Compensação é paga ao estado se servidor aposentado trabalhou antes no setor privado e contribuiu para o INSS. Instituto diz que analisou 82% dos pedidos e há 145 mil acumulados

 

Por Fábio Amato, G1 — Brasília

 

Governos estaduais afirmam serem credores de uma dívida bilionária gerada pela demora em um processo de compensação financeira envolvendo seus sistemas próprios de previdência e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 

Apenas o estado de São Paulo estima ter direito a receber R$ 3 bilhões do INSS. Consultado pelo G1, o INSS não estimou o total da dívida com os estados.

 

Muitos servidores trabalharam em empresas privadas e contribuíram para o INSS antes de entrarem no setor público. Quando eles se aposentam como servidores, é o regime próprio de previdência do estado que paga a aposentadoria, mas a lei prevê que o regime geral (INSS) faça uma compensação ao estado.

 

O contrário (ex-servidores que se aposentam trabalhando na iniciativa privada) também ocorre, e a lei também prevê compensação, mas o número de casos é muito menor.

 

Atualmente, o INSS transfere por mês aos estados cerca de R$ 122 milhões e recebe deles R$ 17 milhões a título de compensação.

 

O INSS admite a demora do pagamento em alguns casos mas diz que mais de 80% dos pedidos dos estados já receberam respostas. Informou ainda que também há estados que demoram para pagar a compensação (veja mais abaixo).

Estados reclamam
Antes de começar a receber a compensação, o estado precisa encaminhar as informações dos servidores aposentados para análise do respectivo tribunal de contas. Só depois a documentação chega ao INSS, que faz a certificação.

 

De acordo com estados ouvidos pelo G1, esse processo costuma demorar alguns anos.

 

O governo do Rio Grande do Sul, por exemplo, informou uma demora média entre 14 e 15 anos, entre a aposentadoria de um servidor e o início do pagamento da compensação pelo INSS. O estado afirma ter direito a receber R$ 700 milhões em compensações atrasadas.

 

Alagoas informou que espera, em média, dois anos para começar a receber as compensações mensais e que tem direito a mais de R$ 300 milhões atrasados.

 

Segundo a assessoria do governo de Goiás, são cerca de seis anos entre a aposentadoria de um servidor e o início do pagamento da compensação. O estado estima ter direito a receber R$ 210 milhões "no médio e longo prazo", caso todos os pedidos sejam acatados pelo INSS.

 

"Hoje, o INSS está analisando requerimentos que eu enviei em 2011 e 2012. Eles alegam falta de funcionário, tanto da parte do estado quando do INSS", disse a supervisora de Compensação Previdenciária do governo de São Paulo, Viviane Cintra.

 

INSS argumenta
O INSS admite que, em alguns casos, há demora no processo de análise do instituto e diz que existem pendentes 145 mil requerimentos de estados. De acordo com o órgão, porém, 82% dos pedidos encaminhados pelos estados já foram decididos.

 

De acordo com o instituto, pela lei, a análise dos requerimentos só pode ser iniciada depois de passar pelo tribunais de contas estaduais, o que demora, em média, quatro anos. O G1 procurou os tribunais de contas de dois estados (Rio Grande do Sul e São Paulo), mas não obteve resposta.

 

O INSS informou não ter estimativa do valor devido pelo atraso no início do pagamento das compensações. Sobre a previsão feita pelos estados, apontou que é preciso considerar que, na média, 50% dos pedidos são rejeitados.

 

A falta de funcionários, segundo o órgão, é o principal motivo para a demora. Atualmente, todo requerimento de compensação passa obrigatoriamente por análise de um funcionário do instituto.

 

De acordo com o órgão, porém, o sistema usado nesses processos está passando por uma modernização que vai permitir que uma parte dos requerimentos passe a receber aprovação automática.

 

Posted On Sábado, 30 Março 2019 08:13 Escrito por

Segundo o instituto, a alta representa a entrada de 892 mil pessoas na população desocupada.

 

Da  Agência Brasil

 

 

A taxa de desemprego no país ficou em 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) – Contínua, divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

O percentual é maior que o do trimestre anterior (encerrado em novembro de 2018), que havia sido de 11,6%, mas menor que o resultado do trimestre encerrado em fevereiro do ano passado (12,6%).

 

Desemprego atinge 13,1 milhões de pessoas
A população desocupada no país era de 13,1 milhões em fevereiro, um crescimento de 7,3% na comparação com novembro. Ou seja, o número de desempregados teve aumento de 892 mil pessoas. Na comparação com fevereiro de 2018, houve estabilidade.

