A COVID É O GRANDE ASSUNTO DAS PRINCIPAIS REVISTAS SEMANAIS. ISTOÉ APONTA “A SOLUÇÃO MOURÃO”

 

Da Redação

 

VEJA

Até quando estaremos confinados por causa da Covid-19?

 

Parece uma eternidade, e não se passaram mais de vinte dias desde que o governo do Estado de São Paulo decretou, pioneiramente no Brasil, severas medidas de distanciamento social para combater a pandemia da Covid-19. A partir daí, o país parou, com algumas distinções em cada região — congelamento necessário, imposto pelo mantra que atravessa o mundo, ancorado em três palavrinhas mandatórias: que em casa. E é para ficar mesmo. Mas até quando teremos de estar confinados?

 

Ou, em outros termos: quando conseguiremos retomar o cotidiano de modo relativamente normal, sem riscos para a saúde, mas em ritmo que autorize ar respirável e luz para a economia? Não há, evidentemente, uma resposta clara, muito menos única.

 

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Época

O cara da crise

O dia do “fico” de Luiz Henrique Mandetta começou com uma videoconferência e terminou com lamentos de frustração. Era manhã da quarta-feira 25, e o ministro fora desautorizado de forma constrangedora pelo presidente da República na noite anterior, quando Jair Bolsonaro fez um pronunciamento à nação negando a necessidade de isolamento social como forma de conter o avanço do novo coronavírus. Ao contrariar publicamente a orientação mais premente de seu ministro da Saúde, o presidente abriu uma vala de distanciamento com Mandetta e colocou-o entre a cruz e a espada. Se casse no governo, estaria sujeito a um chefe que o diminuía diariamente. Se saísse, deixaria a pasta à mercê da ala mais radical do bolsonarismo, que enxerga na paralisação provocada pela pandemia um obstáculo à reeleição do presidente em 2022. Naquela manhã, Mandetta participou da videoconferência em que Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, se desentenderam. Depois da contenda, foi chamado pelo presidente a permanecer na sala.

 

Ciente dos rumores de que Mandetta pediria o chapéu, Bolsonaro fez elogios ao subordinado na presença de pelo menos dez ministros. Disse querer que ele ficasse à frente da pasta e que continuasse “tocando seu trabalho da maneira que achasse correto”, segundo relatos de aliados que assistiram à cena. Mandetta consentiu com a cabeça, refletiu por alguns segundos e disse ao presidente que havia decidido permanecer no cargo “pelo Brasil”. “Eu poderia estar em Campo Grande com meu pai, para auxiliar no que fosse possível, mas estou aqui, em Brasília, pelo Brasil, por acreditar que posso ajudar”, disse, referindo-se a Hélio Mandetta, médico ortopedista como o lho e que tem 89 anos.

 

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Istoé

A solução – Mourão

O advogado Ives Gandra Martins, 85 anos, está internado há um mês no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, primeiro por causa de uma cirurgia no esôfago e, na sequência, por ter contraído a Covid-19. Mesmo isolado em um leito de UTI, ele tem falado ao telefone com empresários, advogados e jornalistas que desejam obter suas abalizadas reflexões sobre um dos momentos mais críticos do País. Escritor de diversos livros em que analisa a Constituição, Ives Gandra entende que o presidente Jair Bolsonaro tem colocado, de forma acertada, a sua preocupação em relação à crise econômica que surgirá da tragédia do coronavírus, mas julga que ele tem sido “inadequado” em seus posicionamentos contra o isolamento social. Para o jurista, o presidente mostra-se “equivocado” ao atacar a imprensa e os governadores, fazendo uma advertência: “ele precisa falar menos”. Segundo Gandra, antes de tentar resolver os problemas econômicos, Bolsonaro precisa se preocupar em salvar vidas, como pregam o ministro da Saúde e todos os líderes mundiais.

 

Embora reconheça que Bolsonoaro perde credibilidade e que o general Mourão “é muito bem preparado”, Ives Gandra não defende o impeachment. “Não acredito que seja o momento adequado para falarmos em afastamento do presidente. O momento é de união nacional”, diz ele, com a autoridade de quem deu sustentação técnica para o impeachment de Fernando Collor e foi um dos juristas que formulou o processo de afastamento de Dilma Rousseff.

 

Bolsonaro tem sido contestado por todos, sobretudo governadores e especialistas em saúde, por recomendar o fim do isolamento social determinado por conta do coronavírus. Como o senhor vê essa postura do presidente?

