A taxa de desemprego teve um recuo estatisticamente significativo em 15 das 27 unidades da Federação na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2021, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Com Estadão Conteúdo

 

As maiores taxas de desocupação foram as do Amapá (17,5%), Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1%).

 

Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%).

 

A taxa de desemprego no Estado de São Paulo ficou em 11,1% no quarto trimestre, e, no Rio de Janeiro, em 14,2%.

 

No total do País, a taxa de desocupação era de 11,1%.

 

Informalidade

 

Já a taxa de informalidade foi de 40,7% no total nacional. Os maiores resultados ocorreram no Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%).

 

Os locais com as menores taxas de informalidade foram Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%).

 

Taxa de desemprego foi de 9,0% para homens e 13,9% para mulheres no 4º tri

 

Apesar da melhora no mercado de trabalho, o desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no quarto trimestre de 2021, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

A taxa de desocupação do País desceu de 12,6% no terceiro trimestre para 11,1% no quarto trimestre de 2021. Enquanto a taxa de desemprego foi de 9,0% para os homens no trimestre encerrado em dezembro, houve um resultado de 13,9% para as mulheres.

 

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 9,0%, muito aquém do resultado para os pretos (13,6%) e pardos (12,6%).

 

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,4%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 5,2%.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

 

Posted On Quinta, 24 Fevereiro 2022 17:07 Escrito por O Paralelo 13

No ano em que o consumidor brasileiro pagou preços recordes dos combustíveis, a Petrobras apresentou também o maior lucro de sua história, de R$ 106,6 bilhões. O resultado representa um crescimento de 1.400% em relação ao ano anterior.

 

POR NICOLA PAMPLONA 

Com o bom desempenho, a companhia anunciou a distribuição de mais R$ 37,3 bilhões em dividendos a seus acionistas, elevando para R$ 101,4 bilhões o valor pago a seus acionistas como retorno pelo resultado de 2021.

 

No quarto trimestre de 2021, a Petrobras registrou lucro de R$ 31,5 bilhões, queda de 47,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando reverteu perdas contábeis realizadas logo no início da pandemia.

 

Segundo a empresa, o lucro recorde de 2021 reflete a alta de 77% do preço do petróleo Brent, em reais, maiores volumes de venda no mercado interno e melhores margens na venda de combustíveis, além de reversão de perdas contábeis.

 

Em 2021, as cotações internacionais do petróleo se recuperaram dos pisos observados durante o início da pandemia e o dólar disparou para acima dos R$ 5, com impactos nas margens de venda de petróleo e de derivados.

 

No balanço divulgado nesta quarta-feira (23), o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse que o resultado comprova que "uma empresa saudável e comprometida com a sociedade é capaz de crescer, investir, gerar empregos, pagar tributos e retornar dinheiro aos seus acionistas, contribuindo efetivamente para o desenvolvimento do país'.

 

A companhia disse que a nova parcela de dividendos está em linha com sua política de remuneração aos acionistas, que prevê a distribuição de 60% da diferença entre o fluxo de caixa e os investimentos, agora que a dívida bruta está abaixo do piso de US$ 65 bilhões (R$ 325 bilhões, pela cotação atual).

 

Ao fim de 2021, a dívida bruta da empresa era de US$ 58,7 bilhões (R$ 293 bilhões, pela cotação da época). "O dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia e está alinhado ao compromisso de geração de valor para os acionistas e para a sociedade", afirmou a empresa.

 

Detentor de 36,7% das ações, o governo receberá R$ 13,7 bilhões da parcela de dividendos anunciada nesta quarta. Considerando a remuneração total sobre o resultado de 2021, a União terá direito a R$ 38,1 bilhões.

 

"Vale ressaltar que, além dos dividendos, recolhemos no ano de 2021 mais de R$ 200 bilhões em tributos, totalizando cerca de R$ 230 bilhões em retorno para a sociedade", disse no balanço o diretor Financeiro da companhia, Rodrigo Araújo Alves.

 

Com petróleo e derivados mais caros, a Petrobras teve uma receita de R$ 452,7 bilhões em 2021, alta de 66,4% em relação ao ano anterior. O Ebitda, indicador que mede a geração de caixa, cresceu 64,1%, para R$ 234,5 bilhões.

