Conselho Federal de Medicina adiantou que os médicos poderão prescrever o composto para casos de epilepsia severa; ainda não se sabe se a decisão contemplará também outros casos, como a doença de Parkinson e a esquizofrenia
Os médicos brasileiros poderão prescrever o canabidiol (CBD), um dos 80 princípios ativos da maconha. As informações são do jornal "Folha de S.Paulo".
A reportagem teve acesso à decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM), que será detalhada em coletiva de imprensa que na tarde desta quinta-feira (11), e encaminhada ao "Diário Oficial da União".
O CFM adiantou que os médicos poderão prescrever o composto para casos de epilepsia severa. Ainda não se sabe se o documento contemplará também outros casos, como a doença de Parkinson e a esquizofrenia. Estudos demonstraram a efetividade da substância para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que com estas doenças.
Nos Estados Unidos, o CBD é vendido para ingestão via oral, como pomada cutânea e até xampu. O composto é considerado seguro pela agência que regula o medicamento nos EUA, a FDA, mas não permite que o comercio alegue propriedades medicinais.
É a primeira vez que o Brasil autoriza seus médicos a prescrever a substância.
Vigilância Sanitária
Em outubro, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CRM-SP), autorizou a prescrição do CBD para médicos do Estado. Entretanto, o composto ainda não consta na lista de substâncias permitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Devido a isso, a importação do canabidiol deve ser autorizada caso por caso.
A decisão do CFM segue como exemplo as normas do CRM-SP.
Com o objetivo de combater a criminalidade em todo o território nacional, o Ministério da Justiça, por meio da coordenação de ações integradas das forças de segurança de todos os vinte e seis estados da federação e do Distrito Federal, realizou, durante toda esta sexta-feira, 05 a operação “Brasil Integrado”.
A ação, que teve início às 00h00min, leva em consideração as particularidades geográficas de cada unidade da federação e também visa fortalecer a integração e promover ações de segurança que possam ser aplicadas, de forma conjunta e em âmbito regional, nos diversos pontos do território brasileiro.
O Estado do Tocantins, contou com a efetiva participação de 949 Agentes de Segurança Pública, sendo 592 Policiais Militares, 270 Policiais Civis, 20 Bombeiros Militares, 15 Policiais Federais, 19 Agentes da Polícia Rodoviária Federal, além de 11 Guardas Metropolitanos, 06 Agentes da SMATT e 06 servidores do DETRAN. Em diversos municípios do Estado foram montados 155 bloqueios e 135 patrulhamentos terrestres com o objetivo de apreender drogas, armas, munições, veículos produto de crime e localizar possíveis foragidos da justiça.
Os membros das forças de segurança realizaram a abordagem de 6119 pessoas e 5283 veículos em atitude suspeita, além de dar cumprimento a 16 mandados de prisão e 23 de busca e apreensão, os quais resultaram na prisão de 14 pessoas e na apreensão de 02 adolescentes. Além disso, outras 12 pessoas foram presas devido à prática de ilícitos diversos.
A operação “Brasil Integrado”, realizada em solo tocantinense também resultou na apreensão de Cem quilos e Trezentos e Cinquenta e Cinco Gramas de Maconha, Um Quilo e Setenta e Dois Gramas de cocaína, Quarenta e Quatro Gramas de Crack, 07 veículos, 05 armas de fogo, 10 munições, R$28.000,00 (Vinte e Oito Mil Reais) em espécie, 33 produtos eletrônicos diversos, bem como 1482 peças de roupas com suspeita de falsificação e sem documento fiscal.
Durantes os trabalhos desenvolvidos, os agentes de segurança pública contabilizaram 107 infrações de trânsito, as quais resultaram na remoção de 60 veículos. Foram ainda efetuadas 05 buscas em fazendas e apreensão de 01 Certificado de Registro de Veículo Automotor – CRLV com suspeita de adulteração.
Está é a primeira vez que o Estado do Tocantins participa da Operação “Brasil Integrado”, a qual já foi realizada em outras duas oportunidades em demais unidades da federação.
SSP/TO
Chega a R$ 11 bilhões o valor global dos contratos que ele teria intermediado
Uma planilha com informações sobre cerca de 750 contratos envolvendo grandes empreiteiras do País e órgãos públicos, em especial a Petrobrás, encontrada com Alberto Youssef, é para a força-tarefa da Operação Lava Jato o mapa dos negócios em que o doleiro atuou entre 2009 e 2012.
O documento tem servido para os investigadores chegarem a outras empresas, setores da administração e pessoas que podem ter pago propina na lavanderia que alimentou o caixa 2 do PT, PMDB, PP, PSDB e PSB.
Chega a R$ 11 bilhões o valor global dos contratos que ele teria intermediado. “Os valores abrangem uma ampla gama de grandes empreiteiras e períodos, onde se infere que o esquema criminoso vai muito além das obras contratadas pela Petrobrás”, afirma a Polícia Federal no relatório da Operação Juízo Final - sétima fase da Lava Jato -, quando pediu a prisão do núcleo empresarial do esquema de corrupção e propina na estatal petrolífera, no dia 14.
