Saldo positivo é resultado do aumento no número de exportações, aponta estudo feito pela FIETO e Rede CIN.
Com Assessoria
A Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) e a Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN) divulgaram os resultados da Balança Comercial do Tocantins referentes ao 3º trimestre de 2018. O estudo aponta um saldo positivo de US$ 954 milhões, valor 38% maior se comparado ao mesmo período de 2017. O Tocantins movimentou US$ 1,1168 bilhões de dólares em exportações e US$ 163,1 milhões em importações no 3º trimestre deste ano. O estudo completo está disponível no Portal FIETO (www.fieto.com.br) link Estudos e Pesquisas.
O estudo destaca o crescimento da exportação da Soja que, em 2018, participou com 78% das exportações e registrou aumento de 27% em relação ao ano anterior. A exportação do Tocantins é marcada por 99% de produtos básicos e 1% de produtos industrializados. Na importação, destaca-se o Gasóleo (óleo diesel) com 16,50% dos valores importados, tendo representado uma retração de 55,8% quando comparado a 2017.
Em 2018, o Tocantins exportou para 66 países diferentes, sendo a China o principal parceiro com participação de 62,13% no valor exportado pelo estado, principalmente pela compra de Soja. Outro destaque da exportação é Hong Kong que teve um aumento de 363% no volume das compras no Tocantins, principalmente de Carne Bovina. Espanha, Tailândia e Arábia Saudita fecham a lista dos principais países compradores das mercadorias tocantinenses.
Nas importações, o principal parceiro do Tocantins é o Estados Unidos com participação de 22,76% do valor total, seguido pela China, Rússia, Argentina e Argélia. O principal produto importado pelo Tocantins é o Gasóleo (óleo diesel).
"Apesar do Tocantins ter baixa representatividade na Balança Comercial brasileira fechou com saldo positivo nesse último trimestre, impactado principalmente pela exportação de Soja. Este produto teve participação de quase 80% das exportações, seguido da carne bovina com um crescimento de 109% volume exportado, se comparado com o mesmo período do ano anterior”, destaca a gerente da unidade de Desenvolvimento Industrial, Amanda Barbosa.
Estudo por municípios
No total, 27 municípios realizaram vendas externas até o 3º trimestre de 2018. O município de Pedro Afonso segue sendo o principal exportador tocantinense, responsável por 17% das vendas totais do estado. Em 2º lugar no ranking aparece o município de Palmas com 14% de participação, principalmente pela exportação de Soja. O município de Nova Olinda chama atenção por seu atípico crescimento de 1451% nas exportações pela venda da Carne Bovina para Hong Kong.
Palmas foi o principal importador do estado respondendo por 49% do total importado neste 3º trimestre. Os municípios de Porto Nacional, Arraias e Xambioá também se destacaram na importação. Xambioá apresentou expressivo crescimento no volume importado de 2000% em decorrência, principalmente, da importação de Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos.
Presidente eleito disse na TV Record e no Jornal Nacional que dever conversar com o juiz federal sobre a participação dele no governo
Com iG São Paulo
O presidente eleito, Jair Bolsonaro , disse que vai convidar o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, para ocupar o cargo de ministro da Justiça ou assumir uma futura vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Pretendo sim (convidar Sérgio Moro), não só para o Supremo, quem sabe até chamá-lo para o Ministério da Justiça. Pretendo conversar com ele, saber se há interesse dele nesse sentido também”, disse Bolsonaro em entrevista exclusiva para a TV Record ao dizer que vai convidar o juiz Sérgio Moro . “Se eu tivesse falado isso antes (durante a campanha) soaria como oportunismo”, ressaltou o presidente eleito.
Bolsonaro disse que também voltou atrás em relação a ideia de aumentar o número de integrantes no STF (Supremo Tribunal Federal) e sobre o fato de já ter questionado a isenção dos ministros. à RecordTV
“Ficou no passado. Eu estava embarcando em um rumo equivocado. Agora, domingo, eu conversei com o Dias Toffoli (presidente do STF). Chegando a Brasília, conversarei com o presidente do Supremo. Eu tenho certeza que teremos uma convivência harmônica e ainda disse mais, que não é o Executivo que vai fazer não, vamos fazer com o Judiciário, todos nós somos responsáveis pelo futuro”.