O total de ocupados ficou em 92,1 milhões em fevereiro, uma queda de 1,1% (menos 1,06 milhão de pessoas) em relação a novembro, mas uma alta de 1,1% na comparação com fevereiro do ano passado.

O número de empregados com carteira assinada (sem contar trabalhadores domésticos) foi de 33 milhões de pessoas em fevereiro, ficando estável em ambas as comparações.

 

Já o número de empregados sem carteira assinada (11,1 milhões) caiu 4,8% na comparação com novembro (menos 561 mil pessoas) e subiu 3,4% (mais 367 mil pessoas) comparado a fevereiro.

 

Subutilização
A população fora da força de trabalho, ou seja, que não está nem trabalhando nem procurando emprego, chegou a 65,7 milhões, um recorde na série histórica. O número é 0,9% maior (mais 595 mil pessoas) do que novembro e 1,2% superior (mais 754 mil pessoas) do que fevereiro daquele ano.

A população subutilizada (ou seja, que está desempregada, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego, mas estava disponível para trabalhar ou que procurou emprego, mas não estava disponível para a vaga) chegou a 27,9 milhões de pessoas em fevereiro deste ano.

O número também é recorde na série histórica, 3,3% maior (mais 901 mil pessoas) em relação a novembro e 2,9% maior (mais 795 mil pessoas) do que em fevereiro de 2018.

A taxa de subutilização da força de trabalho chegou a 24,6%, superior aos 23,9% de novembro e aos 24,2% de fevereiro de 2018.

O total de pessoas desalentadas (ou seja, aquelas que desistiram de procurar emprego) chegou a 4,9 milhões, outro recorde da série histórica. O percentual de desalentados chegou a 4,4%.

O rendimento médio real habitual do trabalhador (R$ 2.285) cresceu 1,6% frente ao trimestre anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A massa de rendimento real habitual (R$ 205,4 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.

 

Posted On Sexta, 29 Março 2019 13:23 Escrito por

Decisão ocorre no mesmo dia em que TRF-2 condenou Picciani, Paulo Melo e Albertassi com base na mesma investigação da Lava Jato. Nas duas decisões, cabe recurso.

 

Por G1 Rio

 

 

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, condenou nesta quinta-feira (28) o empresário Jacob Barata, o Rei dos Ônibus, e mais 10 pessoas por diversos crimes apurados pela força-tarefa da Lava Jato na Operação Cadeia Velha. Os 11 condenados podem recorrer da decisão.

 

Também foram condenados Felipe Picciani, filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani; Lélis Teixeira, ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor); e outras oito pessoas.

 

Entre os 12 denunciados, apenas Ana Cláudia de Andrade foi absolvida.

 

Condenados por Bretas:

Jacob Barata Filho, empresário: 12 anos de reclusão, por corrupção ativa;

Felipe Picciani, empresário: 17 anos e 10 meses de reclusão, por lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa;

Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor: 13 anos de reclusão, por corrupção ativa;

Jorge Luiz Ribeiro, operador e braço-direto de Picciani: 12 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão, por corrupção passiva e pertinência à organização criminosa;

Andréia Cardoso do Nascimento, chefe de gabinete de Paulo Melo: 11 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão, por corrupção passiva e associação criminosa;

Fábio Cardoso do Nascimento, assessor de Paulo Melo: 11 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão, por corrupção passiva e associação criminosa;

Carlos César da Costa Pereira, empresário: 11 anos e 2 meses de reclusão, por corrupção passiva e pertinência à organização criminosa;

José Augusto Ferreira dos Santos: 6 anos, por lavagem de dinheiro;

Benedicto Barbosa Júnior, empresário: 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão (acordo de colaboração premiada), por corrupção ativa;

Leandro Azevedo, empresário: 5 anos e 4 meses reclusão (acordo de colaboração premiada), por corrupção ativa;

Marcelo Traça, empresário: 14 anos de reclusão (acordo de colaboração premiada), por corrupção ativa.

Ex-deputados também condenados

Decisão ocorre no mesmo dia em que Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) condenou os ex-deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, com base na mesma investigação da Lava Jato. O processo dos três foi julgado em segunda instância porque, como eram deputados, eles tinham foro privilegiado.

 

Jorge Picciani, ex-presidente da Alerj: 21 anos de prisão;

Paulo Melo, ex-deputado: 12 anos e 10 meses;

Edson Albertassi: 13 anos e 4 meses.