 

As vendas de combustíveis pela Petrobras cresceram 8,5% no ano, em relação a 2020, ano mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, chegando a 1,8 milhão de barris por dia. A produção de petróleo e gás, porém, caiu 2,2%, para 2,7 milhões de barris por dia.

 

Em 2021, os preços dos combustíveis nos postos brasileiros atingiram seus maiores valores desde o início da série histórica da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), em 2002, se tornando uma fonte de dor de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Diante dos fortes impactos na inflação e no bolso dos brasileiros, o governo tentou dividir a responsabilidade com governadores, depois passou a criticar a própria estatal e, por fim, tenta aprovar no Congresso a redução dos impostos sobre os produtos.

 

A política de preços da estatal, que acompanha de perto as cotações internacionais dos combustíveis, é alvo também de pré-candidatos à Presidência da República, como o líder das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, que fala em rever o modelo atual.

 

Posted On Quinta, 24 Fevereiro 2022 06:51 Escrito por

A moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,94%, a R$ 5,0033, o menor valor desde 30 de junho de 2021, quando ficou em R$ 4,9764

Com Yahoo notícias

 

Nesta quarta-feira, 23, o dólar chegou a operar abaixo de 5 reais pela primeira vez em quase oito meses e fechando perto das mínimas do dia, em meio a um contínuo frisson pela divisa brasileira que tem como pano de fundo a busca de investidores internacionais por ativos considerados baratos e com maior potencial de rentabilidade.

 

O real liderou mais uma vez os ganhos entre as principais moedas globais, mas pares emergentes próximos, como os pesos mexicano, colombiano e chileno, também tiveram impulso, em parte pelo rali das commodities em curso e pela perspectiva de políticas monetárias mais apertadas nesses países--razões que também se aplicam ao Brasil.

 

O dólar à vista fechou em baixa de 0,94%, a 5,0033 reais. É o menor valor desde 30 de junho de 2021 (4,9764 reais).

 

Em dois momentos do dia --por volta de 11h e 16h (de Brasília)--, o dólar chegou a operar abaixo de 5 reais. Na mínima intradiária, pela tarde, a cotação desceu a 4,9944 reais, queda de 1,12%.

 

O dólar cai 5,70% em fevereiro e 10,23% no acumulado de 2022, dando ao real o melhor desempenho em ambos os períodos.

 

Segundo analistas, a taxa de câmbio segue se livrando de parte do prêmio de risco nela embutido, à medida que investidores veem mais valor no real devido ao juro elevado, que aguentaria o "desaforo" de incertezas outras, e à alta das commodities.

 

O IPCA-15 de fevereiro divulgado mais cedo veio mais alto que o esperado e endossou apostas em uma Selic mais elevada, o que poderia aumentar os já altos retornos de contratos de real, que estão em cerca de 12% na medida de um ano.

 

A título de comparação, a taxa de um ano para o peso chileno --que também tem sido destaque neste ano por motivos semelhantes ao do real, com alta de 7,7% no período, segundo melhor desempenho global-- estava em 7,1%.

 

"O real é uma das moedas que mais teve descolamento em relação a seus termos de troca, ao seu balanço externo", disse André Digiacomo, estrategista de juros e moedas para a América Latina do BNP Paribas.

 

"Sempre acreditamos que essa quebra (de correlação) nunca foi estrutural, mas que seria um movimento defasado. Em algum momento veríamos esse descolamento desaparecer e o real voltar a performar em linha com seu balanço externo... Isso está voltando a acontecer agora", completou.

 

E o câmbio ainda teria "gordura para queimar", considerando a taxa de 4,50 reais vista como de equilíbrio no modelo de longo prazo do BNP Paribas.

 

A taxa de 4,50 reais é compartilhada pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que vê espaço para mais fluxo de investimento estrangeiro direto no país (IDP) e coloca o real ainda como a moeda latino-americana mais desvalorizada.

 

Dados do Banco Central divulgados mais cedo mostraram que o IDP somou 4,709 bilhões de dólares em janeiro, acima dos 3,478 bilhões de dólares esperados pelo mercado.

 

Pelos dados da B3, o fluxo líquido do investidor estrangeiro na bolsa está positivo em 24,3 bilhões de reais em fevereiro, elevando o total em 2022 para 56,8 bilhões de reais.