O presidente do STF disse nesta segunda-feira que deve se encontrar com o presidente eleito ainda nesta semana para a primeira conversa institucional após as eleições. A posse está marcada para 1º de janeiro.
Na Record, o presidente eleito também disse que uma das primeiras medidas no governo será enxugar a máquina pública, diminuindo o número de ministérios, cargos comissionados e colocando limites nos cartões corporativos.
Bolsonaro contou que vai encontrar o governo do presidente Michel Temer (MDB) na próxima semana para discutir projetos que possam ser aprovadas ainda este ano no Congresso Nacional, incluindo a reforma da Previdência,
Mais tarde, em entrevista ao vivo no Jornal Nacional , da TV Globo, o presidente eleito disse que “está na hora do Brasil conviver com a verdade” e prometeu que irá governar para todos os brasileiros.
Bolsonaro foi questionado pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos sobre algumas falas polêmicas como “banir vermelhos”. O presidente eleito alegou que se exaltou durante seu discurso, mas que não irá tolerar a corrupção.
Já sobre “acabar com o jornal Folha de S.Paulo”, Bolsonaro reclamou do que chamou de “fake news” do jornal, apesar da ameaça, o presidente eleito baixou o tom e disse que “quem mentir descaradamente não vai ter apoio do governo”.
O presidente eleito reforçou no Jornal Nacional que vai convidar o juiz Sérgio Moro para fazer parte do governo ou do STF. “É um homem que tem que ter o seu trabalho reconhecido, é um homem que tem um passado em combate a corrupção”, afirmou Bolsonaro.
Educadores e dirigentes municipais dos 139 municípios estão reunidos em Palmas, na no período de 24 e 25 de outubro, no Encontro Estadual de Implementação do Documento Curricular do Tocantins.
Por Núbia Daiana Mota
Realizado pela Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), o evento visa oportunizar o amplo debate acerca do documento, que será utilizado para nortear a elaboração das propostas pedagógicas da educação infantil e do ensino fundamental, nas escolas públicas e particulares do Estado, a partir de 2019. Durante o encontro, que acontece na Escola de Tempo Integral Almirante Tamandaré, as metodologias para a implementação do Documento Curricular estão sendo abordadas por meio de palestras e oficinas. A iniciativa é apoiada pelo Ministério da Educação (MEC) e pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
O Documento Curricular do Tocantins foi construído a partir da Base Nacional Comum Curricular, aprovada no final do ano passado, que define o conjunto de aprendizagens essenciais que os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Assim como no processo da BNCC, o Documento Curricular foi elaborado de forma democrática com participação dos educadores dos 139 municípios e de instituições como a Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Instituto Federal do Tocantins (IFTO), a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme) e o Conselho Estadual de Educação (CEE).
“A implementação em regime de colaboração entre Estado e municípios é fundamental para que todos os municípios tenham as mesmas condições, acesso de aprendizagem e estejam em consonância com as escolas estaduais. Tivemos a felicidade de contar com a adesão de todos os gestores dos municípios na construção conjunta do documento curricular. Todas as contribuições nas discussões, na elaboração e mobilização foram de extrema importância para chegarmos a esse documento”, frisou a titular da Seduc, Adriana Aguiar.
A gestora estadual da Educação enfatizou que documento apresenta inovações para estrutura do currículo das unidades escolares e tem como grande diferencial inserir as características da regionalidade do Tocantins. “Essa construção coletiva foi de suma importância para que pudéssemos repensar a educação com as especificidades do nosso Estado. É importante destacar também o trabalho dos redatores do Documento Curricular que agregam, além do conhecimento científico, a vivência do chão da escola e que forma as práticas levam em conta a nossa região”, ponderou Adriana.
