Um grande marco na administração do Governo do Tocantins no ano de 2017 foi ter colocado fim às tendas do Hospital Geral de Palmas (HGP). Com a inauguração das obras de reforma, mais duas alas com 192 leitos foram entregues, ampliando de 147 para 334 a quantidade total de leitos na maior unidade hospitalar do Estado.
Jesuino Santana Jr
O 2º andar do HGP conta com 96 leitos de internação e 48 quartos. A entrega da obra promoveu maior conforto aos pacientes, acompanhantes e servidores atuantes na unidade. No 3º andar, foram instalados mais 96 leitos de internação. Ambos os ambientes são climatizados.
As inaugurações das obras do HGP colocam fim a um longo período, que se arrastava desde as gestões anteriores. “Estamos em um momento de humanização, vivendo a honra de poder inaugurar essa parte da obra, dentre tantas outras que ainda temos que entregar aqui no HGP”, ressaltou o governador Marcelo Miranda.
O governador Marcelo Miranda, a vice Claudia Lelis e o secretário Marcos Musafir visitam paciente, durante a inauguração da nova ala do HGP
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, o processo de ampliação do hospital segue pelos próximos meses, onde estão previstas a entrega de outro centro cirúrgico, ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensa (UTI) adulto e infantil, além de novas alas de emergência clínica e centro de trauma. “Concluídas estas obras no ano que vem, o Norte do Brasil vai ter um dos maiores hospitais públicos do País funcionando a pleno vapor”, afirmou.
A técnica em enfermagem, Maria Luisa Ferreira, viu as novas enfermarias como um local que irá beneficiar os pacientes e servidores. "É um espaço mais arejado, mais amplo. Fico feliz, pois proporcionará uma estrutura melhor para os pacientes e servidores", destacou.
Para a paciente Lucélia Oliveira do Nascimento, do município de Novo Alegre, o conforto do ambiente é o grande destaque. “As instalações novas têm ar-condicionado e está tudo ótimo. É muito importante esta inauguração, pois vai beneficiar outros pacientes", disse.
Além da conclusão de parte da reforma do HGP, outras ações também marcaram a gestão do Governo na área da Saúde tocantinense no ano de 2017, como a entrega do Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde (IntegraSus), a realização do mutirão de Cirurgias Ortopédicas, a entrega de reformas de unidades hospitalares no interior do Estado e a regulagem do estoque de medicamentos e insumos.
Ainda no HGP, o Governo inaugurou, no mês de março de 2017, o Banco de Olhos do Tocantins, formado por uma equipe multidisciplinar e com estrutura que permite a abordagem, a captação, o preparo e o armazenamento de córneas para transplante. Equipe identifica os potenciais doadores e aborda familiares na busca do consentimento pela doação.
IntegraSus
Inaugurado em 2017, o Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde (Integra Saúde Tocantins) funciona dentro da Secretaria de Estado da Saúde. Nele, estão centralizadas informações coletadas de todos os segmentos da saúde para que sejam tratadas, analisadas, disponibilizadas e sirvam de subsídio para que técnicos possam coordenar, com mais precisão, as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) no Tocantins.
Esse foi o 2º Centro implantado no Brasil e ele é responsável por monitorar em tempo real os indicadores de saúde. Durante a inauguração, também foram entregues, pelo governador Marcelo Miranda, veículos e ambulâncias a vários municípios tocantinenses.
Mutirão de Cirurgias Ortopédicas e Exames Noturnos
No Hospital Infantil Público foi realizado o 11º Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança. Ao todo, 25 crianças foram atendidas
O Mutirão de Cirurgias Ortopédicas no HGP atendeu a pacientes que estavam na lista de cirurgias eletivas ortopédicas do Serviço de Regulação do Estado. Eles tiveram a oportunidade de passar por procedimento cirúrgico de alta complexidade de quadril e joelho, por meio de parceria entre o Governo do Tocantins e o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).
Com relação às cirurgias ortopédicas de baixa, média e alta complexidade, o Estado cumpriu e superou o número de 128 pacientes acordado em audiência realizada dia 14 de junho de 2017, com a Defensoria Pública do Estado (DPE).
As cirurgias ocorreram nas unidades hospitalares de médio porte do Estado de Porto Nacional, Paraíso e Miracema, além do HGP, num total de 373 pacientes de julho a agosto. No mês de setembro, foram realizadas 329 cirurgias ortopédicas nestes quatro hospitais sendo 32 eletivas no HGP, já da iniciada Força Tarefa acordada em juízo.
