Na ocasião, o Governador ressaltou a sanidade da carne tocantinense e a responsabilidade das empresas instaladas no Tocantins Por Jarbas Coutinho Com o tema Água: Sustentabilidade da Vida. Desafio de Produzir Frente às Mudanças Climáticas, o governador Marcelo Miranda lançou na manhã desta segunda-feira, 27, a 17ª Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2017), que será realizada de 9 a 13 de maio, no Centro Agrotecnológico de Palmas. O lançamento foi realizado no auditório do Palácio Araguaia e contou com a presença da vice-governadora Claudia Lelis; do presidente do Tribunal de Justiça, Eurípedes Lamounier; de representantes da Assembleia Legislativa; de órgãos públicos ligados ao setor da agricultura e pecuária; entidades representativas do setor produtivo estadual, deputados federais e outras autoridades. Entusiasmado com o bom momento do setor do agronegócio tocantinense, principalmente com a expectativa de uma grande produção de grãos, em virtude da regularidade das chuvas, Marcelo Miranda destacou a importância da cadeia produtiva do agronegócio e da Agrotins. “Estamos reunidos para testemunhar a consolidação de um dos eventos que mais retratam a nossa vocação para o agronegócio. A Agrotins vai dar a resposta de que temos condições de abastecer o Brasil e o mundo, e que entrou no roteiro dos pequenos e grandes investidores nacionais e internacionais, pela credibilidade, valor econômico e alcance social”. Na ocasião, o Governador ressaltou a sanidade da carne tocantinense e a responsabilidade das empresas instaladas no Tocantins. “A nossa carne é a melhor do Brasil e o apoio que o governo do Estado dá ao setor faz dos nossos frigoríficos importantes parceiros nesse processo”, pontuou, lembrando que as vendas da carne tocantinense não serão afetadas pelos últimos episódios que envolvem as exportações brasileiras. O secretário de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e da Pecuária, Clemente Barros, disse que o cenário do agronegócio tocantinense este ano é bem diferente do ano passado e, certamente, a Agrotins vai superar a estimativa de negócios realizados em 2016. Ele citou a força da cadeia produtiva do setor alimentar para a economia da região e destacou a sanidade do rebanho tocantinense, que, segundo ele, está próximo de 9 milhões de cabeças. “O rebanho tocantinense deve chegar à casa dos 9 milhões de cabeças livres de aftosa com vacinação, graças ao apoio do Governo do Estado; e a Agrotins constitui, hoje, um dos maiores eventos do calendário nacional”, disse, chamando a atenção para a utilização racional da água e lembrando que a tecnologia é a solução para uma produção equilibrada. Leilão solidário Durante o evento, o representante do Hospital do Câncer de Barretos, Leonel Dias Sousa, lançou a segunda edição do Leilão Solidário: Direito de Viver, que será realizado no dia 13 de maio, na Agrotins. A iniciativa visa arrecadar recursos para a unidade hospitalar, que anualmente atende mais de 130 mil pessoas de todo o Brasil. De acordo com Leonel Sousa, a entidade está recebendo doações, como bovinos, veículos e outros, que são imprescindíveis para arrecadar fundos para proporcionar um tratamento digno às pessoas acometidas com a doença. Poços artesianos Ainda durante o evento o representante da Superintendência da Agricultura do Tocantins, do Ministério da Agricultura, Eustáquio Ferreira dos Santos, que representou o titular do órgão, Rodrigo Guerra, entregou ao governador Marcelo Miranda um conjunto de equipamentos para perfuração de poços artesianos, que será operacionalizado pela Agência Tocantinense de Saneamento. O governador disse que o equipamento será importante para atender pequenos produtores rurais em regiões afetadas pela estiagem. Agrotins A Agrotins tem como objetivo difundir conhecimentos tecnológicos gerados pela pesquisa agropecuária, visando a transferência de tecnologia aos produtores rurais e à sociedade. Até o momento, 80% dos estandes já foram reservados e a expectativa dos organizadores é que, este ano, o número de expositores chegue a 600. O evento, considerado a maior feira do agronegócio da Região Norte, é promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e da Pecuária (Seagro) e suas vinculadas, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), o Instituto de Terras do Tocantins (Itertins) e Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), e outras instituições públicas e privadas ligadas ao setor produtivo agropecuário. Fotos: Manoel Júnior
DELAÇÕES DA ODEBRECHT, AMEAÇAS À LAVA JATO E AS CONSEQUÊNCIAS DA OPERAÇÃO CARNE FRACA DOMINAM AS PRINCIPAIS REVISTAS NESTA ÚLTIMA SEMANA DE MARÇO
ISTOÉ
Dilma e Lula sempre souberam de tudo
O que falta para o País finalmente perceber que Lula e Dilma, juntos, como irmãos siameses, arquitetaram, coordenaram e estiveram à frente de toda sorte de desvios ilegais de recursos que marcaram os governos petistas nos últimos 13 anos? Em recente depoimento ao ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empreiteiro Marcelo Odebrecht começou a jogar luz sobre o modo de operar da dupla petista cujo esquema desviou mais de R$ 40 bilhões dos cofres da Petrobras. O relato de Odebrecht liquida de uma vez por todas a “reputação ilibada” reivindicada por Dilma em seus já célebres discursos borrifados de pretensa superioridade moral.
Segundo o empresário, que arrasta os dois petistas para a cena do crime eleitoral, a ex-presidente, assim como Lula, sempre soube dos esquemas de propina e de caixa dois em suas campanhas, foi alertada em encontro pessoal com Marcelo Odebrecht sobre a “contaminação” das doações, incluindo a remuneração ao marqueteiro João Santana no caixa parelelo e tinha a exata ciência de que Antonio Palocci (o Italiano) e o ex-ministro Guido Mantega (Pós-Itália) cumpriam jornada dupla como ministros e arrecadadores. Não por acaso, “quatro quintos” das doações via caixa dois envolveram, conforme Odebrecht, as campanhas de Dilma. Mantega foi categórico ao dizer a Marcelo Odebrecht, segundo revelação do mesmo, que a orientação da ex-presidente petista era no sentido de que “todos os recursos” da Odebrecht fossem remetidos à campanha dela. “Você não vai mais doar para o PT, você só vai doar para a campanha dela”, disse-lhe Mantega, instruído por Dilma.