Durante o evento, o secretário de Educação de Palmas, Danilo de Melo Souza, ressaltou que a elaboração do documento, por meio do regime de colaboração entre os entes federados, enriquece o processo de construção dando um sentido de coletividade. “A educação está relacionada com o desenvolvimento dos processos econômicos, políticos e culturais. A partir da liderança da Seduc em conjunto com a Undime, temos a possibilidade de pensarmos juntos essa estrutura curricular para todos os estudantes tocantinenses da educação infantil e do ensino fundamental e esperamos que os resultados desses esforços sejam atingidos nas escolas”, assentiu.
O representando a Undime, o secretário de Educação de Aparecida do Rio Negro, Alexandre Oliveira, destacou a relevância da BNCC para a educação brasileira. “Estamos vivendo um momento histórico. Desde a Constituição de 1988 nós educadores tínhamos esse desejo de ter uma Base Nacional Curricular Comum e agora estamos colaborando também na construção do Documento Curricular do Tocantins para implementá-lo já em 2019”, comemorou.
Adequação e regionalismo
Para os municípios menores, o apoio da Seduc e a parceria firmada auxiliam na efetivação das mudanças propostas pela BNCC. “Como não temos um sistema próprio, a rede estadual tem facilitado isso para os municípios. Optamos por adotar o documento curricular do Estado comm a liberdade de adequar o currículo das escolas à realidade do nosso município, valorizado assim a nossa região”, avaliou a secretária de Educação de Luzinópois, Sandra Sá.
Segundo o professor de Barra do Ouro, Fábio Jânio, quem vai trabalhar diretamente as mudanças em sala de aula precisa conhecer profundamente o documento. “Na nossa escola o documento curricular fica na mesa dos professores. Participamos das discussões e agora iremos trabalhar o currículo da escola, que é do campo, levando em conta os aspectos culturais e regionais ao redigir a proposta curricular”, disse.
Homologação
Mas para que o documento seja considerado oficialmente como norteador dos planejamentos pedagógicos das unidades escolares, a versão final com todas as contribuições, precisa ser aprovada pelo Conselho Estadual de Educação (CEE/TO), órgão regulador das escolas e currículos do Tocantins. A secretária executiva do Conselho Estadual de Educação (CEE), Joana D’arque, (foto) explicou como acontece a tramitação. “Aguardamos o recebimento oficial para iniciarmos a análise técnica. Após a apreciação do conselho pleno ele será homologado pela Seduc e publicado no Diário Oficial. Uma vez aprovado ele será o documento curricular oficial do território tocantinense para a educação infantil e o ensino fundamental”, enfatizou.
Assim como no Tocantins, os demais estados da federação e o distrito federal, apoiados pelo MEC e a Undime, estão realizando os encontros de implementação de seus respectivos documentos curriculares com o intuito de avançar na efetivação da BNCC em todo o País.
Jantar em Brasília com a bancada federal demonstra que o Tocantins está acima de qualquer divergência política
Por Edson Rodrigues
O governador Mauro Carlesse reuniu para um jantar, esta semana, a maioria da bancada federal do Tocantins, entre os que exercem mandato e os que foram eleitos para, em um clima amistoso e harmonioso, deixar claro que a união, o consenso e a harmonia darão o tom do seu governo, suplantando divergências ideológicas e partidárias.
Esse ato de humildade não deixa dúvidas de que Carlesse busca subsídios – e apoio – para fazer um governo voltado para os interesses do Estado e que conta com a ajuda de todos para que o Tocantins seja o grande beneficiado com seu governo.
Depois de vencer três eleições em um mesmo ano sem agredir verbalmente ou difamar seus adversários, Carlesse também mostrou comedimento ao, após as vitórias, não achincalhar quem quer que fosse, tratando todos com respeito e consideração.
Esse gesto, sem dúvida, é inédito na política tocantinense e mostra que nossa política pode tomar novos e bons rumos, com um governo em que reinem a paz e a harmonia e que as picuinhas políticas sejam colocadas de lado em prol da governabilidade tão necessária para que as crises sejam vencidas.
Essa reunião de força no jantar, em Brasília, mostra a vontade de fazer valer o Tocantins acima de todas as coisas e aponta para um governo enxuto, equilibrado e preparado para adotar as medidas que forem necessárias para recolocar o Tocantins no caminho do progresso, mesmo que sejam consideradas impopulares.
