Com Poder 360
O delegado da PF (Polícia Federal) Alexsander Castro Oliveira vai chefiar a segurança do ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha eleitoral de 2022.
Oliveira atuou na operação Cravada, deflagrada em 2019 para desarticular o núcleo financeiro do PCC (Primeiro Comando da Capital). Também chefiou em 2020 a operação Caixa Forte, que mirou líderes da facção criminosa.
O nome foi escolhido pela PF, em conjunto com a equipe da campanha de Lula. O delegado Andrei Rodrigues também atuará na segurança. Ele ficará na sede da campanha fazendo a interlocução com a corporação. O delegado atuou na campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2010. Também chefiou a secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos.
Em 31 de maio, a PF realizou uma reunião com representantes de partidos políticos para apresentar o plano de segurança relacionado à proteção dos candidatos à Presidência da República. A Lei 7474, de 1986, define como responsabilidade da corporação a segurança dos candidatos.
Os delegados responsáveis foram definidos nesta 2ª feira (4.jul.2022). Um boletim com os nomes de quem fará a segurança de alguns dos pré-candidatos foi encaminhado internamente pela PF. Jair Bolsonaro (PL) é exceção. No caso do atual presidente, a segurança fica sobre responsabilidade do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Leia os nomes dos delegados que farão a segurança dos pré-candidatos:
Ciro Gomes (PDT) – delegado Bruno Rodrigues dos Santos;
Simone Tebet (MDB) – delegado Mario Paulo Machado Lemes Bota Nomoto, atuou na Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul;
Luciano Bivar (União Brasil) – Maurício Moscardi, que atuou na Lava Jato de Curitiba.
Por Edson Rodrigues
O senador Eduardo Gomes deixou claro, durante sua visita à Região do Bico do Papagaio que, como coordenador das campanhas de Ronaldo Dimas ao governo do Estado e de Dorinha Seabra ao Senado, irá se utilizar de propostas, planejamento, ideias de governo e de ação, no convencimento das lideranças políticas, classistas e populares que, prometeu, irá visitar, cidade por cidade dos 139 municípios do Tocantins, durante a campanha eleitoral, garantindo um alto nível de ação, pelo menos em na campanha de seus candidatos, para as eleições de dois de outubro.
Líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, escolhido, justamente, por sua capacidade de articulação e de fazer sua palavra ser cumprida, Eduardo Gomes esteve no Bico do papagaio, acompanhado do presidente da Codevasf, Marcelo Moreira e do superintendente estadual do órgão no Tocantins, Homero Barreto, participando da entrega de obras e assinatura de ordens de serviço, proporcionadas por sua ação junto ao governo federal, que o colocou como campeão de envio de recursos aos 139 municípios tocantinenses, assim como para o próprio governo do Estado.
Gomes revelou que fará, pessoalmente, visitas aos seus companheiros em cada município tocantinense, levando as bandeiram propostas e planos de ação dos candidatos Ronaldo Dimas e Dorinha Seabra, mostrando a importância da confiança dos eleitores nessas duas candidaturas, que contarão com sua atuação no Senado Federal e na liderança do governo no Congresso, para continuar a carrear todos os recursos possíveis padra os municípios e incrementando as ações da Codevasf e do projeto Calha Norte, sempre que for possível.
SEM BAIXARIA NEM DENUNCISMO
Eduardo Gomes já demonstrou que sua forma de fazer política é a mais “light” possível, atuando sempre para proporcionar benfeitorias ao Tocantins, seja em qual cidade ou região for, sem olhar cor partidária, pois acredita que só crescendo de forma uniforma o Tocantins será um Estado realmente pujante e progressista e que, para isso, precisa que seus companheiros e simpatizantes empunhem as bandeiras de Ronaldo Dimas e de Dorinha Seabra e de suas chapas proporcionais, para que haja um equilíbrio de desenvolvimento, envolvendo todas as regiões do Estado.
“Nossa caminhada vai ser pavimentada por propostas, planejamento e muito diálogo com o povo. Jamais usaremos o desmerecimento ou o denuncismo contra nossos adversários, e assim esperamos que eles também ajam, pelo bem da campanha e do povo tocantinense, afirmou Eduardo Gomes.
A esperança de Eduardo Gomes é que, sem baixaria e sem denuncismo, a campanha se transforma em um embate de ideias, abrindo espaço para que a população possa julgar o que achar melhor para o Tocantins e, não, votar no que achar menos pior.
A ideia é dialogar com todas as lideranças políticas, classistas, empresariado e profissionais liberais, para criar um grande plano de expansão da economia do Tocantins, que atinja todos os lares, dos mais abastados aos mais necessitados, criando um equilíbrio e uma eficácia nas ações parlamentares e governamentais, que beneficiem todas as classes sociais, capacitando a mão de obra, gerando empregos e fazendo crescer o desempenho das empresas tocantinenses, criando um cenário que sirva de atrativo para a vinda de mais empresas e indústrias, que vão reforçar a economia estadual, ao mesmo tempo que diminuirá a dependência dos cidadãos dos empregos administrativos junto aos governos municipal e estadual, o que cria a possibilidade dos eleitores votarem em quem acreditam e nos que possam trazer mais desenvolvimento, se livrando da obrigação de votar para manter seu cargo ou o de parentes nos Executivos estadual e municipal.