DILMA TINHA CIÊNCIA DO CAIXA 2
Odebrecht disse que a petista tinha conhecimento da dimensão das doações à campanha e dos pagamentos de caixa 2 ao publicitário João Santana
CONTAMINAÇÃO PELA PROPINA
O empreiteiro alertou Dilma de que o dinheiro estava contaminado por propina e que Mantega lhe pediu para doar tudo para a campanha dela e não para o PT
PALOCCI FALAVA POR LULA
Odebrecht disse que tudo o que tratava com Palocci em matéria de liberação de recursos era combinado com Lula. Dilma deu o “ok”
A íntegra do depoimento, ao qual ISTOÉ também teve acesso, foi antecipada na última semana pelo site “O Antagonista”. As versões apresentadas até agora candidamente por Dilma, como se estivesse alheia do maior esquema de corrupção da história recente do País, não param mais em pé. Foram desmoronadas como um castelo de cartas por quem “inventou” a sua própria reeleição, o príncipe das empreiteiras. Foi Marcelo Odebrecht quem arquitetou toda a engenharia financeira da campanha. “Dilma sabia da dimensão da nossa doação. Que éramos nós quem fazíamos grande parte do pagamento via caixa dois para João Santana. Ela sabia que toda aquela dimensão de pagamentos não estava na prestação do partido”, asseverou Odebrecht.
Arrecadou no cargo
Igualmente gravíssimas são as revelações de Marcelo Odebrecht que implicam Lula. O relato do empresário deixa claro que, ainda investido no cargo de presidente da República, Lula se encarregou pessoalmente de arrecadar dinheiro, inclusive no caixa 2, para a campanha de eleição de Dilma, o que é indiscutivelmente crime. De acordo com Odebrecht, o petista era quem gerenciava a conta-corrente da R$ 150 milhões aberta pela empreiteira para o PT. Além disso, possuía uma conta-propina associada a seu condinome, o “Amigo”, da qual teria sacado R$ 13 milhões em espécie. Dinheiro vivo, como antecipou reportagem de capa de ISTOÉ de novembro de 2016. Segundo o empresário, ao contrário do que se imaginava ate agora, a conta PT pertencia não ao partido, mas “à Presidência” e foi Lula quem o encarregou de tratar dos repasses ilegais.
DINHEIRO VIVO
O ex-diretor da Odebrecht Hilberto Silva disse ao TSE que o “departamento de propina” só pagava em dinheiro vivo. Lula bebeu dessa fonte
O “AMIGO” É LULA
A conta dos petistas no “departamento de propina” da Odebrecht somou R$ 71 milhões em 2012. Itália é Palocci, Amigo é Lula e Pós Itália é Mantega
TUDO PARA A PRESIDÊNCIA
Marcelo afirmou que o dinheiro doado não era para o PT, mas “para a Presidência” (Lula e Dilma), com a coordenação de Mantega
Primeiramente com Antonio Palocci e depois com Guido Mantega, conhecidos como Italiano e Pós-Itália. A própria Dilma foi informada por Marcelo Odebrecht, e também por Lula, sobre os intermediários e respectivos papéis no esquema: “Palocci era da relação do Lula…apesar de que a Dilma, eu falei com ela…presidente, tudo eu estou tratando com o Palocci, era meu combinado com o Lula, tá ok? Ela falou: “tá ok”. Como se nota, se ainda restava algum resquício de capital moral atribuído à dupla de ex-presidentes petistas, ele se esvaiu pelo ralo ante o depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE.
O empresário também confirmou o que a ISTOÉ divulgou em 10 de fevereiro deste ano: como contrapartida à MP que isentava a Braskem, petroquímica da Odebrecht, de pagamentos de tributos, o departamento de propina da empreiteira repassou R$ 50 milhões para a campanha de Dilma. A equação era simples: de cada R$ 5 investidos na campanha de Dilma, R$ 4 não eram contabilizados na prestação de contas. Os recursos, embora resultado de um acerto em 2010, foram utilizados na campanha à reeleição em 2014. Boa parte desses depósitos foi feito em contas não declaradas no exterior, conforme o próprio Marcelo alertou pessoalmente Dilma. “Olha, presidente, eu quero informar para a senhora o seguinte: eu tenho medo de que…vi a questão da Lava Jato…exista uma contaminação das contas no exterior que foram usadas para pagamento para João Santana. Então quero alertar a senhora disso tudo”. “Eu alertei ela e vários outros assessores dela”, insistiu Odebrecht. Sobre o atual presidente, o empreiteiro foi taxativo: “jamais recebi pedido específico de Michel Temer”. Segundo ele, num jantar no Palácio do Jaburu, Temer não tratou de doações de dinheiro.
O MENTOR DA REELEIÇÃO
O dono da Odebrecht disse que ele arquitetou a candidatura de Dilma em 2014 e definiu a engenharia financeira da campanha
NO RASTRO DA SUJEIRA
Dos R$ 150 milhões repassados para a campanha de Dilma em 2014, R$ 50 milhões referem-se à propina pedida por Mantega em 2009 em troca de isenção fiscal
Os repasses de dinheiro sujo, que já assustam pela dimensão alcançada e valores exorbitantes, não se limitaram a irrigar o PT e as campanhas dilmistas, por intermédio de Palocci e Mantega. A dinheirama contemplou partidos ligados à chapa de Dilma nas eleições de 2014. No depoimento prestado no dia 6 de março ao ministro Herman Benjamin, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou que operacionalizou a entrega em espécie de R$ 21 milhões de caixa dois para três partidos aliados, entre eles o PRB, o Pros e o PC do B. Segundo afirmou, cada legenda recebeu um aporte de R$ 7 milhões. No depoimento, Alexandrino disse ter entregue pessoalmente R$ 4 milhões só ao PDT.