Com a conjunção de vertentes políticas, Carlesse estará mais à vontade para poder administrar o Tocantins com tranquilidade, adequando a economia do Estado á Lei de Responsabilidade Fiscal, retomando a capacidade de contrair empréstimos nacionais e internacionais, e receber recursos da União, sem que possíveis opositores questionem essa ou aquela ação, com o único intuito de “jogar para o público” e atrapalhar o andamento das medidas necessárias.
Mauro Carlesse já entendeu que, para que isso aconteça, é preciso ter o apoio da bancada federal e dos deputados estaduais.
Essa é a única forma de retribuir a vitória esmagadora que o povo lhe concedeu nas urnas: cuidando do Tocantins e dos tocantinenses.
Ficam, aqui, os nossos parabéns ao governador eleito pelo povo do Tocantins e aos parlamentares que entenderam que o que interessa não é a cor partidária e, sim, o bem do povo.
As urnas já disseram, no último dia sete, que a renovação é a única certeza que estampará as manchetes do dia seguinte à eleição municipal de 2020
Por Edson Rodrigues
No Tocantins a renovação política é uma certeza límpida. Basta observar o quão fortalecido saiu o vice-governador Wanderlei Barbosa, reeleito para o cargo, trazendo para junto de si o seu filho, Léo Barbosa, como o deputado estadual mais bem votado do Estado, na chapa encabeçada por Mauro Carlesse e que teve eleito, também, Eduardo Gomes para o Senado. Wanderlei tem, também, seu irmão Marilom Barbosa, que presidirá a Câmara Municipal no biênio 2019/20.
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (foto), tem tudo para ser uma candidata fortíssima à reeleição, dependendo apenas de seu desempenho frente ao Executivo da Capital e da construção de um grupo político de coalizão, a partir de janeiro de 2019, montando uma equipe de excelência para lhe assessorar nas pastas municipais, para não deixar que interesses pessoais contaminem sua administração. Será preciso muito pulso firme, muita coragem e muita força de vontade para não só deixar transparecer, como ser de fato a real mandatária em seu governo.
Apesar disso, tem um problema a ser resolvido, que é o PSDB, partido presidido no Estado pelo senador Ataídes Oliveira, que foi preterido por Cinthia em detrimento de Vicentinho Alves e Eduardo Gomes. Um novelo difícil de achar a ponta para ser desfeito.
EDUARDO GOMES
Outra força política que renasceu nas urnas foi o senador Eduardo Gomes, o mais bem votado para o cargo no Tocantins, que terá o apoio dos deputados federais Tiago Dimas e Eli Borges, eleitos pelo Solidariedade, legenda da qual Gomes é o vice-presidente nacional.
Com uma vida pública de mais de 30 anos, que iniciou como vereador e deputado estadual por várias legislaturas e deputado federal mais votado do Estado, com duas legislaturas, Eduardo Torres Gomes volta à vida pública um degrau acima do que saiu, liderando um grupo político grandioso, qualitativa e quantitativamente falando, formado por profissionais liberais, formadores de opinião, empresários, líderes religiosos e classistas, que encabeçam milhares de eleitores cativos em Palmas e espalhados por todo o Estado.
Eduardo Gomes terá oito anos para implementar suas ideias e brigar pelo Tocantins, tornando-se, desde já, um nome a ser observado e respeitado em todos os pleitos subsequentes, e já declarou publicamente que caminhará lado a lado com o governador Mauro Carlesse e com o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, num sinal claro de fidelidade e lealdade.
O CLÃ ABREU
Quem não ficará fora da disputa municipal em 2020 é o clã dos Abreu, comandado pela senadora Kátia Abreu e pelo senador eleito, Irajá Abreu. Os dois têm residência fixa em Palmas e contam com vereadores e muitos seguidores em seu grupo político, além do diretório municipal do PSD em Palmas, haja vista a grande votação que coroou Irajá como o segundo mais bem votado nas eleições do último dia sete para o Senado.
O clã dos Abreu ou terá candidato próprio ou um aliado muito forte e fiel, com chances reais de vitória.
