O núcleo mais próximo da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou que o candidato não foi bem no debate da noite do último domingo (28), na TV Bandeirantes – diferentemente do que ocorreu no Jornal Nacional, da TV Globo. A informação foi revelada pela jornalista Andréia Sadi, do portal g1.
Da Redação
A avaliação é de que Lula não foi enfático o suficiente para falar ao falar sobre corrupção, como havia acontecido no telejornal.
Por outro lado, pessoas próximas acreditam que o petista foi bem quando fez as considerações finais. Citou o sigilo de 100 anos impostos por Jair Bolsonaro (PL), a imparcialidade de Moro e citou também os filhos do presidente da República. Ao longo de debate, Lula também adotou a estratégia de afirmar que foi preso por Sergio Moro em 2018 para evitar que o petista ganhasse a eleição – e lembrou que, posteriormente, que o ex-juiz foi nomeado ministro de Bolsonaro.
Outro momento de crescimento de Lula foi quando falou sobre programas sociais e, ao responder Soraya Thronicke, falou sobre empregadas domésticas, motoristas e jardineiras.
Apesar do desempenho ruim de Lula, a campanha do ex-presidente entendeu que Bolsonaro foi quem saiu mais prejudicado, por ter atacado a jornalista Vera Magalhães e a candidata Simone Tebet.
Segundo Andréia Sadi, uma pessoa próxima a Lula afirmou que o presidente “fez mais por Lula do que o próprio Lula, que fugiu do confronto corrupção”. Bolsonaro tenta avançar no eleitorado feminino, mas derrapou no debate ao ser questionado pela jornalista sobre a questão da vacinação no Brasil.
Os interesses familiares e pessoais, a ganância, a prepotência, a omissão e a imposição de vontades que alguns candidatos e partidos exigem, são os principais – mas não únicos – problemas que estão impedindo a aglutinação de forças oposicionistas, que estão minando as chances de eleição dos candidatos de oposição ao Palácio Araguaia.
Por Edson Rodrigues
O Observatório Político de O Paralelo 13 vem batendo nessa tecla desde o início deste ano eleitoral: se a oposição não conseguir provocar um segundo turno, pelo menos 75% dos seus “líderes” estarão sepultados politicamente nas próximas eleições municipais. Isso é fato!
Kátia e Irajá Abreu, mãe e filho
Há dois senadores da República com suas cabeças na “guilhotina” da vida pública, que são Kátia e Irajá Abreu, mãe e filho. Caso Irajá, candidato ao governo, não consiga ir para o segundo turno e sua mãe perca as condições de ser reeleita, é “caixão e vela preta”. De uma forma ou de outra, a derrota dupla ofuscará as chances de reeleição de Irajá ao Senado.
Dimas, Eduardo Gomes, Freire Junior e Flávio Bolsonaro
Por outro lado, quem também está com sua reeleição ao Senado em risco é Eduardo Gomes, coordenador e avalista da candidatura ao governo de Ronaldo Dimas. Caso Dimas não alcance o segundo turno, Gomes terá que se reinventar para disputar a reeleição ao Senado, apesar de ainda ter bastante prestígio junto aos prefeitos e vereadores, para que possa fazer uma nova plataforma política nas eleições municipais, prestigiando os candidatos a prefeito nos maiores colégios eleitorais.
Lula , Paulo Moura e Gleisi Hoffmann
Já Paulo Mourão, candidato a governador e um político capacitado e preparado para qualquer cargo, tem seu futuro político nas mãos de terceiros – a militância do PT estadual – para que possa crescer e fazer sua candidatura ao governo decolar. Do contrário, já pode ir prensando em “pendurar as chuteiras”. Apesar desse entrevero, Mourão não está morto, e aguarda a vinda do candidato a presidente pelo seu partido, Luiz Inácio Lula da Silva ao Tocantins, única “combustível” que existe para “tirar sua carreira do solo” e fazer o eleitor tocantinense acreditar que o PT é maior que essa miríade de alas que existem no diretório estadual do partido, que impedem, eleição após eleição, que a legenda tenha sucesso ou representatividade no Estado.
Mourão tem que lutar para chegar ao segundo turno ou, no mínimo, na terceira colocação, com uma boa soma de votos, e se capacitar para apoiar Irajá ou Ronaldo Dimas no segundo turno.
