Ministra Rosa Weber autorizou a colaboração
Por Agência O Globo
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber homologou a delação premiada do empresário Eike Batista , que prevê a devolução de R$ 800 milhões aos cofres públicos como compensação aos crimes confessados. Após ter solicitado à Procuradoria-Geral da República (PGR) que fizesse alterações nas cláusulas do acordo, Rosa Weber proferiu decisão nesta terça-feira dando seu aval ao acordo.
Com isso, a delação premiada de Eike Batista passa a ter valor jurídico e poderá ser usada para a abertura de novas investigações. No total, são 18 anexos contendo relatos de diferentes fatos criminosos dos quais participou. O empresário cita repasses de propina a parlamentares federais , por isso o acordo teve que ser homologado junto ao STF. Parte das acusações será enviada para a Lava-Jato do Rio .
Parte dos valores pactuados no acordo de Eike serão destinados para o combate à pandemia do coronavírus, conforme estabelecido nas cláusulas definidas pelo procurador-geral da República Augusto Aras . O total de R$ 800 milhões será pago de forma parcelada ao longo dos próximos anos. É a segunda delação de maior valor individual fechada pela PGR. A primeira havia sido do fundador da antiga Hypermarcas, João Alves de Queiroz Filho, de R$ 1 bilhão, também já homologada pelo STF.
No acordo, ficou estabelecido que Eike cumprirá pena de um ano em regime fechado , um ano em regime fechado domiciliar e dois anos em regime semiaberto.
Uma das alterações feitas na PGR foi retirar do acordo a definição do estabelecimento prisional específico onde Eike começaria a cumprir pena. A ministra Rosa Weber entendeu que essa definição caberia ao Judiciário. A PGR também encaminhou documentos sobre o patrimônio do empresário, que a ministra havia apontado como pendentes.
O empresário Eike Batista é investigado pela Lava-Jato do Rio e já chegou a ser preso por duas vezes , por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. Na última vez, foi solto por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, em agosto do ano passado. Em 2018, ele foi condenado a 30 anos de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, sob acusação de ter pago US$ 16,5 milhões de propina ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral.
Medida foi deferida em razão de dívidas não quitadas pela igreja, que alega ter sofrido uma queda nas arrecadações
Por iG Último Segundo
O pastor Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus , terá os bens bancários penhorados pela segunda vez, após uma nova ordem da Justiça de São Paulo. As informações são da coluna de Rogério Gentile, do portal Uol.
A medida foi deferida em razão de dívidas não quitadas pela igreja , que alega ter sofrido uma queda nas arrecadações dos dízimos durante a pandemia. A igreja tem cerca de 6 mil templos espalhados em 27 países.
Ao todo, foram penhorados R$ 17,5 mil das contas de Valdemiro . O valor irá quitar uma dívida acumulada de quatro meses de aluguel de um apartamento usado por um pastor da igreja e a família. O imóvel fica localizado no interior de São Paulo, em Pereira Barreto.
A primeira penhora aconteceu em agosto deste ano. O valor total foi de R$ 246,6 mil e quitaria o pagamento dos aluguéis dos templos que estariam em atraso.
Processo se refere às supostas "rachadinhas" na Assembleia do Rio de Janeiro
Com Correio do povo
Após mais de dois anos de investigação do Ministério Público do Rio, o senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia se dá no âmbito do Caso Queiroz, como ficou conhecido o processo das “rachadinhas” supostamente praticadas pelo filho do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.
Além de Flávio, foi denunciado o ex-assessor Fabrício Queiroz , apontado como operador do esquema, e outros 15 ex-assessores. O MP fala ainda em apropriação indébita. Leia Também Como funcionava o ‘esquema Queiroz’ na Alerj A reportagem ainda apura quais ex-assessores também foram denunciados. Caso a Justiça aceite a denúncia, o filho de Bolsonaro e seus ex-assessores virarão réus. A Promotoria ajuizou a denúncia no dia 19 de outubro, mas, como o desembargador relator estava de férias, a peça só chegou a ele nesta terça-feira, 3.