O inteiro teor da colaboração judicial dos 77 executivos da Odebrecht deve vir à tona nos próximos dias. Ainda aguarda uma canetada do ministro-relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin. Só o relato do empreiteiro ao TSE, no entanto, já foi capaz de reduzir tanto Dilma como Lula aos seus tamanhos originais – bem diferentes daqueles que se apresentavam quando turbinados pelo marketing e pela narrativa petista. Por intermédio de lentes sem retoques, aparentam pequenez inata.Operação Mela-Jato
Os vazamentos e alguns excessos de procuradores e policiais estão servindo de pretexto mais um avanço contra a Operação Lava-Jato
O depoimento de Marcelo Odebrecht e de outros executivos da empreiteira praticamente fulminaram a biografia de uma boa parte da elite política. As revelações mostram que a ex-presidente Dilma sabia do esquema de corrupção e se beneficiou dele durante as eleições de 2014, o que pode acabar resultando na cassação do mandato do presidente Michel Temer.
Mas atenção: há gente interessada em usar o vazamento dos depoimentos e alguns erros laterais dos investigadores para anular o processo.
ÉPOCA
Julgamento de Dilma e Temer no TSE deverá ocorrer após saída de dois ministros
Apesar de o TSE trabalhar nas alegações finais, o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer deverá ocorrer somente após o fim dos mandatos dos ministros Henrique Neves e Luciana Lóssio, que se encerram em abril e em maio, respectivamente. O relator do processo, o corregedor Herman Benjamin, costumava brincar com Neves ao dizer: “Vamos ter seu voto no julgamento”. Neves parou de escutar a brincadeira do colega há mais de um mês. O nome do sucessor de Neves, Tarcísio Vieira, já está na mesa do presidente Michel Temer.
A Lava Jato no encalço do PMDB
Após três longas sessões de debates, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) conseguiu aprovar em uma comissão mista do Congresso um relatório de sua autoria que agradava em cheio ao empresariado do setor elétrico. Tratava-se de ajustes na Medida Provisória no 688 de 2015, cujo objetivo era compensar usinas hidrelétricas por prejuízos decorrentes da falta de chuvas. Em um parecer de 22 páginas, Eunício, que hoje é presidente do Senado, chega a defender que as perdas financeiras das empresas sejam pagas pelo consumidor. O texto final foi aprovado em 4 de novembro de 2015. Um dos padrinhos era um correligionário de Eunício, o senador Eduardo Braga, do Amazonas, à época ministro de Minas e Energia.
VEJA
Operação Mela-Jato
O depoimento de Marcelo Odebrecht e de outros executivos da empreiteira praticamente fulminaram a biografia de uma boa parte da elite política. As revelações mostram que a ex-presidente Dilma sabia do esquema de corrupção e se beneficiou dele durante as eleições de 2014, o que pode acabar resultando na cassação do mandato do presidente Michel Temer.
Mas atenção: há gente interessada em usar o vazamento dos depoimentos e alguns erros laterais dos investigadores para anular o processo.
Carne Fraca: Exportação perde US$ 130 mi em uma semana
Apenas uma semana após a deflagração da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o setor de carnes contabiliza perdas de mais de 130 milhões de dólares. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ligada aos setores de aves e suínos, estima uma perda com exportações de 40 milhões de dólares até a sexta-feira. Já o setor de carne bovina, representado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), embora não tenha um número fechado, estima que pelo menos 96 milhões de dólares em produtos prontos para a exportação estejam parados no Porto de Santos (SP), impedidas de seguir para o exterior.
O presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, afirma que a primeira semana da Operação Carne Fraca foi de “impacto muito forte” para o setor. “Virou um momento muito dramático, nunca vi igual, e com dificuldades de se reverter”, diz. “A solução não demandará uma semana ou uma simples palavra oficial.
Tudo o que deixar de ser exportado não tem espaço para ser absorvido (internamente). Então, tem de diminuir produção e reduzir empregos, o que já começa a ocorrer”, afirma.
Na semana passada, a JBS, por exemplo, anunciou a suspensão da produção de carne bovina em 33 de suas 36 unidades no Brasil, e informou que, quando retomar as atividades, a partir de amanhã, as fábricas vão operar com um corte de 35% na produção. Segundo a empresa, isso seria feito para ajustar a produção à demanda em queda.
AÇÃO DA BANCADA FEDERAL DO TOCANTINS GARANTE VÔOS EM HORÁRIOS MELHORES E A SAGA DA LAVA JATO GANHA NOVOS CPÍTULOS E CRÍTICAS DE LULA
Por Edson Rodrigues
FIM DE SEMANA POSITIVO.PARA O TOCANTINS.
Nesta quinta-feira, 23, o senador Vicentinho Alves (PR/TO), coordenador da Bancada Federal, os deputados federais Carlos Gaguim, Josi Nunes, Lázaro Botelho e Vicentinho Júnior, o chefe da Representação do Governo do Tocantins em Brasília, Renato Assunção e o advogado e consultor em direito aeronáutico, Georges Ferreira, reuniram-se com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz e representantes das empresas LATAM, GOL, AVIANCA e AZUL.
Na reunião, foram anunciados novos horários de voos da LATAM a partir da próxima segunda-feira, 27, com saídas de Palmas para Brasília às 8h36 e 21h36.
A GOL se comprometeu também a alterar os horários de partida de Palmas para Brasília, atualmente às 5h05 da manhã, para às 7 horas.
O Senador Vicentinho Alves comemorou o resultado da reunião, tendo em vista que os novos horários representarão maior conforto para os usuários, bem como beneficiarão os comerciantes e lojistas do aeroporto de Palmas que terão significativo aumento no número de consumidores.
O coordenador da Bancada do Tocantins no congresso, senador Vicentinho Júnior, juntamente com outros parlamentares,.reuniu-se com representantes da companhias aéreas que operam no Tocantins. Na pauta, a mudança nos horários de partida dos vôos do Aeroporto Lysisas Rodrigues, que faziam com que a classe empresarial e executivos enfrentassem horários sacrificantes para embarcar no primeiro vôo do dia, tendo que chegar às 4 horas da manhã. Esse horário impedia, também, o retorno financeiro aos estabelecimentos comerciais instalados no aeroporto, deixando os comerciantes em situação difícil.
