Sistema gerará economia em torno de 4 mil reais por mês Por Maiara Sobral
Instalada no Campus Palmas, do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), a partir do mês de setembro, entrará em funcionamento a maior usina de energia solar do Tocantins, com potência instalada de 70 KWp ao mês e expectativa de gerar cerca de 11500 KWh ao mês, o equivalente a 25 residências de padrão médio. Esse sistema gerará uma economia mensal de aproximadamente 4 mil reais.
O equipamento foi adquirido via licitação realizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), na qual o IFTO, por meio da Reitoria e do Campus Palmas, viabilizaram a compra dos equipamentos, como uma forma de incentivar a eficiência energética e o uso de energias renováveis no âmbito da instituição. O recebimento e o acompanhamento da implantação estão sendo conduzidos por comissão designada pelo Campus Palmas, formada por membros do Grupo de Estudos em Fontes Renováveis de Energia (Gefre).
O reitor Francisco Nairton do Nascimento destaca que a instalação da usina permitirá aos estudantes uma nova forma de aprendizado, pois eles vivenciarão na prática, o que já aprendem na teoria. Além disso, a implantação do projeto possibilitará a criação de um curso técnico em Energias Renováveis, visto que o Tocantins tem grande potencial energético para uso da energia solar.
Segundo o professor Fabio Lima de Albuquerque, presidente da comissão responsável pelo recebimento e acompanhamento da implantação da usina, a instalação dessa é uma das ações que buscam a eficiência energética do campus, entre outras ações.
"A ideia é gerar mais e gastar menos", destaca um dos membros da comissão, professor Marcus André Pereira Oliveira. Os painéis e demais equipamentos estão instalados na face norte do Bloco 9 A e do Bloco 13, além das faces leste e oeste do Galpão de Indústria. A previsão é que a usina seja lançada na primeira quinzena de setembro.
Proposta enviada ao Congresso nesta quinta (31) prevê déficit de R$ 129 bilhões, mas o governo já propôs ao Congresso revisar o rombo nas contas públicas para R$ 159 bilhões
Com Agência Brasil
O atraso na conclusão da votação pelo Congresso Nacional das novas metas fiscais para 2017 e 2018 fez com que a proposta do Orçamento Geral da União para o ano que vem tivesse um corte extra de R$ 18,5 bilhões nas despesas não obrigatórias. Segundo números detalhados há pouco pelo Ministério do Planejamento, o texto enviado hoje (31) ao Congresso Nacional terá receitas líquidas estimadas em R$ 1,199 trilhão e despesas totais de R$ 1,328 trilhão.
Pelo texto entregue hoje ao Congresso Nacional, as despesas discricionárias (não obrigatórias) cairão de R$ 106,2 bilhões em 2017 para R$ 65 bilhões em 2018. Essas despesas são compostas principalmente por investimentos (obras e compras de equipamentos) e gastos como manutenção de prédios e aluguéis. Assim que as novas metas forem aprovadas pelos parlamentares, a verba os gastos discricionários passarão para R$ 83,5 bilhões em 2018.
Os valores levam em conta as metas de déficit primário originalmente previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o próximo ano: resultado negativo de R$ 129 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) e de R$ 113,9 bilhões para a União, os estados, os municípios e as estatais.
Para alcançar os cortes desejados, a dotação para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi praticamente zerada, passando de R$ 19,69 bilhões em 2017 para R$ 1,972 bilhão em 2018. As demais despesas de investimento e de custeio (manutenção da máquina pública) cairão de R$ 202,965 bilhões para R$ 198,248 bilhões.
Como são corrigidas pela inflação, as emendas parlamentares impositivas individuais subirão de R$ 6,111 bilhões para R$ 8,775 bilhões. As emendas impositivas de bancada subirão de R$ 3,073 bilhões para R$ 4,387 bilhões.
Para completar a diferença de R$ 30 bilhões entre a meta atual e a proposta pela equipe econômica, incluindo as emendas impositivas, o projeto levou em conta a liberação de R$ 10 bilhões do Orçamento de 2017. Essa liberação ainda não foi aprovada pelo Congresso e, segundo o Ministério do Planejamento, criaria espaço fiscal para o próximo ano.
Revisão
O governo está propondo a alteração da meta fiscal de 2017 e de 2018 para déficit primário de R$ 159 bilhões para o Governo Central e de R$ 143,9 bilhões para a União, os estados, os municípios e as estatais. Por causa da demora na recuperação da arrecadação e do comprometimento de alguns serviços públicos, o governo propôs a revisão das metas de déficit primário para este e o próximo ano.
Na próxima terça-feira (5), o plenário do Congresso votará as emendas ao projeto que altera a meta fiscal do próximo ano. O texto-base foi aprovado hoje de madrugada, mas os destaques não conseguiram ser votados a tempo do envio da proposta de Orçamento ao Congresso.
O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Esteves Colnago, negou que a equipe econômica tenha superestimado as receitas para elaborar a proposta atual de Orçamento. “Não existe superestimativa de receita. A receita que está aqui é baseada em metodologia. As despesas é que têm contenção muito grande. O ajuste está sendo feito nas despesas. Nem tem como termos inflado a receita, porque a participação delas no PIB [Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país] cairá entre 2017 e 2018”, explicou.