“O esquema é muito maior do que a mera Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, mas abrange sim uma estrutura criminosa que assola o País de Norte a Sul, até os dias atuais”, afirma a Lava Jato.
Youssef confessou que atuava na Petrobrás, via diretoria de Abastecimento, arrecadando e movimentando propina de 1% dos contratos para o PP. O PT e o PMDB também controlavam o esquema que captava até 3% dos negócios da estatal para abastecer campanhas eleitorais entre 2004 e 2012.
O portfólio de contratos revela à PF o mapa dos negócios de Youssef que alcançou a Argentina e o Uruguai. Uma das obras é a construção do Estádio Itaquerão, em São Paulo, para a Copa do Mundo. A Sacs, empresa contratada para remover tubulação da Petrobrás no terreno, aparece como “cliente”. A intermediação renderia ao doleiro R$ 1,3 milhão, segundo o registro.
Para a Polícia Federal, o documento encontrado na casa de Youssef é “um apanhado de projetos quase sempre ligados a propostas de grandes construtoras para empresas públicas, cerca de 750 projetos compreendidos no período de 2 de fevereiro de 2009 a 4 de maio de 2012”.
O doleiro disse que sua comissão nos negócios variava de 3% a 15%. “É claro o envolvimento de Youssef e seu grupo com grandes empreiteiras, e através da planilha apreendida, pode-se deduzir que Youssef tinha um interesse especial nos contratos dessas empresas, onde de alguma forma atuava na intermediação”, diz a PF.
“Para cada projeto destacado há um cliente vinculado, geralmente uma grande construtora, e para cada cliente há um cliente final, quase sempre empresas públicas como Petrobrás, Copasa, Comperj e algumas empresas privadas.”
Petrobrás - Cerca de 60% dos contratos são relativos à Petrobrás, inclusive a construção de um prédio em Santos (SP), e subsidiárias. Uma única obra teria rendido ao doleiro R$ 43 milhões. “O documento demonstra a ampla gama de abrangência e diversidade dos negócios do doleiro.” A Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato, tem destacado que a Petrobrás é vítima da organização liderada por Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. A Sacs, da obra do Itaquerão, não respondeu ao contato por e-mail. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
A Diretoria Regional de Gestão e Formação (DRGF) de Porto Nacional realizou nesta quinta-feira, 4, o Seminário Final do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Participaram do encontro cerca de 50 professores de 13 escolas da rede estadual da região.
Conforme a orientadora de Estudo da DRGF, Raquel Oliveira Machado Ayres, os educadores que atuam no 2º e 3º ano do ensino fundamental finalizam a formação do Pnaic socializando as experiências exitosas trabalhadas no cotidiano escolar. “É um grande aprendizado a descoberta de trabalhar a matemática com o concreto”, disse.
A professora Cheila Cacia Aires da Silva,do 2º ano do Centro de Ensino Professor Florêncio Aires, conta que para resgatar brincadeiras de antigamente trabalhou com os alunos atividades que utilizaram material reciclado, como brincadeira como pé de lata, vai e vem e pião. “O resultado foi gratificante aprenderam formas geométricas, grandezas e medidas com a mão na massa”, destacou a professora.
Já a professora Sara Soares Tavares, da Escola Estadual Alcides Rufo, de Ponte Alta, ressaltou que as experiências vivenciadas trouxeram bons resultados durante todo o ano. Dentre ela, destaque para o contato dos estudantes com operações matemáticas características do sistema financeiro. “Com o mercadinho trabalhei sistema monetário, que melhorou a participação e o aprendizado dos alunos”, disse.
Pnaic
O Seminário Final do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) está sendo realizado em todas as DRGF do Estado. Nesta sexta-feira, 5, Gurupi, Guaraí e Arraias realizam o encontro de encerramento com os professores que participaram da série de estudos nos cinco módulos do Programa.
O Pnaic tem o objetivo de formar profissionais para trabalhar a alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade ao final da 3ª série do ensino fundamental. Nesse encontro final, os professores compartilham projetos, ações e iniciativas que deram certo durante o ano com o intuito de aprimorar as práticas pedagógicas.
Ascom Seduc
Ao levar em conta os desvios trazidos à tona na Operação Lava Jato, estatal terá de rever contabilidade e reduzir pagamento de dividendos
O adiamento do balanço financeiro da Petrobras – após a empresa ser pressionada pela auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) a reconhecer nos números o impacto dos desvios denunciados nas delações premiadas da Operação Lava Jato – trará prejuízo a seus acionistas, inclusive a União. Não bastasse o valor das ações ter despencado 48% nos últimos meses – a preferencial (PN) caiu de R$ 24,56 em 2 de setembro para R$ 12,80 na última sexta-feira –, a empresa também deverá reduzir o pagamento de dividendos, ou seja, a parcela de lucro distribuída aos acionistas, após o ajuste no seu balanço, preveem analistas.
