O Observatório Político de O Paralelo 13 traz uma análise fundamentada e palpável sobre as conversações das cúpulas dos três principais partidos do chamado “centrão” – PP, União Brasil e Republicanos – para a formação de uma super-federação partidária a partir de 2025, mais precisamente em fevereiro, quando termina o segundo mandato de Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara Federal
Por Edson Rodrigues
Os três principais partidos de centro no Congresso Nacional negociam vêm discutindo há tempos essa união que fará aumentar de maneira significativa a musculatura do chamado “centrão”. O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, é o principal entusiasta da ideia.
A super-federação nasceria com 150 deputados (União, 59; PP, 50 e 41 do Republicanos) e 17 senadores (União, 7; PP, 6 e Republicanos, 4) e com um fundo eleitoral portentoso de R$ 1,369 bilhão em 2022: PP teve R$ 344,7 milhões, União R$ 782,5 milhões e Rep R$ 242,2 milhões.
Segundo informações, a super-federação só não foi criada este ano para não interferir nas eleições municipais de outubro nas mais de cinco mil cidades brasileiras em que cada partido concorre por si próprio.
Mas essa situação deve ser modulada após o resultado das urnas, com o aval e as orientações do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira. Cabe ressaltar que os três partidos têm um posicionamento de centro-direita e fizeram parte do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas, hoje, não sofrem nenhuma influência do ex-mandatário, o que não significa que sejam adversárias de Bolsonaro.
TOCANTINS
No Tocantins os três partidos possuem grande representatividade na Câmara Federal, com três deputados federais do Republicanos, um do União Brasil e um do PP, além do governador, Wanderlei Barbosa, eleito pelo Republicanos e da senadora Dorinha Seabra, eleita pelo União Brasil.
Após o resultado das eleições municipais de outubro próximo, as tratativas serão afuniladas para que a super-federação seja formada antes da eleição da mesa-diretora da Câmara Federal.
Um ponto a ser levado em consideração é que a federação tem duração de quatro anos, o que significa que em 2026, em se concretizando a união, todos os três partidos deverão buscar votos e a eleição de candidatos de consenso entre os três, não podendo, de forma alguma, apoiar ou pedir votos para candidatos que não estejam filiados a um dos três partidos e que, por já trem esse acordo prestes a ser fechado, devem evitar, nestas eleições municipais, denuncismo e xingamentos entre si, para não azedar o relacionamento quando forem um só time.
Deputados Marcos Pereira, Arthur Lira e o senador Ciro Gomes
A Câmara Federal olhou apenas para o próprio umbigo quando criou as federações partidárias acabando com as coligações municipais, prejudicando milhares de candidatos a vereador. Agora vai servir uma “pizza gelada” com a formação da super-federação, mesmo colocando ideologias divergentes no mesmo “pote”.
A cada dia fica mais claro que, em política, nunca se deve dizes “desta água não beberei”.
O tempo se encarrega de tudo...
Decisão no TRE-PR é esperada até 8 de abril; se condenado, o senador ainda pode recorrer junto ao Tribunal Superior Eleitoral
Por Bruna Lima
O julgamento que pode resultar na cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) começa nesta segunda-feira (1º) e deverá contar com três sessões. Uma decisão no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) é esperada até 8 de abril e todo o processo, que contará com transmissão ao vivo, tem origem em duas ações que denunciam abuso de poder econômico, uso de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social durante a pré-campanha eleitoral de 2022.
As Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) foram apresentadas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança, composta por PCdoB, PV e PT. As legendas alegam gastos excessivos em campanha e desequilíbrio nas eleições pelo fato de Moro ter se lançado como pré-candidato à presidência pelo Podemos. Depois, ele desistiu da disputa, migrou para o União e concorreu a senador.
Em dezembro do ano passado, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu um parecer favorável à cassação do senador. A manifestação sustenta que a "lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral". O processo revela gastos acima de R$ 2 milhões.
A defesa do senador nega as alegações, argumentando que não houve gastos excessivos. Além disso, sustenta que as despesas feitas entre novembro de 2021 e o início de junho de 2022 não deveriam ser consideradas, pois o pré-candidato tinha aspirações políticas diferentes na época.
Além da cassação, os magistrados vão julgar a possibilidade de inelegibilidade por oito anos. Se o TRE-PR condenar Moro, ele ainda pode recorrer da decisão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Caso a Corte Superior mantenha a decisão, será necessária a realização de novas eleições para senador no Estado para substituir a chapa de Moro até o início de 2031.