Em relação aos parâmetros para a economia, a proposta de Orçamento não teve alterações. O texto prevê crescimento de 2% do PIB e inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,2% para o próximo ano.
Oportunizar a qualificação profissional a jovens e adultos é o objetivo principal do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que iniciou as atividades do segundo semestre de 2017, nesta quinta-feira, 31, em Palmas. A aula inaugural, realizada no auditório do Palácio Araguaia, contou com presença dos cursistas, professores e técnicos do programa, do governador Marcelo Miranda, da secretária da Educação, Juventude e Esportes, Wanessa Zavarese Sechim e autoridades.
Por Núbia Daiana Mota
Só neste semestre, mais de 2.200 jovens e adultos de 24 municípios estão sendo atendidos pelo Pronatec no Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc). A pasta é ofertante e demandante dos cursos disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) nas modalidades Formação Inicial e Continuada (FIC), Rede E-Tec Brasil, e Ensino Médio Técnico (Mediotec).
Em seu pronunciamento, o Governador Marcelo Miranda destacou as chances de acesso ao emprego, possibilitadas pelo Pronatec. "Esse não é só um programa, é uma oportunidade de profissionalização. É uma forma de levar dignidade aos jovens e adultos que tiveram a coragem de buscar a qualificação para entrar ou para voltar ao mercado de trabalho. É importante dizer que o Pronatec hoje está funcionando plenamente, sem nenhuma pendência, dando essa oportunidade para quem quer vencer”, frisou.
A professora Wanessa enfatizou o apoio do Governo do Estado ao Pronatec. “O Governador Marcelo Miranda tem apoiado de forma irrestrita o desenvolvimento da Educação do Tocantins. Só nesta gestão certificamos mais de 8 mil pessoas pelo Programa. E estamos dando continuidade dos cursos em todas as regiões do Estado visando contribuir para o desenvolvimento produtivo e econômico do Estado e para melhorar a qualidade de vida da população tocantinense” ressaltou.
Um dos jovens que enxergou no programa uma forma de buscar qualificação profissional é o estudante do ensino médio, Flávio Silva de Sousa, de 20 anos, que vai cursar Hospedagem. “Eu decidi fazer o curso técnico como forma de buscar uma colocação no mercado de trabalho. Escolhi essa área porque acredito que terei muitas oportunidades porque o Tocantins é um estado que não para de crescer”, disse.
Mas o Pronatec não é um programa só para quem está iniciando a vida profissional. Lídia Ferreira de Alcântara, de 59 anos, é um das cursistas de 2017. Segundo ela, apesar de ter experiências de diversas ocupações ao logo na vida, agora, ela vai iniciar o curso de Costura “para realizar um sonho antigo, de aprender a costurar para a família e ter uma renda extra”, relatou empolgada com a oportunidade de se profissionalizar.
A titular da Seduc enfatizou ainda que os alunos do Tocantins estão sendo “preparas para o acesso ao ensino superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas também oferecendo a chance de poder escolher fazer um curso técnico e entrar para o mercado de trabalho com qualificação”, ponderou Wanessa Sechim.
Na solenidade, os cursistas e professores receberam materiais pedagógicos, que estão sendo disponibilizados pela primeira vez desde o inicio da execução do programa no Estado. os Kits contém apostilas por cursos e disciplinas, camiseta, pendrive, caderno, caneta, lápis, borracha,apontador, estojo e pasta. Durante a aula inaugural, os estudantes também conheceram a Plataforma EaD, onde são desenvolvidas parte das atividades dos cursos, e aprenderam sobre a metodologia de ensino do Programa.
Também participaram da solenidade a deputada Valderez Castelo Branco, o Defensor Público Geral, Murilo Machado, e o Secretário de Estado da Articulação Política, João Emídio.
Cursos ofertados
A oferta dos cursos é baseada em um levantamento das necessidades de mercado e das potencialidades de cada região. O Pronatec atende a alunos matriculados no Ensino Médio Regular e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de beneficiários dos programas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na modalidade presencial, o curso de Panificação, acontece em Barrolândia, Monte do Carmo, Lagoa do Tocantins, Gurupi, Itapiratins, Carmolândia e Piraquê. Dianópolis, Cristalândia, Palmas, Ponte Alta do Bom Jesus recebem a formação de Mecânico de Bicicletas. O curso de Serigrafia será disponibilizado em Dianópolis, Paraíso, Gurupi, Palmas e Ponte Alta do Bom Jesus.
As cidades de Gurupi, Paraíso e Palmas foram contempladas com a formação de Instalação e Reparos de Redes de Computadores. Costureiro de Máquinas Retas e Overloque será disponibilizado em Piraquê e Palmas. Na Capital, também acontece o curso para Maquiador e, em Presidente Kennedy, a formação para Manicure e Pedicure.
