Maioria dos condenados foram presos durante a operação Adrasteia deflagrada em 2021
Por Rogério de Oliveira
Em julgamento realizado na manhã desta quinta-feira, 29, no Fórum da Comarca de Miracema do Tocantins, 15 pessoas foram condenadas a penas, que somadas, ultrapassam os 150 anos de prisão. Condenados, 13 homens e duas mulheres são acusadas de integrarem uma organização criminosa responsável por praticar tráfico de drogas, homicídios, além de outros crimes.
As condenações dos indivíduos foi resultado das investigações realizadas pelas equipes da 68ª Delegacia de Miracema, sob o comando do delegado Clecyws Antônio de Castro Alves, as quais apontaram que o grupo integrava, agindo voluntariamente e com consciência da ilicitude, uma associação estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas com o objetivo de praticar infrações penais, tendo como base o tráfico de drogas.
Inquérito Policial
Em julho de 2021 foi instaurado o inquérito Policial e com o aprofundamento das investigações, na data de 24 de novembro do mesmo ano, a Polícia Civil deflagrou a operação Adrasteia, onde foi dado cumprimento a 16 mandados de prisão e busca domiciliar. Na oportunidade, a força-tarefa da PC-TO, formada por mais de 70 policiais civis, efetuou as prisões de dez pessoas pelos crimes acima mencionados.
“As investigações da Polícia Civil do Tocantins apontaram que indivíduos pertencentes a facções criminosas rivais estavam travando uma disputa por pontos de venda de drogas na cidade, o que acabou elevando o número de homicídios no ano de 2021”, frisou o delegado Clecyws.
Com a conclusão do procedimento policial, os quinze indivíduos foram indiciados por tráfico de drogas, homicídios, além de outros crimes, sendo os procedimentos remetidos ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.
Com base nas investigações da PC-TO, o MPE-TO denunciou os indiciados e, desse modo, o Poder Judiciário marcou para esta quinta-feira, os julgamentos dos envolvidos.
Condenações
Após análise dos fatos, o Juiz da Comarca sentenciou J.M.S, de 38 anos, a 12 anos e seis meses de prisão; W. G. M. C, de 21 anos, a 4 anos e seis meses; D. S. S, de 32 anos, a 10 anos e quatro meses; R. L. S, de 23 anos, a 10 anos e quatro meses; R. O. S, 24 anos, a 10 anos e quatro meses; A. S. P, de 37 anos, a 14 anos e sete meses; R. G. S, de 23 anos, a 4 anos e 15 dias; D. R. S, de 31 anos, a 10 anos e quatro meses; J. S. C, de 32 anos, a 14 anos e sete meses; W. C. S, de 23 anos, a 9 anos e seis meses; M. M. S, de 21 anos, a 9 anos e seis meses; F. F. S. M. de 23 anos, a 11 anos e 6 meses; e M. R. S, de 26 anos, a 12 anos e 4 meses.
Duas mulheres estão entre os condenados: R. M. D, de 31 anos, a 10 anos e 4 meses; e S. S. S. B, de 26 anos, a 9 anos e seis meses.
Todos os condenados permanecerão presos e agora darão início ao cumprimento das sentenças a que foram condenados.
Para o delegado Clecyws, as condenações dos integrantes do grupo criminoso reforça o trabalho investigativo da Polícia Civil que subsidiou o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário, a aplicar as penas pelos crimes que foram cometidos e, de forma cabal, demonstrados por meio das investigações da Polícia Civil.
“Ficamos satisfeitos com o resultado do julgamento que resultou nas condenações dos envolvidos, pois as investigações da Polícia Civil foram realizadas, mais uma vez de maneira técnica e eficiente, o que trouxe mais paz e tranquilidade a toda a população da nossa cidade, visto que trata-se de um grupo de indivíduos perigosos que estavam praticando graves ilícitos em Miracema”, concluiu.
Golpes foram aplicados em vários estabelecimentos comerciais do Tocantins
Por Rogério de Oliveira
A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio de ação deflagrada nesta terça-feira, 27, pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFRVA), sob a coordenação dos delegados Rossilio Souza Correia e Ronan Almeida Souza, efetuou a prisão de um homem de 41 anos, investigado pela prática de diversos crimes de estelionato.