Decisão foi tomada em reunião entre líderes partidários e Arthur Lira por causa do período de janela partidária, que acaba em 6/4
Com portal R7
Com foco nas articulações políticas voltadas às eleições municipais, em outubro, a Câmara dos Deputados deve prolongar o recesso da Semana Santa e retomar as votações somente na segunda semana de abril, a partir do dia 8. A decisão foi tomada nas últimas reuniões entre os líderes partidários e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A janela para a troca de partido motivou o acerto para o recesso prolongado. Os políticos têm até 6 de abril para se filiar a um partido e conseguir disputar as eleições de outubro. A desfiliação partidária e a troca de legenda têm prazo até 5 de abril a vereadores que queiram concorrer às prefeituras.
Os deputados devem aproveitar a primeira semana de abril para permanecer nos estados e fechar acordos com pré-candidatos a prefeito e vereador.
Antes da pausa, a Câmara realizou um esforço concentrado para votação de temas considerados importantes para a Casa e para o Executivo. Nas últimas semanas, aprovou o projeto de lei sobre falências, que prevê acelerar o processo para extinguir empresas, além do Programa de Aceleração da Transição Energética, da reforma do ensino médio e do projeto das saidinhas.
Também havia o acordo para votar o projeto que prevê punição a devedor contumaz, mas não houve consenso, e o governo retirou a urgência da proposta. Alguns setores, como o de combustíveis, defende alterações ao texto para evitar qualificar como contumaz o devedor transitório.
A proposta integra a agenda econômica do Ministério da Fazenda e procura punir a categoria de devedores considerados profissionais e que agem de má-fé para obter vantagens financeiras. Sem a urgência, a votação do projeto não deve ser a prioridade na volta do recesso.
Procedimento foi realizado no último dia 27 pela equipe de Cirurgia Cardíaca Pediátrica da unidade e com um equipamento específico para crianças
Da Assessoria
O HMA (Hospital Municipal de Araguaína) mais uma vez fez história na cidade e em toda a região norte do Tocantins. Hoje, a pequena Maria Júlia, de apenas dois meses de vida, se recupera bem na UTI da unidade depois de uma cirurgia inédita para implantação de um marcapasso pediátrico, realizada no último dia 27. Mas a luta de Maria Júlia e da família começou ainda durante a gestação na cidade de Angico, norte do estado.
Na barriga da mãe, Mariana Cardoso dos Santos Miranda, de 35 anos, Maria Júlia precisou de uma atenção especial e os exames de pré-natal foram fundamentais para a vida da bebê.
“As consultas de rotina e os ultrassons detectaram a alteração nos batimentos cardíacos da minha filha. Ficamos assustados no começo, mas minha família, amigos, colegas de trabalho e as equipes de saúde de Angico, Araguaína e Palmas estiveram ao meu lado o tempo todo, acompanhando de perto e me orientaram para fazer o tratamento correto para preservar a vida da minha filha”.
Assim que nasceu, na maternidade de Palmas, Mariana foi estabilizada e transferida para o HMA. “Fiquei feliz que trouxeram a gente para Araguaína, porque é mais perto da minha cidade, e fomos muito bem acolhidos pelos profissionais do hospital. Eu estava aflita, mas uma equipe bem grande veio falar comigo e me dar mais segurança”.
Mariana também lembra de um detalhe que fez muita diferença antes do procedimento. “Na sala de cirurgia, o anestesista veio falar comigo e meu esposo para saber se tínhamos alguma dúvida e ele disse que levaria minha filha bem e que a traria bem. E assim aconteceu. Eu só tenho a agradecer a todos que cuidaram da minha filha”.
Mais perto de casa
A cirurgia de implante do marcapasso pediátrico em Maria Júlia foi feita pela equipe de cirurgia cardíaca do HMA e com um equipamento específico para crianças. A diretora técnica da unidade, Elena Medrado, explica que a atuação 100% em Pediatria do hospital municipal permitiu à equipe um diagnóstico mais efetivo e com procedimentos mais organizados e ágeis, fundamentais para casos de doenças cardíacas congênitas, quando a criança já nasce com ela. Outro ponto bastante benéfico para a família, segundo a médica, é o tratamento estar disponível mais perto de casa.
“Contamos com um cardiopediatra, cirurgião cardiovascular de alta capacidade técnica e compromissado para ofertar o melhor procedimento cirúrgico de acordo com a cardiopatia da criança, mantendo a qualidade de um pós-operatório eficiente com menor risco. O serviço que oferecemos hoje evita o deslocamento para fora de domicílio, o que geraria maior risco para o bebê e um desgaste financeiro, emocional e físico para a família”, informa Elena.
O prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, celebrou a cirurgia inédita na unidade. “A gente não tem palavras para descrever a alegria em salvar mais uma vida, em dar um novo futuro para a pequena Maria Júlia e toda sua família. Mais uma vez, sinto orgulho em ver o recurso público tão bem aplicado, principalmente no nosso HMA, que já é referência em tudo o que oferece”.