Na modalidade EaD, a Rede E-Tec disponibiliza o curso de Agronegócio em Miracema, Formoso e Gurupi; Biblioteconomia em Palmas, Porto Nacional e Paraíso; Eventos em Araguatins; e Hospedagem em Palmas e Mateiros.
Por meio do Mediotec, estão sendo disponibilizados os cursos de Multimídia em Palmas, Taguatinga, Palmeirópolis e Guaraí. Araguaína e Tocantinópolis recebem a formação de Biblioteconomia, já Cooperativismo será ofertado na Capital e em Pedro Afonso. Em parceria com o IFTO são realizados os cursos EaD pelo Mediotec em Administração, Gerência em Saúde, Guia de Turismo, Informática para Internet, Marketing e Meio Ambiente. Sugestão de Fotos (Crédito - Marcio Vieira / Governo do Tocantins)
Procuradoria devolveu documento apenas um dia após recebê-lo de volta do ministro do STF, que pediu os ajustes e agora decidirá se homologa o acordo
Com Agência Brasil
A delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro foi enviada novamente nesta quinta-feira (31) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. O envio ocorreu apenas um dia após o magistrado ter devolvido o documento para que fossem feitos ajustes pelos procuradores.
Como o acordo de delação de Lúcio Funaro encontra-se sob sigilo, os detalhes sobre os ajustes solicitados por Fachin não foram divulgados, mas a rapidez com que o documento retornou ao STF indica se tratar de uma correção simples.
A delação do doleiro, que está preso há mais de um ano, chegou pela primeira vez ao STF na última terça-feira (29) . A expectativa é que o acordo seja homologado em breve por Fachin, autorizando que os depoimentos do operador sejam utilizados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em novas denúncias contra políticos, entre eles, o presidente Michel Temer.
Funaro é testemunha-chave em investigações envolvendo Temer , o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ainda os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima.
Processos
Funaro é processado pela Justiça Federal em Brasília em três investigações da Polícia Federal (PF) – Greenfield, Sépsis e a Cui Bono – que envolvem suspeitas de desvios de recursos públicos e fraudes na administração de quatro dos maiores fundos de pensão de empresas públicas do País: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). O empresário também foi citado nas delações da JBS.
O lobista é investigado ao lado de Henrique Alves e do ex-deputado Eduardo Cunha em ação penal que apura a liberação de recursos do FI-FGTS mediante o pagamento de propina a agentes públicos. Cunha e Funaro também estão lado a lado em outros processos, como no que apura fraudes em fundo de previdência da Cedae no Rio de Janeiro.
Em relação a Geddel Vieira Lima, Funaro foi pivô da prisão do ex-ministro, ocorrida no início do mês passado. Segundo denúncia do MPF, o outrora articulador político do governo Temer tentou intimidar a esposa de Lúcio Funaro, Raquel Pitta, para tentar evitar que o lobista assinasse um acordo de colaboração com a Justiça.
Delação premiada de Lúcio Funaro está prestes a ser homologada e deve atingir o presidente Michel Temer
Com Agências O Globo
Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não homologa a delação do operador do PMDB, Lúcio Funaro, algumas informações do depoimento que pode incriminar líderes do PMDB, inclusive o presidente Michel Temer começam a ser 'vazadas' pela imprensa. Nesta quinta-feira (31), o jornal O Globo confirmou, ao delatar, Funaro afirmou ter recebido dinheiro de Joesley Batista para ficar em silêncio enquanto estava preso. A informação é um dos tantos detalhes importantes que podem 'rechear' a denúncia por obstrução à justiça que deverá ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer. Num depoimento à Polícia Federal no mês passado, antes de fazer acordo de delação, Funaro confirmou os pagamentos, mas disse que se tratavam da quitação de uma dívida antiga. Ele teria dinheiro a receber de Batista porque intermediou negócios da JBS. A informação agora é contraposta à nova versão, que deverá ser confirmada nos próximos dias.
Geddel Vieira Lima
Com avanço das ações da Polícia Federal (PF), inclusive prendendo a irmã do doleiro, Roberta Funaro, Lúcio estaria sem alternativa e fechado o acordo de delação mesmo com a suposta pressão exercida por meio dos pagamentos e de Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Temer que chegou a ser preso.
Segundo o Globo, Geddel seria um dos interlocutores de Temer junto a Joesley Batista. Ele teria sido substituído no papel pelo ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, conforme acerto registrado na conversa entre Temer e Batista em de março, no Jaburu, encontro ocorrido à noite e fora da agenda oficial do presidente.
A nova denúncia contra Michel Temer é esperada para até a semana que vem. O presidente interino da Câmara dos Deputados, André Fufuca (PP-MA), disse "respeita rigorosamente o regimento, então, não há segredo. Se a denúncia for feita enquanto eu estiver na interinidade, nós daremos prosseguimento".
Fufuca fica na presidência até o próximo dia 6, caso a denúncia seja apresentada até esse dia, ele deverá dar prosseguimento ao mesmo trâmite ao qual foi submetida a primeira denúncia por corrupção passiva contra Temer. Rodrigo Janot fica à frente da PGR até o próximo dia 17.