O indivíduo foi capturado mediante cumprimento a mandado de prisão preventiva. Conforme explica o delegado Rossilio, as investigações da PC-TO revelaram que o homem já causou significativos prejuízos, após o uso de conversa enganosa e se utilizar de artimanha para induzir as vítimas em erro. Os crimes vinham sendo realizados pelo mesmo, principalmente na região central do Estado.
“Com o aprofundamento das investigações foi possível apurar que, há anos, esse indivíduo vem aplicando golpes na praça, se utilizando das mais variadas formas, sendo os principais: compra de tratores e máquinas agrícolas usando documentos falsos e cheques sem fundos e sustados; estelionato eletrônico; estelionato na compra de gado e arrendamento de fazendas; estelionatos na compra de imóveis dentre outros crimes”, ressaltou o delegado Rossilio.
Os últimos crimes praticados pelo investigado ocorreram entre os meses de fevereiro e maio deste ano, a exemplo da compra de um trator junto a uma concessionária de Palmas, no valor de R$ 780 mil, com a utilização de documentos falsos.
As investigações também revelaram ainda que o golpista adquiriu um trator e uma máquina agrícola na cidade de Dois Irmãos com uso de cheques sustados, causando prejuízo à vítima no valor de no valor de R$ 480 mil, além da tentativa de estelionato na compra de dois tratores de esteira, fatos ocorridos no mesmo município.
“É oportuno ressaltar que consta no sistema da Polícia Civil do Tocantins dezenas de Boletins de Ocorrências, bem como diversos procedimentos cíveis, os quais revelam, de forma inequívoca, que esse investigado é contumaz na prática reiteradas de estelionatos no Estado do Tocantins”, frisou o delegado Ronan Almeida.
“Na tentativa de se livrar das penas do processo crime, o investigado tenta desqualificar o tipo penal do estelionato para desacordo comercial. Com isso, evitam que muitas das vítimas procurem a polícia para registrar os boletins de ocorrências pelo crime de estelionato”, complementa o delegado Rossilio.
A prisão preventiva é por tempo indeterminado e, após a realização dos procedimentos legais cabíveis, o preso foi encaminhado à Unidade Penal Regional de Palmas, onde permanecerá custodiado e ficará à disposição da Justiça.
O delegado Rossilio frisa que a prisão do homem é de vital importância para as investigações e também para que o mesmo pudesse ser impedido de praticar novos golpes de estelionato. “A ação de hoje visa trazer ainda mais elementos para o inquérito policial, no sentido de fornecer todos os elementos técnicos investigativos, para que esse indivíduo possa responder por todos os atos ilegais que praticou e que tantos prejuízos já causaram a empresários que foram enganados por ele em todo o Estado”, concluiu.
Corpo foi descartado em terreno baldio, sendo totalmente carbonizado após moradores atearem fogo em entulhos sem perceber a presença do mesmo
Por Rogério de Oliveira
Na tarde desta sábado, 24, policiais civis da 3ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (3ª DEIC - Araguaína), com apoio de policiais do Plantão da 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, deram cumprimento a mandado de prisão em desfavor do segundo suspeito do crime de latrocínio que vitimou o mototaxista Francisco Fernandes da Silva, de 68 anos, desaparecido desde 15 de março deste ano. O homem preso tem 25 anos e, juntamente com uma mulher de 41 anos, são apontados como autores do latrocínio.
Homem suspeito de latrocínio é preso pela Polícia Civil em Araguaína
O suspeito apontou a localização do corpo, o que possibilitou às equipes encontrar uma ossada humana em um terreno baldio, localizado no Setor Oeste, próximo a Avenida Filadélfia, em Araguaína. A ossada foi recolhida pela equipe do Instituto Médico Legal da cidade, que procederá aos exames de DNA, a fim de confirmar se os restos mortais são realmente da vítima.
Investigação complexa
O delegado Alexander Pereira da Costa explica que, tão logo o desaparecimento da vítima foi registrado, as equipes da 3ª DEIC deram início às investigações e descobriram que o caso era complexo, pois Francisco, que também era conhecido como Fernandinho, desapareceu sem deixar qualquer vestígio.
“Diante dos fatos, passamos a considerar a hipótese de que Francisco pudesse ter sido morto, uma vez que nem sua motocicleta, tão pouco seus pertences pessoais haviam sido localizados”, ressaltou a autoridade policial.
