Objetivo da operação é enfrentar criminosos armados nas comunidades do Jardim Catarina e do Salgueiro; uma pessoa ficou ferida durante um tiroteio
Com Agência Brasil
As Forças Armadas fizeram, nas primeiras horas desta sexta-feira (13), uma grande operação nas comunidades do Jardim Catarina e do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Pelo menos quatro pessoas acabaram presas durante a operação. Segundo o Comando Conjunto, que coordena a atuação das três forças militares que atuam no estado, o objetivo da ação das Forças Armadas foi enfrentar criminosos armados que controlam atividades criminosas nestes locais.
Também segundo este comando, quando viram as tropas se aproximarem, criminosos atiraram contra, dando início a um intenso tiroteio. Foi então que as quatro pessoas foram detidas, por estarem envolvidas na troca de tiros. Eles foram presos em flagrante após o confronto.
Além dos presos, reflexos da operação das Forças Armadas
Durante a troca de tiros, a comunidade de São Gonçalo acabou sendo envolvida de maneira violenta. Afinal, uma pessoa não identificada ficou levemente ferida no tiroteio e foi encaminhada a um hospital da região.
Os militares que deram esta notícia à imprensa não conseguiram informar qual a circunstância do ferimento e nem se o estado de saúde da vítima.
Além dos presos, houve apreensões policiais durante a operação em São Gonçalo. De acordo com o Comando Conjunto, foram apreendidas três pistolas, carregadores, munições e radiocomunicadores.
Também é relevante citar que uma motocicleta roubada chegou a ser recuperada nesta manhã. Porém, também não foi informado de quem era a posse da bicicleta e nem mesmo se ela servia como instrumento para os criminosos de São Gonçalo.
Para se entender a complexidade e a amplitude da operação, basta notar quantos oficiais estavam envolvidos: participaram 190 militares das Forças Armadas , com o apoio de blindados, aeronaves e equipamentos de engenharia.
* Com informações da Agência Brasil.
Ministro lembrou que R$ 1,8 milhão está disponível para habilitação do serviço de radioterapia no Hospital Geral de Palmas
Por Gisele Franca
Mais recursos para a saúde pública do Tocantins. Este foi o objetivo do Governo do Estado, representado pelo secretário da Saúde Renato Jayme, ao entregar ao ministro da Saúde, Gilberto Occhi, um documento com uma série de reivindicações. O ofício, que busca uma cooperação técnica e financeira para a saúde do Tocantins, foi entregue durante encontro entre os gestores no Palácio Araguaia, na manhã desta sexta-feira, 13.
Um dos pontos de reivindicação do governo estadual é a ampliação do Teto da Média e alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (Teto MAC) para R$ 60 milhões, com o objetivo de melhorar a assistência à saúde da população atendida pelos hospitais estaduais e Hemorrede. Segundo o documento, o último incremento concedido pelo Ministério foi em 2016, no valor de R$ 40 milhões.
Segundo o ministro da Saúde, as solicitações serão analisadas. “Vamos atender a medida da nossa disponibilidade, da análise que fazemos. Uma delas é muito importante para o Tocantins, que é a habilitação do serviço de radioterapia. Acabamos de anunciar mais de R$ 1,8 milhão para oferecer esse serviço, por meio de uma clínica conveniada para o serviço”, destacou, ao acrescentar o empenho do Governo para implementar o tratamento por radiologia. O ministro lembrou que o equipamento já está no Hospital Geral de Palmas (HGP), aguardando a instalação da estrutura necessária que, inclusive, está em andamento. “A gente espera que o mais rápido possível possamos estar aqui, junto com o Governo, oferecendo mais um serviço de oncologia”, completou.
Conforme o gestor da Saúde do Tocantins, Renato Jayme, são demandas que já vem sendo pleiteadas há algum tempo. “Estamos desempenhando o nosso papel de possibilitar o serviço da melhor forma possível e atender a população. O mais importante é que a população não tenha que se descolar para outra cidade. O objetivo é atender o cidadão aqui”, reforçou.
Demandas
Também faz parte das demandas solicitadas a prorrogação e reformulação de alguns convênios e fundos; recurso para aquisição de ambulâncias e veículos para unidades de saúde sob a gestão estadual; recurso para aquisição de mamógrafos; e recursos para o Hospital de Colinas do Tocantins.
Na ocasião estavam presentes a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Luana Ribeiro, os deputados federais Carlos Gaguim e Lázaro Botelho, a deputada estadual Valderez Castelo Branco; a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro; secretários de estado, além de outras autoridades.