E isso depois de a empresa ter distribuído um valor recorde de dividendos no primeiro semestre: R$ 8,731 bilhões, mais que o triplo dos R$ 2,87 bilhões destinados em igual período de 2013 e o maior montante desde o segundo semestre de 2009. A petrolífera tem mais de 290 mil investidores, sendo que 279 mil são pessoas físicas. Ao reconhecer na contabilidade o impacto da corrupção, a empresa terá de rever seu fôlego para novos investimentos, e a folga de caixa que terá para distribuir dividendos será menor.
Segundo projeções do Itaú BBA, se a perda estimada pela empresa com os desvios chegar a R$ 10 bilhões, os acionistas que têm ações ON (com direito a voto, porém sem preferência na distribuição de dividendos) receberão apenas R$ 0,17 por ação em 2015. É um valor de menos da metade do R$ 0,37 anteriormente previsto pelo banco, já considerando o impacto, para a empresa, do dólar mais alto e da queda no preço do petróleo.
A estimativa do Itaú BBA calcula o impacto da baixa contábil. No caso da Petrobras, é preciso ajustar parte do valor de investimentos feitos e que estão inflados pelas obras superfaturadas. No caso dos investidores de papéis preferenciais (que, como o próprio nome diz, têm preferência nos dividendos), a legislação brasileira estabelece que a distribuição do lucro aos acionistas seja de no mínimo 25%, o que, na visão dos analisas do Itaú BBA, fará com que o impacto da baixa contábil seja mínimo para os donos desses papéis.
Fatia
A maior detentora de ações ONs da Petrobras é a União que, junto com o BNDES, possui pouco mais de 60% desses papéis. A outra parcela está pulverizada entre investidores locais e estrangeiros. No caso das preferenciais, 70% das ações estão divididas entre investidores pessoas físicas, instituições financeiras e empresas, estrangeiros ou não.
“A baixa contábil poderia ter um impacto relevante sobre os dividendos das ações ordinárias da Petrobras”, afirmam, em relatório, os analistas Paula Kovarsky, Diego Mendes e Pablo Castelo, reforçando que sacrificar esses dividendos pode ser uma forma de se antecipar a restrições de caixa.
Em baixa
Os acionistas já vêm sofrendo com a queda no valor das ações da Petrobras. Só em novembro, o valor de mercado da empresa caiu 15,8%, ou R$ 32,5 bilhões, para R$ 162,1 bilhões. É o mesmo que dizer que a Petrobras em um mês perdeu quase uma JBS, que está sendo negociada a R$ 35,3 bilhões, e mais que uma TIM Participações (R$ 30,1 bilhões). Atualmente, a estatal é a quarta maior empresa em valor de mercado na Bovespa. Já foi a primeira, mas perdeu o posto para a Ambev (R$ 264,6 bilhões) e, depois, a segunda colocação, para o Itaú Unibanco (R$ 201,3 bilhões) e o terceiro lugar para o Bradesco (R$ 163,4 bilhões).
Desvios podem chegar a R$ 21 bi, diz banco
A preocupação com o caixa da Petrobras não é exagerada. Com as denúncias de desvios, a estatal não conseguiu publicar o balanço do terceiro trimestre até a data limite, 14 de novembro, uma vez que a auditoria se recusou a assinar as demonstrações financeiras. Sem isso, o mercado internacional de capitais fica praticamente fechado, ou seja, a estatal não consegue emitir dívidas para financiar o plano de expansão.
Na avaliação do operador sênior da Guide Investimentos Fabio Galdino, é difícil calcular o valor das perdas da Petrobras, mas a única saída para a empresa é fazer o ajuste (baixa contábil) no ativo. Em contrapartida, será preciso ajustar o lado do passivo, com redução do patrimônio líquido ou do capital social.
“Isso vai aparecer na demonstração de resultados e terá impacto no lucro, afetando os investidores. Se tiver corte de dividendo, fatalmente será maior nas ações ordinárias”, considerou, acrescentando que, no limite, caso o ajuste gere prejuízo no balanço anual, os preferencialistas também serão afetados.
Estimativa do banco Morgan Stanley aponta para perdas com os desvios que podem variar de quase R$ 5 bilhões a R$ 21 bilhões. A simulação considera o investimento realizado nos últimos cinco anos pela empresa (R$ 416 bilhões) e perdas que variam de 1% a 5% desse total – em um dos depoimentos, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou que 3% do valor das contratações era desviado para partidos políticos.
Nas contas do Morgan Stanley, os portadores de ações preferenciais receberiam R$ 0,93 por ação, mas aqueles que possuem ordinárias receberiam algo entre R$ 0,38, no cenário mais benigno, e R$ 0,02 na pior previsão.