Governo do estado precisa de orçamento e ações na saúde, enquanto, em Brasília, tem senador falando besteira e um presidente com a popularidade em queda

Posted On Quinta, 21 Março 2019 04:05
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O Tocantins vive uma grande expectativa, tanto da sociedade quanto da classe política, acerca da aprovação do Orçamento do Estado, para que os anúncios de obras feitos pelo governo sejam realmente concretizados, como a revitalização do Projeto Rio Formoso, a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, os Hospitais de Gurupi e Araguaína, as estradas a serem pavimentadas, as pavimentadas a receber uma operação Tapa-buracos, as novas delegacias de polícia no interior – com o devido número de funcionários – a extinção ou fusão de secretarias para o enxugamento da folha salarial, cortando na própria carne, em nome do equilíbrio das finanças do Estado, entre outros pontos.  Por isso, a aprovação do Orçamento pela Assembleia Legislativa é considerado prenúncio de boas notícias.

 

 

Por falar em outros pontos, faz-se necessária uma medida drástica para fazer recrudescer os índices de violência nos oito principais municípios, com a elaboração de políticas de combate ao crime que abranjam o aumento de efetivo e de condições de trabalho para os policiais.

 

Outro ponto crucial é a ação na área da Saúde Pública, onde o governador Mauro Carlesse tem que fazer valer o peso de sua mão se, porém, entregar de bandeja a cabeça do secretário, já que vimos, nos últimos anos, muitas trocas de secretários de Saúde e a permanência dos problemas.

 

Trocar de secretário e manter o mesmo modus operandi, de nada adianta.

 

Voltamos a afirmar que o concurso público para a Saúde e a liberdade para o secretário escolher seus auxiliares, sem interferência política, autonomia nos investimentos da área é a solução para o setor.

 

 

De nada adianta trocar o técnico, se o time não joga nada e, neste caso, a decisão está toda nas mãos do governador, Mauro Carlesse.

 

EM BRASÍLIA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma representação contra o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) ao presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli.

 

No documento, que foi protocolado nesta terça (19), Mendes cita trechos de uma entrevista do senador à Rádio Bandeirantes, no domingo (17). Kajuru afirma querer saber como o ministro "tem R$ 20 milhões de patrimônio". "De onde você tirou esse patrimônio? De Mega Sena? De herança de quem você tirou, Gilmar Mendes? Foram das sentenças que você vendeu, seu canalha!"

 

O senador diz ainda que Mendes é sócio dos ex-governadores tucanos Beto Richa (PR), Aécio Neves (MG) e Marconi Perillo (GO). "Nós vamos pegar, apurar, investigar todas as empresas que eles são sócios, que eles têm negociação, por que ele protegeu Aécio Neves, por que ele protege o Marconi Perillo. Por que ele protege tantos outros políticos."

 

Segundo Kajuru, Mendes será o primeiro alvo da CPI da Toga.

 

Se quer fazer uma investigação, abrir a “CPI da Toga”, como falou, o senador Kajuru deveria agir como um senador age, utilizando-se dos métodos legais para investigar quem quer que seja. 

 

Sair afrontando membro do Judiciário na imprensa já corresponde a um ponto a menos para as intenções de Kajuru, pois o povo não gosta de baixaria e o tom da entrevista, com alavras de baixo calão, já criou uma antipatia às intenções do senador.

 

Há limites para o comportamento de um senador da República.  Nenhum deles tem o direito de se esconder à sombra do cargo para fazer ataques verbais a outras pessoas ou outros poderes, pela pura e simples proteção do foro privilegiado.

 

Por qual razão Kajuru nunca disse o que disse sobre Gilmar Mendes antes de ser senador?

 

BOLSONARO EM QUEDA

Está na mídia, que o governo Bolsonaro está em queda de popularidade. Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (20) mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL): ótimo/bom: 34%; regular: 34%; ruim/péssimo: 24%; não sabe/não respondeu: 8%. A avaliação positiva do presidente caiu 15 pontos percentuais desde a posse. Em fevereiro, segundo a pesquisa, 19% consideravam o governo "ruim/péssimo"; 30%, "regular"; e 39% o avaliavam como "bom/ótimo”. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre 16 e 19 de março. O índice de aprovação é 15% menos do que o apurado na pesquisa realizada no mês de janeiro: 49% contra os atuais 34%.

 

A pesquisa também avaliou a opinião dos entrevistados sobre a maneira de governar do presidente da República: aprovam: 51%; desaprovam: 38%; não souberam ou não responderam: 10%. Em fevereiro, 57% aprovavam e 31% desaprovavam.

 

Outro ponto questionado pelo Ibope foi sobre a confiança dos entrevistados em relação ao presidente: confia: 49%; não confia: 44%; não souberam ou não responderam: 6%. Em fevereiro, 55% afirmaram confiar no presidente e 38% disseram não confiar. A avaliação positiva de Jair Bolsonaro é inferior àquelas registradas para Fernando Henrique Cardoso (1º mandato), Lula (1º e 2º mandatos) e Dilma Rousseff (1º mandato). No entanto, ela é maior que as de Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff no início do segundo mandato.

 

Bolsonaro precisa mudar seu comportamento para com a mídia com urgência, sob o risco de virar um novo Collor.  Subestimar a imprensa, o poder Judiciário e o povo brasileiro baseado no resultado das urnas, já conta a história, é um ledo engano.

 

Ter uma popularidade baixa significa, também, não ter o apoio necessário no Congresso Nacional para aprovar as reformas que precisam ser aprovadas.  Significa, também, perda de comando sobre seus aliados e, nem a presença de notáveis em seu governo, como é o caso do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vai lhe garantir êxito e, sem realizações e sem credibilidade, o governo de Jair Bolsonaro pode ter um fim antecipado pelo próprio povo que o elegeu.

 

PF indicia Lula e filho 

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho, Luís Cláudio, por supostos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência. A investigação, que é abastecida pela delação da Odebrecht, mira pagamentos à empresa de marketing esportivo Touchdown, de propriedade de Luís Cláudio. Segundo a PF, a empresa teria recebido R$ 10 milhões em alguns anos "apesar de seu capital social de R$ 1 mil". As informações foram reveladas pelos repórteres Bruno Tavares e Robinson Cerântula, da TV Globo, e confirmadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

 

A juíza da 4.ª Vara Criminal de São Paulo, Bárbara de Lima Issepi, remeteu o caso para uma das varas especializadas em lavagem de dinheiro. Consta nos autos que "a partir disso, Alexandrino Alencar (Odebrecht) teria procurado a empresa 'Concept', com o intuito de beneficiar a empresa de Luis Claudio, Touchdown, a desenvolver o futebol americano no Brasil". "Adalberto Alves, representante da Concept, por sua vez, afirmou que a empresa foi principalmente remunerada pela Odebrecht, contudo prestou serviços para a empresa Touchdown: segundo consta, a Odebrecht teria arcado com valor aproximado de R$ 2 milhões, ao passo que a Touchdown teria desembolsado aproximadamente R$ 120 mil".

 

"Há indícios de utilização de intermediários ('laranjas') para o pagamento de valores suspeitos. A esse respeito, destaque-se o pagamento de R$ 846 mil, apenas no ano de 2013, a empresa com capital social de R$ 1,00, cujo objeto social diz respeito à animação de festas (recreação, e fabricação de doces e salgados). Segundo a Autoridade Policial, a representante desta empresa (Roseane Matos), antes de começar a receber valores da Touchdown, possuía renda mensal de apenas um salário mínimo".