O caso foi revelado pelo Estadão no dia 6 de dezembro de 2018, após relatório do Coaf apontar movimentação atípica na de R$ 1,2 milhão, durante um ano, na conta de Queiroz. Queiroz está atualmente em prisão domiciliar. Ele chegou a passar menos de um mês detido em Bangu, na zona oeste do Rio, mas conseguiu ir para casa por meio de habeas corpus. O ex-assessor foi encontrado numa casa de Frederick Wassef , ex-advogado de Flávio, em Atibaia, São Paulo – o que foi considerado, junto com mensagens obtidas pelo MP, provas de que o grupo buscava se esconder das investigações. Na denúncia apresentada à Justiça, o MP amarra uma série de informações que já haviam sido oferecidas ao longo da investigação. Tudo gira em torno de Flávio ter supostamente se apropriado do dinheiro público da remuneração de seus assessores e, depois, praticado a lavagem desses recursos por meio da organização criminosa.
Desde o início do ano surgiam rumores de que a denúncia estava prestes a ser apresentada, dado o nível de embasamento das provas que o MP elencou ao longo da investigação. No entanto, uma série de imbróglios judiciais, envolvendo principalmente o foro do senador, prorrogaram o andamento do caso. Antes da denúncia, o processo estava nas mãos do subprocurador-geral de Justiça e Direitos Humanos, Ricardo Ribeiro Martins. Quem tocou quase toda a investigação, contudo, foi o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc). O MP apura, desde 2018, o suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio.
Assessores repassariam seus salários ao chefe por meio de Queiroz, o operador. Ao longo das apurações, a Promotoria revelou ainda uma série de indícios de que o senador e ex-deputado teria “lavado” dinheiro por meio de imóveis e de uma franquia da rede Kopenhagen. A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Flávio e de Queiroz até a publicação deste texto.
Operação Cartão Vermelho apura irregularidades na administração do Hospital de Campanha do Estádio Presidente Vargas. Prejuízo é de R$ 7 milhões
Com Assessoria
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta terça-feira (03/11), no Ceará, da Operação Cartão Vermelho. O trabalho é realizado em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF). O objetivo é apurar irregularidades na contratação de Organização Social, promovida pela Prefeitura de Fortaleza (CE), para implementação, gerenciamento e gestão do Hospital de Campanha do Estádio Presidente Vargas (HCPV).
A investigação compõe um conjunto de trabalhos, em parceria com outros órgãos de controle, visando contribuir para a eficiência e eficácia na aplicação dos recursos públicos liberados para ações emergenciais de combate à pandemia da Covid-19.
Investigação
O contrato de gestão firmado entre o ente público e a Organização Social foi formalizado com estimativa de gastos de até R$ 95,9 milhões, tendo sido realizadas despesas no valor de R$ 50.750.069,80. No decorrer das investigações, a CGU analisou despesas com custeio, referentes aos meses de abril e maio, bem como de investimentos, na aquisição de monitores e módulos complementares, envolvendo um total de R$ 32.073.013,25.
Com o aprofundamento do trabalho, foram identificadas várias irregularidades na formalização e execução contratual, destacando-se: a contratação de serviços a preços superiores aos de serviços equivalentes em outros contratos formalizados pela administração pública nas mesmas circunstâncias de mercado; a deficiência na formulação de indicadores capazes de demonstrar a eficiência do modelo de gestão por OSS para o HCPV; o pagamento de valores a maior e a ocorrência de Irregularidades na aquisição de monitores multiparamétricos. O prejuízo estimado é superior a R$ 7 milhões.
Impacto social
Em 2020, até o mês de outubro, para o enfrentamento da emergência de saúde pública provocada pelo coronavírus, Fortaleza (CE) havia recebido, pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), cerca de R$ 268 milhões. A má aplicação desses recursos, por conta de pagamentos indevidos, em um momento tão delicado como o atual, é extremamente prejudicial para toda a sociedade, que já está sendo bastante afetada pelos efeitos da pandemia.
Diligências
A Operação Cartão Vermelho consiste no cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Pelotas (RS). O trabalho conta com a participação de 22 servidores da CGU e de 120 policiais federais.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.