Desta forma, a presença de Eduardo Gomes na coordenação das candidaturas de Ronaldo Dimas ao governo do Estado e de Dorinha Seabra ao Senado é a garantia de que os eleitores tocantinense verão, pelo menos, uma campanha baseada em ideias e planos por um Tocantins melhor.
Da Assessoria
O pré-candidato a governador Osires Damaso (PSC) participou da festa Pecuária de Araguaçu, na noite deste sábado, 2. Durante o evento, ele acompanhou a final do rodeio, visitou os stands do Sindicato Rural de Araguaçu, das Secretarias de Saúde e de Agricultura e Pecuária e conversou com lideranças políticas e populares, que destacaram a presença cativa de Damaso no município, nas entregas de benefícios, festividades e manifestações culturais como a pecuária e as cavalgadas.
Em agradecimento, o pré-candidato ressaltou a parceria mantida com o prefeito Jarbas Ribeiro para a destinação de recursos à população araguaçuense. Juntos, eles percorreram o local da festa e passaram pelos maquinários adquiridos por meio de emendas parlamentares enviadas por Damaso à cidade.
“É uma grande satisfação ter passado esses três anos e meio no Congresso Nacional trabalhando pelo nosso Estado e Araguaçu é uma prova disso. Nós colocamos mais de R$ 3 milhões de recursos para a cidade, por acreditar na administração de Jarbas e na equipe que está à frente deste município. E tenho certeza que Deus está nos abençoando e nos guiando para poder, cada dia mais, trabalhar pelo nosso povo tocantinense. Vamos juntos construir um Estado melhor para todos”, ressaltou.
Durante o evento, o deputado federal Tiago Andrino frisou que Damaso tem grande capacidade de ajudar os municípios e trazer o melhor para cada cidade. “Seu olho brilha quando você fala de saúde, de educação, de esporte, e não tem como não participar desse sonho, junto com você, de construir um Tocantins melhor”.
Os mapas dos votos válidos registrados nos segundos turnos das eleições presidenciais de 2002 para cá permitem afirmar que cinco capitais brasileiras se mantêm fiéis ao petismo, em maior ou menor proporção, nos últimos 20 anos. São elas: Salvador (BA), Teresina (PI), São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Recife (PE).
Por Adriana Ferraz
Pesquisas feitas a partir da plataforma Geografia do Voto, parceria entre o Estadão e agência Geocracia, especializada em geoinformação, mostra ainda que, em 2018, a população de Aracaju (SE) também não elegeu o atual presidente, Jair Bolsonaro, mas havia optado pelo tucano José Serra em 2010, quebrando, portanto, o ciclo de apoio a candidatos do PT. Já Maceió (AL) e Natal (RN), também na região Nordeste, oscilaram entre petistas e tucanos desde 2002. Por fim, João Pessoa (PB) "virou a casaca" só na eleição passada.
Nova ferramenta
Para o geógrafo e cientista político Luiz Ugeda, criador da ferramenta, Salvador, Teresina, São Luís, Fortaleza e Recife são as capitais dos Estados com as maiores geografias interioranas do Nordeste e que, por isso, refletem de certa forma as pautas do PT. "No semi árido, o PT sempre foi imbatível, o que é uma questão geográfica também. Tem muito a ver com a transposição do Rio São Francisco e as bandeiras regionais", afirmou.
Quando a análise se dá em todo o País, é possível observar outras capitais que deixaram o petismo só em 2018: Manaus (AM) e Macapá (AM), no Norte; e Rio, no Sudeste. Na capital fluminense, os mapas ilustram que o apoio aos petistas diminui gradativamente.
Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se elegeu presidente pela primeira vez, em 2002, a população do Rio deu a ele 80,96% dos votos válidos - o petista venceu em todas as capitais naquele pleito. Quatro anos depois, esse percentual caiu a 65,91% e, com Dilma Rousseff como candidata, foi de 60,98% (2010) e 50,76% (2014). Em 2018, a cidade virou reduto de Bolsonaro, ajudando em sua eleição com 66,35% dos votos.
Em Manaus, essa mudança foi mais radical. Em 2006, quando Lula foi reeleito, a capital do Amazonas foi a que lhe deu mais votos proporcionais: 721 mil votos ou 87,34% do total. Na época, o adversário, Geraldo Alckmin (então no PSDB), que hoje é vice na chapa de Lula pelo PSB, somou 12,65%. O apoio se manteve em 2010 e 2014, mas em 2018 os manauaras deram 65,71% dos votos válidos a Bolsonaro, ante 34,28% a Fernando Haddad (PT).
