Deputada federal afirma que sente culpa por invasão golpista em Brasília
Por Gabriel Barbosa
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que durante o governo Bolsonaro foi uma das mais fiéis ao Jair, já começou a dar sinais de abandono ao ex-presidente e disse que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já é algo superado entre os parlamentares da extrema-direita.
“Já está superada a questão das urnas por nós parlamentares. Se ainda tem algo a ser feito, talvez seja voltar a falar sobre voto impresso”, disse ela em entrevista a Folha.
Antes ferrenha defensora do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), agora Zambelli volta atrás e diz que “agora a gente tem que virar a chave”. “Qualquer impeachment no STF, o substituto vai ser indicado por Lula. Pode entrar uma pessoa que faça as maldades do Alexandre de Moraes parecerem uma criança chupando picolé”, declarou a parlamentar.
“Várias vezes fui dormir pensando que ia ter que acordar às 6h com a Polícia Federal na minha porta”, prossegue. Já sobre o fatídico episódio em que saiu correndo atrás de um eleitor de Lula com uma pistola, pelas ruas de São Paulo, Zambelli disse o seguinte: “Fiz um mea-culpa em relação a ter sacado a arma. Errei politicamente, deveria ter evitado aquele início de briga”.
Por fim, ela deixou críticas ao ex-ocupante do Planalto, principalmente sobre sua ausência do Brasil. “Na live que Bolsonaro fez em 30 de dezembro, ele tinha que ter deixado claro o que pensava. Ele seria um remédio se tivesse dito que era para as pessoas saírem dos quartéis. Agora não é hora de bater no STF, não é hora de fazer manifestação”, pontuou.
“Passar um tempo fora para pensar no que vai fazer é legítimo. Mas concordo que ele deveria estar aqui para liderar a oposição. A gente teria mais condições, capacidade e força”, finaliza.
A causa da morte foi uma complicação em decorrência de uma cirurgia no pulmão, conforme informou a família da ex-parlamentar.
Com Yahoo Notícias
Iris foi filiada ao MDB, disputou a Vice-Presidência da República em 1994 e foi suplente no Senado, tendo assumido a cadeira na Casa em duas ocasiões. Ela era casada com o ex-governador de Goiás Iris Rezende, que faleceu em 2021.
Natural de Três Lagoas (MS), Iris foi deputada federal por Goiás por dois mandatos, eleita nos pleitos de 2006 e 2010. Antes, foi primeira-dama de Goiás, nos anos 1990, e de Goiânia, onde seu marido, Iris Rezende, foi prefeito três vezes. Ela também já assumiu a presidência do MDB interinamente em 2009, no lugar de Michel Temer.
A morte da ex-deputada foi lamentada por políticos e autoridades. O atual presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), afirmou que Iris abriu caminho para outras mulheres do partido e destacou sua "forte atuação nas áreas social, cultural e na defesa da democracia". A conta oficial da legenda divulgou nota de pesar com os dizeres de Rossi.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prestou condolências aos amigos e familiares da ex-deputada. "Deixa o legado de uma mulher tenaz, que soube conciliar a vida familiar com a carreira pública de maneira exemplar", publicou Pacheco.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lamentou a morte de Iris e afirmou que ela "exerceu grande protagonismo na política goiana". O prefeito Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), afirmou que "o Brasil perde uma das mais expressivas lideranças femininas, que ao longo de décadas esteve na linha de frente na defesa dos direitos das mulheres e dos ideais democráticos".
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), prestou solidariedade "aos familiares e amigos" de Iris e ao povo goiano. O ex-governador do Paraná Roberto Requião (PT) disse "sentir na alma" o falecimento da ex-deputada. "Grande líder política, correta, corajosa. Marcou fortemente sua passagem pela vida e pelo Congresso Nacional", escreveu. A senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) também prestou condolências e descreveu Iris como "grande defensora dos direitos das mulheres e meninas".
Por mais que o governador Wanderlei Barbosa tenha sido eleito com maioria esmagadora e tenha o apoio dos 24 deputados estaduais e da maioria da bancada federal, há, sim, grupos políticos que fazem oposição ferrenha ao Palácio Araguaia, assim como a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, aliada do grupo palaciano, também enfrenta uma oposição forte e bem postada.
Por Edson Rodrigues
Nos dois casos os grupos oposicionistas estão presentes nos principais municípios tocantinenses e têm como principais líderes a ex-senadora Kátia Abreu, o senador Irajá Abreu e o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, todos derrotados nas eleições do ano passado - Kátia e Amastha para o Senado e Irajá Abreu para o governo do Estado.
KÁTIA ABREU
A imprensa local e até mesmo a nacional, fizeram alarde com o nome de Kátia Abreu, a colocando em cargos como presidente ou diretora do Banco do Brasil, embaixadora, ministra da Agricultura, entre outros, por conta da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, para a presidência da república. nenhuma dessas previsões se concretizou até agora, e seu nome ainda consta como um dos cotados para assumir a presidência do Sebrae nacional.
Por outro lado, até o momento, Kátia Abreu se mantém em silêncio quanto ao seu futuro político, sem dar nenhuma sinalização de quais serão seus próximos passos na vida pública. A única certeza é de que não continuará no PP, partido que presidiu no Tocantins até a eleição de três de outubro do ano passado, e que, agora, está nas mãos do deputado federal Vicentinho Jr., e que é parte do bloco bolsonarista, oposição ao governo Lula, apoiado por Kátia na última eleição.
Já o senador Irajá Abreu também se encontra “recolhido”, sem dar pistas sobre seus próximos passos na política ou qual será a estratégia que irá adotar depois do recado das urnas. Tanto Kátia quanto Irajá e Amastha contam com vários prefeitos tocantinenses, eleitos sob respaldo de um ou de outro, em seus grupos políticos - o PSD, de Irajá tem dois deputados estaduais - que aguardam o posicionamento dos dois para saber como agirão em relação às eleições municipais de 2024.
No caso dos deputados estaduais, apesar de estarem filiados às legendas de Irajá (PSD) e de Amastha (PSB), eles fazem parte do grupo de apoio ao governador Wanderlei Barbosa e, como não são donos dos seus cargos, precisam de um entendimento para poder mudar de partido. já os prefeitos são donos de seus cargos e podem se movimentar na hora que bem entenderem, e cabe a eles decidir se serão candidatos por um partido da base do Palácio Araguaia ou por um partido de oposição.
AOS DESAVISADOS
Ex-prefeito de Palmas Carlos Amaastha
Vale lembrar que até a realização das convenções partidárias visando as eleições municipais de 2024, há muito espaço para que os candidatos dos partidos de oposição cresçam, assim como também para os candidatos palacianos, que podem ter seu grupo político aumentado e fortalecido, com pré-candidaturas a prefeito e a vereador nos 20 maiores municípios do Estado e na Capital, Palmas, maior colégio eleitoral do Tocantins.
Amastha e Irajá são presidentes de suas legendas, e Kátia Abreu deve mudar de partido e permanecer na oposição. Levando-se em conta que em nenhuma eleição municipal a oposição deixou de fazer entre 35% a 45% dos prefeitos, seja quem fosse o governador a habitar o Palácio Araguaia, as chances dessas três lideranças em ter um ganho político que lhes permita uma sobrevida nas eleições estaduais de 2026 é bem grande.
Senador Irajá Abreu e a ex-senadora Kátia Abreu ainda no PP
Não está descartado que o grupo palaciano possa chegar em 2024, principalmente na Assembleia Legislativa, com algumas baixas e que o céu do governo Wanderlei Barbosa não seja o “de brigadeiro”, como está hoje. Da mesma forma com que é possível que o grupo palaciano chegue nas eleições de 2024 ainda mais robusto e forte pois, em política, nada é exato.
UNIÃO CRUCIAL
Mas, nada do que as oposições fizerem em busca de sucesso nas eleições de 2024 terá valido a pena se, no momento certo ela não estiver unida e agir com a astúcia necessária para saber identificar os pontos fracos do grupo político situacionista e agir de maneira cirúrgica.
Kátia, Irajá e Amastha só terão condições de fortalecer seus candidatos a prefeito e a vereador – ou suas próprias candidaturas – se estiverem unidos, com o mesmo discurso e sob a mesma bandeira. não somos nós que dizemos isso, mas a história política tocantinense.
Caso se lancem nessa empreitada dividido, todos os três serão “abatidos em pleno voo” e estrão passando um atestado de que ainda falta muito para a oposição ser levada a sério no Tocantins.