“É fácil vencer um inimigo...lhe dê as costas...!!!”
BETTY JUBOOP
Por Edson Rodrigues
Um eventual fracasso na tentativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de viabilizar sua candidatura à reeleição pode resultar em um efeito colateral em outra legenda, o MDB. O partido, o maior da Casa, já tem três integrantes cotados para a vaga.
Eduardo Braga (AM), que é líder da legenda na Casa, Simone Tebet (MS), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso, tendem a disputar a vaga, caso Alcolumbre não se viabilize.
Márcio Bittar (AC), que é relator da proposta orçamentária e da PEC (proposta de emenda à Constituição) do Pacto Federativo, chegou a ser cotado para a disputa pela sua proximidade com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele, contudo, nega que esteja em busca de voto.
“Se o Davi (Alcolumbre) não puder ser candidato, vai abrir uma discussão forte na bancada do MDB. Hoje, eu vejo mais motivação no Eduardo Gomes e no (Eduardo) Braga”, diz Bittar.
Desde que o atual presidente do Senado, davi Alcolumbre, manifestou a vontade de um terceiro mandato, o que contraria a Constituição, a imprensa nacional sempre colocou Eduardo Gomes como o favorito à sucessão na Casa, mas o senador tocantinense sempre ressaltou que apoia Alcolumbre em suas intenções de permanecer no cargo e que, se depender dele, Gomes, a presidência do senado continua com Alcolumbre.
Os dois, Gomes e Alcolumbre, são amigos pessoais e, fora do senado, visitam-se, mutuamente, mantendo uma amizade sólida.
HISTÓRICO
O senador tocantinense mais bem votado nas últimas eleições, com 248.358 votos, Eduardo Gomes, vem repetindo em Brasília o que todos os tocantinenses já conhecem e sabem a respeito de sua habilidade como articulador e agregador político. Em pouco mais de um ano e meio de mandato, já galgou a primeira secretaria da Mesa Diretora do Senado, a Relatoria Setorial do Orçamento do Ministério da Integração Nacional e foi indicado como líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso.
Hoje, Eduardo Gomes é um dos políticos mais influentes do Brasil, com trânsito livre nos ministérios , gabinetes e secretarias e responsável por planejar, estipular e fechar acordos que vêm permitindo a governabilidade em tempos turbulentos para o presidente da República.
Apesar de todo o assédio da mídia e da convivência nas mais altas cúpulas do poder, Eduardo Gomes mantém uma discrição elogiável, só aparecendo onde é chamado ou quando consultado.
Desde sua primeira eleição para vereador, em Palmas, Eduardo Gomes demonstrou ser um político diferenciado, aberto às opiniões populares e sempre atuando próximo ao povo.
Boa praça e muito bem-humorado, Gomes conquistou a simpatia de todos e suas famosas “feijoadas ligjht” fizeram história entre os amigos do dia a dia, da política e da imprensa tocantinense, quando abria sua casa, aos sábados, para receber a todos.
Daí para a presidência da Câmara Municipal e mais um mandato como vereador, depois, direto para a Câmara Federal por três mandatos consecutivos, Gomes já dava mostras do seu poder conciliador e harmonioso.
Eleito o senador mais votado da história do Tocantins em 2018, logo teve suas habilidades reconhecidas no Senado e foi galgando cargos até chegar a essa posição de cotado para a presidência da Casa.
Sempre vestido com o manto da humildade, Eduardo Gomes evita falar sobre a possibilidade, mas os prefeitos que se elegerem ou se reelegeram com o apoio de Eduardo Gomes não falam em outra coisa, “esfregando as mãos” ante a possibilidade de ter um aliado com tanto prestígio em Brasília.
Enfim, tudo o que Eduardo Gomes fez em sua vida política foi ótimo para o Tocantins e enche o povo tocantinense de orgulho. Se, por acaso, chegar à presidência do Senado, será, simplesmente, o político tocantinense de maior sucesso na vida pública, e o Tocantins pode, e deve, comemorar, conseguir, como estado mais novo da federação, alçar um degrau tão alto na hierarquia política do País.