Equipamento específico
A implantação do marcapasso definitivo foi feita pelo cirurgião chefe Pabllo Namorato e sua equipe, em uma cirurgia bem-sucedida de cerca de três horas. “Implantes de dispositivos em pacientes com menos de 18 anos de idade correspondem a menos de 1% do total dos procedimentos realizados no país. A partir de agora a criança terá uma vida normal. Se ela não fizesse a cirurgia, talvez não chegasse à idade adulta”.
O dispositivo passará a fazer a estimulação cardíaca artificial na bebê para manter a regularidade dos batimentos do coração.
Por ser raro, o implante de dispositivos cardíacos eletrônicos em crianças tem grandes diferenças do que ocorre em adultos, seja pela forma de apresentação das doenças, mas, principalmente, pelo fenômeno do crescimento. Por isso, a diretora técnica do HMA ressalta que foi usado um equipamento específico para a pediatria.
“Estes dispositivos menores têm alto valor de custo em comparação aos tradicionais implantados em adultos não são usados com frequência na rede pública de saúde. Mas o ISAC, Prefeitura e Governo do Estado trabalharam em conjunto para buscar o que há de melhor no mercado para a cirurgia da Maria Júlia. Podemos dizer que Araguaína sai na frente neste quesito”, reforça a médica.
O bloqueio atrioventricular total (BAVT), da mesma forma que ocorre na população adulta, é a principal causa de implante de marcapassos em crianças, ocorrendo em cerca de 80% dos casos.
HMA
A unidade faz parte da rede pública do SUS (Sistema Único de Saúde) e é custeada pela Prefeitura de Araguaína e Governo do Tocantins, recebendo também recursos da União para as cirurgias cardíacas infantis. Desde 2018, o HMA, que é referência para o atendimento gratuito de crianças no estado, já realizou 3.064 procedimentos, sendo mais de 200 cirurgias cardiovasculares pediátricas.
Administrada pelo ISAC (Instituto Saúde e Cidadania), o hospital é o único do Tocantins a possuir condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação desse tipo de serviço.
Em junho de 2023, o HMA recebeu do Ministério da Saúde a habilitação na assistência de alta complexidade cardiovascular e na realização de cirurgias cardíacas pediátricas. Com isso, a unidade tornou-se uma referência nacional para o procedimento.
Em 2021, a unidade conquistou o selo Acreditação Qmentum Internacional, nível de excelência Diamante, o mais alto do programa com sede no Canadá, que tem como foco o atendimento humanizado, boas práticas assistenciais e a governança clínica.
Além disso, o HMA é o único do Estado do Tocantins e o segundo da região Norte do Brasil contemplado com o prêmio “Melhores Hospitais Públicos do Brasil” do IBross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde).
A implantação do marcapasso definitivo foi feita em uma cirurgia bem-sucedida de cerca de três horas. Implantes de dispositivos em pacientes com menos de 18 anos de idade correspondem a menos de 1% do total dos procedimentos realizados no país.
O marcapasso pediátrico tem um valor mais elevado que o convencional adulto e geralmente não é custeado pelo SUS. Contudo, ISAC, Prefeitura de Araguaína e Governo do Tocantins trabalharam juntos para a aquisição do equipamento
Com um número recorde de participantes, a corrida reuniu corredores de diversas partes do Brasil
Por: Carol Azevedo
Na manhã deste sábado, dia 30 de março, Paraíso do Tocantins celebrou a realização da VI Corrida Ecológica da Aleluia, evento que marcou o encerramento da programação da 64ª Semana Santa na cidade. Com um número recorde de participantes, a corrida reuniu corredores de diversas partes do Brasil, transformando a Serra do Estrondo, principal cartão postal da cidade, em um cenário de desafio e superação.
A secretária municipal de Meio Ambiente, Cultura e Turismo, Patrícia Nascimento, expressou sua satisfação com o sucesso do evento, destacando o crescimento contínuo da corrida ao longo das suas seis edições: "Nós começamos pequenininhos, com apenas 60 inscritos, e agora alcançamos 500. É um diferencial enorme para nós.”
Com um total de 500 inscrições, tanto pelo site oficial quanto presencialmente, a corrida atraiu atletas de todos os estados brasileiros, além de participantes de vários municípios tocantinenses. Além do desafio esportivo, a corrida também distribuiu R$10.000,00 em premiações, contemplando diversas categorias que vão desde os 18 anos até os +60.
Luiz Magalhães, atleta que veio do Rio de Janeiro para participar da corrida, expressou sua gratidão pela iniciativa da prefeitura: "Morando no Rio há 45 anos, nunca participei de uma corrida patrocinada pela prefeitura. Mas aqui em Paraíso do Tocantins, é a segunda vez que tenho essa oportunidade. Parabéns a todos os envolvidos por incentivarem a prática esportiva e promoverem a qualidade de vida.”