O tempo dirá!
O deputado estadual Valdemar Júnior, (Republicanos) foi eleito presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social e vice-presidente da Comissão de Administração, Trabalho, Defesa do Consumidor, Transportes, Desenvolvimento Urbano e Serviço Público.
Com Assessoria
A votação ocorreu na noite desta quarta-feira (15) no Plenarinho da Assembleia Legislativa, durante a reunião de instalação e eleição das Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa.
O deputado agradeceu a confiança dos companheiros do parlamento, destacando que irá se empenhar junto aos trabalhos, em ambas as áreas. “São duas comissões importantes que se dedicam à apreciação das proposições e emissão de pareceres de projetos de lei da Casa e do Executivo”, disse.
“O que mais me motiva, é porque são áreas que promovem debates relevantes de forma coletiva, entre os deputados, entidades, gestores, agentes públicos estaduais e população em geral. Tudo em prol de um trabalho mais eficaz, que resultem em sugestões ao governo e aprovações de projetos do Executivo e Legislativo, que promovam avanços nas áreas, beneficiando à população tocantinense”, ressaltou.
“Eu sempre disse que saúde e assistência social são prioridades em nosso mandato, porque são duas pastas que cuidam da vida de pessoas. Estou motivado em trabalhar para que a comissão de Saúde seja plural, onde a população e as entidades possam ter voz e vez”, declarou.
Dados são da Tax Foundation, que atua no mundo há mais de 80 anos na coleta de dados sobre tributos
Com Yahoo Notícias
O governo estima que o tributo unificado sobre consumo a ser criado com a reforma tributária terá uma alíquota de 25%, disse nesta quarta-feira o secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, destacando que o patamar será definido de forma a não aumentar a carga de impostos do país.
Em evento promovido pelo grupo RenovaBR, Appy afirmou que caso seja esse o nível definido, a distribuição da cobrança entre os entes seria feita de forma que a União fique com uma fatia de 9%, enquanto Estados ficam com 14% e municípios, com 2%.
Segundo ele, a reforma a ser apoiada pelo governo, que deve se formar a partir de uma conjugação de duas PECs que já tramitam no Congresso, poderá beneficiar todos os setores da economia, além de não gerar perdas a Estados e municípios.
Sob o argumento de que a reforma vai gerar ganho de produtividade e crescimento econômico, o secretário afirmou que não haveria um jogo de "soma zero", no qual um setor tem que perder para outro ganhar.
Appy reconheceu, no entanto, que apesar de a discussão estar madura, o Congresso ainda precisará fazer debates setoriais para aprovar a proposta.
As negociações de mudanças na tributação sobre o consumo historicamente são tomadas por atritos com setores e entes federativos que temem sair perdendo com as mudanças de regras.
"A reforma tributária, ao aumentar o crescimento potencial da economia, beneficia todo mundo, beneficia o trabalhador, cuja renda vai aumentar, beneficia o empresário porque o lucro aumenta com a economia crescendo mais, beneficia o governo porque se você mantém a carga na proporção do PIB, a arrecadação cresce mais se a economia cresce mais", disse.
No último governo, o então ministro da Economia Paulo Guedes entrou em embate com governadores que defendiam a criação de um fundo de compensação de perdas com a reforma.
Nesta quarta, Appy afirmou que o governo pode apoiar a criação de um fundo de desenvolvimento regional, presente em uma das propostas do Congresso, para substituir a atual política de benefícios fiscais, considerada ineficiente.
“Você poderá beneficiar outros setores da economia, como serviços, pode investir em infraestrutura, qualificação de mão de obra”, disse, citando alternativas à desoneração de áreas específicas da economia.
A reforma em negociação, explicou, deve unificar cinco tributos --Pis, Cofins, IPI, ICMS e ISS-- para criar um ou dois tributos que incidirão sobre valor agregado, além de um imposto seletivo para taxar produtos com efeitos negativos sobre meio ambiente e saúde.
Na apresentação, o secretário mencionou que as duas propostas usadas como base para as negociações preveem um mecanismo para retornar recursos a famílias mais pobres, uma espécie de "cashback", o que, segundo ele, amplia o caráter redistributivo da reforma.