O número, apresentado pelo MapBiomas, é 62% maior que a média histórica brasileira
Por Marcos Marinho
O ano de 2024 foi de preocupação para o Brasil, quando o assunto são as queimadas. Isso porque, de acordo com o levantamento do MapBiomas, o Brasil registrou um recorde de 30 milhões de hectares queimados no ano passado, número 62% acima da média histórica, iniciada em 1985. Dados foram divulgados nesta terça-feira (24).
O bioma mais afetado nesse período foi a Amazônia (52%), sendo considerada o epicentro das queimadas em solo nacional. Nela, foram queimados cerca de 15,6 milhões de hectares.
Cerrado (35%), Pantanal (7%), Mata Atlântica (4%), Caatinga (1%) e Pampa (0,03%) aparecem, respectivamente, na sequência dos biomas mais degradados pelo fogo.
Em termos proporcionais, o Pantanal foi o que mais sofreu com as queimadas em toda a série histórica, ou seja, quando comparados o tamanho do bioma e a dimensão da queimada.
Além disso, segundo dados divulgados hoje pelo Relatório Anual do Fogo, do MapBiomas, cerca de 43% de toda a área queimada no país ocorreu nos últimos dez anos. O levantamento mostra também que quase um terço (29%) das queimadas foram resultados de megaincêndios que ocorreram em áreas que tinham mais de 100 mil hectares.
Queimadas em 2025
Ao que parece, 2025 manterá a tendência de queimadas. Até o mês de maio, cerca de 1,26 milhão de hectares já sofreu com as queimadas. Os dados são do Monitor do Fogo, ferramenta do MapBiomas que mapeia mensalmente as áreas queimadas no Brasil, utilizando imagens de satélite Sentinel-2.
Mesmo impressionante, o número é 66% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, e 36% inferior quando comparado com a variação média anterior.
Seguindo a tendência da média histórica, a Amazônia também foi o bioma que mais sofreu com os incêndios florestais. O levantamento mostra que, em 2025, o ecossistema já teve mais de 840 mil hectares afetados pelos incêndios. Seguido, respectivamente, por Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa.
Portaria publicada no Diário Oficial estabelece regras do Enamed, exame que avaliará todos os estudantes concluintes de Medicina
COM SITE O TEMPO
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União a portaria que regulamenta o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed). A avaliação será obrigatória para todos os estudantes concluintes dos cursos de Medicina, com aplicação anual e validade de três anos.
Nova avaliação obrigatória para formandos em Medicina
Segundo a Portaria nº 413/2025, o Enamed terá 100 questões objetivas, abordando áreas como Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Medicina de Família e Comunidade, Saúde Coletiva e Saúde Mental.
Os estudantes serão inscritos pelas instituições de ensino superior no sistema do Enade e deverão responder a questionários obrigatórios como parte do processo de avaliação.
Enamed e residência médica
O desempenho no Enamed poderá ser usado pelos candidatos que desejam participar do Enare (Exame Nacional de Residência), desde que o estudante autorize o uso dos dados no momento da inscrição. A participação no Enamed é gratuita para quem estiver regularmente inscrito no Enade.
De acordo com o Inep, a pontuação será registrada em um boletim individual e poderá ser aproveitada por até três anos nos processos seletivos para programas de residência médica de acesso direto.
Objetivos do Enamed
Avaliar se a formação médica está alinhada às Diretrizes Curriculares Nacionais;
Verificar conhecimentos e competências para o exercício da medicina no SUS;
Subsidiar políticas públicas na área da saúde e educação superior;
Oferecer um instrumento unificado de avaliação da formação médica no país.
Deputada Erika Hilton compartilha gravação que expõe votos da oposição e centrão que encareceram contas; Nikolas Ferreira disse que foi a favor da manutenção do veto de Lula
Com CNN
Enquanto o governo Lula estuda caminhos para reverter o aumento da conta de luz -- após a votação de derrubada de vetos presidenciais no Congresso -- o assunto ganhou as redes sociais de políticos.
Dessa vez, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi quem se adiantou e compartilhou um vídeo para expor votos da oposição e do centrão que contribuíram para encarecer as contas.
Na gravação, a parlamentar afirma que deputados e senadores de oposição "votaram contra o povo" ao acrescentarem emendas durante votação sobre o projeto de lei para regulamentação da energia eólica offshore.
