Com informações de O Globo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT ao Palácio do Planalto, se articula para fazer um aceno ao agronegócio após chamar integrantes do setor de “fascistas e direitistas” durante entrevista ao Jornal Nacional, na semana passada. Interlocutores ligados ao segmento têm incentivado o petista a participar de uma sabatina no Canal Rural como parte da estratégia para acalmar os produtores.
Caso Lula aceite o convite, o programa será gravado em São Paulo e terá duração de uma hora, com previsão de ser exibido, sem edição, no dia 9. Os quatro presidenciáveis melhores colocados nas pesquisas foram chamados a participar: Lula, Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). O pedetista já gravou entrevista, que deverá ir ao ar na próxima terça-feira, dia 6, às 19h.
O próprio Lula já se convenceu sobre a necessidade de conceder a entrevista ao Canal Rural. Ele deverá usar o espaço para se explicar sobre a declaração e apresentar propostas voltadas ao setor, no qual o presidente Jair Bolsonaro encontra amplo apoio.
No último domingo, o petista conversou por uma hora com o senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT), uma de suas pontes de contato com o agro, e pediu orientações sobre pontos que deve abordar, como produção sustentável, mercado internacional, infraestrutura e relação do PT com o Movimento dos Sem Terra (MST). A assessoria do ex-presidente confirma que está negociando uma data com a emissora.
— O que o Lula pode e deve fazer no Canal Rural não é se retratar. É dizer que a imensa maioria, formada por produtores e honestos, terão as portas abertas no governo dele. É contextualizar de novo. E isso que eu falei pra ele — afirma Fávaro.
A recordista de recursos para Palmas, a candidata ao Senado Professora Dorinha (UB/TO), se reuniu com centenas de pessoas na Capital num evento promovido pelo vereador Marilon Barbosa. Os presentes ouviram de Dorinha o compromisso de no Senado continuar sendo a parlamentar que mais destina recursos para Palmas. Recursos esses que são transformados em investimentos que atendem diretamente a população.
Da Assessoria
Dorinha destinou mais de R$ 152 milhões em recursos federais para serem investidos na construção de escolas e praças, para a implantação de Unidades Básicas de Saúde, para o HGP e o Hospital Dona Regina, para melhorar a infraestrutura urbana da cidade, para a construção de Feira Coberta em Taquaruçu, para a área social, às universidades e tantas outras obras.
“O compromisso que eu tenho em Palmas é com o povo. Se nesses anos na Câmara dos Deputados eu consegui trazer mais de R$ 152 milhões em investimentos para Palmas, no Senado vou trazer ainda mais e ao lado do governador Wanderlei Barbosa vamos fazer muito pela população, não apenas da Capital, mas de todo o Tocantins”, reforçou Dorinha.
Marilon, em seu discurso, disse que torceu para a formação da chapa Wanderlei ao Governo e Dorinha ao Senado. “Eu torci muito para essa aliança, porque essa é a melhor chapa para o Tocantins. A senhora tem competência e já provou isso e acima de tudo tem experiência no Congresso. No Senado vai ajudar muito nosso Estado a avançar e melhorar a vida do nosso povo”, afirmou Marilon, que é irmão do governador Wanderlei Barbosa.
Presente no evento, o candidato a deputado federal Antônio Andrade (Republicanos), presidente da Assembleia, também destacou a força da chapa majoritária. “O governador Wanderlei em pouco tempo tem feito muito e com Dorinha no Senado vai fazer muito mais”, reforçou.
Em encontro com representantes do setor, presidente disse que "uma força sobrenatural" o levou a vencer o pleito em 2018
Por Isadora Duarte
Em um jantar com produtores rurais, empresários do agronegócio, lideranças do setor e parlamentares ruralistas, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) disse que não se pode aceitar um “golpe”.
“Sabemos o quanto está ameaçada a nossa liberdade, a liberdade de se expressar. Temos assistido com preocupação certas decisões que não condizem com o estado democrático de direito. Ninguém aqui quer dar golpe. Nós não podemos aceitar um golpe. Sabemos que a vontade popular tem de ser respeitada. Podem ter certeza que juramos dar a vida pela nossa liberdade”, afirmou Bolsonaro, conforme áudio obtido pelo Estadão/Broadcast.
As declarações foram dadas a uma plateia de cerca de 300 interlocutores do setor produtivo em um evento fechado em uma churrascaria em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Na semana passada, uma operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, teve como alvo oito empresários simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro, que teriam dito que preferem um golpe à volta do PT. Moraes determinou quebra de sigilo e bloqueio de contras dos empresários.