Graças à ação dos membros da bancada, coordenada. pelo senador Vicentinho as empresas atenderam á solicitação e resolveram mudar os horários de embarque, numa conquista coletiva, que beneficia todos os passageiros e comerciantes.
NOVOS HORÁRIOS
A reunião ocorreu na última quinta-feira, 23, com as presenças do senador Vicentinho Alves (PR/TO), coordenador da Bancada Federal, dos deputados federais Carlos Gaguim, Josi Nunes, Lázaro Botelho e Vicentinho Júnior,do chefe da Representação do Governo do Tocantins em Brasília, Renato Assunção e do advogado e consultor em direito aeronáutico, Georges Ferreira, com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz e representantes das empresas LATAM, GOL, AVIANCA e AZUL.
Na reunião, foram anunciados novos horários de vôos da LATAM a partir da próxima segunda-feira, 27, com saídas de Palmas para Brasília às 8h36 e 21h36.
A GOL se comprometeu também a alterar os horários de partida de Palmas para Brasília, atualmente às 5h05 da manhã, para às 7 horas.
O Senador Vicentinho Alves comemorou o resultado da reunião, tendo em vista que os novos horários representarão maior conforto para os usuários, bem como beneficiarão os comerciantes e lojistas do aeroporto de Palmas que terão significativo aumento no número de consumidores.
CÚPULA DO PSDB DECIDE: DORIA PARA PRESIDENTE, ACM NETO PARA VICE: ALCKMIN NEM FOI AVISADO...
Na última terça-feira, este blog apurou, a cúpula do PSDB decidiu: o candidato à presidente 2018 vai ser João Doria e o seu vice o ACM Neto. Geraldo Alckmin nem foi avisado disso (ainda).
O que fulminou o nome de Alckmin : o furo do Globo: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedidos de abertura de inquérito contra mais de dez governadores em exercício, entre eles o de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, que disputou a Presidência em 2006. O pedido sobre o tucano estaria relacionado a repasses que a Odebrecht fez para as campanhas dele ao governo de São Paulo, em 2010, e também em 2014. Segundo um dos delatores, pelo menos um dos pagamentos teve como intermediário Adhemar Ribeiro, cunhado do governador.
Ronaldo Caiado fechou para disputar o governo de Goiás.
Bolsonaro saiu do PSC, de fato, deixou o pastor Everaldo nas nuvens. Bolsonaro é pré-candidato à Presidência da República na próxima disputa, em 2018, e apareceu em quarto lugar na última pesquisa Datafolha, de dezembro do ano passado, com 9% das intenções de voto.
As negociações com Bolsonaro estão sendo conduzidas pela cúpula nacional do PR, partido que tem a quinta maior bancada da Câmara, com 39 deputados.
O parlamentar fluminense já conversou sobre o assunto com o ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), um dos condenados no processo do mensalão e que exerce forte influência na legenda.
Bolsonaro também nessa quarta aceitou o PR.
VAZAMENTOS MOSTRAM UM ‘PAÍS DE TRAMBIQUES’, DIZ PRESIDENTE DO TSE
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, criticou nesta sexta-feira o vazamento dos depoimentos sigilosos prestados por executivos da Odebrecht nas ações que pedem a cassação da chapa formada em 2014 por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).
“Eu exijo que nós façamos a devida investigação nesses vazamentos lamentavelmente ocorridos. Isso fala mal das instituições. É como se o Brasil fosse um país de trambiques“, disse ao participar de um seminário sobre reforma política no TSE.
Na quinta-feira, o relator das ações no tribunal, ministro Herman Benjamin, autorizou investigações sobre o vazamento atendendo a um pedido feito pelos advogados de Dilma – em depoimento vazado, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar relatou pagamentos de caixa 2 para a campanha da petista em 2014.
Mendes disse que todas as providências serão tomadas e voltou a criticar os vazamentos de informações sigilosas em outras investigações, como as da Operação Lava Jato.”Acho que em todos os setores isso tem que ser feito. Vazamento feito por autoridade pública é crime. Tem que ser investigado e nós vamos investigar aqui”, afirmou.
Na terça-feira, Mendes provocou polêmica ao defender que documentos e depoimentos sob sigilo que forem vazados sejam descartados como provas nos processos. “Eu mesmo me manifestei publicamente sobre este lamentável fenômeno em mais de uma oportunidade. Cheguei a propor no final do ano passado o descarte de material vazado, uma espécie de contaminação de provas colhidas licitamente, mas divulgadas ilicitamente. E acho que nós deveríamos considerar este aspecto”, disse o ministro.
NA ÚLTIMA DEFESA, TEMER VOLTA A PEDIR AO TSE SEPARAÇÃO DAS CONTAS
A defesa do presidente Michel Temer entregou na noite desta sexta-feira (24), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as alegações finais do peemedebista no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Nos últimos argumentos, os advogados do PMDB pedem ao tribunal que as contas da campanha de Temer sejam separadas das de Dilma.
Na peça a defesa diz que "Temer não pode sofrer qualquer apenamento por atos de terceiros".
"Tratando-se de duas pessoas distintas, embora eleitas pela mesma chapa, não se lhes pode imputar, em conjunto, a prática de crimes eleitorais pelo fato de terem estado em coligação partidária. Se é certo a existência de chapa única, é também curial tratar-se de coligação politicamente circunstancial de dois candidatos, como referido, personalidades de partidos políticos cujas campanhas receberam recursos de origem comprovadamente diversa, independentes, portanto",escreveu na peça a defesa.
No final das alegações, os advogados do PMDB pedem que o mandato de Temer seja mantido.
"Por fim, reitera-se a apreciação das condutas individualmente, por não haver rigorosamente nenhum apontamento em relação ao presidente Michel Temer, devendo a demanda ser julgada improcedente no que toca ao representado e mantido o seu mandato na Presidência da República", afirmam os advogados.
MP DIZ AO TSE QUE SÓ SE MANIFESTA NA AÇÃO DA CHAPA DILMA-TEMER DEPOIS DOS PARTIDOS
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolau Dino, informou nesta sexta-feira (24) à Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de uma petição, que só apresentará a última manifestação do Ministério Público no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer depois de os advogados de PT, PMDB e PSDB entregarem as alegações finais.