 

E números para a movimentação do câmbio contratado apontam ingresso líquido de 5,200 bilhões de dólares neste mês até dia 18 --acima dos 4,539 bilhões de dólares do mesmo período do ano passado. No ano, são 6,692 bilhões de dólares em dinheiro novo.

 

AJUSTE À VISTA?

 

Porém, com a rápida queda do dólar --a moeda perde 12,42% desde a máxima de 5,7128 reais de 5 de janeiro deste ano--, o real pode agora estar caro, pelo menos de acordo com o modelo de curto prazo do BNP Paribas, que indica taxa de câmbio "justa" de 5,30 reais por dólar.

 

De acordo com o estrategista do banco francês, se os investidores estrangeiros parecem mais otimistas com a taxa de câmbio, os locais vão na direção contrária e estão se tornando "cada vez mais pessimistas".

 

"Há, enquanto isso, um aumento de posições negativas (no real). O risco é assimétrico", disse Digiacomo, referindo-se à percepção de mais chances de alta do dólar, com a moeda nos patamares atuais, do que de queda.

 

Pelo menos dois indicadores de análise técnica acenderam o sinal de alerta.

 

Uma medida de quão rápidos estão os movimentos da taxa de câmbio em relação a suas médias atingiu um nível extremo nesta quarta-feira, voltando a patamares de uma década atrás.

 

E uma medida da demanda por opções de compra de dólar ("calls") em relação a opções de venda ("puts") voltou a subir nesta sessão, aproximando-se de uma máxima desde setembro do ano passado. Na prática, isso mostra maior posicionamento do mercado em prol de uma correção para cima na cotação do dólar.

 

 

Posted On Quinta, 24 Fevereiro 2022 06:49 Escrito por

O‌ ‌pré-candidato‌ ‌à‌ ‌Presidência‌ ‌da‌ ‌República‌ ‌Sergio‌ ‌Moro‌ ‌(Podemos)‌ ‌defendeu‌ ‌nesta terça-feira (22) a‌ ‌união‌ ‌urgente‌ ‌dos‌ ‌candidatos‌ ‌da‌ ‌chamada‌ ‌terceira via e acenou ao‌ ‌governador‌ ‌de‌ ‌São‌ ‌Paulo‌ ‌e‌ ‌presidenciável‌ ‌João‌ ‌Doria‌ (PSDB) 

 

POR GÉSSICA BRANDINO E CAROLINA LINHARES

 

O ex-juiz da Lava Jato ‌destacou‌ ‌que‌ ‌as‌ ‌pesquisas‌ ‌mostram‌ ‌que ele seria o representante‌ ‌do‌ ‌grupo‌ ‌com‌ ‌mais‌ ‌chance‌ ‌de‌ ‌vencer‌ ‌as‌ ‌eleições.‌ ‌Portanto, por ora, descarta desistir da disputa. ‌

 

"Eu‌ ‌estou‌ ‌em‌ ‌terceiro‌ ‌lugar‌ ‌desde‌ ‌que‌ ‌coloquei‌ ‌nessa‌ ‌posição‌ ‌de‌ ‌pré-candidato,‌ ‌então‌ ‌não‌ ‌faz‌ ‌sentido‌ ‌eu‌ ‌abdicar‌ ‌da‌ ‌minha‌ ‌pré-candidatura‌ ‌se‌ ‌ela‌ ‌é‌ ‌com‌ ‌maior‌ ‌potencial‌ ‌de‌ ‌vencer‌ ‌esses‌ ‌extremos.‌ ‌Mas‌ ‌a‌ ‌gente‌ ‌tem‌ ‌que‌ ‌tratar‌ ‌isso‌ ‌com‌ ‌bastante‌ ‌humildade",‌ ‌disse‌ ‌Moro‌, ‌durante‌ ‌evento‌ ‌do‌ ‌banco‌ ‌BTG‌ ‌Pactual‌.‌‌

 

​Ao‌ ‌ser‌ ‌questionado‌ ‌se‌ ‌abriria‌ ‌mão‌ ‌de‌ ‌sua‌ ‌pré-candidatura‌ ‌por‌ ‌outro‌ ‌candidato,‌ ‌Moro disse‌ ‌que‌ ‌há‌ ‌vários‌ ‌nomes‌ ‌reformistas‌ ‌que‌ ‌se‌ ‌colocam‌ ‌na‌ ‌disputa,‌ ‌citando‌ ‌Doria,‌ ‌que‌ ‌estava‌ ‌na‌ ‌plateia‌ ‌e‌ ‌falaria‌ ‌no‌ ‌mesmo‌ ‌evento‌ ‌na‌ ‌sequência.‌ ‌ ‌

 

"Tá‌ ‌aqui‌ ‌o‌ ‌governador‌ ‌Doria,‌ ‌que‌ ‌tem‌ ‌essa‌ ‌mesma‌ ‌visão.‌ ‌Então,‌ ‌acho‌ ‌muito‌ ‌factível‌ ‌que‌ ‌nós‌ ‌possamos‌ ‌nos‌ ‌unir‌ ‌em‌ ‌algum‌ ‌momento‌ ‌desse‌ ‌ano‌ ‌para‌ ‌enfrentar‌ ‌esses‌ ‌extremos",‌ ‌afirmou,‌ ‌no‌ ‌que‌ ‌foi‌ ‌aplaudido‌ ‌pelo‌ ‌público‌ ‌de‌ ‌empresários.‌ ‌ ‌

 

O pré-candidato aproveitou‌ ‌ainda‌ ‌para‌ ‌destacar‌ ‌outras‌ ‌semelhanças‌ ‌entre‌ ‌ele‌ ‌e‌ ‌o‌ ‌tucano,‌ ‌dizendo‌ ‌que‌ ‌ambos‌ ‌foram‌ ‌atacados‌ ‌por‌ ‌extremistas:‌ ‌Doria,‌ ‌por‌ ‌defender‌ ‌as‌ ‌vacinas,‌ ‌e‌ ‌ele,‌ ‌por‌ ‌combater‌ ‌a‌ ‌corrupção.‌ ‌

 

De‌ ‌forma‌ ‌recorrente‌ ‌em‌ ‌seu‌ ‌discurso,‌ ‌o‌ ‌ex-ministro‌ ‌da‌ ‌Justiça‌ ‌do‌ ‌governo‌ ‌do‌ ‌presidente‌ ‌Jair‌ ‌Bolsonaro‌ ‌(PL)‌ ‌disse‌ ‌que‌ ‌deixou‌ ‌o‌ ‌cargo‌ ‌por ‌não‌ ‌ter‌ ‌concordado‌ ‌com‌ ‌o‌ ‌fato‌ ‌de‌ ‌o‌ ‌mandatário‌ ‌abandonar‌ ‌a‌ ‌agenda‌ ‌contra‌ ‌a‌ ‌corrupção‌ ‌e‌ ‌mencionou‌ ‌que‌ ‌foi‌ ‌sabotado‌ ‌por‌ ‌ele‌ ‌ao‌ ‌tentar‌ ‌avançar‌ ‌na‌ ‌pauta.‌ ‌ ‌

 

O‌ ‌presidenciável‌ ‌também‌ ‌afirmou‌ ‌que‌ ‌os‌ ‌candidatos‌ ‌do‌ ‌campo‌ ‌já‌ ‌deveriam‌ ‌estar‌ ‌unidos‌ ‌e‌ ‌que‌ ‌essa‌ ‌é‌ ‌uma‌ ‌questão‌ ‌urgente.‌ ‌ ‌

 

"A‌ ‌gente‌ ‌precisa‌ ‌realmente‌ ‌buscar‌ ‌essas‌ ‌união‌ ‌entre‌ ‌os‌ ‌todos‌ ‌os‌ ‌candidatos‌ ‌desse‌ ‌centro‌ ‌democrático‌ ‌ou‌ ‌nós‌ ‌vamos‌ ‌cair‌ ‌nas‌ ‌garras‌ ‌dos‌ ‌extremos‌ ‌e‌ ‌acho‌ ‌que‌ ‌não‌ ‌temos‌ ‌tempo‌ ‌a‌ ‌perder",‌ ‌concluiu.‌ ‌ ‌

 

Doria, que falou em seguida para a plateia de empresários e executivos do setor financeiro, também defendeu a união da terceira via e admitiu que poderia apoiar outro candidato se isso fosse necessário para quebrar a polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e Bolsonaro, que estão à frente nas pesquisas.

 

Na opinião de Doria, esse movimento de unificação das candidaturas deve ser feito no futuro. Por enquanto, o governador pregou que ele, Moro e Simone Tebet (MDB) mantenham suas candidaturas.