Logo após mencionar que a “população hoje sabe o que é STF”, disse que não iria ofender nenhum dos Poderes. “Não estamos aqui para ofender qualquer um dos poderes, mas sabemos da verdade, do que alguns querem, do que alguns pretendem mudar no Brasil”, afirmou.
Ainda sobre liberdade, o presidente afirmou que ela está em “jogo” em outubro. “Nós sabemos o que está em jogo em outubro, acima de tudo é a nossa liberdade. Se vocês hoje começarem a empobrecer, mas continuarem com liberdade, vocês recuperarão o que perderam, mas se perderem liberdade perderão tudo, inclusive a dignidade, a família, a propriedade privada, o direito de ir e vir”, afirmou Bolsonaro.
O presidente também disse que se o povo escolher mal seus representantes, o próprio povo sofrerá muito com isso. “Dizem que o poder emana do povo. Não é verdade, a não ser que o povo escolha bem seus representantes. É a luta do bem contra o mal”, apontou.
Bolsonaro voltou a atacar a oposição sobre sua facada durante a eleição em 2018. “Quando eles veem que não podem nos derrotar no voto ou de outra forma, vão para a eliminação do próximo”, disse o presidente, citando o caso de Celso Daniel e a morte de Luiz Eduardo Magalhães por enfarte. “Aos poucos, a história vai aparecendo”, afirmou.
Candidato do PT à Presidência também se reuniu com ambientalistas. Lula afirmou que, se for eleito, não vai transformar a Amazônia em 'santuário' intocável, e defendeu explorar riquezas com responsabilidade.
Por Matheus Castro
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e a esposa Rosângela Silva, a Janja, visitaram nesta quarta-feira (31) o Museu da Amazônia, na Zona Norte de Manaus. No local, eles dançaram com indígenas (veja vídeo acima) e se reuniram com representantes de 35 entidades ligadas à preservação do meio ambiente.
Durante a agenda na capital do Amazonas, representantes da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) entregaram ao candidato do PT uma carta com reivindicações.
Em entrevista, Lula afirmou que se eleito não vai transformar a Amazônia em um "santuário da humanidade, uma coisa intocável". E que vai propor um acordo com países vizinhos da região amazônica para explorar as riquezas e a biodiversidade da floresta, juntamente com pesquisadores internacionais, com responsabilidade.
Para o petista, a exploração sustentável da Amazônia tem potencial para "gerar melhores condições" de vida para os povos que moram na floresta.
"É preciso que a gente se coloque em acordo com os outros governos da América do Sul para que a gente trate, sem abrir mão da soberania, de como convidar os cientistas do mundo inteiro a participar da exploração de um mundo mega diverso, tão pouco conhecido por todos nós ainda", disse Lula.
Além de Janja, o candidato do MDB ao governo do Amazonas, Eduardo Braga, e o senador Omar Aziz (PSD-AM), candidato à reeleição, acompanharam Lula na agenda de campanha no Museu da Amazônia. Ambos apoiam o petista e são apoiados pelo ex-presidente nas eleições deste ano.
Representantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) também participaram da reunião com o presidenciável do PT. Eles lembraram, no evento, os assassinatos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips no início de junho no Vale do Javari (AM).
No fim do dia, o candidato do PT à presidência participou do 'Ato Todos Juntos pelo Amazonas', na zona centro-sul de Manaus.
Por Matheus Leitão – Revista Veja
A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 31, mostra o crescimento do candidato Ciro Gomes, do PDT, fora da margem de erro – se contarmos o último mês –, o que, neste momento, impede a vitória de Lula no primeiro turno das eleições.
Entre o dia 3 de agosto e hoje, o pedetista cresceu 3 pontos porcentuais, saindo de 5% para 8%. No mesmo período, Lula, que somava 44% contra 43% de todos os outros candidatos, agora vê os seus adversários somarem 45%, enquanto ele permanece com os mesmos 44%.
Se conseguir ter mais votos que todos os outros candidatos somados na primeira etapa da eleição – que termina no dia 2 de outubro –, Lula vencerá o pleito sem a necessidade de outro turno para decidir quem será o próximo presidente da República.
É importante lembrar que a pesquisa Genial/Quaest foi realizada após as entrevistas dos postulantes ao Palácio do Planalto no Jornal Nacional e também depois do primeiro debate.
Lula e Bolsonaro mantiveram a dianteira em relação a seus concorrentes, liderando as intenções de voto lá na frente e cristalizando a polarização. O petista manteve a vantagem de 12 pontos porcentuais sobre o atual presidente – o líder da extrema direita aparece neste levantamento com 32% –, mas Ciro é o maior vencedor no primeiro round da campanha oficial.