O prazo para a última manifestação das defesas se encerra à meia-noite desta sexta.
Corregedor do TSE e relator da ação, o ministro Herman Benjamin concluiu na última terça (21) a fase de coleta de provas do processo proposto em 2014 pelo PSDB que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
No despacho em que pôs fim à chamada instrução do processo, o magistrado também abriu prazo de dois dias, a partir da publicação da decisão no "Diário da Justiça Eletrônico", para as defesas e para a acusação apresentarem as alegações finais.
Como o despacho foi publicado na quarta (22) no "DJE", o prazo para as partes entregarem a última manifestação se encerra nesta sexta.
Na petição enviada ao TSE, o vice-procurador eleitoral afirmou que o Ministério Público abria mão de se manifestar nesta fase.
A legislação prevê que, no dia útil seguinte à entrega das últimas manifestações das defesas, os autos devem ser enviados para o corregedor para que ele elabore seu voto em até três dias. Concluído o relatório final, o voto é liberado para julgamento.
É nesse momento que o Ministério Público terá uma nova oportunidade para se manifestar sobre o relatório final, dentro do prazo de 48 horas.
Caberá ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, marcar a data do julgamento.
MEIRELLES DIZ QUE, SE HOUVER, AUMENTO DE IMPOSTO SERÁ 'TEMPORÁRIO'
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (24) em entrevista à TV Globo que, se houver, o aumento de impostos no país será "temporário".
Meirelles, porém, avaliou que a carga tributária já é "muito elevada" e, segundo ele, está no "leque" de alternativas, por exemplo, a retirada de isenções tributárias a empresas.
Sobre se é dado como "certo" o aumento de impostos no país, Meirelles declarou que "tudo indica que será necessário, inevitável".
Meirelles deu a declaração ao comentar o relatório divulgado nesta semana pelo governo segundo o qual a arrecadação federal em 2017 será menor que a prevista e, para fechar o orçamento, faltam R$ 58 bilhões. O Ministério do Planejamento já informou que, para fechar a conta, o governo precisará adotar medidas de aumento de receita ou de corte de despesas.
"Eu não diria que [a saída com aumento de impostos] é inevitável, mas é quase que mandatória, no sentido de que, se nós corremos o risco de paralisar coisas essenciais para o país – e nós não temos essa possibilidade –, então nós poderemos fazer, se for aumento de imposto, será temporário. Aumento de imposto temporariamente e volta, digamos assim, em 2018, para a alíquota normal", afirmou o ministro.
"Ou, o que é melhor, algumas isenções fiscais para determinadas indústrias que foram dadas na esperança de que isso fosse fazer o Brasil crescer muito no governo passado, e que não cresceu. Nós estamos em recessão, então isso não funcionou. Então, o que mostra é que algumas retiradas desses subsídios e isenções não têm efeito na economia e vai aumentar a arrecadação, o que significa, na prática, o que estamos chamando de aumento de tributos", acrescentou Henrique Meirelles.
Segundo o ministro da Fazenda, desde agosto do ano passado, o governo tem ressaltado que fará tudo o que for possível para não aumentar impostos porque a carga tributária já é elevada.
MORO PÕE SIGILO MÁXIMO SOBRE DEPOIMENTO DE EXECUTIVO DA ODEBRECHT
O juiz federal Sergio Moro está vacinado contra vazamentos dos depoimentos de executivos da Odebrecht sob sua responsabilidade. Depois da falha no sistema da Justiça Federal que permitiu acesso ao depoimento do presidente do conselho da empreiteira, Emílio Odebrecht, o magistrado determinou que a oitiva do ex-presidente do Grupo Odebrecht Pedro Novis, nesta sexta-feira, fosse colocado no grau de sigilo nível 4, no qual nem mesmo os advogados dos réus e o Ministério Público Federal têm acesso.
“Devem ser tomadas as cautelas necessárias para prevenir erros no sistema”, ponderou o juiz.
Novis, assim como Odebrecht, depôs como testemunha de defesa na ação penal que tem entre os réus Marcelo Odebrecht, o “príncipe dos empreiteiros”, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci e o marqueteiro João Santana. O processo apura a “conta corrente da propina” mantida por Palocci, o Partido dos Trabalhadores e a Odebrecht.
No termo da audiência, Moro afirma que o sigilo será mantido até que o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgue as delações premiadas da empreiteira ou que seja aberta a fase de alegações finais do processo, em que o MPF e os réus têm a última oportunidade de se manifestar antes da sentença.
LAVA-JATO FEZ A COISA MAIS SEM-VERGONHA QUE ACONTECEU NESTE PAÍS, DIZ LULA
Durante o evento organizado pelo PT para discutir a Lava Jato em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a operação fez "a coisa mais sem-vergonha" que aconteceu no Brasil, dirigindo ataques ao juiz Sérgio Moro e aos membros do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Ele afirmou ainda que Moro, o procurador Deltan Dallagnol e "o delegado da Polícia Federal" não têm mais ética, lisura e honestidade do que ele.
"A Lava Jato não precisa de um crime, ela acha alguém para depois tentar colocar um crime em cima de um criminoso. E para isso eles fizeram a coisa mais sem-vergonha que aconteceu nesse país porque um juiz precisa da imprensa para execrar as pessoas, que estão sendo citadas, junto à opinião pública e depois facilitar o julgamento", afirmou o petista.
Ele citou o juiz que coordena as investigações em Curitiba e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no MPF. "Eu tenho dito que eles deram um azar muito grande porque foram mexer com quem eles não deveriam ter mexido. Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal têm a lisura, a ética e a honestidade que eu tenho nestes 70 anos de vida", falou Lula.
Lula se referiu ao interrogatório que vai comparecer em Curitiba no dia 3 de maio e disse que está esperando por qual crime ele será imputado. "Eu duvido que tenha um empresário solto ou preso que diga que um dia o Lula pediu 10 centavos para ele", afirmou. O petista ressaltou que condena que dirigentes partidários peçam dinheiro para empresários. "Nunca permiti que nenhum empresário fizesse isso, e sou amigo de muitos empresários", declarou.