OS PRÓXIMOS 30 DIAS DEFINIRÃO OS SOBREVIVENTES
O senador Eduardo Gomes, líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional e coordenador político da campanha de Ronaldo Dimas ao governo do Estado, está com um plano, já em execução nos municípios tocantinenses para fazer a candidatura de Dimas ganhar força e confirmar a participação no segundo turno, em 30 de outubro próximo. Esse plano consta de reuniões com lideranças locais, carreatas, motociatas, comícios e a vinda do presidente Jair Bolsonaro – já confirmada – ao Tocantins, além de uma grande aposta nos programas do Horário Obrigatório de Rádio e TV, que mostrarão ao eleitores tocantinenses as realizações de Dimas e o seu preparo e capacidade como gestor, que transformou Araguaína em um grande canteiro de obras, com planejamento e equilíbrio nos gastos públicos, gerando empregos, renda, aquecendo a economia e fazendo a Capital do Boi Gordo crescer de forma exponencial, atraindo empresas e indústrias, uma forma de governar que pode ser implantada em todo o território tocantinense.
Já o senador Irajá Abreu, um jovem simpático, presidente do PSD em território tocantinense, conta com o apoio declarado de vários prefeitos e lideranças políticas, mas precisa fazer sua candidatura ser levada a sério e convencer os eleitores de que todo o imbróglio criado junto à candidatura à reeleição para o Senado da sua mãe, Kátia Abreu, não passou de um jogo de cena, de um truque publicitário para ganhar a atenção da mídia.
Irajá é outro que precisa, no mínimo, ser o terceiro mais bem votado para que possa ter moeda de troca no apoio a um dos candidatos que estiver no segundo turno.
Um segundo turno cujos participantes e as chances de cada um de chegar lá, só poderemos ter uma ideia após a publicação da pesquisa FIETO/Vetor, que deve vir a público neste dia primeiro de setembro.
ANÁLISE
Após a divulgação dos números da pesquisa FIETO/Vetor, no próximo dia primeiro de setembro, o Observatório Político de O Paralelo 13 fará uma análise conjunta de todos os resultados que também foram apresentados no decorrer dessa semana, quando poderá traçar uma primeira avaliação com dados e números reais e factíveis, deste início de campanha visando as eleições de dois de outubro.
Até lá, tudo são meras nuances....
Até breve!
Nesta sexta-feira, 26, o candidato a senador Mauro Carlesse (Agir) fez sua primeira grande reunião na Capital. No evento que reuniu uma multidão de apoiadores, o ex-governador Mauro Carlesse demonstrou sua força e potencial político na corrida eleitoral que acontece nos próximos dias
Por Edson Rodrigues
Com potencial de crescimento e fortalecendo parcerias em todos os municípios do Tocantins seria leviano por parte dos seus adversários subestimar a candidatura do ex-governador, que tem demonstrado consistência, organização e planejamento. Vale ressaltar que no processo eleitoral de 2022 a corrida ao senado é por uma única vaga.
Local
Poucos sabem ou se lembram, mas a relação de Mauro Carlesse com o Jardim Taquari iniciou ainda no mandato tampão, quando o então governador priorizou o bairro para receber obras de pavimentação asfáltica, uma demanda antiga da comunidade e de muitas promessas não cumpridas.
O ex-governador lembrou aos tocantinenses alguns dos seus feitos, os desafios enfrentados quando assumiu o mandato e a dificuldade para colocar o Tocantins na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Conquista esta que possibilitou ao Estado conseguir investimentos tendo a União como avalista. Falou dos pagamentos dos servidores públicos em dia, assim como o cumprimento com os fornecedores; das obras de infraestrutura e do início da obra da Ponte de Porto Nacional.
Em seu discurso, Mauro Carlesse foi por várias vezes interrompido pela multidão que o aplaudia. O primeiro suplente na sua chapa, Sebastião Albuquerque, complementou destacando a ampliação de colégios militares e casas populares.
Aliados
Companheira de primeira hora de Mauro Carlesse, a prefeita de Gurupi, Josi Nunes também esteve no evento e fez questão de reforçar as qualidades de Mauro Carlesse enquanto pessoa, um ser humano simples, humilde e do povo, segundo ela. O evento contou também com a participação de alguns caciques de Goiatins, Tocantínia e Lagoa da Confusão, das etnias Krahô, Xerentes e Javaés.
A semana tem sido proveitosa para o candidato a governador Ronaldo Dimas e seu vice Freire Jr, PL/PMDB/PODEMOS. Os prefeitos, Celso Morais de Paraíso, Camila Fernandes de Miracema e Manoel Silvino dê Tocantinia, acompanhados de vereadores, secretários, lideranças políticas e da comunidade, formalizaram o apoio ao Projeto de Ronaldo.
