Com menos de 12 dias de campanha, pesquisas mostram números bem diferentes do cenário deixado pelas eleições suplementares
Por Edson Rodrigues
Houve uma abstenção inédita nas eleições suplementares, como todo mundo sabe: 53% dos que podiam votar simplesmente não compareceram às urnas no segundo turno, somados aos que votaram em branco e aos que anularam o seu voto— e hoje ninguém mais anula sem querer.
Pode-se atribuir essa abstenção a certa desordem partidária — ideológica e conceitual também — provocada pelo fator corrupção que, certamente, responde por boa parte das pessoas que preferiram não escolher ninguém. Os motivos estão lá expostos. Mas é claro que não pesou só esse elemento.
Ora, quando pesquisas afirmam, com poucos dias de campanha, que há candidatos novos – em relação aos cargos que postulam – em posição quase que de igualdade com os candidatos que já estão em campanha há muito mais tempo, cria se uma desconfiança geral entre os eleitores e pode provocar, também, a deserção de muitos outros eleitores que vão preferir usar o domingo para passear: “votar pra quê? Já está decidido mesmo!”
Os institutos têm as tais margens de erro justamente para acomodar a possibilidade do… erro! Se as extrapolam, alguma explicação tem de ser dada. Mas não se viu uma só — nem no primeiro nem no segundo turnos. Mais: quando um candidato é beneficiado pela extrapolação do limite superior, e o outro, prejudicado pelo rompimento do limite inferior, outra explicação tem de ser dada.
O erro no Tocantins, nas eleições suplementares, não foi o único, mas pode ter sido o mais importante. Não é segredo pra ninguém que pesquisas ruins disparam uma espiral de eventos negativas: há desmobilização de militantes, fuga de apoiadores, bate-bocas internos, jogo de empurra para saber quem está errando mais etc.
Não obstante, notem que os institutos acham que não têm rigorosamente nada a dizer. Acham que não têm explicações a dar. Ser dono de um instituto de pesquisa, nessas condições, sem o compromisso do acerto, passa a ser um bom negócio. Pesquisas são instrumentos de medição privados. Pesquisas eleitorais, no entanto, dizem respeito à coisa pública, ainda que feitas por particulares. Continuaremos a fingir que tudo se deu de acordo com os conformes?
Para Márcia Cavallari, do Ibope, é preciso ficar claro que a pesquisa não tem o papel de adivinhar o resultado. "Temos de conscientizar a mídia e a população de que a pesquisa não é um oráculo infalível. Ela tem o papel de mostrar como a opinião está se formando, para que lado está indo, mas não o número exato do resultado". Na mesma linha, Janoni, do Datafolha, resume em poucas palavras: "A pesquisa sempre reflete o passado, nunca prevê o futuro".
ANALISANDO
Se nas eleições suplementares mais da metade dos eleitores se abstiveram – ou não foram votar ou votaram nulo ou em branco – como que, do dia para a noite, as pesquisas apontam que só temos, em média, 14,5% entre votos nulos e brancos?
Lembrando que ainda não tivemos o início efetivo das campanhas, pois ainda não há Horário Eleitoral de rádio e TV, debates, caminhadas ou comícios.
Logo, há algo de estranho nessas pesquisas, ressaltando que os mesmos institutos não conseguiram captar as intenções de abstenção do eleitorado tocantinense. Esperava-se, portanto, que pelo menos os métodos de pesquisa mudassem para que o percentual de acertos fosse maior. Como disse a representante do Datafolha, se a pesquisa sempre reflete o passado, que raio de pesquisas são essas apresentadas até aqui, que nem o viés de grande abstenção exposto pela recente eleição suplementar, conseguem identificar?
Se não identificam corretamente nem o percentual de abstenção, como podem apontar que um candidato novo entra na disputa pelo Senado em pé de igualdade com outros candidatos que já estão em campanha faz tempo?