A passagem do petismo para o bolsonarismo na região Norte também foi refletida em cidades como Palmas (TO) e Porto Velho (RO). Em 2006, ambas ocupavam o ranking das capitais em que Lula havia obtido alguns dos maiores percentuais de votos, com 72,33% e 68,55%, respectivamente. Em 2018, no entanto, esses votos passaram a se concentrar em Bolsonaro, que venceu a corrida eleitoral com 68,94% dos votos em Porto Velho e 64,88%, em Palmas.
A comparação por regiões do Brasil mostra também que o Sul só apoiou o PT em massa em 2002. De 2006 para cá, Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) votaram contra Lula, Dilma e Haddad. Em 2018, a capital paranaense deu 76% de seus votos válidos para Bolsonaro, ficando em terceiro lugar no ranking das capitais mais bolsonaristas - Rio Branco (AC) e Boa Vista (RR) lideram a lista.
Para Ugeda, os dados registrados em pleitos anteriores dão uma perspectiva completamente diferente de métrica em relação ao que os candidatos estão acostumados. "A economia se movimenta muito com a perspectiva de poder. As pesquisas de intenção de voto visam o futuro, mas nós resgatamos o passado. O passado nos ensina como nos portarmos no futuro. Eu acredito que daqui pra frente é algo que os candidatos e políticos vão ter que estar muito atentos, porque o mapa fala, o mapa ensina e ele é tão importante quanto as pesquisas de intenção de voto, porque você enxerga o movimento." /COLABORARAM BRUNA CANELLAS, JULIA PESTANA E LETÍCIA FRANÇA
Ainda que alguns nomes estejam insistentemente ventilados, não estão confirmados de fato e de direito
Por Victor Correia
A pouco mais de um mês para as convenções partidárias, somente a chapa PT-PSB à Presidência da República tem cabeça e vice — o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin. Os demais concorrentes mais bem pontuados nas pesquisas de opinião até agora não decidiram quem será o parceiro na corrida ao Palácio do Planalto. Ainda que alguns nomes estejam insistentemente ventilados, não estão confirmados de fato e de direito. E isso é um complicador.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou Walter Braga Netto (PL) como seu vice e já recebeu a bênção até mesmo de um contemporâneo de força — o vice-presidente Hamilton Mourão, general de exército assim como o ex-ministro da Defesa. Ele foi até mesmo exonerado, na última sexta-feira, do cargo de assessor especial da presidência para poder participar das eleições.
A colocação de outro militar como segundo nome na chapa desagradou o Centrão, que esperava ver a ex-ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (PP-MS), assumir o posto. Nas hostes do PL e do PP, quando Bolsonaro decide colocar mais um general da reserva como companheiro da corrida à reeleição, sinaliza apenas para sua base próxima e fiel num momento em que deveria expandir para garantir mais apoios em partidos nos quais prevalece a indecisão. Como, por exemplo, o PSDB.
A rigor, os tucanos estão fechados com a candidatura de Simone Tebet. Mas a colocação do também senador Tasso Jereissati (CE) por enquanto é uma miragem, embora todos deem sua presença na chapa como certa. Mas isso não garante a união do partido em torno da pré-candidata do MDB, pois vários parlamentares da legenda há tempos votam com o governo e, mais ainda, são aquinhoados com nacos do orçamento secreto.
"Puro sangue"
O União Brasil, que colocou o deputado Luciano Bivar (PE) na disputa presidencial, anunciou que vai à luta com uma chapa "puro sangue". Mas não confirmou a senadora Soraya Thronicke (MS) no posto. As chances de isso mudar são mínimas, mas essa indefinição gera algum receio de outros partidos no fechamento de alianças locais. O partido não esconde que tem como uma das prioridades as costuras capazes de possibilitar a eleição de uma grande bancada no Congresso, mas, para que haja uma coligação, o outro lado tem que ter a certeza de que será igualmente beneficiado. E essa sinalização o União ainda não fez.
No caso do PDT, Ciro Gomes está consolidado na cabeça da chapa, mas a vice continua sendo um mistério. Não dá a menor pista de quem pode ser, o que gera especulações de que, na hora H, deixará a corrida presidencial. Ontem, em Salvador, ele e Simone Tebet se encontraram no mesmo evento e trocaram amabilidades, insinuando que poderiam se acertar mais adiante.
"Quando [a candidatura] não decola, fica muita incerteza. Algumas decisões os atores políticos tomam estrategicamente no final, porque não há algo muito cristalizado. Essas candidaturas da terceira via são ainda muito fluidas. Se você não é competitivo, busca apoio até o último segundo", avalia o cientista político André Rosa.
Para a professora de Ciência Política da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Luciana Santana, com as mudanças, em 2018, na lei eleitoral, o pleito ficou mais curto. "É natural que a gente tenha uma demora na definição de outros acordos", avalia.
PT e PL reservaram os dias 21 e 23 de julho, respectivamente, para anunciarem as chapas. O PDT também se lança no dia 23. A janela para as convenções é de 20 de julho a 5 de agosto.