Da Assessoria
O senador Eduardo Gomes acompanhado do prefeito de Lajeado Júnior Bandeira, do vice-prefeito de Palmas André Gomes, acompanhou as reuniões e ouviu palavras de gratidão dos prefeitos, pelo grande volume de recursos destinados por ele a seus municípios. Respondeu afirmando que continuará se empenhando cada vez mais para trazer melhorias da qualidade de vida a todos os tocantinenses.
O candidato Ronaldo Dimas agradeceu o apoio e apresentou os principais pontos de seu projeto de governo, lembrando do êxito de seus dois mandatos de prefeito de Araguaína e prometeu a mesma eficiência e empenho para enfrentar os graves problemas que o Tocantins enfrenta. “Com o indispensável apoio do senador Eduardo Gomes e do presidente Bolsonaro, faremos a revolução do bem em nosso estado”, finalizou Ronaldo.
Os dois candidatos que lideram as pesquisas eleitorais confirmaram neste sábado que estarão presentes no primeiro encontro entre os presidenciáveis na televisão
Pandemia, economia e corrupção: os pontos fracos que Lula e Bolsonaro deverão enfrentar no debate
Leandro Prazeres - Da BBC News Brasil em Brasília
O debate entre candidatos e candidatas à Presidência da República neste domingo (28/8) será a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentarão em um evento do tipo desde o início da corrida eleitoral deste ano.
Ex-secretário de Comunicação e integrante da campanha de Bolsonaro, Fabio Wajngarten afirmou à BBC News Brasil, na noite deste sábado (28/8), que o presidente participará do debate. Horas antes, Lula já havia confirmado participação por meio de seu perfil no Twitter.
As presenças de Lula e Bolsonaro foram confirmadas às vésperas da realização do debate em parte por conta das avaliações feitas pelos comandos das campanhas de ambos. Confirmada a ida da dupla, a expectativa fica em torno de como Lula e Bolsonaro enfrentarão alguns dos seus principais pontos fracos.
Lula lidera as intenções de voto segundo os principais institutos de pesquisa, com Bolsonaro em segundo lugar. E apesar da presença de outros quatro candidatos, tudo indica que as atenções estarão voltadas para o desempenho dos líderes.
O debate irá ao ar a partir das 21h e será realizado por um conjunto de veículos: Band, TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo. Pelas regras, haverá dois momentos de debate direto entre os candidatos intercalados por perguntas feitas por jornalistas.
Historicamente, os debates entre candidatos são vistos como momentos-chave das eleições. Segundo a pesquisa do Instituto Datafolha mais recente, Lula aparecia com 47% das intenções de voto contra 32% de Bolsonaro.
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil avaliaram que os principais pontos fracos de Bolsonaro serão a gestão da pandemia de covid-19 e a política econômica. Por outro lado, os principais pontos fracos a serem enfrentados por Lula seriam as acusações de corrupção reveladas pela operação Lava Jato.
Jair Bolsonaro
Pesquisas mostram aumento das intenções de voto em Jair Bolsonaro
Pandemia e economia: o que Bolsonaro terá que enfrentar
"O principal ponto fraco de Bolsonaro é a gestão da pandemia. Em especial, o negacionismo em relação às vacinas", avalia o ex-diretor de pesquisas do Datafolha Alessandro Janoni.
"As questões mais dramáticas como o colapso da falta oxigênio em Manaus e as trocas de ministros ao longo da pandemia deverão ser exploradas porque elas são alguns dos principais motores dessas eleições", disse Janoni.
O Brasil foi um dos países mais afetados pela pandemia da covid-19. De acordo com dados coletados pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o Brasil já registrou mais de 682 mil mortes pela doença, o segundo maior número do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Além disso, o Brasil também tem a segunda maior taxa de mortes proporcionalmente à população: 321 mortes por grupo de 100 mil habitantes.
A gestão do governo federal em relação à doença foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado que pediu o indiciamento do presidente por crimes nove crimes — entre eles, prevaricação e charlatanismo.
Ao longo da pandemia, Bolsonaro incentivou o uso de medicamentos sem comprovação científica contra a doença, foi contra algumas das medidas de isolamento social implementadas por estados e municípios e levantou dúvidas sobre a eficácia das vacinas que estavam sendo desenvolvidas contra a covid-19.
O tema, aliás, foi um dos principais tópicos da entrevista concedida por Bolsonaro ao Jornal Nacional, da Rede Globo. Na ocasião, Bolsonaro defendeu sua gestão a frente da pandemia.