Por Dinalva Martins
Os produtores rurais tocantinenses mais uma vez demonstraram seu comprometimento com a sanidade animal, o Estado bateu novo recorde de vacinação contra a febre aftosa registrando 99,91% de alcance vacinal. Os dados foram divulgados pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), nesta quinta-feira, 12, onde mostram que dos 8.495.251 bovídeos (bovinos e bubalinos) envolvidos, ao todo 8.487.541 foram vacinados. Somados 49.883 destinados ao abate e que, portanto, não vacinam na campanha, o Tocantins conta atualmente com 8.545.134 bovídeos em 55.505 propriedades rurais.
No comparativo, dos 139 municípios do Estado 22% atingiram 100% do rebanho vacinado. Dentre os municípios que concentram o maior número de animais estão: Araguaçu com 350.488; Araguaína com 244.318; Formoso com 240.277; Peixe com 198.657 e Arraias com 194.046, respectivamente.
De acordo com o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha, os altos índices vacinais são reflexos de muito trabalho que incluem o engajamento dos profissionais da Agência e de todos que fazem parte da cadeia produtiva agropecuária. “Todos já têm consciência da importância da vacinação do rebanho para o crescimento do setor agropecuário, pois é a garantia da abertura de novos mercados, consolidação da economia e do avanço no status sanitário, para livre da doença sem vacinação”, ressalta.
Nesta Campanha, a Agência acompanhou diretamente as vacinações de 2.619 propriedades rurais, com 378.051 animais. “Essas propriedades mereceram uma atenção especial por estarem localizadas em assentamentos, áreas indígenas ou por pertencerem aos inadimplentes da campanha anterior”, explicou o responsável pelo Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, João Eduardo Pinto Pires.
Vale lembrar que, os produtores rurais que deixaram de vacinar os animais na campanha serão notificados quanto às sanções e multas, além disso, a Adapec agendará a vacinação para garantir a sanidade dos animais.
Campanha
A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa ocorreu de 1º maio a 15 de junho, o produtor ganhou mais 15 dias de prorrogação, devido à greve dos caminhoneiros que afetaram a distribuição de vacinas.
Planejamento
O Tocantins já está se preparando para a realização da Agulha Oficial (quando a vacinação é executada pelo órgão oficial) contra a febre aftosa, na Ilha do Bananal, que será realizada entre os dias 1º de agosto e 30 de setembro.
Defensoria Pública, em conjunto com o MPE, tem atuado para resolver o problema. Está em curso prazo de 90 dias para que o Estado apresente projeto de reorganização do serviçoPor Cinthia Abreu
“Eu parei a minha vida para lutar pela vida dela. A cada dia de espera nessa angústia, a gente fica com mais medo, mais preocupado. Os próprios médicos me falaram que, se passar dessa semana, ela não vai resistir.” A declaração é do lavrador Domingos Filho Pereira, pai de Luiza Pereira da Silva, de sete meses, diagnosticada com cardiopatia complexa congênita (síndrome do coração esquerdo hipoplásico), desde os primeiros dias de vida. A “angústia” a qual Domingos se refere é a espera por uma cirurgia de cardiopatia para a filha que já devia ter sido realizada.
O lavrador foi atendido nesta quarta-feira, 11, pelo defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, coordenador do Núcleo Especializado de Defesa da Saúde (Nusa) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO). Na ocasião, o Defensor Público ofereceu orientações ao pai da bebê com intuito de dar suporte à ação judicial do Ministério Público Estadual (MPE), por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, já em curso com o pedido de urgência para a cirurgia de cardiopatia.
Residente em assentamento na cidade de Goiatins, Domingos Pereira acompanha a filha internada no Hospital Geral de Palmas (HGP), e já percorreu um longo caminho nestes sete meses de vida de Luiza. “Ela nasceu no Dom Orione em Araguaína, mas deram alta para ela e voltamos para casa. Só que ela foi piorando e internaram minha filha de novo em Araguaína, mas lá ela contraiu lá uma infecção pulmonar, até que a transferiram para Palmas”, descreve o pai.