No discurso, o ex-presidente defendeu a aprovação do projeto de lei do abuso de autoridade no Congresso. O texto é visto como ameaça às investigações. Na plateia do evento, estava o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator da proposta no Senado. "A gente não pode deixar de aprovar a lei de abuso de autoridade, porque ninguém está acima da Constituição", afirmou Lula.
Ele pediu que os parlamentares petistas "briguem" mais para aprovar a lei e impedir o abuso de agentes públicos no País. "Nós somos um partido que foi criado para mudar a história desse país, não fomos criados para ficar com medo", disse. No evento, estavam diversos deputados e senadores petistas.
Lula disse que é preciso defender "companheiros" que são acusados sem provas. Na sua fala, não faltaram críticas à imprensa. "É preciso mostrar o outro lado da Lava Jato. A Lava Jato é uma moeda que tem a cara da Globo, das televisões outras, dos jornais, a cara da Veja, da Época, da Istoé, do procurador, da Polícia Federal, tem a cara do Moro. Mas não tem a cara do povo que está sendo prejudicado", disparou.
O petista disse ainda que está sendo vítima de acusações de que ele está antecipando uma candidatura a presidente da República ao fazer atos públicos, como a viagem para a Paraíba nas obras do Rio São Francisco e a manifestação contra a reforma da Previdência na Avenida Paulista. "Agora vão começar outro processo, dizer que estou vetado para ser candidato porque estou em um processo de antecipação de campanha", disse.
O ex-presidente disse que vai se defender, aguardar o julgamento e "ir até a última consequência" nos processos da Lava Jato. "Se eles querem pegar o Lula, não estraguem o Brasil, encontrem outro pretexto, o Brasil é muito maior que o Lula", afirmou. O petista ressaltou que não tem medo das acusações, mas tem preocupação com a democracia e as instituições.
"O QUE AQUELE MOLEQUE CONHECE DE POLÍTICA?", DIZ LULA SOBRE DALLAGNOL
Réu em cinco processos, três deles provenientes da Lava-Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o procurador da República, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, de "moleque". Segundo Lula, Dallagnol, que é fiel da Igreja Batista, acha que "sentar em cima da Bíblia dele" é a solução dos problemas do país.
"Fomos criados para mudar a história deste país e para agir corretamente. Quem comete erro paga pelo erro que cometeu. A instituição é muito forte. E aquele Dallagnol sugerir que o PT foi criado para ser uma organização criminosa... O que aquele moleque conhece de política? Ele nem sabe como se monta um governo. Não tem a menor noção. Ele acha que sentar em cima da Bíblia dele dá a solução de tudo", disse Lula no encerramento do seminário "O que a Lava-Jato tem feito pelo Brasil" promovido pelo PT.
Com a voz fraca e abatido por uma virose, Lula falou menos de 10 minutos e chegou a chorar ao dizer que fez um esforço para comparecer ao evento apenas para dar uma satisfação aos mais de 200 convidados que lotaram o auditório de um hotel em São Paulo. Além de dirigentes petistas, o seminário contou com a presença de juristas, jornalistas, petroleiros e políticos de outros partidos.
No discurso, Lula também defendeu o projeto de lei do abuso de autoridade. A posição do ex-presidente foi endossada pelo presidente do PT, Rui Falcão. "O que o Lula falou é o que nós achamos também. Ninguém pode se colocar acima da lei", disse Falcão.
Os participantes do evento defenderam as investigações da Lava-Jato, mas destacaram os supostos abusos da força-tarefa. Lula desafiou os procuradores a apontarem quais crimes ele cometeu. "Estou na expectativa para saber qual é o crime que será imputado a mim. Vou nessa briga até o fim. Não tenho negociata. Eles vão ter que provar", disse o ex-presidente.
Justiça determina que governo Temer comprove déficit na Previdência Social
A 21ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal deferiu, parcialmente, pedido de liminar formulado pela Federação Nacional dos Servidores da Justiça Federal e do Ministério Público Federal (Fenajufe) contra a União, para que o governo de Michel Temer comprove a veracidade dos dados financeiros que embasam a afirmação de que, atualmente, o sistema de Previdência Social é deficitário em R$ 140 bilhões. A decisão foi publicada pela Justiça Federal no início da noite da segunda-feira (20).
O juiz federal substituto Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara, decidiu que a União deverá esclarecer e detalhar, em 15 dias, a metodologia utilizada pelo governo para apurar o déficit previdenciário de até R$ 140 bilhões, valor “intensamente divulgado nos últimos dias”. Segundo o magistrado, o Estado deverá demonstrar, via documentação hábil, o total das receitas obtidas, bem como o efetivo destino a elas dado, ao longo de 2012 a 2016.
Além disso, o juiz aceitou o pedido da Fenajufe de proibir a veiculação de peças publicitárias, criada pela União, com objetivo de “fomentar opinião pública favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016”. Há uma semana, a Justiça Federal do Rio Grande do Sul determinou a imediata suspensão, em todo o território nacional, de todos os anúncios do governo sobre a reforma da Previdência, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
PEC que acaba com foro privilegiado ainda tem árduo caminho até a aprovação
Apesar da inclusão na pauta do Senado da PEC do fim do foro privilegiado ter representado um avanço, até os mais otimistas sabem que a proposta ainda está longe de se tornar realidade. A tramitação começou apenas ontem, depois de o texto ser lido no plenário. Agora, os senadores têm cinco sessões para apresentar emendas, antes de votar a matéria em primeiro turno. Depois disso, abre-se o prazo de três sessões até a apreciação definitiva — se tiver apoio de dois terços dos senadores (49), o projeto é encaminhado para a Câmara dos Deputados.
Os defensores da causa alertam que é importante ficar atento às emendas, que podem descaracterizar o sentido original do projeto — até ontem, porém, nenhuma havia sido apresentada. A PEC foi incluída na pauta, na última terça-feira, quatro anos depois de ter sido protocolada pelo senador Álvaro Dias (PV-PR). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), só pautou o tema depois de muita pressão: o relator do projeto, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reuniu 47 assinaturas para pedir a urgência na tramitação da proposta que acaba com o julgamento especial para ocupantes de cargos públicos.
