Estrategicamente colocados pelo cerimonial, Lula e José Sarney separaram Dilma e Temer, adversários após o impeachment da petista
Por Maria Eduarda Portela
O encontro entre a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e seu sucessor pós-impeachment, Michel Temer, finalmente ocorreu. Foi nesta terça-feira (16/8), na posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Estrategicamente posicionados pelo cerimonial, Lula e José Sarney os separaram. Todos em um espaço reservado para ex-presidentes durante a cerimônia.
Dilma não falou diretamente com Temer. A ex-presidente manteve diálogos com a ministra Rosa Weber, futura presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e com a também ministra do Supremo Cármen Lúcia. A petista conversou com ministros, mas ficou concentrada na cerimônia, sem olhar para seu rival político, a quem acusa de “golpista”.
Lula, por sua vez, conversou com Temer, em um momento de bandeira branca na relação entre ambos, e com Sarney. Os três trocaram vários minutos de conversas ao pé do ouvido.
A fileira de ex-presidentes ficou virada para a mesa onde estava o presidente Jair Bolsonaro (PL). O mandatário ficou frente a frente com Dilma e na diagonal para Lula.
Posse de Alexandre de Moraes
Governadores de 23 estados se fizeram presentes na posse em Brasília
A posse do ministro e agora presidente do TSE, Alexandre de Moraes, contou com a presença de ex-presidentes, governadores, prefeitos e representantes do poder Legislativo e Executivo.
Moraes será responsável pelo TSE ao longo dos próximos dois anos. O ministro Ricardo Lewandowski assume a vice-presidência.
Barbosa tem larga vantagem com 41% dos votos e chances reais de vencer no 1º turno
Com Assessoria
O governador e candidato à reeleição Wanderlei Barbosa (Republicanos) comemorou nesta terça-feira, 16, o resultado da pesquisa feita pelo Instituto Correio do Povo e divulgada pelo Portal Benício, no qual aparece com 41% das intenções de voto, contra 18% do segundo colocado, consolidando sua vantagem sobre o demais concorrentes no pleito.
“A campanha iniciou hoje, e recebemos esses números com muita felicidade, tranquilidade e pé no chão. O resultado da pesquisa Correio do Povo mostra que temos chances reais de vencer a eleição já no primeiro turno. Iremos trabalhar nesse período autorizado pela Justiça Eleitoral para fazer nossa campanha de forma propositiva e limpa, buscando ampliar ainda mais essa vantagem”, afirmou Wanderlei Barbosa.
Segundo o Instituto Correio do Povo, Wanderlei Barbosa cresceu 10 pontos percentuais desde o último levantamento, passando de 31% para 41%. O governador e candidato à reeleição também é o nome mais citado de forma espontânea pelos entrevistados (quando os nomes não são revelados), com 31%, mais que o dobro do segundo colocado.
Wanderlei está entre os menos rejeitados
Wanderlei Barbosa também aparece como um dos nomes menos rejeitados no pleito ao Governo do Tocantins (apenas 7%), enquanto Irajá Abreu encabeça a lista de quem os eleitores não votariam de jeito nenhum, com 20%, seguido por Paulo Mourão (9%).
Dados da Pesquisa
A Pesquisa Correio do Povo, que tem a maior amplitude do Estado, foi realizada de 8 a 15 de agosto de 2022. Foram entrevistados 1.800 eleitores, de 52 municípios das regiões norte, centro/norte, centro, sul e sudeste do Tocantins. A Margem de Erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e a Margem de Confiança de 95%. O levantamento foi devidamente registrado junto à Justiça Eleitoral sob número: TO-02418/2022.
Pros enfrenta disputa interna sobre se terá ou não candidato
Com Agência Brasil
O empresário Pablo Marçal, filado ao Pros, lançou hoje (16) sua candidatura à presidência da República na sede de uma de suas empresas, a Plataforma Internacional, em Barueri (SP), no bairro de Alphaville, na região da Grande São Paulo.
A candidatura de Marçal, porém, é questionada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Duas alas do Pros disputam a liderança do partido: uma, da qual Marçal faz parte, é a favor da candidatura própria; outra, defende a coligação com o PT e o apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
No final de julho, quando o partido era comandado por membros favoráveis a candidatura própria, uma convenção partidária oficializou o nome de Marçal como candidato. No dia 10, no entanto, uma decisão judicial colocou no comando do partido a ala a favor da coligação com o PT.
Ontem (15), o Pros aprovou a entrada do partido na coligação que apoia Lula e retirou o nome de Marçal da disputa presidencial. O TSE ainda não decidiu sobre a exclusão da candidatura do empresário. No sistema de divulgação de candidaturas do tribunal constava, até as 19 h, o nome de Marçal como candidato, assim como a participação do Pros na coligação junto com o PT.
“Lamento muito por isso, eu não vou retroceder. Já me procuraram para renunciar para evitar problema judicial. Vou reiterar uma coisa minha particular: sou jurista por formação, nunca acionei ninguém na Justiça. Essa vai ser a primeira vez que eu vou fazer, porque eu entrei nisso para ajudar o nosso povo. Eu sei que o sistema político atual não aceita gente de fora, fazem de tudo [para isso não ocorrer]. Eu entendo isso como um golpe antidemocrático”, disse Marçal em entrevista coletiva no fim da tarde.