 

"Se lá adiante eu tiver que oferecer meu apoio para que o país não tenha mais essa triste dicotomia, [...] eu estarei ao lado daquele e de quantos forem", disse Doria. "Todos os que estão participando têm que manter a candidatura até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários", completou.

 

O governador ressaltou que o PSDB, União Brasil e o MDB, de Tebet, estão em conversas avançadas para a formação de uma federação e de uma candidatura única.

 

Doria afirmou que o Podemos, de Moro, está fora desse diálogo, mas que ele mantém um canal de comunicação com o ex-juiz e que poderia também haver entendimento para unificação. "Estamos na mesma linha, no mesmo objetivo e no mesmo campo", disse Doria sobre Moro.

 

Doria minimizou sua taxa de rejeição no eleitorado e as resistências a sua candidatura, que partem até do PSDB, e relembrou as dificuldades de sua campanha vitoriosa em 2016. Na avaliação do tucano, os debates podem ajudar a população a reconhecer sua gestão.

 

O governador também criticou Geraldo Alckmin (sem partido), que já foi seu padrinho político, por aceitar formar chapa com Lula. Doria ainda defendeu a preocupação social do seu governo e disse ser necessário o enfrentamento à pobreza para fazer um contraponto ao discurso da esquerda.

 

No último Datafolha, divulgado em dezembro, Moro aparecia com 9% das intenções de voto, enquanto Doria tinha alcançado 4% e Ciro Gomes (PDT), 7%. O cenário é liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, isolado com 48%, enquanto Bolsonaro tinha a preferência de 22%.

 

Pesquisa da CNT em parceria com o Instituto MDA divulgada nesta segunda-feira (21), Moro recuou 2,5 pontos percentuais em relação ao levantamento de dezembro e registrou 6,4% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Ciro, com 6,7%, que oscilou positivamente. Doria registrou 1,8% na mesma pesquisa.

 

No último dia 15, os presidentes de MDB, União Brasil e PSDB se reuniram e admitiram retirar nomes colocados na disputa pela Presidência para construir uma candidatura única. Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, uma ala da União Brasil —que segue sem pré-candidaturas na disputa ao Planalto— não quer que o partido apoie a candidatura de Moro.

 

Posted On Quarta, 23 Fevereiro 2022 15:38 Escrito por O Paralelo 13

A Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão nesta manhã, na cidade de São Paulo, para apurar indícios de superfaturamento na compra de ventiladores pulmonares pela gestão de João Doria (PSDB). A aquisição foi feita em abril de 2020 para o combate à pandemia no estado.

 

Com O Globo

 

O governo de São Paulo adquiriu, segundo os investigadores, 1.280 equipamentos fabricados na China, por meio de uma empresa estrangeira com sócios brasileiros, ao custo de R$ 242,3 milhões. O sobrepreço foi estimado em R$ 63,3 milhões pelos peritos criminais. Técnicos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo apontaram que os preços estavam incompatíveis com os praticados no mercado.

 

Os ventiladores foram adquiridos sem licitação, procedimento que havia sido autorizado em razão da emergência sanitária para compra e importação de produtos e equipamentos que ajudassem no combate ao novo vírus.

 

A Polícia Federal informa que, além da suposta fraude no procedimento aquisitivo, pode ter havido lavagem de dinheiro por meio de tipologia que a empresa intermediária, cujo nome não foi tornado público, envia uma parcela para pagamento de vantagens indevidas e outra parcela para pagamento do fornecedor do produto.

 

São investigados possíveis crimes de associação criminosa, corrupção passiva e corrupção ativa. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Histórico

No início da pandemia de coronavirus, o governo de SP anunciou a compra de 3 mil respiradores comprados da China para ampliação de leitos de UTI no estado.

 

À época, a compra inicial de US$ 100 milhões (cerca de R$ 550 milhões), sem licitação, passou a ser investigada pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas de São Paulo.

 

Em junho daquele mesmo ano, após atrasos e problemas no recebimento dos aparelhos, o governo anunciou o cancelamento da compra.

 

Na ocasião, o então secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, afirmou que apenas 30% dos aparelhos prometidos pela empresa Hichens Harrison tinham sido entregues.

 

 

Posted On Terça, 22 Fevereiro 2022 13:53 Escrito por O Paralelo 13
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