Lei da terceirização vai precarizar trabalho, diz presidente do TRT-2
Com a aprovação do projeto de lei que libera a terceirização para todas as atividades das empresas, haverá uma grande precarização do trabalho. A avaliação é do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região - São Paulo (TRT-2), Wilson Fernandes. "Se a empresa terceiriza um trabalho, ela dispensa 10 trabalhadores e contrata [por meio de uma empresa terceirizada] outros 10 para fazer o trabalho daqueles, e por que ela faz isto? Porque vai sair mais barato para ela. Se vai sair mais barato para ela, de onde sai a diminuição de custo? Do salário do trabalhador, obviamente”, disse.
Fernades acrescentou que a empresa prestadora de serviços, que vai fornecer essa mão de obra terceirizada, será constituída para ter lucro. "E de onde sai o lucro dela? Do salário do trabalhador indiscutivelmente". Segundo Fernandes, historicamente os empregados terceirizados sempre ganharam menos que os empregados contratados regularmente.
Além da precarização, o presidente do TRT-2 acredita que haverá uma dispensa grande de trabalhadores empregados para que haja a contratação de terceirizados. "Se havia uma defesa tão grande e tão expressiva, especialmente de alguns setores empresariais, desse projeto de terceirização, isso significa que, uma vez aprovado, aqueles empresários tendem a dispensar seus trabalhadores regulares para substituir a mão de obra por terceirizada".
Acidente de trabalho
Fernandes disse que a maioria dos acidentes de trabalho ocorrem com trabalhadores terceirizados. "Dos acidentes de trabalho no Brasil, cerca de 70% a 80% envolvem trabalhadores terceirizados. É um dado muitíssimo importante. É muito relevante porque o acidente de trabalho não é um problema só para o trabalhador, é um problema para a Previdência Social. O trabalhador afastado tem custos para a Previdência Social e esse dado está sendo ignorado”.
O presidente acredita que a alteração principal proposta pela lei é permitir a terceirização para a atividade-fim das empresas. "Essa sempre foi uma crítica que se fez à terceirização, que é o fato de poder substituir empregados da atividade-fim. O exemplo clássico que dão é dos professores, por exemplo: como é que se vai imaginar uma escola que não tenha professores no quadro de empregados? Para a nossa tradição jurídica, isso nunca foi possível”, exemplificou.
Barroso diz que lista fechada é mais democrática
O ministro reconheceu que pessoas que nunca apoiaram a lista fechada "subitamente estão defendendo"
Em seminário sobre reforma política em Brasília, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quinta-feira (23/3) a adoção do sistema distrital misto, com a implantação de uma lista pré-ordenada por partido. Para o ministro, a lista fechada é mais democrática do que a lista aberta, por permitir que o cidadão veja o "pacote completo" de candidatos de cada sigla. No atual sistema, destacou Barroso, um eleitor que vota em um deputado federal filiado a um partido favorável à descriminalização do aborto pode acabar elegendo um pastor evangélico da mesma coligação.
Em entrevista à GloboNews, o presidente Michel Temer disse que "não tem tanta simpatia" pela chamada lista fechada - proposta que vai constar do relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP) na Comissão da Reforma Política da Câmara. Na avaliação de especialistas ouvidos pela reportagem, o modelo de lista fechada pode engessar a composição do Congresso e garantir o foro privilegiado a parlamentares suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção investigado na Lava-Jato.
"O voto em lista pré-ordenada é mais democrático do que o voto em lista aberta. Na lista aberta, o eleitor pensa que está elegendo quem ele quer, mas na verdade ele está elegendo quem ele não tem a mínima ideia de quem seja. No sistema brasileiro, quem votou pela descriminalização do aborto pode ter eleito um pastor evangélico, assim é o sistema", disse Barroso, ao participar do seminário Reforma Política e Eleitoral no Brasil, realizado no edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
O ministro destacou o fato de o PT, com agenda ligada a movimentos feministas, e o PR, com bandeiras mais conservadoras, já terem feito parte da mesma coligação em eleições passadas.
"Na verdade, no sistema de lista pré-ordenada você olha o pacote completo e se tiver alguém ali que você não quer eleger, você passa para o outro partido. Embora você não possa escolher nominalmente (o candidato), você sabe quem você está mandando (para o Parlamento)", ressaltou o ministro.
Interesses
O ministro reconheceu que pessoas que nunca apoiaram a lista fechada "subitamente estão defendendo, e as circunstâncias mudaram, os interesses mudaram, e há algumas conveniências em que seja assim", sem citar nomes.
"Eu defendo essa posição há 11 anos. É muito importante nós pensarmos que a vida não é feita para a próxima eleição, é feita para a próxima geração. E, portanto, nós não vamos deixar de aproveitar o momento para criar um sistema possível e ideal porque pode causar algum efeito colateral na próxima eleição. Portanto, acho que a gente tem de pensar grande, pensar o País lá na frente, escolher o modelo bom e procurar implementá-lo", afirmou.
"Se tiver efeito colateral, paciência, desde que evidentemente o paciente não morra. E acho que não há o risco de o paciente morrer", completou Barroso.
Alemanha
Inspirado no exemplo alemão, Barroso defendeu um sistema em que metade da Câmara dos Deputados seja eleita pelo voto majoritário no sistema distrital e a outra metade, pelo voto partidário proporcional. Dessa forma, o eleitor teria dois votos: primeiro, elegeria um candidato do seu respectivo distrito; depois, faria um voto no partido pelo sistema de lista.
"Dentro da lista você pode colocar políticos tradicionais, políticos novos, gente de qualidade, de capacitação técnica que vai participar do debate político no Parlamento", observou.
"Estamos precisando é de debate público de qualidade e o lugar onde esse debate público deve ocorrer é no Supremo", disse Barroso, corrigindo-se logo depois. "Não é no Supremo, é no Congresso Nacional", emendou, provocando risos da plateia.