Já o Exame Noturno, realizado no HGP, a pacientes oriundos de 126 municípios do Tocantins que estavam na fila de espera para realização de exames de alta complexidade, ocorreu entre os dias 3 de agosto e 21 de setembro. O objetivo foi reduzir o tempo de espera, promover o diagnóstico preciso e precoce, em alguns casos, e acelerar o tratamento.
De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, foram realizados 1.931 exames, sendo 358 tomografias, 611 ressonâncias e 962 mamografias a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Para realização dos procedimentos, o Governo ajudou os pacientes com o deslocamento até a Capital. Segundo o setor de Regulação da Saúde, eram esperados 3.124 pessoas, que constavam nos sistemas dos municípios, mas nem todos compareceram.
Hospitais Regionais, Catracas Biométricas e UTI Pediátrica
Além das ações citadas acima, são também destaques na gestão de Marcelo Miranda, na área da Saúde, a entrega de mais de 80 leitos nos hospitais de Paraíso e Porto Nacional; reforma de ampliação do Hospital Regional de Augustinópolis (HRA); instalação de equipamento de raios-x no Hospital Regional de Xambioá (HRX); entrega da obra de adequação e ampliação e retomada do atendimento no Centro Cirúrgico do Hospital de Alvorada; retorno do atendimento médico 24 horas no Hospital de Dianópolis; reforma do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) II, em Araguaína; entrega de ambulâncias; e entrega de leitos para UTI.
Com o objetivo de adotar um sistema mais rígido de segurança e controle de entrada e saída dos servidores e usuários, o Governo do Tocantins instalou catracas biométricas e câmeras de segurança nas 18 unidades hospitalares e nos anexos da Secretaria de Estado da Saúde no mês de agosto.
“A partir de agora, conseguiremos ter uma maior eficácia nas escalas dos plantões, porque teremos como garantir que o profissional cumpriu sua jornada do início ao fim”, argumentou o diretor administrativo do Hospital Geral de Palmas (HGP), Leonardo Toledo.
O governador Marcelo Miranda, a vice Claudia Lelis e o secretário Marcos Musafir visitam paciente, durante a inauguração da nova ala do HGP
Outra ação da gestão é o investimento no valor de R$ 568.014,47 em mais dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica que serão instalados em Araguaína, no Hospital Municipal Eduardo Medrado.
Ainda em Araguaína, foi inaugurada a Casa Divina Providência de acolhimento a gestantes, bebês e puérperas. O local, mantido pelo Hospital Dom Orione, atende uma reivindicação de 2013, onde o Estado assinou convênio para implementação da Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, que visa assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério.
Estoque de Medicamentos e Insumos
Uma notícia bastante positiva para os pacientes e usuários do serviço público de Saúde foi o fato de o Governo ter regulado a compra de medicamentos e materiais nas unidades hospitalares de todo o Estado. Quando assumiu a gestão, o governador Marcelo Miranda encontrou os estoques com apenas 50% de abastecimento. Atualmente, esse número saltou para 85%, com previsão de alcançar 90% ainda no final do ano.
Novas ambulâncias foram entregues pelo Governo do Tocantins para as prefeituras do interior do Estado
Isso aconteceu em razão de do governador ter determinado, em 2015, quando assumiu o Governo do Tocantins, a implantação de um sistema de padronização de medicamentos, que por meio da série histórica do consumo de cada hospital possibilita a compra correta, evitando atraso e gerando economia.
“Nós já estivemos aqui antes e a situação era bem diferente. Atualmente, o que vemos é resultado de planejamento e de comprometimento de toda equipe da Saúde. Nos próximos meses a meta é chegar a 90% de abastecimento e isso é motivo para nos alegrar, porque tudo isso resulta no bom atendimento ao paciente”, afirmou o governador Marcelo Miranda.
Saúde Infantil
No mês de abril, o Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR) realizou o primeiro implante de marca-passo em bebê. O procedimento de alta complexidade do hospital foi um sucesso. Na ocasião, a menina de 26 dias, Ayla Vitória Silva da Conceição, nasceu com bloqueio atrioventricular congênito, ou seja, com frequência cardíaca de 40 bpm, bem abaixo do que é considerado normal: de 110 a 120 bpm. A menina, que mora com os pais em Araguaína, região norte do Estado, leva atualmente uma vida normal.
Já no Hospital Infantil Público (HIP), foi realizado o 11º Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança. Ao todo, 25 crianças foram atendidas, com 30 procedimentos cirúrgicos entre hernioplastias inguinal e umbilical, orquidopexia e postectomia. Os procedimentos foram realizados pelo Serviço de Cirurgia Pediátrica do HIP, composto pelos cirurgiões pediátricos.
