mas não somos um único partido, somos dois. Não temos que colocar isso como fim do mundo, o eleitor é que vai decidir”, disse.

 

Em todas as peças de divulgação das agendas do petista na cidade, aparecem apenas Lula, Freixo e Ceciliano. Apenas este discursou no ato da Cinelândia. Era esperado que Molon pudesse falar também.

 

Ao ser chamado para discursar, Ceciliano foi saudado como pré-candidato ao Senado, com direito a apresentação do seu jingle, que dizia “é André aqui e Lula lá de novo”.

 

“Esse povo está aqui ama o Lula. Na verdade, nós te amamos presidente. […] O senhor vai poder contar com um senador que não vai tirar o pé da bola dividida”, disse em um discurso efusivo.

 

 

Posted On Sexta, 08 Julho 2022 06:49 Escrito por
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