"Fizemos a nossa parte. E o grande erro disso tudo foi um trabalho forte da grande mídia, entre eles a Globo, desestimulando os médicos a fazerem o tratamento precoce [...] Fizemos a nossa parte e tratei com muita seriedade essa questão. Agora, não adotei o politicamente correto", disse o presidente.
A professora de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Nara Pavão avalia que Bolsonaro também terá que enfrentar críticas à gestão da área econômica.
"Na parte econômica, Bolsonaro não entregou bons resultados. É verdade que ele governou em um período afetado pela pandemia e pela guerra na Ucrânia, mas ele será questionado pela inflação, pelo desemprego e pelo baixo crescimento do produto interno bruto", afirmou a professora.
Nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro, a inflação registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) oscilou entre na casa dos 4%. Em 2021, porém, a inflação foi de 10,06%, muito acima do teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que era de 5,25%. Foi a maior taxa de inflação em seis anos.
Neste ano, a taxa acumulada da inflação é de 7,3% até julho. Nas últimas semanas, o Brasil registrou deflação em parte pela redução no preço dos combustíveis resultante da redução de tributos sobre o produto organizada pelo governo federal.
Em relação ao desemprego, ainda segundo o IBGE, o Brasil registrou 14,9% de taxa de desemprego no trimestre entre julho, agosto e setembro de 2021, a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012. Desde então, a taxa caiu e hoje está em 9,3%.
Questionado sobre o assunto durante a entrevista ao Jornal Nacional, Bolsonaro deu a tônica de como sua campanha deverá lidar com as críticas sobre sua condução da economia.
"As promessas foram frustradas pela pandemia, por uma seca enorme que tivemos no ano passado e também pelo conflito da Ucrânia com a Rússia [...] Você vê também que a taxa de desemprego tem caído no Brasil. Os números da economia são fantásticos levando-se em conta o resto do mundo", disse.
Lula coça a cabeça
Após ter sido condenado, Lula vem obtendo vitórias jurídicas que o colocaram novamente no páreo eleitoral
Lula e a corrupção
Na avaliação dos especialistas, o principal ponto a ser enfrentado por Lula no debate serão as acusações de corrupção que foram feitas contra ele e integrantes do PT pela operação Lava Jato.
"No caso de Lula, o seu principal calcanhar de Aquiles será a corrupção. Não há dúvidas disso", disse a atual diretora de pesquisas do Instituto Datafolha Luciana Chong.
A Operação Lava Jato revelou um esquema de corrupção envolvendo empreiteiras, políticos e empresas estatais. Em junho de 2021, a Petrobras havia recebido de volta R$ 6 bilhões em recursos que haviam sido desviados da empresa.
Lula chegou a ser apontado como o principal responsável por uma organização criminosa montada para desviar recursos de empresas públicas. Ele foi condenado em dois processos por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente foi preso em 2018 e ficou 580 dias detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Ao longo de todo o processo, Lula alegou ser inocente. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações contra Lula sob o argumento de que a 13ª Vara Federal de Curitiba não era a correta para julgá-lo.
Depois disso, o ex-juiz federal Sergio Moro, que condenou Lula em um dos processos, foi considerado suspeito (não imparcial) para conduzir o julgamento de Lula. Com a anulação das condenações, o ex-presidente recuperou o direito de se candidatar a cargos eletivos novamente.
Sergio Moro
Processos contra o ex-presidente foram encerrados por falta de provas ou por parcialidade de Moro
"Lula terá que enfrentar as questões relacionadas à corrupção nos governos do PT e a todo o processo do qual ele foi alvo. Esse é o ponto mais sensível dele no momento", afirmou a professora.
Nara Pavão diz, no entanto, que o passar do tempo fez com que a questão da corrupção seja mais fácil de contornar agora do que foi no passado.
"Ele está em uma situação mais confortável do que antes. A Lava Jato saiu muito enfraquecida e nem existe mais. Só existe hoje em termos simbólicos", explica a professora.
Na entrevista concedida por Lula ao Jornal Nacional na semana passada, o tema foi explorado.
Questionado sobre o que faria para que os escândalos de corrupção que ocorreram durante os governos do PT não se repetissem, Lula disse ter fortalecido os órgãos de investigação durante suas gestões e que iria manter essa política em um eventual terceiro mandato.
"Nós vamos continuar criando mecanismos para investigar qualquer delito que aconteça na máquina pública brasileira", disse o ex-presidente.