TSE suspende julgamento do governador do AM; relator vota contra cassação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu na manhã desta quinta-feira (23/3) o julgamento do governador do Amazonas, José Melo (PROS), que tenta reverter na corte eleitoral a cassação do seu mandato, determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral amazonense (TRE-AM) no ano passado.
O governador é acusado de participar de um esquema de compra de votos que teria beneficiado sua reeleição na campanha de 2014. O TRE-AM também cassou o mandato do vice, Henrique Oliveira (Solidariedade), mas os dois continuam ocupando seus cargos por determinação do próprio tribunal.
O julgamento de José Melo foi suspenso depois do pedido de vista (mais tempo para análise) da ministra Luciana Lóssio, que prometeu trazer o caso de volta ao plenário "o mais rápido possível", em razão de sua importância.
Em outubro de 2014, a Polícia Federal coordenou uma missão policial para apurar as suspeitas de que pastores de igrejas evangélicas estariam sendo cooptados no comitê eleitoral de campanha de José Melo com a finalidade de comprar votos dos fiéis.
Durante a operação foram apreendidos no comitê documentos que mostram pagamentos de passagens aéreas, cestas básicas, conserto de carro de som e até construção de túmulo para terceiros. Uma das pessoas presentes no local carregava R$ 7,7 mil em dinheiro em espécie numa bolsa e não soube explicar a origem do dinheiro
O relator do caso, ministro Napoleão Nunes, votou contra a cassação do governador por não ter encontrado "provas conclusivas fortes e seguras". "Se houve assédio ao eleitor, não tem prova. Quem já viu passar recibo do crime, de propina...", disse o ministro.
"A Justiça Eleitoral deve adotar postura de moderação e prudência. O afastamento do governador significa uma ruptura num projeto político que se implantou pela vontade popular, bem ou mal, com os defeitos e as virtudes do pleito eleitoral em ambientes pobres, deprimidos, miseráveis", completou o ministro
Para o advogado do governador, Marcelo Ribeiro de Oliveira, "ou o tribunal acredita na versão dos policiais ou não tem outra saída". "É um caso que deixa qualquer um perplexo. O tribunal condenou sem qualquer tipo de prova. Não se pode condenar com apenas depoimentos de policiais. Cassar um governador seria um absurdo", afirmou Oliveira.
Cassação
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, se manifestou a favor da cassação do governador e do vice, mantendo a decisão proferida pelo TRE-AM.
A versão apresentada pela defesa do governador foi contestada pelo advogado Gustavo Severo, que defende a coligação encabeçada pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), derrotado na campanha ao governo do Estado em 2014.
"Foi uma escancarada compra de votos dentro do comitê de campanha do recorrente. A deturpação do pleito é inegável. Não faltou recibo de compra de votos", disse Severo.
Não há previsão de quando o caso voltará a ser julgado pelo plenário do TSE.
Delator revela repasses para 'conta' de Lula
Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documentos que apontam o detalhamento da suposta movimentação da conta-corrente do Setor de Operações Estruturadas – o departamento da propina – realizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A informação consta de trechos das declarações divulgadas nesta quinta-feira, 23, pelo site O Antagonista. Entre os documentos está uma curta planilha em que aparece o codinome “Amigo”, que seria uma referência a Lula.
A lista revela que, em 22 de outubro de 2013, o saldo de “Amigo” era de R$ 15 milhões. Já em 31 de março de 2014, o valor passou para R$ 10 milhões – não foi explicado o que foi feito com R$ 5 milhões.
Ao falar sobre o gerenciamento da conta com recursos repassados para as campanhas de Lula e da presidente cassada Dilma Rousseff, Marcelo afirmou que foi o ex-presidente quem indicou o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci para ser o administrador da conta-corrente irrigada por recursos de caixa 2. “Eu falei com ela (Dilma)... Olha, presidente, em 2010, 2009, em 2010, eu falei: presidente, tudo eu estou tratando com o Palocci, era o meu combinado com o Lula, tá ok? Ela falou: Tá ok”, disse o delator.
A assessoria de imprensa do Instituto Lula, por meio de nota, afirmou que não foi encontrado nenhum recurso indevido para o ex-presidente. “Lula jamais solicitou qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou qualquer outra empresa para qualquer fim e isso será provado na Justiça.”
“Lula não tem nenhuma relação com qualquer planilha na qual outros se referem a ele como ‘Amigo’.” O instituto disse que “não cabe comentar depoimento sob sigilo de Justiça vazado seletivamente e de forma ilegal.”
Por Rogério de Oliveira Policiais Civis da 2ª Delegacia de Gurupi, coordenados pela delegada Eliane Pereira Machado efetuaram, na tarde desta quinta-feira, 23, a prisão de Lucas Ribeiro Guilherme, 19 anos de idade e Alex Santos da Silva, 20 anos. Ambos são suspeitos pela prática do crime de roubo majorado e foram capturados, mediante o cumprimento de mandados de prisão preventiva.
Conforme a Delegada, o crime ocorreu no dia 14 de fevereiro de 2016, em uma residência localizada no Setor, Jardim dos Buritis, em Gurupi. Na ocasião, os dois indivíduos, armados, invadiram a residência e, após subjugar as vítimas, que estavam no local, subtraíram das mesmas, diversas joias, relógios de luxo e perfumes importados, sendo que a soma dos objetos roubados ultrapassa os R$300 mil reais.
Após tomar conhecimento do crime, as equipes da 2ª DP deram início às investigações e conseguiram apurar que Lucas e Alex eram os responsáveis pelo roubo. Dessa maneira, a delegada representou junto ao Poder Judiciário pela prisão preventiva dos dois. O pedido foi deferido pelo juizado da Vara Criminal de Gurupi e, na tarde desta quinta, os dois suspeitos foram capturados.
Ainda durante os trabalhos investigativos, os policiais civis da 2ª DP conseguiram recuperar parte dos produtos roubados, os quais estão avaliados em aproximadamente R$72 mil reais. Após os procedimentos legais, Lucas e Alex, que já possuem condenação pelo crime de roubo, foram recolhidos à carceragem da Casa de Prisão Provisória de Gurupi, onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário.