País ultrapassou os 10,5 milhões de casos, de acordo com o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
Com iG Saúde
O Brasil registrou pelo 36º dia seguido uma média móvel de mortes por Covid-19 acima de 1.000. De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, 1.180 brasileiros morreram, em média, nos últimos sete dias. Esta é a pior média móvel em toda a pandemia.
Segundo o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nas últimas 24 horas, 1.386 pessoas perderam a vida por conta da pandemia.
Até agora, foram confirmados 10.517.232 casos acumulados e 254.221 vidas perdidas desde o início. A média móvel de casos, que representa o avanço da pandemia no país, cresce desde o dia 19 de fevereiro e atinge agora a marca de 61.602 novos infectados por dia durante a semana.
O ranking de número de mortes segue liderado pelo estado de São Paulo, que tem 59.428 óbitos causados pela Covid-19. O Rio de Janeiro continua em segundo lugar, com 33.035 mortes, seguido por Minas Gerais (18.431), Rio Grande do Sul (12.343) e Bahia (11.729).
É importante ressaltar que a contagem de casos realizada pelas Secretarias Estaduais de Saúde inclui pessoas sintomáticas ou assintomáticas; ou seja, neste último caso são pessoas que foram ou estão infectadas, mas não apresentaram sintomas da doença.
Tocantins confirma mais oito novas mortes pela doença e 788 casos de coronavírus
Conforme o boletim epidemiológico, Palmas teve mais 370 diagnósticos de Covid-19 e continua sendo a cidade com maior número de confirmações do Tocantins. Agora são 28.246 casos e 262 mortes, no total.
Já Araguaína, no norte do estado, confirmou mais 114 casos e segue como a segunda cidade mais afetada pela pandemia. São 21.184 casos e 270 moradores morreram com a doença.
Porto Nacional contabilizou 20 novos casos da Covid-19. Sendo 18 da sede de Porto Nacional e 02 do distrito de Luzimangues. Dessa forma, Porto Nacional totaliza 4359 casos confirmados e 72 óbitos contabilizados até as 23:59 horas do último dia.
Hospitalizados 23 pacientes*: 18 na rede pública de Porto Nacional e Palmas, 05 na rede privada de Palmas.
Em visita a Caucaia (CE) nesta sexta-feira (26), presidente fez críticas a governadores que adotam medidas mais restritivas para conter a pandemia de Covid-19, como implantação de toque de recolher e proibição total de atividades não essenciais
Por Emilly Behnke
No pior momento da pandemia de covid-19 no País, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 26, que o governador que adotar medidas de restrições para evitar a propagação da doença, como recomendam autoridades sanitárias, deverá bancar novas rodadas do auxílio emergencial. A fala ocorre no momento em que governantes locais estudam e adotam medidas de fechamento para combater a disseminação do vírus, que matou quase 253 mil brasileiros desde o início da pandemia.
"O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e daqui para frente o governador que fechar seu Estado, o governador que destrói emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do presidente da República essa responsabilidade", declarou Bolsonaro durante visita às obras de duplicação da BR-222, em Caucaia (CE).
Na quinta-feira, 25, durante live semanal, Bolsonaro disse que a proposta estudada pelo governo é pagar o auxílio a partir de março, por quatro meses e no valor de R$ 250. O pagamento da nova rodada do benefício, segundo o chefe do Executivo, é "para ver se a economia pega de vez, pega para valer". Contrário a medidas de restrição e incomodado com a pressão em cima do governo, Bolsonaro tem sugerido que a população cobre de prefeitos e governadores o pagamento do auxílio.
"A pandemia nos atrapalhou bastante, mas nós venceremos este mal, pode ter certeza", disse no evento. "O que o povo mais pede e eu tenho visto, em especial no Ceará, é (para) trabalhar. Essa politicalha do ‘fica em casa a economia a gente vê depois’ não deu certo e não vai dar certo."
Ele visitou obras da duplicação de trecho da BR-222 e o anel viário de Fortaleza. O trecho em duplicação liga o município de Caucaia ao Porto de Pecém. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, até março o governo deve entregar seis quilômetros da duplicação. Outros seis quilômetros devem ser entregues até junho.
No evento, Bolsonaro agradeceu o apoio da população para sua eleição em 2018 e enalteceu as entregas do governo. “Nós sabíamos que não seria fácil, mas os inimigos podem ter certeza de uma coisa: nós não nos entregaremos. Estamos aqui hoje apresentando uma parte do serviço feito pelo nosso ministro Tarcísio, da Infraestrutura. Como vocês podem notar, é um serviço de qualidade, coisa que nunca teve aqui no Ceará”, disse.
Com o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, Bolsonaro também fez a entrega simbólica de três unidades habitacionais, de um total de 240 apartamentos que serão entregues. Mais cedo, o chefe do Executivo, acompanhado de ministros, esteve no município de Tianguá (CE), onde assinou ordem de serviço para a retomada de três obras rodoviárias. O presidente deve retornar a Brasília nesta noite com previsão de chegada às 20h30.
André Brandão teme por futuro como o de Castello Branco; reestruturação do banco agrava desgaste com presidente da república
Por Agência O Globo
O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro . A informação é confirmada por fontes do Palácio do Planalto.
No início da semana, Brandão teve uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, quando manifestou o desconforto em permanecer no cargo, depois dos rumores de que Bolsonaro queria substitui-lo.
Foi pedido a ele, segundo fontes palacianas, que permaneça à frente do BB por mais um tempo até que se encontre um substituto.
Entre os nomes cogitados para substituir Brandão estão o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, o secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto, e o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
A situação de Brandão está delicada desde janeiro, quando ele anunciou um plano de reestruturação do banco, com o fechamento de agências em vários municípios. A medida desagradou Bolsonaro, que pediu a cabeça do executivo.
Em meio à falta de vacinas e com novas variantes, país tem ritmo acelerado de transmissão e vive o pior momento da pandemia. Especialistas criticam política de isolamento que 'enxuga gelo'
Com Agências
O Brasil acumula um quarto de milhão de mortes por covid-19, às vésperas de se completar um ano desde o primeiro caso de coronavírus ter sido identificado no país.
Enterro de vítima de covid-19 em Manaus, em 17 de fevereiro; país acumula em torno de 250 mil mortes© Reuters Enterro de vítima de covid-19 em Manaus, em 17 de fevereiro; país acumula em torno de 250 mil mortes.
Segundo as contas do consórcio de imprensa (formado por Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1), o país alcançou nesta quarta-feira (24/02) a marca de 250.036 mil mortos por coronavírus — o segundo país no mundo a chegar nesse patamar, atrás apenas dos EUA, que nesta semana superou a marca de 500 mil mortes.
Há uma segunda contabilização de casos e mortes, feita pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), segundo o qual o número total de mortos pelo vírus no país chegou a 249.957.
É como se a pandemia tivesse aniquilado totalmente a população de uma cidade média brasileira — como Americana (SP), Itaboraí (RJ) ou Novo Hamburgo (RS) — ou até mesmo de um país pequeno, como São Tomé e Príncipe, na África.
O número de 250 mil pessoas assusta quando é colocado em perspectiva:
É como se a pandemia tivesse matado três Maracanãs lotados.
A pandemia matou até agora a mesma quantidade total de brasileiros que morreram de qualquer causa nos dois primeiros meses de 2019.
O número de mortos pela covid na pandemia é quase seis vezes maior do que o de mortos por homicídio no Brasil em todo 2020
É como se tivessem morrido 680 pessoas por dia desde que o primeiro caso de covid-19 foi registrado no Brasil. Isso equivale a 28 mortes por hora.
O marco acontece na mesma semana do aniversário de um ano do primeiro caso de coronavírus confirmado oficialmente no Brasil. No dia 26 de janeiro, um homem de 61 anos foi internado em um hospital em São Paulo, após ter passado os dias do carnaval na Lombardia, na Itália.
É como se a pandemia já tivesse matado três Maracanãs lotados; acima, enterro em Manaus© Reuters É como se a pandemia já tivesse matado três Maracanãs lotados; acima, enterro em Manaus.
Apenas duas semanas depois, no dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente que havia uma pandemia de coronavírus, que se originou em Wuhan, na China. Naquele dia, havia 118 mil casos confirmados em 114 países do mundo, com 4,2 mil mortes. No entanto, naquela época ainda pouco se sabia sobre o vírus, e havia poucos testes e estatísticas confiáveis.
Nos meses que seguiram, houve muita confusão e pouco entendimento do que poderia acontecer. Estimativas sobre o número de mortos variavam de 1 milhão de mortos (previsão de pior cenário feita pelo Imperial College de Londres) a menos de 3 mil mortos (previsão do político Osmar Terra).
No final de março, o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, previu que até abril haveria um colapso do sistema brasileiro de saúde, que seria incapaz de lidar com as hospitalizações em massa. No mesmo dia, o presidente brasileiro se referiu ao coronavírus como "uma gripezinha".
Nas semanas seguintes, o Brasil viu disputas políticas, medidas desencontradas e superlotação de hospitais. Três ministros da Saúde (Henrique Mandetta, Nelson Teich e o atual, Eduardo Pazuello) passaram pela pasta. Estados e municípios ficaram responsáveis por decidir localmente sobre medidas de restrição de quarentena e fechamentos de estabelecimentos comerciais, escolas e transporte público. O governo federal começou em abril o pagamento de um auxílio emergencial para trabalhadores que perderam sua renda por causa da pandemia.
No dia 8 de agosto de 2020, foi atingida a marca de 100 mil mortos. No dia 7 de janeiro deste ano, o país ultrapassou as 200 mil mortes.
Em janeiro deste ano, começou a vacinação da população, mas, sem doses suficientes, muitas cidades tiveram de interromper suas campanhas.
Números proporcionais
Apesar de ser o segundo país com o maior número absoluto de mortos por covid-19, a situação é diferente quando se analisam apenas mortes em relação ao tamanho da população. O Brasil tem a sexta maior população do mundo.
Na comparação com o tamanho da população, o Brasil fica entre os 30 países com mais mortes por covid-19 para cada 100 mil pessoas de sua população. Em alguns países como Reino Unido, Portugal, Itália e Estados Unidos, houve mais mortes do que no Brasil, na proporção da população.
Também na comparação proporcional, houve mais mortos no Brasil do que na Argentina, Alemanha e Rússia.
VEJA DESTACA PRISÃO DE DEPUTADO BOLSONARISTA, ISTOÉ MOSTRA O CARNAVAL DE BOLSONARO E ÉPOCA MOSTRA “FUGA” DA CLASSE MÉDIA PARA O INTERIOR]
Da Redação
Veja
Prisão de deputado bolsonarista é sinal de reação das instituições ao extremismo
A detenção de Daniel Silveira após ataques feitos ao STF foi medida extrema, mas necessária. A batalha no país contra esse movimento antidemocrático, no entanto, será longa e precisa continuar.
Na última terça-feira (16), à noite, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão de Silveira, horas após ele publicar um vídeo em que, ao longo de mais de vinte minutos, fazia apologia ao AI-5, xingava os ministros do STF e defendia o fechamento da Corte. Se o seu objetivo era visibilidade, ele conseguiu. Assim que a gravação foi ao ar, os ministros do STF iniciaram uma deliberação sobre a melhor estratégia para rebater os ataques. Definiu-se que a resposta à altura só poderia ser dada no campo do jogo judicial. Moraes expediu a ordem de prisão em flagrante (no caso, por incitação à violência, desrespeito à Constituição e ataque à democracia), uma das pouquíssimas hipóteses em que a imunidade parlamentar não protege um político.
A imediata resposta da Suprema Corte ao ataque desferido pelo parlamentar radical faz parte de uma estratégia da instituição para sufocar as pregações contra o tribunal e intimidar as muitas ameaças que os seus membros e familiares têm sofrido nos últimos dois anos.
Pandemia, ano 2: os avanços no tratamento médico após 12 meses de Covid-19
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Istoé
Curtindo a vida adoidado
Enquanto os brasileiros sofrem com a falta de vacina, com a crise na economia que aumenta o número de desempregados e de pessoas que passam fome, o presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da família e de amigos, resolve decretar para si próprio feriado de carnaval. Eles curtiram adoidados nas praias do litoral catarinense.
Vacinas em falta
A situação nacional é preocupante e expõe a condução desastrosa da pandemia pelo governo. Há quase 245 mil óbitos no País, cerca de 1,1 mil pessoas morrem diariamente e acabaram os imunizantes em várias capitais.
Os oito encrencados
Parlamentares que fazem parte do núcleo duro de apoio ao presidente e parceiros políticos conquistados desde a eleição têm em comum o fato de serem investigados, réus ou de terem sido condenados em algum esquema criminoso.
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Época
Fugir da metrópole: a fuga da classe A para o interior
Famílias mais abastadas deixam as metrópoles brasileiras em busca de uma vida mais tranquila — e aquecem a economia das cidades menores.
Após um 2020 de “test drive” no campo ou na praia, durante a quarentena, a mudança definitiva de CEP já provoca transformações no mercado imobiliário e na dinâmica das cidades menores.
As razões para a mudança são variadas. Além da qualidade de vida, há a busca por mais segurança, mais espaço e conforto diante da possibilidade de novos períodos de confinamento e até mesmo a economia de gastos em razão do menor custo de vida no interior.
O movimento, mais pronunciado em São Paulo e no Rio de Janeiro, também ocorre em capitais menores, como Porto Alegre, Natal e Fortaleza. Todos os motivos da retirada, no entanto, só puderam ser viabilizados devido a uma mudança maior: a do mercado de trabalho, que agora deve adotar, na maioria dos setores, o padrão híbrido, aliando os modelos presencial e remoto.
Daniel Silveira, um agitador em apuros
O deputado que incita a violência contra o STF e rasgou a placa em homenagem a Marielle Franco pode ser sacrificado em nome da harmonia entre os Poderes.
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