Segundo apuração da CNN, o governo federal calcula impacto de meio trilhão de reais às contas públicos nos próximos 15 anos.
Hilton relembra a votação de outras medidas onerosas aprovadas pelo Congresso, como a taxação de compras internacionais.
Sem citações nominais, a deputada fez críticas ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido pelo compartilhamento de vídeos contra o governo.
Com milhares de seguidores em seus respectivos perfis nas redes sociais, os parlamentares já haviam protagonizado um embate de vídeos ao tratar da polêmica sobre mudanças no Pix.
Nikolas, por sua vez, disse que não foi contra o veto de Lula que impede o aumento da conta de luz.
"Fui a favor da manutenção do veto e isso pode ser facilmente visualizado no site do Congresso Nacional. Mesmo sendo opositor ao Lula, votei para manter o seu veto, simplesmente por coerência. E no fim das contas os que mais me acusam de fake news, são os que mais fazem contra mim", disse o deputado do PL.
Ao todo, 347 deputados e 48 senadores não apoiaram a manutenção do veto.
No PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sete senadores e 63 deputados foram favoráveis à queda do veto. O que foi acompanhado pela base do governo: no PCdoB, foram sete deputados; no MDB, foram dez senadores e 28 deputados; no PSB, um senador e dez deputados; no PSD, 11 senadores e 33 deputados; no União Brasil, dois senadores e 39 deputados.
Presidente dos Estados Unidos classifica como "sucesso militar espetacular" bombardeio a três instalações nucleares iranianos
Com SBT - TV
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um breve pronunciamento à nação após bombardear três instalações nucleares iranianas – Fordow, Isfahan e Natanz –, neste sábado (21). O republicano comemorou o sucesso dos "ataques precisos" que, segundo ele, destruíram as instalações nucleares do Irã. "Nosso objetivo era a destruição da capacidade nuclear iraniana", disse Trump, classificando a ação como um "sucesso militar espetacular".
“Nesta noite, posso informar ao mundo que esse ataque foi um espetacular sucesso militar: as principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completamente e totalmente destruídas”, declarou o presidente, em discurso transmitido pela Casa Branca.
Trump afirmou que o Irã representa uma ameaça constante à estabilidade mundial:
“Por 40 anos, o Irã tem gritado ‘morte à América', 'morte a Israel'. Eles têm matado nosso povo, explodido nossos aliados — essa era a especialidade deles. Perdemos muitas vidas”, afirmou o presidente republicano.
O republicano também elogiou as forças armadas americanas pela operação, mas sinalizou que não quer manter os ataques:
"Com sorte, não vamos mais precisar dos serviços deles [militares que atuaram nos ataques deste sábado] nessa função."
O chefe de Estado americano também mandou um recado direto ao regime iraniano, classificando-o como "o valentão do Oriente Médio", e alertou que a escalada pode continuar caso Teerã não mude de postura.
"Ou haverá paz ou haverá uma tragédia para o Irã muito maior do que vimos nos últimos oito dias", disse Trump. "Ainda há muitos alvos. Nesta noite atingimos os alvos mais difíceis, de longe, e talvez os mais letais, mas se a paz não vier rapidamente, iremos atrás de outros alvos com precisão, velocidade e habilidade. A maioria deles pode ser destruído numa questão de minutos."
Irã x Estados Unidos
O presidente norte-americano havia dito na quinta-feira (19) que decidiria em até duas semanas se os Estados Unidos entrariam diretamente na guerra entre Israel e Irã. Israel iniciou uma ofensiva contra o Irã no dia 12 de junho, quando disparou ataques contra alvos nucleares do país persa.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou a declaração do presidente:
“Com base no fato de que há uma chance considerável de negociações que podem ou não acontecer com o Irã num futuro próximo, tomarei minha decisão sobre ir ou não nas próximas duas semanas”, afirmou Trump.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva durará “quantos dias forem necessários”. O governo israelense alega que o Irã mantém um programa secreto para desenvolver armas nucleares, possui milhares de mísseis balísticos e fornece armamento a grupos como Hezbollah e Hamas.
A relação entre Washington e Teerã se deteriorou ainda mais depois que Trump declarou publicamente, na terça-feira (17), que os EUA sabem a localização exata do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, mas que não pretendem matá-lo "por enquanto". O presidente americano também afirmou que os Estados Unidos têm o controle total dos céus iranianos.