 

Temos que analisar alguns aspectos. Bolsonaro tem colocado coisas certas de forma inadequada. Por exemplo. Se 150 países estão adotando o confinamento, e o próprio vice-presidente, Hamilton Mourão, diz o mesmo, do ponto de vista médico essa é a melhor solução. O que deve estar preocupando o presidente é que, enquanto houver o confinamento, vamos ter que gastar muito mais dinheiro e ter muito menos receita.

 

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Posted On Segunda, 06 Abril 2020 05:54 Escrito por

Brasil ultrapassa marca de 10 mil casos de covid-19. No Tocantins três cidades passaram a ter casos da doença: Palmas, Araguaína e Dianópolis. Dois casos foram confirmados no Laboratório Central do estado e o outro na rede particular.

Com Agência Brasil

 

O ministério da Saúde divulgou, na tarde de hoje (04), os números atualizados do novo coronavírus. De acordo com a pasta, o número de infectados, no momento, é de 10.278. O número de mortes é de 432. O estado de São Paulo lidera tanto em número de casos (4.466) quanto em mortes (260).

 

 
região: confirmados: óbitos:
Norte 527 16
Nordeste 1.642 59
Sudeste 6.295 329
Centro-Oeste 675 12
Sul 1.139 17
TOTAL 10.278

Com esses números, o país ocupa a 16º lugar em casos da doença, o 14º lugar em óbitos e o 8º lugar em letalidade. Segundo o secretário executivo do ministério da Saúde, João Gabbardo, a dinâmica da doença no Brasil está “abaixo da curva de crescimento da Espanha, Itália e Estados Unidos, a partir do centésimo caso.” Em todo mundo já foram registrados mais de 1,18 milhão de casos e mais de 64 mil mortes.

 

No Brasil, nas últimas 24 horas foram notificados 1.222 casos - aumento de 13% em relação à sexta-feira (3). O incremento do número neste dia é o maior desde o início da coleta de dados do ministério da Saúde. O mesmo ocorre no número de óbitos: um incremento de 72 mortes, 20% em relação ao total de ontem (359).

 

A incidência medida do novo coronavírus no Brasil é de 4,9 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. A proporção varia conforme o estado, e é superior no Distrito Federal (14,9 casos), seguido por São Paulo (9,6), Ceará (7,9), Amazonas (7,4), Rio de Janeiro (7,2), Rio Grande do Norte (6), Roraima (5,9) e Acre (5,1).

 

Os óbitos afligem mais os homens (57,6%) do que as mulheres (42,4%), de acordo com total de mortes apuradas até ontem. Oito de cada dez óbitos ocorreram com pessoas com mais de 60 anos. A mesma proporção de pessoas que faleceram apresentava pelo menos um fator de risco de morte como cardiopatias, diabetes, problema nos pulmões e doenças neurológicas.

 

"Passaporte de imunidade"

Segundo Gabbardo, o ministério da Saúde pensa em formas de criar uma espécie de “passaporte da imunidade”, uma identificação para pessoas que contraíram o novo coronavírus, se recuperaram totalmente e já possuem anticorpos. Essas pessoas, segundo o secretário, não podem mais transmitir ou ser infectadas, e já adquiriram imunidade. Elas podem ser úteis no contato com grupos sensíveis, como idosos, e possivelmente são aptas a retomar certas atividades.

 

Cidades sem casos

O secretário afirmou, ainda, que fechar cidades ou municípios que não contabilizam nenhum caso do novo coronavírus pode ser “uma medida excessiva”. “Não significa que vai ficar assim para sempre. Podemos fechar, abrir, se julgar necessário. Acho que isso merece uma discussão. Pode ser que tenha sido antes da hora, e merece uma análise melhor”, afirmou. Gabbardo citou, entretanto, que o relaxamento da quarentena e do isolamento social deve acontecer apenas após a aquisição de material suficiente para lidar com uma larga escala da população. "Já estamos fortes, mas queremos ficar mais fortes ainda", concluiu.

Posted On Domingo, 05 Abril 2020 04:20 Escrito por

O aumentou foi de 66,2%, a maior taxa da série histórica desde 2010

 

Por Agência Brasil

 

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor ( Peic ), divulgada nesta segunda-feira (30) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens , Serviços e Turismo ( CNC ), mostrou que o total de famílias com dívidas no Brasil voltou a crescer em março, depois de um recuo em fevereiro (65,1%), atingindo 66,2%, maior taxa da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

O recorde havia sido registrado em dezembro do ano passado (65,2%). “O resultado extrapolou o percentual de dezembro e registrou o maior nível da série histórica”, disse à Agência Brasil a economista da CNC , responsável pela pesquisa, Izis Ferreira . Ela avaliou que a pandemia de coronavírus vai contribuir para elevar o grau de endividamento das famílias nos próximos meses e, também, a inadimplência .