Ainda na área da saúde infantil, mais de 20 crianças que estavam na lista do Serviço de Regulação Estadual para realização de cirurgias eletivas foram beneficiadas em ação que ocorreu no Hospital Regional de Augustinópolis (HRA). O hospital realizou o 1º Mutirão de Cirurgia Pediátrica da unidade e beneficiou pacientes de 9 meses a 12 anos, referenciados de 24 municípios, com o total de 23 procedimentos.
Edital deve sair nos próximos dias; ao todo serão ofertadas 1.040 vagas, sendo 1.000 para soldados e 40 para oficiais da Polícia Militar
Por Jarbas Coutinho
Considerado fundamental para reforçar o efetivo da corporação e a segurança pública no Estado, o concurso da Polícia Militar do Estado do Tocantins já é uma realidade. O governador Marcelo Miranda assinou o contrato com a empresa Assessoria em Organização em Concursos Públicos LTDA (AOCP), vencedora da licitação para realização do certame. A assinatura ocorreu na manhã desta quinta-feira, 4, em solenidade realizada na sala de reuniões do Palácio Araguaia. Ao todo serão ofertadas 1.040 vagas, sendo 1.000 para soldados e 40 para oficiais da Polícia Militar.
Com a assinatura do contrato o próximo passo será a publicação do edital do concurso, que deverá ocorrer no período de 8 a 12 de janeiro. Tão logo isso ocorra serão abertas as inscrições por um período de 30 dias. A expectativa é que as provas de cunho intelectual sejam realizadas na segunda quinzena de março.
Para o governador, a formalização do contrato significa um passo importante para realização do concurso, que vai permitir reforçar o policiamento e proporcionar a sensação de segurança à população em todo o Tocantins. “A realização desse concurso é um compromisso da minha gestão e tenho a grata satisfação em dizer que o setor de segurança pública, nos últimos anos, tem recebido uma atenção redobrada”, destacou, lembrando os investimentos relacionados à PM, a exemplo da expansão e renovação da frota de viaturas e aquisições de equipamentos e armas, entre outros.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Edvan Jesus Silva, ressaltou o desejo de realizar todas as etapas na maior brevidade possível, mas com transparência e respeitando os prazos legais. “A idéia é concluir uma fase e iniciar a outra imediatamente, para que ainda este ano possamos ter todos esses profissionais integrando os quadros da Polícia Militar, e fortalecermos ainda mais a segurança em nosso Estado, como deseja o governador Marcelo Miranda”.
O representante da AOCP, Wesley Faria, disse que o concurso da PM é bastante atrativo, principalmente em virtude da remuneração dos profissionais da corporação, que está entre as melhores do Brasil, e a expectativa é de mais 40 mil inscritos. Ele explicou que o valor da taxa de inscrições e outras informações sobre o certame ainda estão sendo acertadas pela comissão do concurso e podem ser conferidas no edital que será publicado nos próximos dias.
A solenidade contou com a presença de deputados estaduais, do prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, secretários de Estado e presidentes de associações militares, entre outras autoridades.
Condenado ou não, julgamento colocará em contraposição militantes e oposicionistas, e pode influenciar nas coligações
Por Edson Rodrigues
Independente de se condenado ou absolvido pelo TRF 4 (Tribunal Regional da 4ª Região, em Porto Alegre, RS), a simples presença do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no tribunal do júri trará para as ruas a militância do PT e, fatalmente, os que não querem mais ver Lula como cidadão com legitimidade para concorrer a qualquer eleição.
O ex-ministro José Dirceu, por exemplo, disse que o julgamento de Lula noTribunal de 2ª instância será o “dia da revolta”.Através de mensagens, ele afirmou “éhora de agir e não de falar”.
Dirceu também sugeriu que os petistas transformemsuas energias “em fúria, revolta, indignação e ódio”echamou o julgamento de Lula de “fraude jurídica”.
Em 2016, Dirceu foi condenado (por Sérgio Moro) porlavagem de dinheiro, corrupção passiva e organizaçãocriminosa.Em setembro do mesmo ano, a pena dele foi aumentada(pelo TRF-4 – 2ª instância) para 30 anos e nove mesesde prisão, mas ele permanece solto.
Esse clima sugerido pelo PT coloca todo o Brasil em um clima de grande tensão no próximo dia 24.
Se Lula for absolvido, o Ministério Público Federal ainda pode recorrer às instâncias superiores. Se Lula for condenado por dois votos a um, a defesa terá dois dias para apresentar embargos infringentes e pedir para o voto que beneficia o réu prevaleça sobre os demais e haverá um novo julgamento, desta vez, por sete juízes federais, incluindo os três da Turma do TRF 4.
Mas, se Lula for condenado por unanimidade, a defesa terá dois dias para apresentar embargos declaratórios, que são recursos que questionam omissões ou dúvidas em um processo judicial.
Portanto, tanto a condenação quanto a absolvição do ex-presidente terá consequências diretas no processo sucessório, uma vez que Lula lidera todas as pesquisas de intenção de voto com o dobro do segundo colocado, seja em qual panorama tenha sido feita a pesquisa, o que significa que a decisão do próximo dia 24 vai trazer efeitos nas decisões de milhões de eleitores brasileiros em todos os estados do País, principalmente porque terá a maior e mais completa cobertura política da história da mídia brasileira, com a participação ativa das mídias sociais.
TOCANTINS
No Tocantins a incógnitas permanecem, principalmente em relação ao resultado do julgamento do ex-presidente Lula, pois qualquer que seja o resultado, como já falamos, haverá uma grande movimentação política a partir dessa decisão.
O Prefeito da Capital, Carlos Amastha, que costuma dar um banho de marketing pessoal sobre os demais pré-candidatos, vive sob o peso de ter chamado os políticos tocantinenses de “vagabundos, incompetentes e corruptos” e ter, ele próprio, Amastha, sido indiciado pela Polícia Federal.
Como suas críticas são sempre direcionadas aos congressistas e parlamentares, Amastha mudou de alvo, mirando, agora na própria Polícia Federal que, segundo ele, “deveria lhe pedir desculpas por tê-lo acusado sem provas”. Essa declaração, na visa da maioria da sociedade, não passa de mais uma jogada de marketing, numa tentativa de ludibriar os eleitores.
Amastha ainda aparece muito bem colocado nas pesquisas internas dos partidos, baseado apenas em seu marketing pessoal e no fato de ter sido considerado o terceiro melhor prefeito de capitais brasileiras em uma pesquisa, m as, infelizmente, para ele, isso não vem bastando para que nomes de peso da política tocantinense se coloquem à disposição de “vestir a carapuça” de “vagabundo, incompetente e corrupto”, tornando uma possível candidatura de Amastha uma questão ainda indefinida.
Já a senadora Kátia Abreu, recém eleita presidente da Federação de Agricultura do Tocantins, tem sua pré-candidatura mais que confirmada, porém, com o empecilho de estar sem partido e de ter que conseguir uma legenda que a aceite, de cara, como líder e mandatária incontestável, com a prerrogativa de indicar os nomes e coligações para a chapa majoritária, o que, venhamos e convenhamos, seria, no mínimo, humilhante.
É certo, porém, que Kátia Abreu não se filiará a nenhum partido ligado ao presidente Temer ou à sua base de apoio, tendendo a optar em alguma coisa mais próxima do PTB e do próprio PT, pois conta com o apoio irrestrito do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff.
O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, se afastará, esta semana, do seu cargo para fazer uma série de visitas a municípios em algumas regiões do Estado para fazer contato com lideranças políticas, empresariais e classistas, em mais um esforço concentrado para dar mais visibilidade ao seu nome.
E o nome que pode desequilibrar, de forma positiva, o processo sucessório, que é o governador Marcelo Miranda, começa a dar sinais de que será, mesmo, candidato à reeleição, lembrando que, caso opte por se reeleger, entra na disputa com a vantagem de o Estado estar com os cofres abarrotados de recursos para obras, advindos de emendas impositivas, convênios com o governo federal e dos empréstimos levantados junto à Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Mundial.
Com essa verba em mãos, Marcelo Miranda deve assinar ordens de serviço em todos os 139 municípios do Estado, que será transformado em um verdadeiro canteiro de obras, aquecendo a economia, gerando empregos e resgatando compromissos de campanha, o que, todos sabem, são grandes “cabos eleitorais” em qualquer parte do mundo.
ELEIÇÃO “TEMPERADA”
Logo, não será por falta de “tempero” que as eleições de outubro próximo passarão para a história do Tocantins - e do Brasil – como uma das mais acirradas.
Um concorrente falastrão que quer “desculpas” da polícia Federal, uma concorrente com prestígio, mas sem partido, um concorrente admirado pela capacidade administrativa, mas que precisa ser conhecido pelo resto do Estado, um concorrente vindo do mundo jurídico – Dr. Márlon Reis – que criou o nacionalmente conhecido bordão “ficha limpa”, um governador que enfrentou inúmeros desafios, mas soube ter a verba para obras necessárias no momento certo e, para dar o toque final, um ex-presidente sob julgamento, cujo resultado vai interferir diretamente no “gosto final” do processo sucessório.
Sem contar que ainda falta um ingrediente crucial nesse “caldeirão”, que são as operações da Polícia Federal no Tocantins, que podem “dar azia” em muitos pretensos candidatos, inclusive o que espera “desculpas” da PF, mas que pode receber uma “garrafa” de malagueta pra engolir à seco...
Realmente temos um caldeirão repleto de temperos e essa “fervura” ainda vai dar muito o que falar....
Em carta entregue ao presidente Michel Temer ele afirma que assumiu governo "falido" e "despedaçado".
Yara Aquino da A Br
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, entregou hoje (3) carta de demissão ao presidente Michel Temer, em reunião no Palácio do Planalto. Ele anunciou a decisão por meio das redes sociais. Na carta, Pereira explica que deixa a pasta para se dedicar a questões pessoais e partidárias. O Palácio do Planalto não comentou o pedido de demissão.
Marcos Pereira é presidente licenciado do PRB e pode disputar cargo eletivo na próxima eleição.
Essa é a segunda baixa no ministério do presidente Temer em menos de 10 dias. Na semana passada, Ronaldo Nogueira deixou o comando do Ministério do Trabalho também para se candidatar nas eleições. Nos últimos dias, o presidente Temer tem conversado com integrantes do PTB em busca de um nome para assumir o Ministério do Trabalho.
Caros amigos, colegas do PRB, povo brasileiro: entreguei hoje ao presidente Michel Temer meu pedido de demissão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Cumpri com muita dedicação esta missão que me honrou muito. Abaixo segue a íntegra da carta.
Balanço
Na carta de três páginas, Marcos Pereira faz um balanço das ações de sua gestão no ministério, iniciada em maio de 2016. Ele registra que “assumimos um governo falido, despedaçado, com todos os índices econômicos negativos e sem perspectiva de melhora de vida” e que o governo enfrentou os desafios e o país “encontrou seu curso novamente”.
Pereira finaliza o texto dizendo que espera ter honrado o setor produtivo brasileiro e seu partido, o PRB, e agradece a confiança do presidente Temer. Ele justifica o pedido dizendo que “preciso deixar o ministério para poder me dedicar a questões pessoais e partidárias”.
Na sua conta no Twitter, Pereira também agradeceu os servidores e secretários do ministério pelo trabalho realizado nos últimos 21 meses.
Nomeação da deputada do PTB foi publicada no 'Diário Oficial da União'. Cristiane foi indicada ao presidente Michel Temer pelo pai e presidente da legenda, o ex-deputado Roberto Jefferson
Da Agência Brasil
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, informou que a sua filha e deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) vai assumir o ministério do Trabalho. Ele se reuniu hoje (3) com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu e disse que o nome de Cristiane Brasil "surgiu" durante a conversa e não foi uma indicação dele próprio.
"Eu vim discutir outros nomes, estávamos pensando em três [outros deputados]. Aí roda pra cá, roda pra lá. Então se falou: 'Roberto, e a Cristiane? Por que não?' Aí foi da cabeça do presidente: 'Ela é uma menina experimentada, foi secretária municipal em vários governos na cidade do Rio de Janeiro'. Eu falei: 'presidente, aí o senhor me surpreende, vou ter que consultar", afirmou Roberto Jefferson.
Segundo ele, após a consulta e a aceitação, Cristiane Brasil concordou em não disputar as eleições deste ano. "Ela ficará ministra até o final [do governo de Temer]", afirmou. Roberto Jefferson disse ainda que o líder do partido na Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), também concordou com a nomeação e disse que ela tem a "confiança" da bancada.
Durante entrevista a jornalistas em que anunciou o nome da filha para o cargo, Roberto Jefferson, que foi protagonista e o primeiro delator do mensalão há pouco mais de dez anos, se disse emocionado. "É um resgate da imagem, da família. Depois do que aconteceu, mas já passou. Fico satisfeito", afirmou, com a voz embargada.
Ronaldo Nogueira deixou o ministério no último dia 27 para se candidatar a um cargo eletivo no pleito deste ano. Para concorrer a cargos eletivos a nível nacional, ministros de Estado precisam se afastar do cargo com seis meses de antecedência. Após o convite ao deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) não ter sido confirmado devido a resistências do PMDB do Maranhão, Roberto Jefferson disse que o "imbróglio acabou". "Não há conflito no PTB, há uma relação muito boa entre mim, os líderes no Senado e na Câmara. A bancada é unida", disse.