Para defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, casos como da filha de Domingos são frequentes no Tocantins. “Isso acontece sempre, dão alta para a criança alegando ser eletiva, só que logo ela volta para a emergência quase morrendo, como vários outros pacientes, de várias outras especialidades
Espera e óbitos Dados da Central de Atendimento em Saúde da DPE-TO mostram que, somente neste ano, oito crianças morreram pela demora da realização da cirurgia de cardiopatia, sendo que algumas não conseguiram sequer a transferência, outras foram transferidas, mas a cirurgia se tornou tardia e vieram a óbito após o procedimento cirúrgico.
No Tocantins não são realizadas cirurgias cardíacas em crianças, necessitando de Transferência Fora de Domicílio (TFD). Porém, devido a demora, muitas crianças não resistem à espera. É o caso de do bebê João Miguel, também de sete meses, que morreu no último dia 22 no HGP. “Eu nunca pude sequer pegar o meu bebê no colo, pois a situação dele era muito delicada. Foram sete meses de muito sofrimento, aguentando descaso atrás de descaso no Hospital. O médico alertou do risco, a Defensoria reforçou sobre a urgência, mas só o que faziam era dizer que a gente tinha que esperar”, declarou a mãe, Raquel Bezerra, que procurou a Central de Atendimento em Saúde (CAS) da DPE-TO para dar entrada ao pedido de indenização.
Assim como no caso de João Miguel, uma menina de dois anos de idade veio a óbito em maio deste ano, após um pós-operatório da cirurgia cardíaca, que foi realizada tardiamente, devido a demora do cumprimento da decisão judicial. Conforme os dados da Central, em todos os processos havia decisão judicial para que o Estado providenciasse o atendimento, promovendo a transferência dos pacientes para outra unidade da Federação. Oferta do serviço A Secretária de Saúde do Estado está em fase de finalização de um convênio com o Hospital da Criança de Goiânia para o atendimento aos pacientes do Tocantins.
A realização do convênio é cumprimento de uma determinação judicial, do mês de maio, que atendeu reivindicações da DPE-TO e do Ministério Público Estadual (MPE) determinando que o governo do Estado, em um prazo de 12 meses, organize o serviço de assistência às crianças com quadro de cardiopatia congênita, e passe a prestá-lo diretamente, devendo adquirir os materiais necessários e treinar equipes para a realização das cirurgias cardíacas pediátricas.
Em maio deste ano, o Poder Judiciário também estabeleceu um prazo de 90 dias para que o Poder Público Estadual apresente um projeto de reorganização do serviço.
Com Assessoria do MPE
O Ministério Público Estadual (MPE), por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, ajuizou nesta quarta-feira, 11, Ação Civil Pública (ACP), com pedido de tutela provisória de urgência, contra o Estado do Tocantins por não oferecer vagas em leitos de UTI a sete pacientes internados no Hospital Regional de Araguaína (HRA). O MPE requer que o Estado seja obrigado a adotar medidas para transferência imediata dos pacientes para unidades hospitalares com leitos de UTIs disponíveis.
De acordo com a Promotora de Justiça Araína Cesária D´Alessandro, os pacientes aguardam vaga em leitos da unidade de Terapia Intensiva há vários dias, sendo que três deles possuem mais de 70 anos. Dos sete pacientes, quatro aguardam vagas em leitos de UTI desde o início do mês de junho, permanecendo na sala vermelha, local destinado para atendimento ao paciente grave do pronto socorro, porém a sala vermelha oferece suporte imediato, mas não dispõe dos cuidados intensivos abrangentes. “O planejamento de cuidados deve ser individualizado e não se resume a monitorização de sinais e sintomas, mas avaliação e acompanhamento multidisciplinar, com trabalho alinhado entre médicos, equipe de enfermagem, de nutrição, de fisioterapia, de fonoaudiologia, assistência social, psicologia, dentre outros”, explicou Araína.
O Ministério Público tentou resolver a questão extrajudicialmente, por meio de requisições para a Diretoria Geral do HRA, Diretoria de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde e outros expedientes administrativos. Porém, como não obteve sucesso, não restou alternativa, senão o ajuizamento de ação judicial.
Diante da gravidade da situação, a ACP solicita que a Justiça determine ao Estado do Tocantins a transferência IMEDIATA dos sete pacientes listados, que aguardam vaga em leito de UTI no HRA, disponibilizando, se for o caso, tratamento fora de domicílio, em unidade hospitalar, que disponha de UTI, em localidade onde houver vaga imediata, bem como, caso necessário, que sejam os pacientes encaminhados a atendimento na rede particular. Em caso de descumprimento, pede ainda que seja fixada multa diária à base de R$ 50 mil. (Denise Soares)