 

A pesquisa foi feita com 18 mil famílias de todas as capitais do país, incluindo o Distrito Federal , no período de 20 de fevereiro e 5 de março . O aumento do endividamento vinha atrelado ao avanço do crédito, e isso podia ser observado pelo aumento no estoque do crédito para pessoas físicas e jurídicas, aumento nas concessões, redução do custo do crédito, facilitação nas condições. “Isso fez com que o nível de endividamento chegasse nessa maior proporção da série histórica”, disse a economista.

 

Segundo a coordenadora da pesquisa, as taxas de juros no cartão de crédito ainda são muito altas, o que representa um custo elevado para o consumidor. Mas o custo vinha em sentido decrescente nos últimos meses. “Isso fazia com que as pessoas retomassem o consumo por meio do crédito.”

 

Crédito no cheque especial , crédito consignado , financiamento de imóveis e de carros são os itens que mais têm crescido nos últimos meses, apesar de o cartão de crédito ainda aparecer como a maior proporção do endividamento . “Mas o endividamento pelo cartão de crédito não está crescendo tanto quanto nos outros tipos de dívidas”, afirmou a economista da CNC . O financiamento de casa e de veículos apresentaram as maiores taxas de expansão nos últimos meses.

 

Liquidez

De acordo com a economista , o endividamento maior vinha sendo apoiado no aumento do mercado de crédito . O que ocorre é que isso faz com que o espaço das famílias muito endividadas para ampliar esse crédito é menor neste momento.

 

O esforço do Banco Central para aumentar a liquidez no mercado e oferecer mais crédito esbarra em uma proporção já alta de pessoas endividadas. Por meio desses dados, a CNC percebeu a necessidade de ajudar as pessoas que já estão endividadas, seja ampliando os prazos de pagamento dessas dívidas, seja reduzindo ainda mais o custo, trocando uma dívida cara por outra mais barata.

Isso pode envolver uma conscientização do sistema bancário / financeiro , para que o risco de inadimplência seja assumido, para que as famílias possam sair dessa armadilha do endividamento alto com inadimplência também alta”, disse a economista.

 

Inadimplência

A pesquisa da CNC mostra que a inadimplência também aumentou nos dois níveis. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso subiu de 24,1%, em fevereiro , para 25,3% em março . Já o total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso nos próximos meses e que permaneceriam inadimplentes , passou de 9,7%, em fevereiro , para 10,2%, em março . Os dois indicadores estão crescendo proporcionalmente ao número de famílias pesquisadas na mostra.

 

Izis avaliou que, com o aumento do endividamento, é natural que a inadimplência também aumente. Ela destacou, contudo, que no cenário crítico que o país atravessa, com a pandemia de coronavírus, a inadimplência provavelmente vai começar a crescer mais nos próximos meses, menos em função do crescimento do endividamento e mais em função das dificuldades que essas pessoas vão encontrar para pagar suas contas e dívidas em dia.

 

“A renda vai estar muito restrita e as expectativas de confiança para o futuro dos consumidores já está sendo abalada. As famílias vão restringir ao máximo o consumo que não for essencial”.

A restrição na renda também pode fazer com que as decisões de tomada de crédito de longo prazo sejam adiadas, por um temor em relação a emprego e renda no futuro.
“O que vai fazer com que a inadimplência siga se acirrando é justamente a dificuldade que as famílias vão encontrar, principalmente aquelas com renda menor, para pagar suas dívidas e contas em dia, nesse contexto de insegurança em relação à renda e ao emprego ”.

 

Pandemia

A pandemia do novo coronavírus levou a CNC a prever o acirramento da inadimplência no país. “A crise do coronavírus é que está sendo imperativa para que as pessoas encontrem maior dificuldade hoje em dia.”

 

A pesquisa evidencia aindaque a capacidade de pagamento pode ser medida pela parcela da renda comprometida com dívidas. Essa parcela chegou a 30% em março . Isso acaba dificultando o consumo . O índice significa que um terço da renda das famílias já está comprometida com dívidas. Para contrair novas dívidas e ampliar o consumo no momento, a pessoa esbarra na questão da capacidade de pagamento.

Outro detalhe da pesquisa é que aumentou a proporção de famílias que estão com mais de 50% da renda comprometidos com dívidas . Significa que o consumo dessas pessoas está restrito.

A proporção de famílias com contas em atraso teve em março o maior nível dos últimos 12 meses, da ordem de 25,3%, depois de registrar 24,1%, em fevereiro , e 23,8%, em janeiro .

 

Do mesmo modo, o percentual das famílias que dizem não ter condições de pagar dívidas ou contas em atraso e vão continuar inadimplentes também subiu de 9,6%, em janeiro , para 9,7%, em fevereiro , e para 10,2%, em março . A proporção das famílias que se declararam muito endividadas aumentou de 15% em fevereiro para 15,5% em março , além de ter sido registrada a alta de 2,5% na comparação anual.

 

Tendência ascendente

“Apesar de falar, nos últimos meses, que a trajetória da inadimplência não vinha se mostrando explosiva , agora já podemos dizer que há uma tendência ascendente da inadimplência, em função dessa crise que está restringindo o consumo e vai restringir a renda mais para a frente”, apontou Izis Ferreira .

 

O cartão de crédito continua sendo a dívida mais frequente, tanto para famílias de renda inferior a dez salários-mínimos , como para aquelas que ganham acima disso. Em março , esse tipo de dívida registrou 78,4%, seguido por carnês (16,2%) e por financiamento de veículos (10,3%).

 

A economista da CNC afirmou que, embora ainda seja o principal tipo de dívida das famílias, o cartão de crédito está perdendo espaço para outros tipos, como dívidas em carnês, em cheque especial , em crédito consignado , por exemplo.

 

Izis Ferreira disse que a velocidade de crescimento desses outros tipos de dívida está maior do que a do cartão de crédito, porque as pessoas vinham trocando uma dívida mais cara por dívidas mais baratas.

 

A mudança das regras para dívidas em cartão de crédito, promovida recentemente pelo Banco Central , favoreceu também essa troca de dívida. Apesar disso, o cartão de crédito segue representando o principal tipo de endividamento das famílias, com 78,4% em março, mas as taxas de crescimento dos outros tipos de dívida têm se mostrado maiores, indicou a economista da CNC .

 

Posted On Terça, 31 Março 2020 06:33 Escrito por

Os primeiros movimentos em prol da transferência do pleito para 2022, com a consequente prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores, foram coordenados pelo presidente do Progressistas, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), como revelou a última edição de VEJA

 

Por Laryssa Borges

 

Diante da pandemia do novo coronavírus, os principais partidos políticos que formam o chamado Centrão se reuniram, por videoconferência, e decidiram que a partir de abril devem reforçar a discussão dentro do Congresso Nacional em prol do adiamento das eleições municipais de outubro. Os primeiros movimentos em prol da transferência do pleito para 2022, com a consequente prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores, foram coordenados pelo presidente do Progressistas, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), como revelou a última edição de VEJA. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida pelo parlamentar a VEJA.

 

O Centrão é o grande articulador para adiar as eleições de outubro? Os partidos do Centro fizeram uma reunião por videoconferência e os presidentes dos partidos criaram um consenso de adiar essa discussão sobre as eleições. Decidimos esperar até o final do mês de abril para ver se voltamos ou não à discussão sobre as eleições, a depender de como a situação [do coronavírus] esteja.

 

Se não houver eleições, o senhor considera que os mandatos devem ser prorrogados? Não marcamos uma data específica para a discussão dos partidos de Centro sobre as eleições, mas acredito que até o final de abril vamos ter uma luz de como vai estar essa pandemia, se vai ter condição ou não de ter as eleições. Se houver condições de termos eleições em outubro, ótimo, mas se não houver condições, defendo que tenha o adiamento até 2022, com prorrogação de mandatos. Não vejo sentido fazer uma eleição no próximo ano, por exemplo. Ou este ano ou em 2022, mas é uma discussão que vamos retomar só no final de abril.

 

Ministros do STF e TSE são contra prorrogação de mandatos. É uma discussão que a gente vai ter no final, mas se não tiver condições de fazer eleição, como fica? Temos que ver a realidade. Ninguém estaria discutindo isso se não tivesse essa calamidade. Temos que nos adaptar a ela. Não quero me antecipar [às partes contrárias] porque fiz o compromisso de não discutir isso agora e esperar até o final de abril.

 

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Ao protagonizar as discussões sobre o adiamento das eleições, o senhor não tem interesse direto na causa porque tem pelo menos 200 prefeitos aliados e o Progressistas elegeu quase 500 em 2016? Todo mundo tem prefeito aliado. E tem prefeito adversário também. A discussão, acredito, não é essa. Pode beneficiar o lugar onde você tem o prefeito, mas pode beneficiar também o lugar onde você não tem o prefeito. Não é assim não. Não vejo [a discussão sobre adiar as eleições] sob esse aspecto [de o PP ter muitos prefeitos].

 

É recorrente políticos defenderem a unificação das eleições. Se antes era para supostamente baratear as eleições, agora é por causa do coronavírus. Não estaríamos discutindo isso se não houvesse essa situação [de pandemia]. Acho que não podemos discutir isso por oportunismo. Se houver condições de fazer as eleições este ano, serão feitas. A discussão é se vai ou não ter condições.

 

Ministros do TSE afirmam que as convenções partidárias podem ser feitas online, que as campanhas também poderiam ser pensadas mais para internet. O ministro [da Saúde Luiz Henrique] Mandetta disse que a crise vai ser prolongada, como vai ter uma eleição? Não vejo como fazer eleição com as pessoas em casa, com as pessoas sem poder circular. Podemos até ter um problema de saúde pública se as pessoas forem fazer campanha, se forem fazer reunião. É uma situação nova. Vamos aguardar até o final de abril para começar a pensar nisso.

 

VEJA revelou que o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) encomendou um parecer afirmando que a prorrogação dos mandatos é inconstitucional e que deveria haver mandatos-tampão, inclusive ocupados por juízes. Isso é uma possibilidade? Sempre tem parecer a favor e contra qualquer proposta. Mudar a data das eleições é uma decisão política do Congresso, que é soberano para isso. O ideal é termos as eleições em outubro deste ano, como está marcado. Se não tiver condições de fazer as eleições em outubro, vamos ter uma outra discussão. Defendo unificar as eleições em 2022. Adiar as eleições é o mínimo que podemos fazer em respeito aos eleitores.

Posted On Segunda, 30 Março 2020 05:35 Escrito por

A Anvisa autorizou o Hospital Israelita Albert Einstein a avançar nas pesquisas em busca da cura dessa doença, com segurança e rapidez. Estados irão receber medicamento

 

Com Assessoria da Anvisa 

A Anvisa liberou a pesquisa com a hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19. A licença permite ao Hospital Israelita Albert Einstein e colaboradores avançarem nas pesquisas clínicas em busca da cura dessa doença, com segurança e rapidez. A Agência irá acompanhar os desfechos dos estudos, bem como o cumprimento das Boas Práticas Clínicas.

 

A anuência dada pela Anvisa envolve dois estudos:

 

(clik na imagem e veja integra)

Estudo aberto, controlado, de uso de hidroxicloroquina e azitromicina para prevenção de complicações em pacientes com infecção pelo novo coronavírus (Covid-19): um estudo randomizado e controlado (casos leves a moderados).

 

Avaliação da segurança e eficácia clínica da hidroxicloroquina associada à azitromicina em pacientes com pneumonia causada por infecção pelo vírus Sars-CoV-2 (pacientes graves).

 

Ação estratégica

Essa ação faz parte da estratégia da Agência de oferecer respostas imediatas e alinhadas às condutas de autoridades sanitárias internacionais na identificação de alternativas terapêuticas seguras e eficazes para o tratamento da Covid-19. Uma dessas estratégias envolve o desenvolvimento de estudos sobre a utilização de medicamentos já conhecidos, mas usados para outras indicações terapêuticas, no combate à doença. Para tais medicamentos já são conhecidos aspectos referentes ao perfil de segurança e interações medicamentosas, dentre outros.

 

A cloroquina existe há mais de 80 anos e foi desenvolvida como um medicamento antimalárico. Já a hidroxicloroquina existe desde 1955 e é semelhante à cloroquina, mas menos tóxica. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de hidroxicloroquina.

 

Pesquisa clínica

A Anvisa informa que a anuência emitida pela Agência envolve a autorização de desenvolvimento de ensaio clínico (fase III) para uma nova indicação terapêutica dos medicamentos em questão.

 

Um ensaio clínico é um estudo sistemático de medicamentos em voluntários humanos que segue estritamente as diretrizes do método científico. Seu objetivo é descobrir ou confirmar os efeitos e/ou identificar as reações adversas ao produto investigado e/ou estudar a farmacocinética dos ingredientes ativos, de forma a determinar sua eficácia e segurança, ou seja, só se pode demonstrar eficácia e segurança por meio de ensaios clínicos controlados. Os resultados obtidos nesses estudos determinam a autorização e a subsequente comercialização do medicamento ou de uma nova indicação.

 

Até o momento, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19. A Agência reafirma que a automedicação pode representar um grave risco à saúde.

Posted On Segunda, 30 Março 2020 05:29 Escrito por
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