 

Também foi decidido pela manutenção da atual prisão preventiva deles. Até agora, os presos já cumpriram 1 ano, 4 meses e 12 dias de pena. Picciani cumpre prisão domiciliar por decisão do STF. Os três ainda podem recorrer.

 

Cadeia Velha
A operação Cadeia Velha, uma referência ao prédio histórico da Assembleia Legislativa do RJ, investigou o pagamento de propina a políticos pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), em um esquema que envolveu a cúpula da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Foi desencadeada a partir da Operação Ponto Final.

 

Segundo o Ministério Público Federal, houve o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

 

Posted On Sexta, 29 Março 2019 07:09 Escrito por

Decisão é do Tribunal Regional Federal da 2ª Região

 

Da Agência Brasil

 

Os ex-deputados estaduais do Rio Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB, serão julgados pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Os processos dos três tramitavam no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), pois todos tinham foro privilegiado, mas, como não concorreram à eleição, passaram para a primeira instância judicial.

 

A situação é semelhante à dos ex-deputados Coronel Jairo (Solidariedade) e Marcelo Simão (PP), que concorreram à reeleição, não se elegeram e, igualmente, perderam o foro privilegiado e caindo para a instância inferior. Todos os cinco são réus na Operação Furna da Onça, que investiga casos de corrupção e loteamento de cargos públicos envolvendo os parlamentares.

 

A decisão de desmembrar o processo foi tomada nesta sexta-feira pelo desembargador federal Abel Gomes, relator na 1ª Seção Especializada do TRF-2 do caso Furna da Onça.

 

Permanecem com direito a ser processados e julgados pelo TRF-2 os deputados André Correa (DEM); Francisco Manoel de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira (PSC); Luiz Antonio Martins (PDT); Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius de Vasconcelos Ferreira, o Neskau (PTB), que cumprem mandatos na Alerj, embora estejam afastados das funções do cargo, por determi

 

Jorge Picciani

A denúncia diz que o ex-presidente da Alerj tinha notória "ascendência e liderança sobre os parlamentares", além de presidir o partido. A ele, a Fetranspor teria pago R$ 50 milhões, entre 2010 e 2015. Ele nega.

 

Entre 2008 e 2014, a Odebrecht teria pago R$ 11,5 milhões. Os dados constam em delações e na planilha do Serviço de Operações Estruturadas da construtora, que servia como um "Departamento de Propina".

 

Paulo Melo

Entre 2010 e 2014, Paulo Melo teria recebido R$ 1,4 milhões da mesma empreiteira. Praticamente nesse mesmo período, "Pinguim" - como foi identificado nas planilhas da Fetranspor - recebeu R$ 54 milhões. Nessa época, ele era o presidente da Casa.

 

Edson Albertassi

2º vice-presidente da Casa e líder do MDB na Alerj, Albertassi também teria recebido propina da Fetranspor através de rádios da família. Os pagamentos teriam ocorrido entre 2012 e 2014, segundo a denúncia, com mesadas de R$ 60 mil.

 

Posted On Quinta, 28 Março 2019 06:02 Escrito por

Jornalista de renome nacional critica indisposição de Bolsonaro em negociar com o Congresso

 

Mônica Bergamo

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na terça (26) a empresários que o visitaram em Brasília que não pretende alterar seu comportamento em relação à articulação política com o Congresso.

 

Ele voltou a reafirmar que não negociará cargos com os deputados e senadores nos moldes tradicionais. 

 

E disse mais: "Não vou jogar dominó com o Lula e o Temer no xadrez".

 

Bolsonaro credita o infortúnio por que passam os dois ex-presidentes a negociações pouco republicanas durante seus respectivos governos. Lula foi condenado e preso. Michel Temer foi detido na semana passada e libertado na segunda (25).

 

Na semana passada, no Chile, Bolsonaro disse aos jornalistas, que o questionavam sobre a crise com a Câmara dos Deputados: "O que é articulação? O que está faltando eu fazer? O que foi feito no passado? Eu não seguirei o mesmo destino de ex-presidentes, pode ter certeza disso".

 

Na conversa com os empresários, que integram o grupo Brasil 200 e entregaram ao presidente uma carta em apoio à reforma da Previdência, Bolsonaro disse ainda que as propostas não foram feitas para o bem dele, Bolsonaro –e sim para todo o país.

 

* Mônica Bergamo Jornalista e colunista 

Posted On Quarta, 27 Março 2019 11:53 Escrito por
Página 707 de 857