Com o aprofundamento das investigações, as equipes da unidade especializada chegaram a uma mulher, de 41 anos, que era cliente frequente da vítima e que teria sido uma das últimas pessoas a ter contato com Francisco.
Segundo revelaram as investigações, Francisco teria sido atraído para uma emboscada e ao chegar à casa da mulher, foi rendido e assassinado por asfixia. Logo após, seu corpo foi colocado em um lençol e descartado em um terreno baldio em meio a muito mato e lixo, local em que permaneceu até este sábado.
Prisões e localização do corpo
Com o avanço das investigações, no último dia 8 de junho, os policiais civis da 3ª DEIC conseguiram identificar e prender a mulher suspeita de participar do crime. Após a prisão, a Polícia Civil conseguiu identificar outro indivíduo, que foi preso neste sábado, 24, o que possibilitou aos policiais civis localizar o local exato onde os restos mortais de Francisco haviam sido ocultados.
Ocorre que, alguns dias atrás, no terreno apontado pelo investigado, populares colocaram fogo no mato seco e em entulhos, mas não perceberam que havia um corpo no local. Dessa forma, com o auxílio do suspeito, os policiais civis encontraram a ossada totalmente carbonizada, que foi recolhida ao IML para exames de identificação.
O homem preso foi conduzido à sede da 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína, e após a realização das providências legais cabíveis, recolhido à Unidade Penal Regional local, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
Continuidade
As investigações terão continuidade a fim de que a 3ª DEIC possa delimitar exatamente as responsabilidades dos dois presos e as circunstâncias do delito. Para o delegado Alexander, as prisões dos dois principais suspeitos e o encontro da ossada significam um grande avanço nas investigações, uma vez que trata-se de um crime cruel e bárbaro que vitimou um idoso que utilizava sua motocicleta para ganhar a vida honestamente.
“As ações realizadas pela Polícia Civil neste sábado tem um grande significado, pois com as prisões dos dois principais suspeitos, poderemos encerrar o inquérito policial e desvendar exatamente o que ocorreu naquele dia 15 de março, data em que a vítima foi vista pela última vez, a fim de que possamos dar uma resposta satisfatória a toda a sociedade araguainense”, pontuou o delegado Alexander.
Onze pessoas foram presas; operação ocorreu simultaneamente em Paraíso do Tocantins, Palmas, Monte do Carmo e Porto Nacional
Por Ana Luiza Dias
Na manhã desta quarta-feira, 14, a Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Paraíso do Tocantins), deflagrou a Operação Fauda, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico estadual de drogas.
A operação ocorreu simultaneamente em Paraíso do Tocantins, Monte do Carmo, Porto Nacional e Palmas, com o intuito de cumprir 15 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão. Ao todo foi dado cumprimento a oito mandados de prisão preventiva, além disso, foram lavrados mais três autos de prisão em flagrante contra quatro pessoas, entre os envolvidos, pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, posse de arma de fogo, e tráfico de drogas.
Em um dos alvos, localizado na zona rural de Monte do Carmo, a Polícia Civil apreendeu cerca de 100 quilos de entorpecentes e aproximadamente 50 quilos de compostos químicos, prensa hidráulica para refinamento de cocaína e balanças de precisão, além de máscaras usadas no laboratório de drogas. Em outros locais, foram apreendidos cerca de R$ 17 mil em espécie, máquinas de cartão de crédito, armas de fogo e munições, três automóveis e duas motocicletas.
Cerca de R$17 mil em espécie foram apreendidos durante a operação
Além do esquema de narcotráfico, alguns integrantes do grupo são acusados pelos crimes de lavagem de capitais e integrar organização criminosa.
O delegado titular da 6ª DEIC, Antonio Onofre, destaca que a Operação Fauda é uma boa resposta ao combate ao narcotráfico no Tocantins. “Essa ação vai reduzir a atuação do crime organizado no Estado e, assim, reduzir a prática de outros delitos relacionados também, visto que o tráfico é responsável por desencadear outras naturezas criminais”, finalizou.
O nome da operação Fauda, em árabe significa caos, que é o que se objetiva com a Operação, provocar o caos nas estruturas da criminalidade organizada, principalmente no esquema de tráfico de drogas no Tocantins.
O objetivo da operação é atingir o núcleo de um dos principais fornecedores de entorpecentes do Tocantins, os quais são responsáveis por abastecer de entorpecentes uma grande área do Estado.
Participaram da Operação Fauda, equipes da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Diretoria do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil - Paraíso do Tocantins, 6ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV - Paraíso do Tocantins), 1ª DEIC Palmas, 5ª DEIC Guaraí, 7ª DEIC Porto Nacional, 8ª DEIC Gurupi, 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (DENARC - Palmas), Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Rurais (Deleagro) e das 61ª, 62ª E 63ª Delegacias de Polícia de Paraíso do Tocantins e 68ª DP de Miracema do Tocantins.
A investigação
De acordo com o delegado Antonio Onofre, a equipe da 6ª DEIC iniciou as investigações ainda no ano de 2022, quando identificaram um núcleo de distribuição de entorpecentes que tinha liderança em Paraíso, e contava com apoio de indivíduos da cidade de Porto Nacional.
No decorrer das investigações também foi possível apurar que integrantes desse mesmo grupo eram responsáveis pela aquisição de entorpecentes junto a outros estados fronteiriços do país. Eles promoviam o transporte ao Tocantins, contando com a participação de demais envolvidos que efetuavam tarefas voltadas ao armazenamento, depósito, refino e distribuição para traficantes locais. Esses, por sua vez, revendiam os entorpecentes para outras cidades do Tocantins, para tanto, valendo-se de pessoas que funcionavam como “laranjas”, as quais forneciam contas bancárias para recebimento de valores oriundos do tráfico. Além disso, foram identificadas empresas fantasmas e de fachada, que eram utilizadas para movimentar o dinheiro do tráfico e dar aparência de legalidade.
A equipe da 6ª DEIC também identificou que os traficantes investigados ainda remetiam drogas para cidades do Pará e Maranhão.
Foi apurado que o grupo criminoso movimentou cerca de R$18 milhões, provenientes do tráfico de drogas, no período de um ano e meio, o que mostra o potencial lesivo da quadrilha era de alto risco para a sociedade.
Dois homens foram presos após confessarem a ocultação de cadáver; operação contou com o suporte das Polícias Militar e Civil de Goiás e a Polícia Rodoviária Federal
Com Assessoria
A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter), localizou o corpo de um homem de 62 anos de idade, que estava desaparecido desde sexta-feira, 2. O corpo da vítima foi encontrado no início da noite desta terça-feira, 6, em área rural do Projeto São João II, município de Porto Nacional. A perícia técnica e o Instituto Médico Legal foram acionados para periciar o local.
O delegado-chefe da Polinter, Luciano Cruz, informou que ao iniciarem as diligências sobre o caso, os agentes de polícia que atuam em sua equipe encontraram vestígios de sangue na residência da vítima e constataram que o seu automóvel não estava no local. Diante de tais evidências, de imediato foi solicitado apoio à Polícia Rodoviária Federal, que informou que havia registro de passagem do automóvel da vítima em cidades do Estado de Goiás. Desta forma, a Polinter solicitou apoio a Polícia Militar de Goiás para abordagem do veículo em rodovias de sua competência.
Na tarde desta terça-feira, 6, a PM de Goiás conseguiu localizar o veículo da vítima na cidade de Anápolis (GO), ocasião em que foi realizada a abordagem e constatado que dois indivíduos jovens estavam no interior do veículo. Questionados sobre a propriedade do carro e onde estava seu dono, os dois homens confessaram que tinham matado a vítima e ocultado seu corpo em uma área rural do município de Porto Nacional, no Projeto de Assentamento São João. Diante da confissão e de outras evidências encontradas em poder dos autores, estes foram encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil de Anápolis, onde foram autuados por crime de ocultação de cadáver.
O delegado Luciano Cruz destacou que a ação conjunta das equipes da Polinter-TO, Polícia Militar e Polícia Civil de Goiás e Polícia Rodoviária Federal, foi fundamental para a elucidação do crime, para a prisão dos autores e para a localização do corpo da vítima. “A solução rápida e efetiva do caso somente foi possível pela atuação integrada de todas as forças de segurança envolvidas”, frisou.
A 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Palmas) dará continuidade às diligências para esclarecer todas as circunstâncias dos delitos praticados contra a vítima e o consequente indiciamento dos autores, bem como a eventual participação de outras pessoas na morte do idoso.