A pesquisa feita por telefone é muito usada pelos institutos, mas não leva em conta a cultura dos locais onde é realizada. No Tocantins, por exemplo, onde três em cada quatro famílias tem alguém trabalhando no governo do Estado, sob contrato ou comissionado, como o pesquisador pode esperar uma resposta verdadeira, se o entrevistado não sabe se é realmente uma pesquisa ou uma tentativa de identificação de “traidores” feita pelo próprio governo?
Tudo isso suscita grandes dúvidas a respeito das pesquisas eleitorais. Em nossa próxima edição impressa, O Paralelo13 publicará uma nova análise sobre os bastidores da política tocantinense e o efeito dessas pesquisas sobre os candidatos.
POR QUE TEMOS DÚVIDAS SOBRE O RESULTADO DAS PESQUISAS APRESENTADAS ATÉ AGORA?
Analisando os resultados do último pleito realizado no Tocantins, que foram as eleições suplementares de julho passado, podemos tranquilamente questionar os números apresentados pelas atuais pesquisas que, como afirmou o representante do Instituto Datafolha, sempre retratam o passado, nunca o presente ou o futuro.
A soma de votos brancos, nulos e abstenções novamente foi expressiva na eleição suplementar para o governo do Tocantins. Ao todo, 51,83% dos eleitores não escolheram nenhum dos candidatos no segundo turno. Esse percentual representa 527.868 eleitores e superou a soma dos votos conquistados pelos dois candidatos (490.461).
No primeiro turno, quase metade dos eleitores não optou por nenhuma das candidaturas. A abstenção, somada de votos brancos e nulos, chegou a 43,54% dos votos no dia 3 de outubro. O número também é muito superior ao registrado na última eleição regular para governador, em 2014. Na época, os índices somados chegaram a 31,84% do eleitorado.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a abstenção chegou a 355.032 mil eleitores. Além disso, 17.209 votaram em branco e 155.627 preferiram anular o voto.
O presidente da Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropastoril (Acisa –PN), Wilson Neves, procurou a equipe do Paralelo 13, para expressar a sua preocupação com o fato ocorrido no início desta semana na Cidade de Porto Nacional e que tem ganhado proporção com as redes sociais.
Da Redação
Circula na internet, um vídeo caseiro gravado por uma mulher, no qual claramente mostra o segurança do Posto de Combustíveis Guararape inibindo o casal após um possível desentendimento.
Logo no início, é possível ouvir a mulher que solicita a nota fiscal do que havia comprado. E a partir daí uma confusão no qual pouco se compreende sobre o motivo que levou aquela situação.
Posteriormente, um homem de camisa listrada, identificado na gravação, em que segundo informações trata-se de um policial militar, aparece na janela do passageiro. Conforme apurou-se o suposto policial estava armado e trabalhava no local como segurança.
De dentro do veículo a mulher faz a filmagem onde o segurança do posto discute com o passageiro, supostamente seu esposo. No meio da gravação é possível identificar o empresário Elvécio, dono do posto de combustíveis, que aparece armado. No intuito de inibir ou coagir o casal, o proprietário do estabelecimento levanta parte da camisa e mostra um revólver, aproximadamente aos 23 segundos do vídeo de quase um minuto de duração.
É possível perceber que após a desavença o veículo no qual a mulher realiza a gravação saí do estabelecimento. Discussões em alto e bom som são cada vez mais raras em estabelecimentos comerciais. Além dos danos que causam à carreira dos protagonistas da briga, estes incidentes afetam a todos que estão no local, como clientes e funcionários, além de afastar os clientes.
Neste momento, é necessário que haja maturidade e diálogo entre as pessoas para resolver o impasse, mas certamente neste caso não foi o que aconteceu. Pelo contrário, a situação chegou ao conhecimento público, e tomou uma amplitude ainda maior pelo fato de o proprietário de estabelecimento, supostamente a pessoa responsável por apaziguar a situação não tê-la feito.
Caso o outro envolvido na situação estivesse armado e revidasse a ameaça à situação fugiria do controle. Diante dos fatos, cabem vários questionamentos dentre eles se os indivíduos possuem posse e porte de arma? O suposto policial utiliza uma arma própria ou do governo?
Independente de qualquer situação, é necessário que busquemos sempre as melhores alternativas para solucionar os problemas, pois ameaça é crime. É um ato ilegal e imoral. Diante de todo este processo e difusão do episódio haverá uma sindicância para apurar a conduta do suposto militar? O que as autoridades decidiram diante da gravidade da situação?
Durante conversa com o presidente da Acisa, Wilson Neves destacou a importância do município que é considerada a capital da cultura formada por famílias tradicionais que vivem e convivem em paz.
“Uma cidade culta, com várias instituições educacionais, que conta ainda com inúmeras empresas em todos os segmentos. Não podemos deixar que este incidente desgaste a imagem dos empresários portuenses que lutam diariamente para conquistar e manter a sua clientela”, disse o presidente da Acisa-PN.
Para o presidente da Acisa- PN, como o fato tornou-se público resta saber quais as providências que serão tomadas pelaPolícia Militar e a Polícia Civil? Caso o fato fosse com um micro empresário, o tratamento seria o mesmo pelos órgãos competentes para analisar o caso?
O empresário não comentou o ocorrido. A sociedade portuense tem divulgado o vídeo e feito um boicote ao estabelecimento.
Nesta quinta-feira, o presidente da Associação deverá fazer uma visita ao Comando Geral da Política Militar e Secretaria de Segurança Pública
O Ministério Público Eleitoral (MPE), questionou até ontem, 20 de agosto, a solicitação de alguns pedidos de registros de candidaturas
Por Edson Rodrigues
O órgão solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral nove pedidos de impugnações que devem ser analisados e julgados pelos membros do pleno.O deputado federal, César Halum (PRB), atual candidato ao senado, na chapa do governadoriável Mauro Carlesse (PHS), foi um dos nomes citados pelo MPE.
Conforme justificativa do Órgão, César Halum encontra-se inelegível. O documento destaca que “haja vista que, nos últimos oito anos, teve contas relativas ao exercício do cargo de Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins rejeitadas por irregularidades insanáveis que configuram ato doloso de improbidade administrativa, em decisão definitiva do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins”.
O documento encaminhado ao TRE, que solicita o indeferimento de Halum, cita ainda que “o Acórdão que rejeitou as contas do requerido referente ao exercício de 2006, assentou a existência de falhas relevantes e que caracterizaram infrações às normas constitucionais e legais de natureza orçamentária, financeira, contábil, administrativa e patrimonial, ferindo os princípios fundamentais da administração pública e ocasionando prejuízos ao erário”.
Ações como déficit orçamentário e financeiro, não comprovação das despesas, irregularidades em processos de licitação, são mencionados como irregularidades cometidas por Halum quando presidente da Assembleia.
Outros nomes
senador Ataídes Oliveira, Deputada Dorinha Seabra e Deputado estadual Nilton Franco
Além de César Halum, o Ministério Público Eleitoral solicitou a impugnação do registro de Ataídes Oliveira (PSDB), também candidato ao senado. Dos candidatos a deputados federais professora Dorinha Seabra (DEM), Marcos Antônio (PSDB), dos candidatos a deputados estaduais : Janad Valcari (PMB), Ivory de Lira (PPL), Nilton Franco (MDB), Fabion Gomes (PR), Eduardo Holanda (PRB), Valuar Barros (DEM) e Eutália Barbosa (PT).
Entenda
O procurador regional Eleitoral, Álvaro Manzano explicou que o Ministério tem até cinco dias após a solicitação de registro para apresentar os pedidos de revisão dos registros. Como a primeira publicação do registro foi divulgada pelo TRE em 16 de agosto, o MP Eleitoral tinha até o dia 20 para questionar os registros e apresentar argumentos para que os nomes sejam julgados pelo pleno do Tribunal.
Manzano destacou que o questionamento sobre os registros visa cumprir as exigências legais e que todos os candidatos possam disputar as eleições conforme determinação da Lei.
Conforme o MP Eleitoral o senador Ataídes Oliveira, ele foi condenado pela Justiça Eleitoral por ter feito uma doação em 2010 acima do limite legal permitido.
Em relação a deputada federal Dorinha, que também busca a reeleição, a deputada responde a um processo por dispensa de licitação para a compra de material quando ocupava a função de Secretária de Educação, no qual foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e que busca recurso junto à instituição.
O procurador Alvaro Manzano destacou que os candidatos Marcos Antônio e Janad Valcari não se afastaram das funções dentro dos prazos solicitados pela justiça.
Já Nilton Franco teve seu registro questionado pelo procurador em razão de uma condenação também no TJ por improbidade administrativa, lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito.
Fabion Gomes foi prefeito de Tocantinía e responde processo por reprovação nas contas públicas, conforme o Tribunal de Contas da União (TCU), enquanto gestor.
Eduardo Holanda foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Conforme a condenação, ele simulou a intermediação de venda de um veículo, induzindo a vítima em erro para obter vantagem.
Já o ex-prefeito Valuar Barros, foi condenado pelo Tribunal de Justiça por também dispensar licitação para contratação de serviços com dinheiro público. Eutália Barbosa está na lista do Tribunal de Contas do Estado do Pará, em razão do período que foi secretária estadual de Desenvolvimento Social do Pará.
Defesa
Os candidatos estão sendo intimados para apresentar a documentação no TRE. O pleno realizará o julgamento das demandas do MP Eleitoral e após o resultado será divulgado os nomes que tiveram seus registros deferidos e indeferidos.
EDITORIAL
Na base do improviso, aos trancos e barrancos, o Tocantins vai se afundando em uma situação política e econômica que deixa menos de 3% da sua arrecadação para investimentos em saúde, educação, segurança e infraestrutura. Se é que se pode chamar isso de “investimento”.
Por Edson Rodrigues
Esse é o retrato claro de um Estado sem planejamento e, consequentemente, sem futuro. Mas, neste ponto, vem a pergunta que não quer calar: como se chegou a esse ponto em no Estado mais novo da federação, que deveria aprender com os erros “dos outros”, para servir de exemplo de organização e desenvolvimento?
A resposta, infelizmente, é um velho ditado popular: “cada povo tem o governo que merece”.
Não adianta a sociedade gritar, clamar por Justiça, se continua a eleger os mesmos políticos, dando a eles carta branca para brincar com o futuro de um povo inteiro.
Não adianta reclamar dos preços da água, da energia elétrica, de não ter segurança, muito menos saúde pública, educação de qualidade, da falta de empregos, se na hora em que se pode exterminar os maus políticos, essa mesma população que reclama troca seu voto por um botijão de gás, por uma caixa de cerveja ou, no máximo, por um emprego com salário mínimo, com prazo de validade para acabar.
E esse prazo acaba enquanto você vê seus filhos continuarem sem saúde, sem educação e todos sem segurança, sendo adotados e achacados pelo tráfico de drogas, transformando o Tocantins em um estado literalmente sem futuro.
Trocando em miúdos, você, caro e eleitor, é mercadoria barata no mercado político e o principal culpado da situação deprimente em que o Tocantins e o próprio Brasil, se encontram.
SITUAÇÃO MERECIDA
Não estamos aqui para passar a mão na cabeça de ninguém, muito menos na cabeça dos eleitores tocantinenses – e brasileiros, em geral – que, na grande maioria, são péssimos eleitores, péssimos cidadãos.
A situação de definhamento econômico e social da qual você tanto reclama, cidadão, acontece graças única e exclusivamente a você!
Foi você quem trocou seu voto por uma ninharia, não analisou em quem votaria ou, na melhor da hipóteses, anulou seu voto ou o fez em branco, terceirizando a escolha que deveria ser sua.
Quem está por aí, na presidência, no Senado, na Câmara Federal, nos governos estaduais, na assembléia Legislativa, nas prefeituras e nas câmaras Municipais fazendo só “coisa boa”, o tipo de coisa que você tanto reclama, só está lá porque você lhe deu esse direito.
Ou seja, você merece passar pelo que está passando, caro – barato – eleitor. Foi você quem delegou a eles poderes para transformarem a sua vida nesse “inferno” que você tanto reclama!
ATESTADO DE INEFICIÊNCIA
Você, eleitor, deu poderes que você nem tem ideia, por quatro anos, para alguém que você só vê exatamente de quatro em quatro anos, ou seja, deu poderes para quem você não tem sequer como cobrar pela atuação defeituosa ou cheia de desconfiança.
São pessoas que você olha passar em seus carrões e fica imaginando o que ele faz da vida para viver tão bem, quando a resposta é que ele lhe enganou, fez você de besta na última – ou nas últimas – eleição e, graças a você ele tem aquele carrão, uma mansão,uma fazenda e muito, mas muito, dinheiro no banco (não na conta dele, é claro!).
A eficiência que você reclama que os políticos não têm, você, eleitor, também não teve na hora de votar. Você não pesquisou, não leu os jornais, não prestou atenção na TV, não deu atenção àquela mensagem que recebeu nas redes sociais... Ou seja, aquele político corrupto que está ali, dando as cartas sobre o seu futuro, é o seu próprio atestado de ineficiência como cidadão!
AINDA HÁ TEMPO!
Se você acha que estamos sendo duros demais com você, que estamos pegando pesado neste editorial, saiba, antes de tudo, que ainda há tempo para que você mude sua classificação como cidadão, passando de ineficiente para consciente.
Em outubro, daqui a pouco mais de um mês, tem eleição geral, de presidente da República a deputado estadual, passando por senador, governador e deputado federal. Essa é a sua hora de mostrar que sabe aprender com os erros e que se preocupa com o futuro dos seus filhos, do seu estado, do seu País.
Mas, a responsabilidade ainda é sua. A decisão estará na ponta dos seus dedos na hora de digitar os números dos candidatos que você escolheu na urna eletrônica.
Por favor, não perca mais esta chance!
Não terceirize seu voto, assista ao debates, aos horários gratuitos de Rádio e TV, não deixe a decisão nas mãos de quem pode estar comprometido com a continuidade da corrupção e do desgoverno. Analise, pesquise, leia os blogs, portais de notícia, discuta, pergunte e se mantenha informado sobre a “qualidade” de cada candidato e se certifique da importância do seu voto.
Há candidatos honestos, há “sangue novo” na política, há pessoas que podem contribuir com o desenvolvimento do Tocantins.
Evite votar em quem está envolvido com qualquer tipo de processo criminal ou respondendo a processos. É fácil saber quem tem passado comprometedor. É você quem decide.
O Tocantins e o Brasil precisam de você!
O ex-governador Siqueira Campos, de forma muito elegante ao estilo do jogador Pelé decide pendurar as chuteiras da vida pública, em um momento em que sozinho tem a liderança das pesquisas de intenções de votos espontânea e estimuladas, seguido de Vicentinho Alves.
Por Edson Rodrigues
A pesquisa realizada em 39 municípios, dos dias 8 a 12 de agosto, em que o candidato lidera as pesquisas de intenções de voto para o senado. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número TO-02589/2018.
A decisão de José Wilson Siqueira Campos foi de um total desprendimento e prova de amor pelo Tocantins. Estado que tem sua marca de luta e vitória, um estado que era o sonho de um povo sofrido na época do norte goiano. Considerado na época pelos principais líderes políticos do Estado, como uma região sem lucros, que só dava despesas ao Estado de Goiás.
Siqueira Campos defendendo a criação do estado do Tocantins na Constituuição de 1988
Em Colinas, Siqueira começou a trabalhar na área rural, fundou a Cooperativa Goiana de Agricultores e deflagrou o movimento popular que pedia a criação do Tocantins. Na eleição de 1965 foi vereador de Colinas do Tocantins com votação expressiva, tornou-se presidente da Câmara no ano seguinte. Siqueira foi eleito deputado federal, reeleito por mais quatro mandatos, permanecendo no cargo entre 1971 e 1988, enquanto representante do norte goiano. Chegou a fazer uma greve de fome de 98 horas em favor da causa separatista. Siqueira foi, inclusive, deputado federal Constituinte.
A criação do Tocantins, pelos deputados membros Assembleia Constituinte, finalizou uma luta de quase 200 anos dos moradores do então Norte de Goiás em prol da divisão do Estado, trazendo a perspectiva de desenvolvimento para uma região que viveu séculos de relativo isolamento. Com o Tocantins finalmente criado, Siqueira Campos se elegeu o primeiro governador, para mandato de dois anos Foi também responsável pela construção da capital Palmas. Voltou a ocupar o cargo governador por mais três mandatos. (1995 a 1998 / 1999 a 2003/ 2011 a 2014),
Eduardo Gomes
O vice-presidente nacional do partido do Solidariedade Eduardo Gomes sempre foi um político de união, de muita humildade. Era um dos pré-candidatos a uma das duas vagas ao senado com o apoio da maioria das lideranças partidárias e dos partidos que fazem parte da coligação do Governador Mauro Carlesse.
Siqueira Campos instalando o Governo em Miracema
Para evitar um descontentamento na base ou até um possível rompimento no grupo, Gomes foi elegante, aceitou com grandiosidade ser o primeiro suplente do ex-governador José Wilson Siqueira Campos, candidato ao senado. Mas como diz o próprio candidato, entrou na vida pública ao lado de Siqueira, e todo o caminho foi trilhado assim. Os dois além de companheiros de palanque e vida pública são grandes amigos o que facilitou a comunicação e compreensão no grupo.
Trajetória
Eduardo Gomes é empresário e sempre foi engajado em movimentos sociais e culturais. Foi professor de educação física em Araguaína, atuando à frente de caravanas do movimento jovem e na luta pela criação do Estado do Tocantins. Foi secretário de Cultura e Turismo de Xambioá, sendo depois convidado a ser secretário de Cultura e Turismo Araguaína. Foi chefe de gabinete da Prefeitura e depois vereador de Palmas.
De vereador, chegou à Câmara dos Deputados, em Brasília, em 2002, com número expressivo de votos: Em 2006, foi reeleito. Em apenas dois mandatos (2003/2006 e 2007/2010), Eduardo Gomes se tornou um dos mais influentes parlamentares do Brasil. Com foco na defesa por projetos de interesse do povo tocantinense, foi presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, função de relevância nacional pela primeira vez exercida por um parlamentar tocantinense.
Agora, com a desistência de Siqueira Campos por motivos de saúde, Eduardo Gomes passa a ser o titular da vaga ao Senado, e o ex-governador, o primeiro suplente.
Inversão de papéis
Em nota, via assessoria de imprensa, Siqueira Campos, candidato ao senado pelo Democratas (DEM) informou sua desistência a vaga por questões de saúde. Conforme o material divulgado pela assessoria do candidato.
“Ao final da tarde desta quarta-feira, por iniciativa própria, ligou para o editor-chefe do Jornal do Tocantins, jornalista Tião Pinheiro, e comunicou sua decisão de não mais ocupar a cabeça de chapa para o Senado Federal. Não pela sua idade, mas sim por fatos como estes que ocorreram nesta data e que o impediriam de visitar os 139 municípios tocantinenses. De poder abraçar e corresponder com a sua presença, o desejo que o eleitor tem de conduzi-lo ao Senado da República”, explicou.
Após entendimentos mantidos com a presidente do Democratas, deputada federal Dorinha Seabra, e com seu companheiro de chapa, ex-deputado Eduardo Gomes, Siqueira Campos comunicou que continuará na chapa, mas na condição de primeiro suplente. Podendo assim, quando chamado, continuar contribuindo com o Tocantins.
Siqueira Campos lembrou ainda que seu antepassado Toninho Siqueira Campos e o Brigadeiro Eduardo Gomes fizeram história no famoso episódio dos 18 do forte de Copacabana. E que aos 17 anos, inspirado no Brigado Eduardo Gomes, filiou-se à União Democrática Nacional (UDN), que é o DNA de seu atual partido, o Democratas. “Comecei a minha vida pública com o Brigadeiro Eduardo Gomes e parto para finalizá-la com jovem Eduardo Gomes, meu companheiro de chapa, que desde os seus 17 anos me acompanha na vida pública.