ARAGUAÍNA
Já na cidade de Araguaína, a sucessão municipal será uma verdadeira caixa de marimbondos, pois colocará em contraponto diversos grupos políticos que são da base política do prefeito, Ronaldo Dimas, mas cada um com seus interesses distintos.
A chance de união é uma provável candidatura de um político muito ligado ao prefeito, que é o vereador licenciado e atual chefe de gabinete do prefeito, Marcus Marcelo, o candidato a deputado estadual mais bem votado na cidade que, porém, não conseguiu se eleger, ou o próprio prefeito, Ronaldo Dimas, renunciar um ano antes da eleição, para poder concorrer a um terceiro mandato.
Marcus Marcelo (foto)
Nada está descartado em Araguaína, mas o desempenho tido pelos analistas políticos como “fenomenal” de Marcus Marcelo, o faz, de forma natural, o principal nome na disputa.
Já César Halum, apesar de ter demonstrado força política em Araguaína, não conseguiu eleger-se senador, mas deixou as portas abertas para novas tentativas, pelo número de votos que amealhou, mas, ressaltando que, sempre em palanque diverso do que estiver o prefeito Ronaldo Dimas.
Quem vai ter que melhorar muito é o grupo político da ex-prefeita e deputada estadual eleita, Walderez Castelo Branco e do seu marido, Lázaro Botelho, que não conseguiu se reeleger deputado federal. Para as eleições municipais os dois terão que oxigenar as lideranças do seu grupo político para ou apoiar uma candidatura ou um dos dois concorrer á prefeitura, com alguma chance de vitória, pois o resultado das urnas é altamente frágil para que os dois continuem a fazer política do mesmo jeito.
Na conta de Araguaína entra, também, o recém-eleito deputado federal Célio Moura, do PT, que conseguiu suplantar a sangria do seu partido e mostrou força política suficiente para conseguir os votos necessários à sua eleição.
Araguaína é para o Tocantins o mesmo que São Paulo é para o Brasil. A mais importante economicamente e a que mais reúne segmentos políticos de várias ideologias. Cada grupo tem a sua independência e são muitos os líderes políticos, religiosos, empresariais e classistas. Logo, é um local onde a previsão é incerta, em que as tendências mudam de acordo com o desempenho de cada um desses grupos que podem tanto rachar, quanto se fundir entre si, criando cenários cada vez menos previsíveis.
GURUPI
Em Gurupi, a “capital da amizade”, o jogo político não faz jus à fama hospitaleira da cidade, com seus grupos trincados, enfraquecidos, resultado do que disseram as urnas na última eleição, nada favoráveis aos quadros da cidade.
Ocorreu que as lideranças da cidade pulverizaram suas forças em frentes diferentes e partiram para digladiar-se entre si, deixando fora da Câmara Federal sua única representante, Josi Nunes, uma política ficha-limpa, séria e adepta de uma postura extremamente republicana.
Gurupi também está fora da Assembleia Legislativa, sem nenhum representante eleito. Grande parte dessa derrota do município e da Região que ele representa deve-se ao apoio do prefeito Laurez Moreira à candidatura oposicionista de Carlos Amastha, que disputou o segundo turno exatamente contra o maior representante político da cidade, Mauro Carlesse, então governador interino e, hoje governador eleito.
Laurez Moreira (foto), agora, terá que “se virar nos trinta” para governar a cidade sem os repasses de emendas impositivas e sem representante no Legislativo Estadual.
O prefeito de Gurupi já demonstrou ser um bom administrador, seu governo não é ruim, mas suas escolhas políticas nestas eleições foram um retumbante fracasso tanto pessoal quanto para os munícipes.
O fracasso político de Laurez abre espaço para o crescimento do empresário Oswaldo Stival, candidato a vice-governador na chapa de Carlos Amastha, mas que tem uma família muito representativa economicamente no município, muito bem sucedida na área empresarial dentro e fora do Estado, maior empregadora e arrecadadora de impostos da cidade.
Caso decida ser candidato a prefeito em 2020, Stival será um nome forte na disputa, principalmente com a ideia de fazer de Gurupi um polo empresarial, industrial e agropecuário, ultrapassando Araguaína em importância econômica e fortalecendo sua participação política no Estado.
Quem sai altamente fortalecido em Gurupi é o governador Mauro Carlesse, que além de mostrar toda a sua força política ao ser eleito já no primeiro turno, torna-se o principal “cabo eleitoral” de todo o Estado, com poder de influência em todos os municípios, principalmente na sua Gurupi.
PORTO NACIONAL
A “capital da cultura” tocantinense perdeu seu representante no Senado Federal, Vicentinho Alves, que alocou mais de 174 milhões de reais para a cidade enquanto esteve no cargo, que deixa em março do ano que vem, depois de galgar um dos postos mais importantes na Casa, como primeiro-secretário da Mesa diretora e ser líder da bancada do PR e da bancada federal do Tocantins. Perdeu, também, um dos deputados estaduais com maior conhecimento político e jurídico, Paulo Mourão, derrotado em sua tentativa de chegar ao Senado.
Isso transforma a sucessão municipal em Porto Nacional em um dos embates mais disputados de sua história recente, principalmente se Paulo Mourão decidir concorrer à prefeitura, uma vez que, apesar de não eleito, amealhou nada menos que 17 mil votos, numa prova de que ainda tem muita força política e pode concorrer de igual para igual com qualquer outro candidato.
Quem se fortaleceu politicamente foi o deputado estadual reeleito para o terceiro mandato Toinho Andrade, um dos nove mais bem votados no pleito do último dia sete, e o vice-prefeito, Ronivon Maciel, o mais bem votado para deputado estadual nas urnas de Porto Nacional, mas que não conseguiu se eleger em sua coligação, ficando com a terceira suplência.
Porto ainda teve eleitos os deputados Valdemar Jr., Ricardo Ayres e Cleiton Cardoso.
Já Vicentinho Jr. conseguiu sua reeleição como deputado federal com tranquilidade. Campeão de liberação de recursos federais para dezenas de cidades do Estado, juntamente com os demais reeleitos pelo município, obteve uma boa votação em reconhecimento ao trabalho desenvolvido em prol do município, o que transforma todos eles em bons nomes para concorrer à prefeitura em 2020, ou formarem coligações para eleger candidatos aliados.
Deputado Toinho Andrade
Como os políticos portuenses preferem, primeiro, trabalhar nos bastidores, de acordo com o resultado das urnas pelo menos quatro dos eleitos ou reeleitos estarão com seus nomes no páreo para o Executivo Municipal, juntamente com o doa atual prefeito, Joaquim Maia, que já deixou nas entrelinhas que pode vir candidato à reeleição.
Logo, é bom os eleitores de Porto Nacional se prepararem para mais um período de articulações à mineira, sem muito barulho, mas com muito conteúdo.
CONCLUSÃO
Diante do acima exposto, é de bom tom que façamos um adendo: tudo depende de um único fato importante tanto para os candidatos governistas quanto para os oposicionistas. Aos governistas, caso Mauro Carlesse faça um bom governo, seus candidatos colherão bons frutos, vantagens na corrida eleitoral, simpatia do eleitorado e, principalmente do funcionalismo público estadual. Caso Carlesse não consiga fazer um bom governo, seus apoiadores sofrerão, junto com ele as consequências e as redes sociais serão a grande arma destruidora de candidaturas, agindo em favor dos oposicionistas. Os eleitores agora estão mais que aptos e ligeiros para fazer uma avaliação online dos atuais prefeitos e vereadores de seus municípios.
Em Porto Nacional, os sinais de fumaça apontam para uma renovação na casa dos 60%, haja vista ser uma Casa de Leis com poucos resultados práticos, onde apenas dois ou três vereadores mostram atitudes capazes de lhes valer uma reeleição.Trocando em miúdos, é hora das forças políticas se acomodarem, iniciarem os trabalhos tendo sempre no foco as possibilidades de cada grupo nas eleições municipais de 2020.
Até lá, muita água vai rolar, mas muitas onças vão beber dessa água!