Na mesma linha, o primeiro-ministro de Israel já havia declarado à emissora ABC News que não descarta atacar diretamente o aiatolá. Segundo reportagens americanas, Trump teria recusado anteriormente um plano israelense para assassinar Khamenei por temer uma escalada no conflito — posição que Netanyahu rebateu dizendo: "Isso não vai escalar o conflito, vai encerrá-lo".
Segundo a imprensa norte-americana, Trump já havia aprovado um plano tático de ataque, mas ainda não havia decidido se colocaria a ação em prática. A agência de notícias Bloomberg já havia dito que altos funcionários da Casa Branca estão se preparando para uma possível ofensiva militar ainda no fim de semana. Fontes ouvidas pelo Wall Street Journal afirmaram que a situação permanece volátil e pode mudar rapidamente.Trump diz que instalações nucleares do Irã foram "totalmente destruídas"
Ex-presidente chegou visivelmente indisposto, não falou muito e saiu às pressas, em uma passagem que durou menos de 20 minutos
Por Informoney
Na manhã desta sexta-feira, 20, Jair Bolsonaro (PL) passou mal e precisou cancelar sua agenda em Goiás. Antes de se sentir indisposto, o ex-presidente e seus aliados políticos ganharam um churrasco no Frigorífico Goiás, na capital goiana. O CEO da empresa e amigo do ex-presidente Leandro Batista da Nóbrega serviu carne assada para os apoiadores goianos que aguardavam sua chegada no local.
Em vídeo compartilhado em suas redes sociais, Bolsonaro aparece cumprimentando Leandro e confirmando presença no almoço. O empresário republicou o vídeo e convidou os apoiadores do ex-presidente para recepcioná-lo com camisetas do Brasil no frigorífico a partir das 9h30.
Proposta deve beneficiar bolsonaristas condenados e foragidos, mas exclui autores intelectuais após veto do presidente do Senado
Em outros vídeos compartilhados nos stories do Instagram de Leandro na manhã desta sexta, é possível ver os funcionários preparando a carne e a reunião dos bolsonaristas em frente ao frigorífico.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que acompanha Bolsonaro na agenda em Goiás, compartilhou em suas redes sociais uma foto de uma peça de picanha com o rosto do ex-presidente no rótulo: “picanha black”.
Bolsonaro passa mal durante o evento
Após passar mal durante o churrasco no frigorífico Goiás, Bolsonaro cancelou seus compromissos no estado. A informação foi confirmada por meio de comunicado publicado nas redes sociais do prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), cidade onde Bolsonaro tinha participação prevista.
No comunicado, o prefeito informou que Bolsonaro foi levado de volta a Brasília, sem dar maiores detalhes sobre o estado de saúde do ex-presidente.
Na quinta-feira, 18, ao receber uma homenagem na Câmara de Aparecida de Goiânia, Bolsonaro já havia reclamado de problemas estomacais após um arroto fazê-lo interromper o discurso: “Desculpe aqui porque eu estou muito mal. Eu vomito 10 vezes por dia, talvez. Talvez desce a primeira daqui há pouco aí”, afirmou.
‘Picanha do mito’
Leandro Batista da Nóbrega já havia promovido ações para a campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022. Em 10 de outubro do último ano o empresário anunciou a venda da “picanha do mito”, por R$ 22, para quem fosse ao frigorífico com a camiseta do Brasil.
A promoção gerou tumulto de clientes tentando entrar no estabelecimento. As portas de vidro do frigorífico se quebraram e uma mulher de 46 anos chamada Yeda Batista da Silva morreu durante a ação.
O juiz Wilton Salomão, do Tribunal Regional de Goiás, suspendeu a promoção e justificou que a venda de carne nobre em preço inferior ao do mercado revelava indícios de “conduta possivelmente abusiva do poder econômico em detrimento da legitimidade e isonomia do processo eleitoral”. A decisão ainda determinou multa de R$ 10 mil por hora em que a promoção ficasse publicada no ar.
O Ministério Público também solicitou a abertura de um inquérito na Polícia Federal para investigar a ação. De acordo com o pedido, a promoção se caracterizava como “propaganda eleitoral análoga à de boca de urna com arregimentação de eleitores; divulgação de propaganda de partido político ou de seu candidato; e a publicação de conteúdos nas aplicações de internet no dia das eleições”.