À noite, durante o evento de lançamento da candidatura, Marçal disse estar preparado para assumir a presidência da República e destacou a defesa da família. “Eu estou pronto para passar os quatro anos da minha vida me dedicando, governando essa nação para fazer famílias serem restauradas, para abrir empresas, gerar empregos, para afastar esse monstro da inflação que assola tanto o mundo e tem assolado o nosso país”, disse.
O candidato participou por teleconferência do evento. Ele estava em Brasília na posse do novo presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
Comitiva de gestores do Tocantins esteve no Distrito Federal para reunião com o BRB nesta terça-feira, 16
Por Talita Melz e Ray Viana
Com o objetivo de realizar tratativas para possíveis operações de crédito para o Tocantins, uma comitiva de gestores do Estado se reuniu com o Banco de Brasília (BRB), nesta terça-feira, 16, em Brasília (DF). O encontro definiu parcerias para investimentos em infraestrutura e negociações que beneficiarão a população tocantinense.
Conforme o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), Júlio Edstron, que acompanhou a comitiva, a reunião realizada é mais um passo para o relacionamento do Estado com a instituição, que é um banco público com atuação bancária e participação social. “A comitiva fez uma visita ao BRB visando que o banco venha a trabalhar em diversos segmentos do Estado. É muito importante que o Estado reconheça a importância das instituições financeiras porque elas serão parceiras do nosso desenvolvimento”, afirmou.
Para o secretário de Estado da Administração (Secad), Paulo César Benfica, a reunião já trouxe bons frutos no que se refere a questões burocráticas e uma perspectiva de uma parceria a longo prazo com a instituição bancária. “A reunião foi muito produtiva e fizemos uma prospecção de uma parceria ampliada, vislumbrando futuros negócios”, relatou.
Investimentos
Essa não é a primeira vez que o Estado do Tocantins realiza uma tratativa financeira com a instituição. Segundo o secretário de Estado da Fazenda, Júlio Edstron, a construção da nova ponte sobre o rio Tocantins, na rodovia TO-255 em Porto Nacional, recebeu investimento após operação financeira com o BRB. “Nesse momento estamos tratando de destravar mais uma etapa de medição dos trabalhos, o que possibilita a entrada de novos recursos no tesouro do Estado”, explicou.
Com relação a operação para novos recursos destinados à infraestrutura do Estado, com obras já em andamento, o BRB deve realizar uma visita ao canteiro de obras no rio Tocantins. Até o momento, essa edificação, que está em construção, recebeu o investimento de R$ 149 milhões e com o cronograma em dia. A conclusão da obra ligará a região à Ferrovia Norte-Sul, principal via de escoamento de grãos do sudoeste baiano e do Tocantins.
Outro assunto tratado durante a reunião é sobre a vinda da instituição financeira, com estrutura física, para o Tocantins, que deve ocorrer em breve. O BRB é uma instituição de sociedade de economia mista, cujo acionista majoritário é o Governo do Distrito Federal. O BRB possui um quadro de 3.280 empregados e, além disso, conta com o apoio de 450 estagiários, 120 aprendizes e 705 terceirizados, gerando assim mais de 4.500 postos de trabalho. Atualmente dispõe de 138 pontos de atendimento, com 123 agências no Distrito Federal e no Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT), Minas Gerais (MG), Goiás (GO), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
A taxa de desocupação do Tocantins no segundo trimestre de 2022 foi de 5,5%, um recuo de 3,8 pontos percentuais (p.p) frente aos três primeiros meses do ano (9,3%). Em relação ao mesmo trimestre de 2021, a queda foi de 10,3 pontos percentuais, pois a taxa de desocupação daquele período foi de 15,8%.
Com Assessoria do IBGE
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgados no dia 12, pelo IBGE. Conforme a pesquisa, o estado do Tocantins registrou o maior recuo do 1º para o 2º trimestre, seguido por Pernambuco (3,5 p.p.). Alagoas, Pará, Piauí e Acre também se destacaram, com quedas de cerca de 3 p.p. nos quatro estados.
Em números absolutos, a população desocupada do Tocantins saiu de cerca de 71 mil para 43 mil, um recuo de 39,6%. Por outro lado, o nível de ocupação apresentou crescimento: passando de 55,4% no primeiro trimestre do ano, para 58,3% no segundo trimestre.
Além do nível de ocupação, aumentou também o percentual de tocantinenses empregados com carteira assinada no setor privado. De janeiro a março, o índice foi de 59,9% e no segundo trimestre (abril a junho) ficou em 62,2%. O percentual da população ocupada no Tocantins trabalhando por conta própria, por sua vez, foi de 24,7%. No primeiro trimestre a pesquisa registrou um percentual de 25,4%.
A taxa de informalidade para o Tocantins também teve um leve recuo e ficou em 41,7% da população ocupada. No primeiro trimestre o estado registrou taxa de 43,7%. Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e trabalhador familiar auxiliar.
De acordo com a PNAD Contínua, no 2º trimestre deste ano, o rendimento médio mensal recebido pelos trabalhadores foi estimado em R$ 2.315, demonstrando estabilidade na comparação com ao 1º trimestre de 2022 (R$ 2.290). Entretanto, esse valor é 3,2% maior do que o percebido no 2º trimestre de 2021 (R$ 2.243).
Cenário nacional
A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2022 foi de 9,3%, recuando 1,8 ponto percentual ante o primeiro trimestre de 2022 (11,1%) e caindo 4,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2021 (14,2%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em 22 das 27 Unidades da Federação, mantendo-se estável nas outras cinco.
As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%), e as menores, de Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%). Tocantins apresentou a 4ª menor taxa (5,5%).